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NEURORREABILITAÇÃO COGNITIVA, MOTORA E SOCIOEMOCIONAL (1)

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1 
TERORIA
NEURORREABILITAÇÃO 
COGNITIVA, MOTORA E 
SOCIOEMOCIONAL 
 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 3 
TIPOS DE AVALIAÇÃO ............................................................................................. 5 
AVALIAÇÃO GLOBAL, COMPORTAMENTAL, ACUIDADE VISUAL, AUDITIVA ..... 8 
AVALIAÇÃO COGNITIVA E DA PSICOMOTRICIDADE ........................................... 14 
AVALIAÇÃO DO IDOSO, PREVENÇÃO À DEPRESSÃO E ESCALA DE 
AUTOESTIMA E PLANEJAMENTO DA INTERVENÇÃO ......................................... 28 
PLANEJAMENTO DA REABILITAÇÃO .................................................................... 40 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
3 
APRESENTAÇÃO 
 
Desejamos boas-vindas ao curso Neurorreabilitação Cognitiva, Motora e 
Socioemocional Informe-se do conteúdo a ser estudado nas próximas semanas, 
conheça os objetivos da disciplina e a organização dos temas. Cabe a você 
administrar o tempo conforme a sua disponibilidade. Contudo, lembre-se de que há 
um prazo para a conclusão do curso que inclui a realização das atividades avaliativas 
e avaliação final. 
Os conteúdos estão organizados de forma didática, objetiva e coerente; são 
abordados por meio de textos básicos, com questões para pesquisa e reflexão; são 
indicadas, também, outras fontes de consulta, para aprofundar os conhecimentos. 
Você precisará despertar o censo crítico e sentir o desejo de pesquisar e aprofundar 
seus conhecimentos, a não ser mero copista de teorias, mas dominar as ferramentas 
disponíveis para uma docência eficaz. 
 
Objetivo Geral 
Promover a reflexão, despertar o interesse nos alunos pelo conhecimento e a busca 
pela melhor forma de desenvolver a aprendizagem. 
 
Objetivos Específicos 
 Despertar o pensamento crítico. 
 Contribuir para construção da identidade do profissional. 
 Estimular o domínio de técnicas, métodos e ferramentas para desenvolver a 
atuação profissional eficaz. 
 
Avaliação 
As atividades avaliativas objetivam duas ações principais: favorecer o processo de 
aprendizagem do cursista por meio de atividades reflexivas e analíticas; e fornecer 
 
 
 
 
4 
subsídios para o tutor avaliar o desenvolvimento do cursista nas atividades e na 
adequação aos objetivos propostos para a conclusão do curso. 
Para realizar essas atividades, você deverá consultar os livros indicados na 
bibliografia, artigos em meio eletrônico ou outras produções acadêmicas de seu 
conhecimento que versem sobre o assunto em questão. 
 
Como estudar 
Quando você começar sua leitura, sublinhe as palavras-chaves, sempre preste 
atenção na palavra central, nos sinônimos, nos verbos e na semântica. Faça um 
resumo de tudo que marcou como importante. Faça as atividades, isso fortalecerá a 
memorização. 
 
Observações 
1. Se sentir necessidade, entre em contato com o Professor. 
2. Realize as atividades propostas para enriquecimento do conhecimento. 
3. Realize a Avaliação – nota mínima para aprovação é 70 pontos. 
 
Bom estudo! 
RIAS DA APREN 
 
 
 
 
 
5 
TIPOS DE AVALIAÇÃO 
 
Antes de iniciar qualquer tipo avaliação, seja cognitiva (da aprendizagem), 
comportamental, motora, global, funcional, dentre outras, é preciso entender o que é 
patologia. Psicopatologia é uma ciência autônoma com diversos conceitos básicos, 
que diferencia as principais escolas psicopatológicas, veja abaixo alguns exemplos. 
 
PSICOPATOLOGIA COGNITIVISTA X PSICANALISTICA 
Comportamental: homem é como um conjunto de comportamentos 
observáveis, regulados por estímulos específicos e leis de aprendizagem. 
Cognitivistas: centra atenção sobre as representações cognitivistas 
conscientes de cada indivíduo. As representações conscientes seriam vistas 
como essenciais ao funcionamento mental e patológico. Os sintomas 
resultam de comportamentos e representações cognitivos disfuncionais, 
aprendidos e reforçados pela experiência sócio-familiar. 
Psicanalítica: homem é visto como ser determinado, dominado por forças, 
desejos e conflitos inconscientes. Na visão psicanalítica os sintomas e 
síndromes mentais são considerados formas de expressão de conflitos, 
predominantemente inconscientes, de desejos que não podem ser 
realizados, de temores a que o indivíduo não tem acesso. O sintoma é visto 
como uma ‘’formação de compromisso’’, certo arranjo entre desejo 
inconsciente, as normas e as permissões culturais e as possibilidades reais 
de satisfação desse desejo. 
Todo teste precisa ser válido, ou seja, apresentar parâmetros, sem esses parâmetros 
ele é ilegal, considerado charlatanismo, crime. Os testes são instrumentos técnicos 
utilizados para averiguar a queixa do avaliando. O aplicador deve ter familiaridade, 
pois os procedimentos deverão ser observados, incluindo os direitos dos testados, a 
conduta do testador, a divulgação e guarda dos testes. 
Os procedimentos garantem a validade da aplicação dos testes, asseguram que os 
procedimentos adotados antes da aplicação dos testes foram adotados para garantir 
a fidelidade do resultado. O testador deve proceder para que o ambiente esteja 
adequado, com boa iluminação, não possuir barulho ou algo que distraia o testando, 
explicar cada comando, se certificar que foi compreendido, não sugerir respostas, usar 
roupas adequadas e sem exageros. 
 
 
 
 
6 
De acordo com Santos e Abreu (2000), o Tribunal Internacional de Nuremberg define 
como crime contra humanidade atos de “barbárie científica” os cometidos pelos 
nazistas e experimentos médicos e científicos sem parâmetros e autorização para as 
testagens, ou seja, se o sujeito for maior de idade, deverá autorizar a testagem, se for 
menor, os responsáveis deverão autorizar por escrito a testagem. 
Para Klein (1974), os instrumentos de medida propiciam a ponte mais útil entre o 
mundo do leigo e dos especialistas em ciências. Estatisticamente, a medida analisa 
se o valor encontrado está dentro dos padrões de medida, pois somente é justificável 
quando é legitima e útil. 
A Teoria Clássica dos Testes (TCT) tem por objetivo explicar o resultado final, que é 
a soma das respostas dos itens, ou seja, o Escore Total (T). Se o teste possuir 15 
itens, o T será a soma dos itens corretos, o valor para cada item pode diferenciar, 
deverá ser contabilizado de acordo com a dificuldade da questão. 
Conforme explica Gulliksen (1950), há três fatores a serem considerados: 
1. Escore Bruto ou Empírico – T 
2. Escore Verdadeiro (T sem a margem de erro) – V 
3. Margem de Erro – E 
Pode-se chegar as seguintes fórmulas: 
a) T= V+E b) E= T-V c) V= T-E 
Os testes devem ser padronizados e normatizados. A padronização refere-se a como 
o teste será aplicado, qual a funcionalidade desse, e a normatização refere-se à 
interpretação do teste. A padronização, normatização e os parâmetros tornam a 
testagem cientifica. 
Antes de aplicar testes, o profissional precisa conhecer a legislação que o ampara, ou 
seja, saber quais testes a profissão o permite aplicar e quais não permite. Para isso, 
é necessário conhecer as normas que ditam as regras de atuação da profissão. 
 
 
 
 
7 
Para a neuroreabilitação cognitiva, motora e socioemocional, as avaliações devem ser 
adaptadas considerando as habilidades cognitivas, psicomotoras e socioemocionais 
do avaliado. As escalas de avaliação serão voltadas para estimular as áreas que o 
paciente precisa de estímulos. 
APRENDA MAIS 
Acesse à Mediateca e leia mais sobre o assunto. 
Realize as Atividades para avaliar o conhecimento adquirido. 
 
