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oftalmologia - introdução

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14/10 CCPA Ingrid Leal 
Anatomofisiologia ocular e semiótica oftálmica 
introdução
Sistema ocular é dividido em anexos e estruturas do bulbo do olho. Anexos: órbita, pálpebras, terceira pálpebra, músculos, gordura e conjuntiva. Bulbo do olho: túnicas fibrosa, vascular e nervosa. 
Gordura envolve principalmente o nervo ótico. Conjuntivas e fáscias envolvem bulbo 
É pelos anexos que se inicia o exame ocular. 
Túnica Fibrosa é a mais externa. Representada por esclera e córnea. Túnica vascular: representada por Iris, corpo ciliar e coroide. Túnica nervosa: representada pela retina. 
A órbita em pequenos animais é incompleta. Na porção temporolateral é aberta, tendo suscetibilidade maior do olho a traumas. 
Músculos extra-oculares são 7, sendo: 4 músculos retos, 2 oblíquos e 1 retrator:
· Reto superior, inferior, lateral e medial
· Obliquo superior e inferior
· Retratordo bulbo do olho 
Limites entre pálpebra inferior e superior é chamado de rima palpebral.
Tarso palpebral: limite entre face externa e interna da pálpebra. Nessa região saem os ductos das glândulas lacrimais acessórias. 
O encontro da pálpebra inferior e superior na região medial é o canto medial. Já o encontro da pálpebra na região lateral é o canto lateral.
Pálpebras: disposição oblíqua.
Terceira pálpebra exerce algumas funções de proteção e lubrificação ocular. Apresenta 3 estruturas: cartilagem em forma de T, glândula nictante (ou da 3° pálpebra) e folículos linfoides (que estão na face interna da 3° pálpebra e produzem anticorpos que ficam em suspensão na lágrima, controlando o crescimento bacteriano). Essas 3 estruturas podem ser acometidas por afecções. 
Carúncula é resquício anatômico da terceira pálpebra. 
Funções da 3° pálpebra
· Produção de até 35% do componente aquoso do filme lacrimal
· Distribuição do filme pré corneal 
· Proteção da córnea
· Função linfóide 
glândulas lacrimais e filme lacrimal 
Glândulas lacrimais acessórias: Zeiss e Meibonio. Produzem fluido seroso ou seromucoso -porção lipídica. 
Filme lacrimal: porções aquosa, lipídica e mucoide. São substâncias que não se misturam: porção lipídica fica na superfície; porção intermediária é a aquosa; porção mais interna é a mucosa. 
· Lipídica - Impede evaporação da porção aquosa. Abriga glândulas de Zeiss e Meibônio.
· Aquosa- Meio de suspenção para os anticorpos de superfície e promove hidratação da superfície do olho. Abriga glândulas lacrimal e da 3° pálpebra. 
· Muco - diminui atrito da lágrima sobre as células da superfície ocular. A camada mucosa abriga as glândulas caliciformes da conjuntiva. 
A cada 20 min tem-se uma onda de lágrimas sendo jogada sobre a superfície do olho. 
Existe uma drenagem da lágrima pelo ponto lacrimal superior e inferior -> canalículos -> ducto nasolacrimal -> que desemboca na prega alar na narina. 
Epífita: dificuldade na drenagem da lágrima gerando umidade ou saída de lágrimas.
Conjuntivas: conjuntiva palpebral (revestindo pálpebra), conjuntiva bulbar (revestindo esclera), saco conjuntival. Função: barreira física e imunológica. 
Sistema ciliar: animais domésticos só tem cílios na pálpebra superior. 
Bulbo do olho se divide em segmentos: anterior e posterior. A partir da lente para trás é posterior (vítreo e retina). 
Córnea: superfície de refração óptica mais potente no olho. Transparente, avascular. Espessura no cão é de 0,55 mm (mais espessa no centro). No gato: 0,65 mm (mais espessa no limbo). 
No cão: 80% dos raios na primeira refração já vão para retina. Alterações na córnea prejudicam essa refração. 
Córnea se divide em 4 camadas: epitélio, estroma, membrana de descement e endotélio corneal. Há quem considere o filme lacrimal como a quinta camada. 
A lágrima também tem função na captação de O2 na superfície do olho e o transporta até às células epiteliais da córnea e da conjuntiva. 
Limbo: limites entre córnea e esclera. 
Córnea tem epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Sustentado por membrana basal. Células epiteliais mais basais têm formato cuboide e a medida que se superficializam, adquirem formato achatado. A cada 10 dias as camadas superficiais da córnea se perdem para a lágrima e as camadas basais vão emergindo. 
Estroma perfaz 90% da espessura total da córnea e há predominância de colágeno tipo 1 e 2, que estão organizados através de componentes da matriz extracelular (proteoglicanos e glicosaminoglicanos), de modo que as fibrilas colágenas tenham a mesma distância uma da outra e o mesmo diâmetro. 
A nutrição da córnea é feita pelo filme pré corneal, pelos capilares límbicos e pelo humor aquoso. 
Membrana de descement: confere certa capacidade elástica a córnea. 
Endotélio da córnea é camada unicelular exagonal que não se regenera. 
Esclera: fornece o tamanho e a forma do bulbo do olho.
Conjuntiva que reveste a esclera: conjuntiva bulbar. 
