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IMPACTO DOS CUSTOS NO ORÇAMENTO FINANCEIRO
Cassio Willem Lima Santana¹ 
Katiuce Alexandra Soares Schneider2
Lara Beatriz Borges Ramalho3
Larraine Prudêncio de Assis4
Leone Bandeira5
	
RESUMO
O presente trabalho intitula-se “impacto dos custos no orçamento financeiro” cujo objetivo circunda em tentar compreender de que forma os diferentes custos influenciam no setor financeiro de uma empresa. O gerenciamento acoplado as questões de contabilidade e gestão são fatores fundamentais para o desenvolvimento equitativo e produtivo do setor financeiro. O aprimoramento de técnicas de gestão que possibilitem a disposição de um orçamento organizado para que os custos não impactem negativamente no âmbito financeiro. Os controles de metas e tendências são fundamentais nesse processo, quando se negligência os processos anteriormente mencionados há prejuízo exponencial e desorganização na área de finanças empresarial. 
Palavras-chave: Custos; Orçamento financeiro; Gestão.
1. INTRODUÇÃO
	
	Diante das grandes revoluções no cenário atual, com advento da tecnologia, obtemos a percepção que as mídias sociais atuam como facilitadoras no dia a dia do ser humano. Onde, através da “palma da mão” podemos realizar diversas ações como compras, pagamentos, transações bancárias, ter o acesso sobre o que acontece no mundo como um tudo, além dos inúmeros benefícios que a tecnologia e o acesso à internet proporcionam na atualidade. Foi no Século XVIII com o advento
da Revolução Tecnológica, de pioneirismo inglês que desencadeou a nova era global (COSTA, 2002).
Desde a sua instauração até a atualidade, é notório que este marco histórico trouxe inúmeros avanços no que tange a praticidade e agilidade no dia a dia.
	O processo de industrialização com o concomitante desenvolvimento tecnológico impôs a necessidade do homem de dispor do controle de bens. O surgimento da globalização e a desregulamentação da economia, acompanhado das inovações tecnológicas acabou provocando mudanças no mercado, tornando-o muito mais competitivo. Então para acompanhar a evolução e as empresas continuarem em crescimento, as informações se tornaram cada vez mais indispensáveis, uma vez que os gestores têm como objetivo manter sua empresa evoluindo dentro do mercado ao longo do tempo (COSTA, 2002).
	O controle de custos permite que a formação do preço de venda seja feita com mais exatidão, garantindo a lucratividade, também auxilia na tomada de decisão para decidir manter ou não uma linha de produção ou serviço, quando não há esse controle, os recursos da empresa podem acabar sendo usados de modo ineficiente e sem retorno financeiro. Portanto, ao analisá-los, o gestor pode identificar excessos e oportunidades de melhorar a aplicação de recursos, nas pequenas empresas não é diferente. Entretanto, antes de começar a calcular os custos, é preciso, primeiro, entender a diferença entre custos e despesas (COSTA, 2002).
	Observa-se na atualidade, uma negligência da compreensão de todos os benefícios que o bom controle de custos promove as empresas. Uma gestão eficiente pode influir diretamente no processo de controle gerencial, fazendo com que haja uma descentralização de responsabilidades para que cada departamento fique responsável pelas metas intrínsecas ao seu setor. Acoplado a essa questão, o diagnostico orçamentário e financeiro é essencial para que se possa desencadear intervenções efetivas no processo de implementação de medidas que imponham um equilíbrio financeiro na organização (COSTA, 2002). 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na atualidade existe uma espécie de fiscalização maior por parte do governo em face das empresas. Tais visitas visam observar irregularidades e adequações as normatizações bases estabelecidas pelas entidades competentes a fim de garantir um padrão dentro do mercado (ATHAR, 2005). Nesse sentido, é sabido ainda, que qualquer empresa que esteja investindo em prol do desenvolvimento deve atentar-se a necessidade do desempenho dos relatórios contábeis. Entretanto, tornaram-se comum os erros nos referidos relatórios, devido sua complexidade em alguns casos. E a referida falha pode ser prejudicial ao crescimento e afetar o funcionamento da empresa (ATHAR, 2005).