PARABÉNS, VOCÊ FINALIZOU ESSE CAPÍTULO! 
 
 
 
 
8 
AVALIAÇÃO GLOBAL, COMPORTAMENTAL, SOCIOEMOCIONAL, 
DA ACUIDADE VISUAL E AUDITIVA 
 
 
O modelo de Avaliação Global serve para, no primeiro momento, fazer um 
levantamento global das condiçõesfísicas, mentais e emocionais do cliente. Ela 
estabelece se o cliente apresenta alguma disfunção e contribui para coleta de dados, 
pode ser utilizada em diversas áreas como medicina, psicologia, psicopedagogia, 
neuropsicopedagogia, psicomotricismo, pedagogia, etc. 
Essa forma de avaliar ajuda o profissional a selecionar os tipos de escalas, a forma 
de habilitação, estimulação ou reabilitação, bem como a indicada para cada faixa de 
idade. O grande epistemólogo Piaget desenvolveu a Teoria do Desenvolvimento 
Psicogenético, ou seja, descreve as fases de idade o desenvolvimento cognitivo e 
mental, ajuda na avaliação do desenvolvimento padrão e estabelece parâmetro 
comparativo para fundamentação da avaliação, além de outros como Vygotsky, 
Wallon. 
A avaliação geral do desenvolvimento é utilizada com vistas a avaliar o progresso do 
desenvolvimento da criança e do adolescente, se este está dentro do padrão esperado 
para idade biológica. 
A avaliação Global do desenvolvimento consiste em observar o desenvolvimento do 
sistema nervoso central, os processos de aquisição das aprendizagens (cognitiva, 
emocional), como ocorrem, o que pode facilitar, o que pode bloquear, impacto das 
emoções no processo de aprendizagem, impacto das doenças, dos fármacos, a 
maturação do sistema nervoso, as disfunções, como estimular a plasticidade, o 
desenvolvimento das estruturas e das funções cerebrais envolvidas na motricidade, 
aprendizagem e emoções. 
A Escala Battelle de Svinicki é utilizada para analisar o desenvolvimento de crianças 
de 0-8 anos de idade, essa avaliação pode durar até 90 minutos, pois avalia o 
desenvolvimento das habilidades sociais e pessoais, psicomotora, cognitiva, 
 
 
 
 
9 
comunicação e adaptação ao meio. Veja, abaixo, outras escalas indicadas para 
avaliação do desenvolvimento: 
A) Escala Bayley – é utilizada para avaliar crianças de 0-3 anos de idade, é uma 
escala que avalia o desenvolvimento mental e psicomotor; 
B) Escala Denver – avalia criança de até 6 anos de idade e faz uma análise 
geral do desenvolvimento; 
C) Escala Portage – avalia de 0-6 anos de idade, o foco da avaliação é 
linguagem, socialização, autonomia, motricidade e cognição. 
A avaliação comportamental é voltada para análise do comportamento, da conduta. 
Inicia-se pela observação, mas pode vir acompanhada de análise funcional, ou seja, 
da saúde física, orgânica. A observação contribui para identificar comportamento 
natural, espontâneo, além de contribuir para avaliar o progresso do desenvolvimento 
do paciente. 
O avaliador deve utilizar instrumentos de registros para anotar as observações por 
estímulos e as espontâneas, essa avaliação também visa a mapear os 
comportamentos que precisam ser modificados e escolher a técnica para estimular a 
mudança de comportamento, principalmente se método adotado for o lúdico, sem 
cobranças, mas com certo nível de distração e prazer. 
Alguns instrumentos são utilizados para estimulação comportamental, como é o caso 
do método ABA, esse método é baseado na Escola Behaviorista que é uma teoria da 
psicologia que estudar através da observação o comportamento, seu embasamento é 
em metodologia científica, que é fundamentada na técnica experimental e 
comprováveis e não através de subjetividade da mente como sensação, percepção, 
emoção e sentimentos. Essa Escola é uma das três principais correntes que estuda o 
comportamento, junto com a Gestalt e Psicanálise. 
Já a avaliação da acuidade visual visa a mapear as disfunções visuais e auditivas que 
podem dificultar a aprendizagem, compreensão de comandos, percepção de espaço, 
tempo, atividades como leitura, escrita, pintura, dança, desenho, enfim, em todas as 
atividades de mudança comportamental, cognitiva, psicomotora, socioemocional, 
 
 
 
 
10 
dependem da acuidade visual e auditiva. O cérebro aprende por meio de estímulos 
sensoriais (tato, olfato, paladar, audição, visão), para cada sentido há uma memória, 
assim, a visão, a audição e o tato são fundamentais no processo de construção do 
saber e na reabilitação. O médico deve ser consultado para descartar ou tratar 
disfunções visuais, auditivas ou sensoriais. Isso inclusive ajuda na estimulação 
sensorial. Veja, abaixo, imagem relativa à estrutura da visão e da audição. 
 
 
 
 
 
11 
 
O ouvido interno é responsável pelo equilíbrio e pela conversão das ondas sonoras 
em sinais elétricos, ele é constituído pela cóclea, que diferencia a frequência e a 
intensidade do som, além dos canais semicirculares e do nervo auditivo, que leva 
esses sinais para o córtex cerebral. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
A esclera fixa os músculos que fazem o movimento do olho em todas as direções, eles 
são importantes para leitura e percepção visual, esses músculos são chamados de 
extraoculares. Através do orifício posterior na esclera as fibras nervosas do olho 
(nervo óptico) levam as imagens direção ao cérebro. As escalas Bayley e Portage são 
indicadas para tais avaliações. 
 
 
 
 
 
13 
 
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PARABÉNS, VOCÊ FINALIZOU ESSE CAPÍTULO! 
 
 
 
 
14 
AVALIAÇÃO COGNITIVA E PSICOMOTORA 
 
A avaliação começa a partir da queixa, que orientará nos tipos de testes selecionados 
para Avaliação Cognitiva e Motora, essa avaliação é feita por neuropsicopedagogos, 
psicólogos educacionais, neuropsicólogos, psicopedagogos, pedagogos com vistas 
ao levantamento de dados para embasamento de hipóteses ou diagnóstico. 
Sugere-se começar com a entrevista, momento em que se realiza o contrato com o 
responsável legal pela avaliação, em seguida, o avaliador fará a anamnese, após, 
começa-se a bateria de testes. Veja, abaixo, um modelo de cronograma de avaliação 
que pode ser usado por pedagogos, psicopedagogos, neuropsicopedagogos, 
psicomotricistas, pois os psicólogos e neuropsicólogos utilizam material próprio para 
avaliação. 
MODELO DE CRONOGRAMA 
DIA 
HORA 
SESSÃO PROCEDIMENTO O QUE AVALIAR? 
____/____ 
____:____ 
1ª Contrato e Anamnese Histórico da criança 
____/____ 
____:____ 
2ª Provas Operatórias 
(Leitura, Compreensão de 
Texto) 
Atenção, concentração, raciocínio, 
inteligência, área de Broca, Wernicke, 
ortografia, disgrafia, discalculia, DPAC, 
etc. 
____/____ 
____:____ 
3ª Provas Operatórias 
(Escrita e Verbalização, 
Reconhecimento dos 
Sinais, dos Números, 
Conjuntos, Superfície, 
Liquido, Matéria) 
Coordenação motora fina, Consciência 
fonológica, raciocínio, inteligência, 
discalculia, Funções Executivas, 
memórias, etc. 
____/____ 
____:____ 
4ª Provas Operatórias 
(Peso, Volume, 
Comprimento, Espaço 
Unidimensional, 
Bidimensional e 
Tridimensional) 
Raciocínio, inteligência, discalculia, 
Funções Executivas, Idade mental, idade 
Cognitiva, memórias, etc. 
____/____ 
____:____ 
5ª Provas Projetivas 
(Desenho da Família, do 
Professor, da Escola e 
Consigo) 
Avalia os vínculos e como podem 
bloquear a aprendizagem e habilidades 
sociais 
____/____ 
____:____ 
6º Teste Orientação Espacial 
Lateralidade e 
Desenvolvimento 
Neuromotor 
Avalia Conexões neuronais entre os 
hemisférios. desenvolvimento 
neuromotor, coordenação, postura, etc. 
____/____ 
____:____ 
7ª Outros: Cars, M-Chat, 
MTA/Snap IV 
No caso de suspeita de autismo, TDAH, 
DI, etc. 
____/____ 
____:____ 
8ª Devolutiva/Relatório Médico/Escola 
 