Úvea: túnica vascular. Funções de acomodação visual, irrigação das estruturas córnea e lente, produz humor aquoso, controla entrada e saída de luz, remoção de metabólitos. Composta por íris, corpo ciliar e coroide. Estrutura mais vascular do olho. Por ser vascular: se altera ou é suscetível a apresentar sinais inflamatórios nos casos de hipersensibilidade. 
Íris: constituída de vasos sanguíneos, fibras musculares (esfíncter, dilatador), tecido conjuntivo, nervos e tecido linfóide. Importante guardar: no espaço pupilar e ao redor dele há o colarete da íris: as primeiras alterações inflamatórias da íris ocorrem no colarete.
Formato pupilar: no gato é em forma de fenda e no cão é esférico.
Corpo ciliar: atua na produção do humor aquoso. Nas inflamações há menos produção de humor aquoso. 
Coroide: está em íntimo contato com a retina para auxiliar a retina no seu metabolismo. É vascular. 
Lente: estrutura biconvexa, avascular e transparente. Presa na porção equatorial do olho pelos ligamentos suspensórios que emergem da musculatura do corpo ciliar.
Acomodação visual de pequenos animais é pobre, pois a musculatura do corpo ciliar é menos desenvolvida. 
Lente: 65% é água e 35% é proteína. Seu metabolismo envolve transporte ativo de alguns nutrientes e difusão simples de outros.
Vítreo: maior estrutura do olho. 99% é água e o resto é ácido hialurônico. Consistência gel. Sem capacidade de regeneração. 
Retina: compõe a túnica nervosa e é composta por 10 camadas. Há uma camada fotorreceptora de cones e bastonetes. Tem duas áreas: tapetal e não tapetal. 
Tapete lúcido é da coroide, e não da retina - ele auxilia no maior aproveitamento da luz durante a escuridão. 
Os animais enxergam em visão dicromática (dicromatismo) - azul, amarelo e pequenos nuances entre essas duas cores. 
Semiotécnica oftálmica
· Ficha oftalmológica: 
Começar examinando-se os anexos e depois o bulbo, sempre do mais externo para o mais interno. 
Anamnese geral: vacinação, vermifugação, procedência do animal, ambiente em que ele vive, algum outro sistema acometido. 
Anamnese específica: avaliar déficit visual: noturno (nictalopia), diurno (hemeralopia). Se a perda de visão for progressiva ou súbita. Quando se iniciou o problema? 
Olho vermelho? Glaucoma, uveítes 
Não existe conjuntivite primária em cão, é sempre secundária. No gato existe a conjuntivite por Herpesvírus felino.
Secreção? Aquosa, serosa, purulenta. 
Prurido? 
Blefaroespasmo? É o principal sinal de dor ocular. É a contração da pálpebra em decorrência a dor.
Olho azul? Córnea edemaciada. Pode ocorrer na reação pós vacinal (raiva, hepatite) 
· Testes: 
-Teste de visão no claro e no escuro
-Teste de ameaça visual - espalmar no olho 
Nos pequenos animais- Retina termina sua formação até 12 semanas pós nascimento. 
-Teste da lágrima de Schirmer (tls). Pode ser tipo 1 ou 2. No 1 se testa a quantidade de lagrima basal produzida e a quantidade de lágrima reflexa. O 1 é o mais feito. 
Valores de referência: acima de 15 mm/minuto e em Araçatuba é 12-16 mm/minuto. Abaixo de 10mm é olho seco e acima de 25 mm é lacrimejamento excessivo.
-Avaliação da pressão intraocular (pio): usar anestesia local com proximetacaina. Depois realizar a dígito palpação oudigitopressão. Indentação e aplanação. 
-Exame biomicroscopia com lâmpada de fenda
- lupa e fonte de luz 
· Para realização do exame: 
Ambiente escuro ou baixa luminosidade.
Tranquilização, sedação ou anestesia do animal em alguns casos. Considerar que alguns fármacos podem diminuir pressão, causar miose.
Instrumentação específica
afecções oculares
Pálpebras: entrópio, ectrópio, coloboma palpebral (ausência de segmento palpebral), neoformações.
Anormalidades ciliares: distiquiase, triquíase, cílio ectópico.
Terceira pálpebra: sempre dessensibilizar antes. Inversão e eversão da cartilagem da 3 pálpebra, conjuntivite folicular, neoformações, hipertrofia ou protrusão da glândula da 3 pálpebra, olho seco - seratoconjuntivite seca.
Conjuntivas: quemose (edema excessivo), hiperemia (relacionada a uveíte, inflamação, glaucoma) e injeção episcleral (vaso tortuosos e calibrosos - vasos em medusa), folículos, neoformações conjuntivais.
Córnea: distrofias - opacificação, degenerações (muito ligadas a endocrinopatias), descementocele, úlcera, alterações topográficas: estafiloma, conjuntivalização, tecido de granulação, dermóide, precipitados ceraticos, melanose. 
Câmara anterior: avaliar pus na câmera anterior (hipopio), sangue na câmara anterior (hifema), flare (aumento da turbidez do humor aquoso).
Iris: alterações de coloração - heterocromia, edema, atrofia, alterações no colarete, Cistos, persistência da membrana pupilar, aderências (sinequias), neoformações.
Lente: avaliação em lâmpada de fenda. Esclerose lenticular, catarata, luxação posterior e anterior da lente.
Vítreo: hialose asteroide e sinquiase. 
Retina: oftalmoscopia indireta e direta.

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