Atrelado ao avanço da tecnologia desenvolve-se métodos tecnológicos que auxiliam nesse processo de relatório contábil da empresa. Diminuindo consideravelmente os erros acometidos por uma parte dos profissionais da área (CHING, 2006). Os processos fiscais, tributários e que envolvem as legislações necessárias ficaram mais eficazes com o auxílio da tecnologia, possibilitando uma organização mais acentuada e pontual quanto às necessidades reais desempenhadas pela empresa. (CHING, 2006). Logo, a empresa desenvolve um bom controle financeiro e empresarial, vislumbrando o crescimento dela. Portanto, conforme apontado na inicial e discorrido durante cada parágrafo da presente análise, a contabilidade empresarial surge como uma ferramenta fundamental dentro do contexto de desenvolvimentos e organizações dentro da empresa.
É sabido que o presente estudo demonstra um método de empresa inovador, que possui correlação direta com o desenvolvimento tecnológico observado nos últimos tempos (DOWNING, 1998). Em retrato de tal afirmação, chama-se atenção para a estatística aplicada como ferramenta fundamental no processo de tomada de decisões de uma empresa. Dando enfoque a questão que envolve diretamente o raciocínio estatístico. Ele contribui com a organização empresarial. Os resultados e sua mensuração obtida perpassam direta e indiretamente pelos preceitos estatísticos. Desse modo, podemos compreender a referida, como ferramenta transversal capaz de ajudar em diversos setores (LOURENÇO FILHO, 1964).
Igualmente, a comparação dos grupos de variáveis que envolvem diretamente as questões de informações relacionadas aos quadros simples de mudanças e permanências que são indubitavelmente fundamentais para ter uma base a respeito dos preços da matéria-prima, preços de produtos acabados, financeiro, marketing etc. Conforme mencionado no trecho supramencionado o caráter interdisciplinar da estatística pode ser demonstrado através da afirmação que possibilita entendê-la como uma ferramenta de auxílio para diversos setores dentro de uma empresa (LEVIN, 1987).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo caracteriza-se pelo método de pesquisa qualitativo, visando ampliar os debates e contribuições acerca dos diversos autores neste mencionado. Utiliza-se a perspectiva discursiva, coadunando com Gil (2014), quando menciona que esta concepção de método deve ser cuidadosa e detalhista, visando elencar os fatores preponderantes apresentadas nos discursos para a construção da pesquisa, evidenciando os fatos sobretudo subjetivos. Ainda de acordo com o autor, a pesquisa pode ser compreendida como um método sistemático, com intuito maior de proporcionar reflexões, bem como obter respostas diversas para situações-problemas diversos, gerados em sua constante construção.
Esse estudo é de suma relevância no que tange o estreitamento na importante relação entre as teorias aplicadas e ao contexto apresentado, intermediado pela leitura, o que o leva à diversas interpretações. Cabe mencionar também, que este trabalho se caracteriza de cunho exploratório, uma vez que mediante as análises, ora debatidas, tem por objetivo esclarecer de melhor maneira em suas entrelinhas, para que o interlocutor deste, entenda e crie seu próprio senso crítico acerca do assunto debatido. Logo, as análises aqui desencadeadas dispõem de referências bibliográficas colacionadas a partir de longas e minuciosas leituras acadêmicas, como em artigos, projetos e dissertações, além de pesquisas em sites confiáveis e leituras em livros (GIL, 2014).
O estudo se baseia na análise de artigos científicos selecionados que abordam os principais aspectos que envolvem o impacto dos custos no orçamento financeiro, por meio de uma revisão sistemática de literatura. A revisão sistemática constitui a organização de evidências provenientes de estudos primários orientadospara responder uma questão específica de pesquisa (GALVÃO; PEREIRA, 2014).