 
 
 
 
15 
MODELO DE ANAMNESE 
DADOS DO ALUNO 
NOME 
IDADE RELIGIÃO DA FAMÍLIA: 
SÉRIE: FUNDAMENTAL( ) MÉDIO ( ) SUPERIOR ( ) 
DATA DO NASCIMENTO:____/____/_______. SEXO: F ( ) M ( ) 
NATURALIDADE ________________________________________ NACIONALIDADE_______________________________ 
NOME DA MÃE________________________________________________________________________________________ 
NATURALIDADE_________________________________________NACIONALIDADE________________________________NOME DO PAI:________________________________________________________________________________________ 
NATURALIDADE_________________________________________NACIONALIDADE_______________________________ 
ESTADO CIVIL DOS PAIS: CASADOS ( ) DIVORCIADOS ( ) OUTROS ( ) 
COMO A CRIANÇA REAGIU AO DIVÓRCIO? 
JÁ REPETIU ANO? SIM ( ) NÃO ( ) 
TEM ALGUMA DOENÇA PATOLÓGICA JÁ DETECTADA? SIM ( ) NÃO ( ) QUAL? 
TEM IRMÃOS? SIM ( ) NÃO ( ) QUANTOS? 
DESCREVA OS IRMÃOS: 
DESCREVA OS PAIS: 
DESCREVA A ESCOLA: 
DESCREVA A RELIGIÃO: 
QUAL A QUEIXA? 
DADOS DA ESCOLA 
NOME 
HISTÓRICO DA ESCOLA(MISSÃO, VISÃO E VALORES) 
PROPOSTA PEDAGÓGICA: 
FORMAÇÃO TÉCNICA DOS PROFESSORES: 
SISTEMA DE AVALIAÇÃO: 
NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA 
QUEM ENCAMINHOU O ALUNO? 
QUAL A QUEIXA? 
DISCIPLINA(S) EM QUE A CRIANÇA APRESENTA DA: 
METODOLOGIA DE ENSINO DOS PROFESSORES DESSAS DISCIPLINAS: 
COMO É FEITA A AVALIAÇÃO DO ALUNO? 
COMO É O RELACIONAMENTO DO PROFESSOR/ALUNO? 
 
 
 
 
16 
COMO A CRIANÇA SE SENTE NA PRESENÇA DO PROFESSOR? 
A CRIANÇA É REPRIMIDA OU TEM LIBERDADE PARA EXPRESSAR SUAS IDÉIAS E OPINIÕES? EXPLIQUE. 
HISTÓRICO DE VIDA DO ALUNO 
A GRAVIDEZ FOI DESEJADA? SIM ( ) NÃO ( ) 
COMO FOI A GESTAÇÃO E O PARTO? 
AMAMENTAÇÃO (ASSIMILAÇÃO/ACOMODAÇÃO, AFETIVIDADE): 
PEITO ( ) MAMADEIRA ( ) 
TEM HORA PARA COMER? SIM ( ) NÃO ( ) 
COM QUE IDADE DEIXOU AS FRALDAS? _________IDADE. 
COMO LIDOU COM ESSA MUDANÇA? 
EVOLUÇÃO PSICOMOTORA DA CRIANÇA 
ENGATINHOU? SIM ( ) NÃO ( ) ANDOU COM QUE IDADE? 
COMO APRENDEU A ANDAR? 
SE SENTIA SEGURO ( ) SE SENTIA INSEGURO ( ) 
COMO FOI A EVOLUÇÃO DOS MOVIMENTOS ( SEGURAR COLHER, RABISCOS, SEGURAR BRINQUEDOS)? 
É ESTABANADO? SIM ( ) NÃO ( ) 
É AGITADO? SIM ( ) NÃO ( ) 
BRINCA COM SEGURANÇA? SIM ( ) NÃO ( ) 
TEM MEDO DE BRINCAR NO PARQUE? SIM ( ) NÃO ( ) 
COM IDADE COMEÇOU A FALAR? 
FALAVAM PARA ELE REPETIR? SIM ( ) NÃO ( ) 
ELE TROCAVA AS LETRAS? SIM ( ) NÃO ( ) 
QUAIS LETRAS? 
ERA CORRIGIDO? SIM ( ) NÃO ( ) 
ATUALMENTE AINDA TROCA LETRAS? SIM ( ) NÃO ( ) 
CONSEGUE CONTAR UMA HISTÓRIA COM COMEÇO, MEIO E FIM? 
SIM ( ) NÃO ( ) 
DORME QUANTAS HORAS POR DIA? ________HORAS. 
TEM PESADELOS? SIM ( ) NÃO ( ) 
DORME SÓ? SIM ( ) NÃO ( ) 
TEM MEDO DE DORMIR SOZINHO? SIM ( ) NÃO ( ) 
O SONO É AGITADO? SIM ( ) NÃO ( ) 
QUE HORAS ACORDA___________QUE HORAS VAI DORMIR_____________________ 
HISTÓRIA CLÍNICA DA CRIANÇA 
 
 
 
 
17 
TEM BRONQUITE: SIM ( ) NÃO ( ) 
ALERGIAS: SIM ( ) NÃO ( ) QUAIS? 
INTERNAÇÕES? SIM ( ) NÃO ( ) 
CIRURGIAS? SIM ( ) NÃO ( ) 
PROBLEMAS DE VISÃO? SIM ( ) NÃO ( ) 
AUDIÇÃO? SIM ( ) NÃO ( ) 
OUTROS TRATAMENTOS: 
ASPECTOS DE RELACIONAMENTOS 
A CRIANÇA GOSTA DE CHAMAR ATENÇÃO PARA SI? SIM ( ) NÃO ( ) 
TEM DIFICULDADE DE DIVIDIR OS BRINQUEDOS? SIM ( ) NÃO ( ) 
APRESENTA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO VARIANDO O HUMOR SEM MOTIVO APARENTE? SIM ( ) NÃO ( ) 
ACEITA SER DISCIPLINADO? SIM ( ) NÃO ( ) 
RESPEITA AS REGRAS IMPOSTAS? SIM ( ) NÃO ( ) 
ASPECTOS DE RACIOCÍNIO 
A CRIANÇA RECONHECE QUANDO ERRA? SIM ( ) NÃO ( ) 
TENTA JUSTIFICAR OS ERROS? SIM ( ) NÃO ( ) 
 QUANDO É SOLICITADA ELA PRESTA ATENÇÃO? SIM ( ) NÃO ( ) 
COMPREENDE O QUE É SOLICITADO? SIM ( ) NÃO ( ) 
ACOMPANHA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR PROPOSTO? SIM ( ) NÃO ( ) 
ASPECTOS DA LINGUAGEM ORAL 
A CRIANÇA PRESTA ATENÇÃO A DETALHES QUANDO FAZ A LEITURA? SIM ( ) NÃO ( ) 
EXPRESSA SEU PENSAMENTO COM SEQUENCIA LÓGICA? SIM ( ) NÃO ( ) 
APRESENTA INIBIÇÃO AO FALAR? SIM ( ) NÃO ( ) 
TROCA LETRAS OU FONEMAS AO FALAR? SIM ( ) NÃO ( ) 
EXPRESSA SUAS IDEIAS COM SEGURANÇA? SIM ( ) NÃO ( ) 
ASPECTOS DA LINGUAGEM ESCRITA 
APRESENTA LETRA LEGÍVEL? SIM ( ) NÃO ( ) 
APRESENTA ORIENTAÇÃO ESPACIAL? SIM ( ) NÃO ( ) 
OMITE LETRAS? SIM ( ) NÃO ( ) 
REPETE LETRAS? SIM ( ) NÃO ( ) 
OBEDECE AO SENTIDO LÓGICO? SIM ( ) NÃO ( ) 
APRESENTA NOÇÃO DE REALIDADE/FANTASIA? SIM ( ) NÃO ( ) 
DADOS DA FAMÍLIA 
OS PAIS BRIGAM NA FRENTE DAS CRIANÇAS? SIM ( ) NÃO ( ) 
 
 
 
 
18 
CORRIGEM A CRIANÇA NA FRENTE DOS OUTROS? SIM ( ) NÃO ( ) 
COMO É O CRITÉRIO DE DISCIPLINA NA FAMILIA? 
A FAMILIA É HARMONICA? SIM ( ) NÃO ( ) 
OS PAIS COSTUMAM BRINCAR COM OS FILHOS? SIM ( ) NÃO ( ) 
A CRIANÇA DEMOSNTRA ALEGRIA EM CASA? SIM ( ) NÃO ( ) 
A CRIANÇA APRESENTA CIÚME OU INVEJA? SIM ( ) NÃO ( ) 
A CRIANÇA PREFERE O ISOLAMENTO AO CONTATO SOCIAL? SIM ( ) NÃO ( ) 
AVALIAÇÃO DA CRIANÇA 
QUAL A PERCEPÇÃO QUE A CRIANÇA TEM DE SI? 
A CRIANÇA CONSEGUE DESCREVER A FAMÍLIA? SIM ( ) NÃO ( ) 
QUAL É A PERCEPÇÃO QUE ELA TEM DA SUA FAMÍLIA? 
QUAL É A PERCEPÇÃO QUE ELA TEM DA ESCOLA? 
COMO A CRIANÇA SE IMAGINA NO FUTURO? 
A CRIANÇA TEM BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS? SIM ( ) NÃO ( ) 
TEM ACESSO A LIVROS? SIM ( ) NÃO ( ) 
BRINQUEDOS ELETRÔNICOS? SIM ( ) NÃO ( ) 
COMO É A ALIMENTAÇÃO 
SITUAÇÕES VIVENCIADAS PELA CRIANÇA 
NASCIMENTO DE IRMÃOS: SIM ( ) NÃO ( ) 
MUDANÇA DE ESCOLA: SIM ( ) NÃO ( ) 
MUDANÇA DE CIDADE/PAIS: SIM ( ) NÃO ( ) 
MORTE: SIM ( ) NÃO ( ) DE QUEM? 
COMO A CRIANÇA SE COMPORTOU? 
DESEMPREGO: SIM ( ) NÃO ( ) 
SEPARAÇÃO: SIM ( ) NÃO ( ) 
TEM ALGUÉM QUE PROTEGE A CRIANÇA QUANDO ELA É DISCIPLINADA? SIM ( ) NÃO ( ) QUEM? 
A CRIANÇA RELACIONA-SE BEM COM O PAI? SIM ( ) NÃO ( ) 
COM A MÃE? SIM ( ) NÃO ( ) 
QUEM A AJUDA NAS TAREFAS ESCOLARES? 
QUAL O PROGRAMA DE TV PREFERIDO DA CRIANÇA? 
ORIENTAÇÃO AOS PAIS: 
 (Carimbo e assinatura do responsável) 
 
1. Testes Aplicados: 
 
 
 
 
19 
2. THM – DATA:___/____/_____. RESULTADO:_______________________ 
3. LINGUAGENS – DATA:___/____/_____. RESULTADO:_______________ 
4. MOTORA – DATA:___/____/_____. RESULTADO:___________________ 
5. FUNÇÕES EXECUTIVA – DATA:___/____/_____. RESULTADO:____________ 
6. MEMÓRIAS–DATA:___/____/_____. RESULTADO:__________________ 
7. PROJETIVAS – DATA:___/____/_____. RESULTADO:________________ 
8. PERCEPÇÕES – DATA:___/____/_____. RESULTADO:________________ 
9. ESCALAS – DATA___/____/______. RESULTADO:__________________ 
 
A anamnese serve para identificar possíveis bloqueios, traumas, disfunções na 
infância, que dificultam a aprendizagem, sejam elas por causa de doenças, 
medicamentos ou até mesmo no período da gestação, dentre outros. É importante 
lembrar que a avaliação cognitiva é focalizada nos processos de aprendizagem no 
cérebro, na maturação do sistema nervoso central, nos seus bloqueios, suas 
estruturas e funções envolvidas nos processos da linguagem, fala, funções da leitura, 
da escrita, do raciocínio lógico e matemático, das funções executivas, das emoções 
envolvidas na aprendizagem, das percepções sensoriais, psicomotoras, 
socioemocionais. Para avaliar, é preciso ter parâmetros, teóricos como 
fundamentação cientifica para embasamento dos resultados encontrados, vamos 
utilizar Piaget, como exemplo. Veja, abaixo, áreas cerebrais relacionadas com 
aprendizagem: 
 
 
 
 
 
20 
De acordo com a Teoria do Desenvolvimento de Piaget, a criança passa por um 
processo de desenvolvimento. Piaget descreve esse processo em períodos e fases, 
nos quais são classificadas as etapas do desenvolvimento infantil. Cada fase 
apresenta característica própria da maturidade neuronal, biológica e psicológica. Essa 
teoria apresenta dois períodos, de 0 a 7 anos, que é o primeiro, e de 8 a 12 anos, o 
segundo. A descrição de cada período em etapas e fases é de acordo com a idade 
cronológica do indivíduo. 
 
PRIMEIRA ETAPA 
 0 a 24 meses – Sensório-Motor: a criança passa por várias etapas. A primeira etapa 
corresponde ao recém-nascido, que vai de zero a um mês de vida. Nessa etapa, o 
choro é a forma de comunicação, por meio dele a criança demonstra satisfação, 
desconforto, dor, forme.Nessa fase, a criança deve ser estimulada a mamar, sugar, 
sensações de prazer e saciedade. 
 A segunda fase 1-4 meses: nessa fase, deve-se estimular o desenvolvimento 
muscular; a criança deve pegar os objetos, perceber os movimentos e acompanhá-
-los visualmente; é marcada pelo desenvolvimento motor. 
 A terceira fase é marcada pelos movimentos, engloba as crianças de 4-8 meses: 
nesse período, deve-se estimular a coordenação e os movimentos das mãos, dos 
pés, dos olhos, do tônus muscular, como o estímulo a sentar e a engatinhar, segurar 
talheres para comer e marchar. 
 Na quarta fase, de 8-12 meses, a criança deve ser estimulada a falar, a pedir o 
brinquedo que quer. 
 A quinta fase vai de 12-18 meses: nessa fase, a criança precisa ser estimulada a 
relacionar os objetos aos sons e imagens, relacionar nomes à pessoas, animais e 
objetos. 
 A sexta fase engloba crianças de 18-24 meses, a criança deve ser estimulada a 
falar e formar frases, obedecer, dar nomes aos objetos. Essa é a primeira etapa de 
desenvolvimento infantil, e é marcada por desenvolvimento muscular, socialização, 
verbalização e cognição da criança. 
 