Após a definição do tema foram feitas buscas em base de dados virtuais, Capes e Google Acadêmico, utilizando computador com acesso à internet. Trata-se de duas ferramentas de dados cujo acesso pode ser feito por pesquisa “online” e gratuita. Para a busca bibliográfica utilizou-se termos da língua portuguesa: Custos; Orçamento financeiro; Empresas. Em seguida, foram localizados os artigos e avaliados os resumos cuja palavras-chave estivessem contidas no trabalho (GALVÃO; PEREIRA, 2014).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	De acordo com Deming (1990), o desenvolvimento de recursos humanos pode ser considerado um conceito polivalente. Uma vez que o mesmo pode ser observado através da gestão de pessoas que envolve diretamente fatores como, apoiar dentro do setor empresarial na obtenção de novos conhecimentos, dar auxílio a disseminação das informações presentes nas políticas de comunicação de uma empresa, estimular sobre o aspecto da gestão a documentação da história e evolução da empresa, bem como capacitando e estimulando a educação dos colaboradores.
	A última questão pontuada no parágrafo supramencionado é indispensável sobre o prisma do crescimento empresarial. Também possui relação direta com o que conhecemos como valorização e incentivo aos funcionários. Pois funcionários corretamente motivados podem proporcionar e desempenhar suas atividades de forma mais eficaz na empresa. (DEMING, 1990). Não podemos esquecer ainda, que dentro do processo de gestão de recursos humanos, existem atividades e processos que precisam ser levados em consideração, á exemplo podemos mencionar os de informação, processos de mudanças, vantagens competitivas e a cultura organizacional. (GUERREIRO RAMOS, 1984).
	Toda e qualquer gestão precisa está organizada através de etapas, nesse sentido a gestão do conhecimento perpassa pelas fases de identificação, análise, definições e revisão. Tais aspectos irão melhorar o desempenho empresarial pretendido. (GUERREIRO RAMOS, 1984). Sobre esse prisma, percebe-se que a o desenvolvimento de recursos humanos sobre o prisma do contexto organizacional é fundamental dentro do Supermercado do Futuro, uma vez que ele é responsável por considerável número de funções dentro da empresa.
	Os custos são caracterizados pelos gastos diretamente a produção ou serviço, já as despesas são os gastos que não estão diretamente relacionados a eles. Entendendo isso também é necessário saber diferenciar os custos fixos dos custos variáveis. Pôde-se dizer que o custo fixo, como o próprio nome faz alusão, diz respeito ao custo que está sujeito a menos alterações, seja para redução ou aumento. Ele se mantém fixo na produção ou volume de vendas. De acordo com os pensamentos de Leone (2000, p. 55), pode-se definir os custos fixos de uma empresa como “custos que não variam com a variabilidade da atividade escolhida. Isto é, o valor total dos custos permanece praticamente igual mesmo que a base de volume selecionada como referencial varie” (LEONE, 2000, p. 55). Em contrapartida, Martins (2001), preceitua que: 
Não existe custo ou despesa eternamente fixos; são, isso sim, fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade a que se referem, sendo que, após tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional, tendendo a subir em “degraus”, podendo ser chamados de semifixos (MARTINS, 2001, p. 269).
	No que concerne o custo variável, em contrapartida, se trata do custo que sofre alterações de acordo com determinadas especificidades, este tipo osclila de acordo com o dia a dia da empresa ou negócio, está atrelado, concomitantemente ao que preceitua Backer; Jacobsen (1974), quando discorrem que os custos variáveis “são os custos que tendem a crescer ou diminuir, no total, em proporção às mudanças nos níveis de atividade”. (BACKER; JACOBSEN, 1974, p. 13). Em consonância Garrison, Noreen (2001), informam que o custo variável, 
[…] É aquele cujo total varia na razão direta das alterações do nível de atividade, que pode ser expressa de muitas maneiras, como, por exemplo, unidades produtivas, unidades vendidas, quilometragem percorrida, leitos ocupados, linhas de impressão, horas trabalhadas e assim por diante (GARRISON; NOREEN, 2001, p. 37). 