 
 
 
21 
SEGUNDA ETAPA: PRÉ-OPERATÓRIO 
 Engloba crianças de dois a sete anos - é marcado pelo desenvolvimento fisiológico, 
psicológico e, principalmente, o cognitivo. A criança deve ser estimulada a narrar 
fatos, desenvolver coordenação motora fina e grossa e a socialização. 
A TERCEIRA E QUARTA ETAPAS 
 São formadas pelas fases: Operatório Concreto e Operatório-Formal, ambos 
marcados pelo desenvolvimento cognitivo. Esses testes piagetianos estão 
disponíveis no mercado para comprar, com orientação de utilização. Entretanto, é 
possível utilizar outros tipos de testes, veja sugestões abaixo: 
 Escala de Desenvolvimento e Psicomotriz de McCarthy (0-8anos de idade); 
 Escala Wisc IV; 
 BADYG-R – Escala Bateria de Aptidões Diferentes e Gerais (12-16 anos de 
idade); 
 Testes Projetivos; 
 Escala de Avaliação da Autoestima de Rosemberg; 
 CAG – Questionário de Autoconceito de Garcia Torres; 
 Escala de Avaliação de Prevenção da Depressão 
Os profissionais precisam saber detectar possíveis depressão em crianças, 
adolescentes e idosos, pensando nisso, Nelson Araeda et al., desenvolveu uma 
escala que possibilita profissionais pedagogos a utilizarem na avaliação da criança. 
Enfim, são muitas opções no mercado para avaliar e interpretar os resultados, bem 
como fazer os relatórios explicando os resultados encontrados. Esse conteúdo é 
importante para que o profissional saiba a importância de cada avaliação e de 
conhecer o histórico do paciente que será estimulado, habilitado ou reabilitado, para 
que se possa planejar a reabilitação que melhor o paciente vai se adequar e motivar 
as mudanças emocionais, estruturais e funcionais. 
A Avaliação Psicomotora visa a identificar o desenvolvimento do sistema neuromotor, 
sensório-motor, a perceptomotricidade, a ideomotricidade e habilidades psicomotoras. 
 
 
 
 
22 
O sistema neuromotor está relacionado com o desenvolvimento do sistema nervoso, 
das estruturas e funções motoras. O sensório-motor está relacionado com a 
capacidade do sistema sensorial (tato, olfato, paladar, audição e visão) e do sistema 
motor em coordenar os movimentos musculares que possibilitam as funções dos 
sentidos em executar uma função, como o movimento ocular, para ler, enfim, a 
aprendizagem depende da integração dos sistemas sensorial e motor. Veja, abaixo, 
imagem do desenvolvimento motor na Escala Denver. 
 
 
 
 
 
23 
 
Fonte: Gislayne Nieto – Marco do Desenvolvimento | 2016 
A função perceptomotriz é a capacidade de identificar os sentidos e orientar uma 
atividade como perceber o próprio corpo, a posição no tempo/espaço, regulação da 
marcha (caminhada), regulação da respiração, manipular objetos, dentre outros. 
A função Ideomotriz é a capacidade de perceber a si mesmo como ser e pessoa, 
pensamento, representação das imagens mentais. As habilidades psicomotoras são 
relacionadas com o esquema Corpo/Mente, controle postural, lateralidade, percepção 
de espaço/tempo, dentre outras. Veja, abaixo, imagem que demonstra o 
desenvolvimento motor no primeiro ano. 
 
 
 
 
24 
 
Fonte: Gislayne Nieto – Marco do Desenvolvimento | 2016 
 Existem algumas Escalas para avaliação do desenvolvimento psicomotor, veja 
abaixo: 
 Escala BUCHER; 
 Escala Victor da Fonseca; 
 BENDER; 
 Teste de dominância de Harris; 
 Teste de Esquema Corporal; 
 Teste de Motricidade de Ozerestski; 
 Teste de Ritmo de Stambak; 
 Denver; 
 Manual de Exame Psicomotor Rossel. 
Vamos estudar as Escalas de Fonseca (1995), pois nos dão base para fazer avaliação 
do Equilíbrio, da marcha, da noção do corpo, do ritmo, da coordenação, da velocidade 
e precisão, essa é uma escala indicada inclusive para avaliação psicoterapêutica com 
dançaterapia.
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
27 
 
 Lembrando que essa escala pode ser adaptada para adolescentes, adultos e idosos 
 
 
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Realize as Atividades para avaliar o conhecimento adquirido. 
 
PARABÉNS, VOCÊ FINALIZOU ESSE CAPÍTULO! 
 
 
 
 
28 
AVALIAÇÃO DO IDOSO, PREVENÇÃO À DEPRESSÃO E ESCALAS 
DE AUTOESTIMA E PLANEJAMENTO DA INTERVENÇÃO 
 
O declínio cognitivo e motor no idoso está associado às mudanças que ocorrem no 
sistema nervoso devido ao envelhecimento, esse é um processo natural, mas que 
pode não ser tão impactante se o envelhecimento não for patológico, ou seja, se o 
idoso for saudável, se praticar atividade física, tiver boa alimentação, tiver saúde 
emocional e mental, enfim, uma velhice com qualidade de vida. Envelhecer não é 
sinônimo de doença, depressão, dependência, etc. 
De acordo com Delgado-Losada (2015), conforme a idade avança, surgem mudanças 
no sistema nervoso central associadas às placas senis, degeneração neurofibrilar, 
atrofia do cérebro (junto com diminuição do volume e peso), o que provoca uma 
mudança nas estruturas e funções cognitivas. Essas mudanças são detectadas após 
os 65 anos de idade, entretanto, pessoas com envelhecimento saudável conseguem 
uma reserva cognitiva, que é uma capacidade cognitiva melhor na terceira idade. 
Para Stern (2002), a reserva cognitiva é a capacidade do cérebro em lidar com danos 
causados por patologias. Para ele, a partir de atividades cerebrais que a pessoa 
acumulou ao longo da vida, é possível ao cérebro atrasar a deteriorização cognitiva 
do idoso, ou seja, é uma espécie de compensação das atividades e dos exercícios 
mentais praticados ao longo dos anos, em outras palavras, da ginástica cerebral. 
Alguns pesquisadores mapearam algumas variáveis relacionadas à reserva cognitiva, 
são elas: 
 QI; 
 Nível de Escolaridade; 
 Tipo de alimentação; 
 Atividade Física; 
 Atividades cognitivas; 
 Atividades sociais; 
 Exercícios cognitivos regulares (regra da neuroplasticidade). 
 
 
 
 
29 
Rami et al (2011) elaborou um questionário para avaliar a reserva cognitiva. 
QRC – QUESTIONÁRIO DE RESERVA COGNITIVA (REMI, 2011) 
ESCOLARIDADE ESCOLARIDADE DOS PAIS 
0 - sem estudo; 
1 – autodidata; 
2 – básico; 
3 – fundamental; 
4 – médio; 
5 - superior 
0 – não alfabetizado; 
1 – nível básico; 
2 – médio/superior 
CURSO DE FORMAÇÃO OCUPAÇÃO LABORAL 
0 – Nenhuma 
1 – 1 ou 2 
2 – Até 5 
3 – Mais de 5 
0 – Não qualificado 
1 – Qualificação Manual 
2 – Qualificação Intelectual 
3 – Qualificação Superior 
4 – Direção 
FORMAÇÃO MUSICAL IDIOMAS/CONVERSAÇÃO 
0 – Não toca nenhum instrumento 
1 – Toca pouco/ escuta musica 
2 – formação musical 
0 – Somente o idioma materno 
1 – dois idiomas 
2 – três idiomas 
3 – mais de três idiomas 
LEITURA JOGOS INTELECTUAIS/LÚDICO 
0 – Nunca 
1 – Ocasionalmente 
2 – de 2 a 5 livros por mês 
3 – de 5 a 10 livros por mês 
4 - mais de 10 livros por mês 
0 – Nunca 
1 – Ocasionalmente 
2 – frequentementeTOTAL DE PONTOS Nº da soma 
 
A soma é o total dos pontos obtidos, quanto maior a pontuação, maior é a reserva 
cognitiva do idoso. Uma das maiores queixas do idoso é a memória, para estimular e 
avaliar a memória do idoso, pode-se utilizar técnicas utilizando a experiência de vida 
do idoso, como mostrar fatos históricos, fotos, imagens e pedir para ele contar o que 
lembra, falar nomes, datas. 
Essas estratégias podem também ser utilizadas na reabilitação da memória, a 
estimulação/avaliação deve utilizar a associação da palavra com a imagem, 
estimulação da imagem mental, repetição de palavras, organização e agrupamento 
de objetos/palavras, assim como o exercício deve ser com base nessas atividades, 
para que o idoso evoque suas lembranças de vida. 
A avaliação para prevenir ou detectar depressão também deve fazer parte do 
repertório profissional, pois tem aumentado os casos de depressão em crianças, 
adolescente, idosos e adultos, porém poucas pessoas saber identificar os primeiros 
sinais. 
 