Percebe-se o diálogo convergente nas conceituações acerca dos custos variáveis, uma vez que os autores ao norte identificam que o referido custo está intrinsecamente ligado a diversos fatores inerentes a uma linha de produção que pode sofrer aumento ou diminuição em detrimento de vários fatores.
5. CONCLUSÃO
Com base no que foi elencado acima, pode-se dizer que os impactos dos custos no orçamento financeiro de uma empresa, são as mais variáveis possíveis, tendo em vista que há uma diferenciação no que se refere ao tipo de empresa, bem como as suas tomadas de decisões. Isso se justifica no modelo pautado, no ramo de atuação e primordialmente em detrimento ao estilo de custo ser variável ou fixo. 
Portanto, é notório que as empresas, independente do seu ramo de atuação, compreendam que os custos, de acordo com o que foi mencionado por Leone (2000); Backer; Jacobsen (1974) e Garrison; Noreen (2001), influenciam diretamente no setor financeiro de determinado empreendimento. Pautar e saber utilizar a gestão desses recursos de forma eficaz, é de suma importância neste contexto, principalmente no que diz respeito a objetivação de um modelo de produção equitativo, produtivo e consequentemente rentável para a empresa. 
Há então, a necessidade de aprimorar cada vez mais as técnicas e maneiras de manutenção dos mecanismos mencionados ao norte, para que se obtenha êxito e que a escolha e utilização dos custos, objetivando a minimização dos impactos negativos no setor financeiro da respectiva. Destarte, o bom manuseio de controles e metas são indispensáveis com intuito de reduzir significativamente consequências emergentes, que acarreta prejuízos, que em muitos casos são irreparáveis. 
6. REFERÊNCIAS
ATHAR, Raimundo Aben. Introdução à contabilidade. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
BACKER, Morton; JACOBSEN, Lyle E. Contabilidade de custos: um enfoque de administração de empresas. Volumes 1 e 2. Tradução de Pierre Louis Laporte. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1974.
COSTA, Ana Maria. Revoluções Tecnológicas e Transformações Subjetivas. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 2002.
CHING, Hong Yuh. Contabilidade Gerencial. 1.ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
DEMING, W.E. Qualidade: a revolução da administração, Rio de Janeiro, Marques-Saraiva, 1990.
DOWNING, Douglas & CLARK, Jefrey. Estatística Aplicada. Tradução: Alfredo Alves
Faria. Editora Saraiva – São Paulo – Copyright. 1998.
GALVÃO, T. F.; PEREIRA, M. G. P. Revisões sistemáticas da literatura: passos para sua elaboração. Epidemiol. Serv. Saúde,v. 23, n. 1, p. 183-184,jan./mar. 2014.
GARRISON, R. H., NOREEN, E. W.; BREWER, P. C. Contabilidade gerencial. 9. Ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2001.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: ATLAS, 2014.
GUERREIRO RAMOS, A. Modelos de homem e teoria administrativa. Revista de Administração Pública. 18(2):3-12,1984.
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
LEVIN, J. Estatística Aplicada às Ciências Humanas. São Paulo: Ed. Harbra, 1987.
LOURENÇO FILHO,R.C.B. Controle estatístico de qualidade. Rio de Janeiro, Livros técnicos e Científicos Editora, 1964.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
1 Cassio Willem Lima Santana – Discente 
2 Katiuce Alexandra Soares Schneider – Discente 
3 Lara Beatriz Borges Ramalho – Discente 
4 Larraine Prudêncio de Assis – Discente 
5 Leone Bandeira – Tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Gestão Financeira (FLC14869GFI) – Prática do Módulo I - 23/06/22

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