 
 
 
30 
De acordo com Vallejo & Crespo (2004), a depressão se manifesta por meio de sinais 
e sintomas como tristeza, atitudes pessimistas, perda da autoestima, alteração de 
humor, apatia, dentre outras. Está relacionada com alterações no corpo como 
cansaço, perda do apetite, dor no corpo. É importante destacar que a depressão é um 
transtorno e que pode ser causado por diversos fatores como: 
 Biológicos – alterações hormonais (neuroquímica); 
 Genético; 
 Experiências de vida; 
 Perdas; 
 Medicação; 
 Doenças, dentre outras. 
Pessoas deprimidas apresentam pensamentos de fracasso, solidão, tristeza profunda, 
falta de vontade de viver, apatia, vontade de ficar sozinho, dormir, ficar no escuro, 
dentre outros. É a ausência de motivação para viver e socializar-se. O médico deve 
avaliar a necessidade de utilizar medicamentos e atividades terapêuticas para ativar 
a produção de serotonina, dopamina e outros neurotransmissores que promovem a 
felicidade e prazer. Também é importante trabalhar com um nutricionista, existem 
alimentos que estimulam os neurotransmissores a produzirem esses hormônios que 
são fundamentais para a saúde mental e física. Veja, abaixo, escalas indicadas para 
avaliação e prevenção da depressão: 
 Escala de BARTHEL; 
 Escala ABVD; 
 Escala de Tinetti; 
 Escala de Yesavage; 
 Escala de Goldberg & Cols; 
 Escala de Kone, dentre outras. 
A avaliação do desenvolvimento socioemocional envolve a predisposição genética e 
as experiências sociais do indivíduo. De acordo com Machargo (1991), a autoestima 
e o autoconceito apresentam papel fundamental no desenvolvimento socioemocional. 
 
 
 
 
31 
O envelhecimento biológico e psicológico pode gerar complicações emocionais e 
sociais para o idoso, pois ele já não se sente parte da sociedade produtiva, não 
consegue ser ativo como na juventude, isso acaba provocando um estresse e 
desinteresse por participar de eventos sociais, porém, quando o idoso é estimulado a 
pensar e sentir de forma positiva, praticar atividades físicas e alimentação balanceada 
e sem químicas e conservantes, o envelhecimento ocorre de forma natural e saudável. 
Não significa dizer que não haverá declínio da percepção visual, auditiva, espacial, da 
memória, da atenção, da tomada de decisões e até da autonomia, mas que todos 
esses declínios serão trabalhados no dia a dia e de forma a não gerar impactos 
negativos psicológicos e sociais. 
O importante é estimular o idoso com palavras positivas, com reflexões de autoestima, 
isso ajudará a não pensar de forma negativa, pois o pensamento negativo 
descompensa o organismo e as funções celulares nas sinapses, modificando a 
produção de neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina, 
oxitocina e endorfina, dormir bem ajuda na renovação do sistema nervoso, o que é 
muito importante e essencial em todas as idades, mas no idoso é tratamento e 
sinônimo de qualidade de vida. 
O envelhecimento seja saudável ou não, gerará impacto no psicológico do idoso e 
seus efeitos serão percebidos em doenças psicossomáticas e principalmente a 
depressão. A família precisa ajudar no envelhecimento do idoso, o carinho, a 
estimulação e controle de medicamentos e a estimulação de atividades física e boa 
alimentação são tratamento e para o envelhecimento com qualidade de vida. Por isso, 
é importante que a saúde física esteja boa e em declínio natural, para que a saúde 
mental não seja prejudicada. 
Quando a saúde física é abalada a mental também é, exemplo disso é o Parkinson, 
doença que apresenta um excesso de dopamina, os níveis hormonais interferem nas 
funções dos órgãos e das células, é fundamental manter esses hormônios nos níveis 
de equilíbrio para se ter saúde física e mental, pois uma interfere na outra e ambas 
promovem a qualidade da vida social do idoso. A saúde mental do idoso está 
intimamente relacionada com a saúde física, psicológica e social. 
 
 
 
 
32 
A estimulação ou reabilitação do idoso poderá ser por meio de dançaterapia, 
arteterapia, jogos, brincadeiras, ludicidade. A Intervenção é o plano de habilitação ou 
reabilitação do avaliado. Após a avaliação por meio da aplicação dos testes, as 
hipóteses já foram confirmadas ou descartadas e o profissional já tem um diagnóstico. 
Agora é a hora de planejar como será a habilitação, no caso de nunca ter sido 
habilitado ou reabilitação, no caso de ter perdido habilidades. 
O primeiro passo é conhecer as características da causa, as áreas do cérebro 
envolvidas e saber como fará o passo a passo da estimulação, o tempo para cada 
estimulo e o tempo que se deseja alcançar o objetivo. A intervenção deve seguir o 
padrão científico, o profissional precisa relatar em plano de intervenção como 
organizará os estímulos, os resultados esperados, quais os teóricos que utilizará como 
base científica, os métodos, técnicas, tempo, metas para cada passo e como deseja 
alcançar os objetivos. 
O envelhecimento pode trazer complicações emocionais e sociais para o idoso, 
entretanto, quando o idoso é estimulado a pensar e sentir de forma positiva, o 
envelhecimento ocorre de forma natural e saudável. Não significa dizer que não 
haverá declínio da percepção visual, auditiva, espacial, da memória, da atenção, da 
tomada de decisões e até da autonomia, mas que todos esses declínios serão 
trabalhados no dia a dia e de forma a não gerar impactos negativos psicológicos e 
sociais. 
É importante que o idoso seja inserido em diferentes grupos sociais como os de 
igrejas, atividades motoras, atividades cognitivas, de arteterapia, dançaterapia ou 
natação. Não é porque o idoso já não trabalha que deverá ficar parado e esperando a 
morte, pelo contrário, ele pode aproveitar para descobrir prazer em viver de uma outra 
forma a habitual. Grupos de apoio ao idoso são muito importantes no envelhecimento 
com qualidade de vida. 
 
 
 
 
33 
 
A socialização faz parte do desenvolvimento socioemocional, da saúde mental e 
qualidade de vida, do fortalecimento das redes neuronais. É por meio da socialização 
que os seres humanos se tornam uma espécie superior, pela sua capacidade de se 
comunicar, se adaptar e readaptar ao meio em que está inserido, criar e formar novos 
relacionamentos, partilhar conhecimento e aprender com o grupo social 
É muito importante estimular o idoso a descobrir alegria em viver, gostar de 
compartilhar experiências de vida e aprender com o grupo. Salientar para o grupo os 
pontos positivos da nova etapa da vida, destacar os benefícios da terceira idade, 
estimular as lembranças boas e o quanto o idoso foi importante e é para a família. 
Como o meio ambiente pode influenciar o desenvolvimento das estruturas e funções 
cerebrais? De acordo com Glozmam (2014): 
Um imenso fluxo de sinais visuais, auditivos, olfativos, gustativos e táteis 
influencia o cérebro do recém-nascido e faz com que intensifique seu 
trabalho.Todos esses efeitos induzem o cérebro a amadurecer as conexões 
interneurais e intersistemas que correspondem às condições do meio externo 
e interno são vivenciados pela criança depois do nascimento. A 
reestruturação do cérebro é mais ativa nas primeiras oito a doze semanas de 
vida, nas quais os sistemas funcionais básicos do cérebro são formados. 
É nesse fluxo de sinais e novas redes neuronais se conectando que o cérebro se 
adapta às novas condições do meio ambiente. Isso significa que o cérebro tem 
capacidade de adaptação aos estímulos, essa capacidade é chamada de 
neuroplasticidade. A falta de estímulos nos primeiros anos de vida compromete o 
 
 
 
 
34 
neurodesenvolvimento da criança e sua capacidade cognitiva, mental, emocional e 
motora. 
O planejamento da habilitação pode ser com atendimento individualizado ou em 
grupo. O projeto de intervenção é de acordo com o resultado da avaliação, deve 
estabelecer o objetivo, as metas para alcançar o objetivo, os instrumentos utilizados, 
o tempo estimado para cada meta e seus resultados, a forma de avaliação. 
Glozmam (2014) sugere os seguintes métodos de habilitação: 
1. Utilizar métodos para fortalecer o potencial de energia cerebral e otimizar 
o estado funcional do Tronco cerebral e das estruturas profundas para 
regulação neurodinâmica (ginástica respiratória); 
 
2. Métodos para desenvolver análise fonêmica (adivinhar palavras: lembrar 
e escrever); 
 
3. Jogos e buscas para aumentar o vocabulário (nomear figuras: sinônimos 
e antônimos); 
 
4. Métodos para formar imagens de letras e de palavras para melhorar a 
leitura (encontre a letra e silaba); 
 
5. Método para melhorar a representação espacial (jogos com orientação 
espacial); 
 
6. Melhora das habilidades de programação e de monitoramento 
(autocontrole e impulsividade). Indicar para criança marchar e contar até 
100. 
Por meio da brincadeira, é possível ensinar valores, ética, regras sociais, respeito, 
dignidade, controle da impulsividade, ou seja, controle emocional, estimulação da 
comunicação, da linguagem, da coordenação motora, da lateralidade, da atenção, da 
concentração, do raciocínio, da memória, do sistema auditivo, do sistema visual e 
percepções, do sistema tátil, do sistema olfativo e gustativo, da respiração, da 
oxigenação cerebral, etc. 
O profissional precisa selecionar o jogo ou brincadeira de acordo com o estímulo que 
pretende utilizar e da necessidade do aprendente. Não se pode esquecer que esse 
estímulo gerado pela brincadeira ou jogo desenvolverá habilidades diversas, como 
cognição, emoção, sistema motor, estruturas da linguagem e interpretação. Por isso, 
a brincadeira é monitorada para promover habilitação das funções executivas e 
 
 
 
 
35 
outras. O trabalho de habilitação grupal também segue princípios que Glozmam define 
assim: 
 Princípio Emocional – autoaceitação; 
 
 Princípio cognitivo – conhecimento e comunicação; 
 
 Comportamental – habilidades comunicativas e solução de problemas. 
 
Veja, abaixo, alguns modelos de planejamento de reabilitação/intervenção. 
 
 
PROJETO DE INTERVERÇÃO INSTITUCIONAL 
Tema do projeto: jogos e brincadeiras na aprendizagem 
Objetivo Geral: 
 Promover a aprendizagem e a socialização 
Objetivo específico 
 Promover a inclusão, a habilitação ou reabilitação 
Justificativa 
O projeto promove o desenvolvimento emocional, a socialização, a integração sensorial, a inteligência 
cognitiva e emocional, a moral, a ética, a psicomotricidade, a criatividade, o desenvolvimento do clima 
organizacional, consciência fonológica, semântica, conhecimentos gerais, raciocínio lógico e 
matemático, dentre outros. 
Metodologia 
Utilização de campeonatos e maratonas de brincadeiras e jogos educativos como imagem e ação, 
banco imobiliário, soletrando, oficina matemática, oficina de português, de ciência, Campeonato de 
arteterapia e dançaterapia. 
Recursos Utilizados 
 Brincadeiras e jogos educativos como imagem e ação, banco imobiliário, soletrando, oficina 
matemática, oficina de português, de ciência, arte, dança. Espaço da quadra, sala de aula, pátio da 
escola, academia, aluno, professor e monitor. 
Cronograma 
Primeiro dia - brincadeiras e jogos de matemática 
Segundo dia - brincadeiras e jogos de Português 
Terceiro dia - brincadeiras e jogos de ciências 
Quarto dia – oficinas/ dança/arte 
Quinto dia – campeonato entre alunos da mesma sala da aula 
Execução do Projeto 
Professor, alunos e monitor 
 
 
 
 
36 
Lembrando que esse modelo é global, para cada caso, o profissional deverá 
especificar as estratégias de intervenção, ou seja, adaptar. 
 
MODELO 1 
PLANO DE INTERVEÇÃO 
Profissional Área de Atendimento 
Nome do Paciente 
Idade do Paciente 
Queixa 
 
Relatar as características que o avaliado apresenta. Vamos utilizar um caso 
hipotético de TEA, o aprendiz apresenta as seguintes características: 
 Marcha irregular e coordenação motora fina 
 Sensibilidade auditiva 
 Dificuldade em respeitar regras 
 Dificuldade em comunicar-se 
 Dificuldade em socialização 
Lembre-se, essa é uma situação hipotética, nem todo autista apresenta as 
mesmas características, mas vamos utilizar esse estudo de caso para simular a 
intervenção. 
OBJETIVO 
Desenvolver o sistema motor, promover a integração sensorial e a socialização 
Meta 1 Meta 2 Meta 3 Meta 4 
Estimular o 
desenvolvimento 
motor 
Estimular a 
integração auditiva 
Estimular a 
comunicação 
Estimular a 
socialização e o 
respeito às regras 
sociais 
RECURSOS/MÉTODOS 
Meta 1 
Desenvolver o 
equilíbrio vestibular 
por meio de 
brincadeiras e 
atividades físicas 
(andar sobre linha 
desenhada no chão) 
Meta 2 
Promover a 
integração sensorial 
auditiva através de 
instrumentos 
musicais, brinquedos 
com sons de animais. 
Meta 3 
Utilizar PECs como 
incentivo para a 
comunicação e a fala 
Meta 4 
Utilizar jogos, 
brinquedos e TICs para 
promover a 
socialização e Inclusão 
 
 
 
 
37 
RESULTADOS ESPERADOS 
Meta 1 
Equilíbrio para sentar-
se, andar e escrever 
 
Meta 2 
Diminuir a 
sensibilidade aos 
sons 
Meta 3 
Que a criança consiga 
se expressar 
Meta 4 
Que a criança consiga 
estabelecer vínculos 
de amizade 
TEMPO ESTIMADO PARA CADA META 
Meta 1 
Dois meses 
Meta 2 
Dois meses 
Meta 3 
Dois meses 
Meta 4 
Dois meses 
FORMA DE AVALIAÇÃO 
Meta 1 
Pelo progresso do 
equilíbrio. Método da 
observação 
 
Meta 2 
Pelo tempo que a 
criança ouve sons 
diversos sem 
apresentar 
irritabilidade 
Meta 3 
Pela forma como a 
criança se expressa, 
seja de forma verbal ou 
não-verbal 
Meta 4 
Pela comunicação e 
participação em 
brincadeiras com os 
pares 
RESULTADO ALCANÇADO 
Meta 1 Meta 2 Meta 3 Meta 4 
Adaptação de métodos/relatar fatos ocorridos e habilidades como autonomia, habilidades 
cognitivas, etc. 
 
Data, Assinatura e carimbo do profissional 
 
Alguns modelos de intervenção são encontrados para comprar em sites de psicologia, 
psicopedagogia, mas o interessante é que o profissional saiba elaborar instrumentos 
de avaliação e intervenção psicopedagógica. Pensando em motivá-los, abaixo, 
apresentamos outros modelos individuais e de intervenção coletiva. 
PLANO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INDIVIDUALIZADO 
Nome 
Diagnóstico 
Data de nascimento 
Responsável 
Medicamentos: 
Efeitos colaterais e adversos: 
Dificuldades do aprendiz 
Linguagens 
 
 
Socioemocionais 
Motora 
 
 
Sensoriais 
Raciocínio lógico-matemático 
 
Data, Assinatura e carimbo do profissional 
 
 
 
 
 
38 
PLANO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO COLETIVO 
Quantos alunos? 
Qual a idade dos alunos? 
Qual o ano escolar dos alunos? 
Qual a dificuldade de aprendizagem dos alunos? 
Responsável pela intervenção: 
Data do início da intervenção: 
Data do término da intervenção: 
Objetivos: 
Metas: 
Recursos utilizados: 
( ) jogos ( ) Projeto de leitura 
( ) brincadeiras( ) Projeto de arte/dança 
( ) olimpíadas ( ) Projeto de socialização 
Quantos alunos responderam bem à intervenção? 
Quais dificuldades os alunos encontraram durante a intervenção? 
Quais os pontos forte/positivos os alunos relatarem da intervenção? 
Nível de alfabetização: 
( ) pré-silábico ( ) silábico-alfabético 
( ) silábico ( ) alfabético 
Avaliação: 
 
Data, Assinatura e carimbo do profissional 
 
NIVEL DE ALFABETIZAÇÃO E ESCRITA E DESENVOLVIMENTO 
Alfabetização 
Nível da escrita: 
Leitura: ( ) Pausada ( ) Fluente 
Precisa de ledor? ( ) Sim ( ) Não 
Áreas que necessita de apoio ( ) Português ( ) Matemática 
( ) História ( ) Geografia 
( ) Ciências ( ) Socialização 
Áreas com boas habilidades ( ) Português ( ) Matemática 
( ) História ( ) Geografia 
( ) Ciências ( ) Socialização 
Áreas emocionais ( ) Família ( ) Escola ( ) Professor ( ) Colegas 
( ) Consigo 
Objetivos 
Metas 
Tempo gasto em cada meta 
Recursos utilizados para cada meta 
Resultados esperados em cada meta 
Observações: 
Houve adaptação de métodos? 
Quais os motivos? 
Resultados alcançados no período proposto 
Forma de avaliação do progresso 
Nome do profissional: 
Função: 
Matrícula: 
Data inicial: Data de avaliação: 
 
 
Data, Assinatura e carimbo do profissional 
 
 
 
 
39 
FICHA DE ATENDIMENTO 
PROFISSIONAL 
 
ÁREA DE ATENDIMENTO DATA HORA 
NOME DO PACIENTE: 
ENDEREÇO: 
TEL: 
QUEIXA: 
 
RELATÓRIO: 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
DECLARO QUE TODAS AS INFORMAÇÕES PRESTADAS SÃO VERDADEIRAS E ME 
RESPONSABILIZO POR ELAS 
(Carimbo e assinatura) 
 
O profissional deverá mapear o que ele precisará estimular, qual desenvolvimento ele 
pretende estimular e adaptar para dança ou arte. É possível estimular matemática 
com a arte e dança? Claro que sim, os passos são contados, a coreografia é 
cronometrada, a linguagem da dança e da arte podem e devem ser adaptadas para 
estimulação cognitiva e socioemocional. O profissional deverá avaliar a aptidão, ou 
seja, quais os limites impeditivos e os precisam de superação. 
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40 
 
PLANEJAMENTO DA REABILITAÇÃO 
 
 
A Intervenção é o plano de habilitação ou reabilitação do avaliado. Após a avaliação, 
o profissional aplicou os testes, constatou se as hipóteses eram ou não verdadeiras, 
tem um diagnóstico. Agora é a hora de planejar como será a habilitação, no caso de 
nunca ter sido habilitado e reabilitar, no caso de ter perdido habilidades. O primeiro 
passo é conhecer as características da causa, as áreas do cérebro envolvidas e saber 
como fará o passo a passo da estimulação, o tempo para cada estimulo e o tempo 
que se deseja alcançar o objetivo. 
De acordo com a Rede Sarah Hospital de reabilitação, há várias formas de reabilitação 
e diversos tipos de profissionais envolvidos, veja o que defende a Rede Sarah: 
Na Rede SARAH, a terapia de reabilitação não está restrita apenas ao 
ambiente hospitalar. Para uma abordagem eficaz, é necessário ter como 
objetivo que cada momento do paciente, ao longo do dia, possa ser 
organizado para estimular seu desenvolvimento. 
Tradicionalmente, o enfoque dos programas de reabilitação costuma voltar-
se para a avaliação das perdas funcionais decorrentes de acidente ou 
doença. Na Rede SARAH, no entanto, atua-se na potencialização das 
funções preservadas. A elaboração dos programas de reabilitação é 
determinada pelas capacidades que permaneceram, ou seja, visa habilitar 
novamente. Busca permitir o alcance de um objetivo funcional, 
independentemente da maneira como o indivíduo o faça. A atuação da equipe 
de reabilitação concentra-se predominantemente no que é possível conseguir 
e não naquilo que se deixou de fazer. 
O aprimoramento do conhecimento das funções do cérebro e de seu 
desenvolvimento, os progressos na neuroimagem e na ciência da 
computação, além de ampliarem o espectro diagnóstico e de procedimento 
cirúrgico, permitem identificar, com grande precisão, a localização de lesões 
e as estruturas responsáveis por funções cognitivas, motoras e pela emoção. 
Todo esse conjunto de conhecimento integra, de maneira simplificada e 
humanizada, o programa de reabilitação de cada sujeito. 
Neuropsicólogos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas 
ocupacionais, professores, nutricionistas, fonoaudiólogos, além de outros 
profissionais, atuam para vencer o desafio que é trabalhar com pais, 
familiares e outras pessoas envolvidas no cotidiano do paciente, para tornar 
possível que ele retorne à sua casa, viva no seio de sua família e de seus 
amigos, inserido em sua comunidade. 
 
 
 
 
41 
A família, os amigos e pessoas importantes na vida do paciente irão trabalhar 
em cooperação com a equipe técnica, auxiliando a integração do paciente na 
comunidade no momento em que ele deixa uma unidade da Rede SARAH. 
Trata-se, portanto, da subversão do conceito tradicional de Reabilitação, em 
uma vertente de vanguarda, a Reabilitação Ecológica. Nesta nova ótica, 
insere-se a interação da criança com a família, do jovem com seu grupo, do 
idoso com suas áreas de interesse, entre outras. 
A cada estágio do desenvolvimento o ser humano sofre impactos no âmbito 
emocional, físico, social e psicológico. Para Vygotsky (1956), esses são princípios 
para o desenvolvimento das funções mentais superiores e maturação das estruturas 
mentais, pois esses impactos geram mudanças funcionais. Para ele, o cérebro não é 
responsável pelos processos mentais, mas os estímulos recebidos do meio ambiente; 
de acordo com ele, o cérebro apenas organiza. 
Para Luria (1958), o desenvolvimento da linguagem é resultado da interação entre 
mãe e bebê, e essa interação é requisito básico para o desenvolvimento das 
estruturas neurolinguísticas no cérebro. 
Como o meio ambiente pode influenciar o desenvolvimento das estruturas e funções 
cerebrais? De acordo com Glozmam (2014): 
Um imenso fluxo de sinais visuais, auditivos, olfativos, gustativos e táteis 
influencia o cérebro do recém-nascido e faz com que intensifique seu 
trabalho. Todos esses efeitos induzem o cérebro a amadurecer as conexões 
interneurais e intersistemas que correspondem às condições do meio externo 
e interno são vivenciados pela criança depois do nascimento. A 
reestruturação do cérebro é mais ativa nas primeiras oito a doze semanas de 
vida, nas quais os sistemas funcionais básicos do cérebro são formados. 
É nesse fluxo de sinais e novas redes neuronais se conectando que o cérebro se 
adapta as novas condições do meio ambiente. Isso significa que o cérebro tem 
capacidade de adaptação aos estímulos, essa capacidade é chamada de 
neuroplasticidade. A falta de estímulos nos primeiros anos de vida compromete o 
neurodesenvolvimento da criança e sua capacidade cognitiva, mental, emocional e 
motora. 
Glozmam também defende que o sistema sensorial mal estimulado gera 
desenvolvimento anormal das funções sensoriais. Pode-se observar a importância 
dos estímulos precoce no caso do Menino Selvagem de Paris, paciente do Dr. Itard. 
 
 
 
 
42 
Bastou a criança ser estimulada corretamente que houve um progresso no 
desenvolvimento cognitivo, mental, emocional e motor, deixando de ser selvagem em 
nove meses. 
Outro ponto importante é o afeto. A ausênciade carinho, de aconchego, da voz 
materna e do som dos batimentos cardíacos provoca desequilíbrio emocional e causa 
prejuízo para o desenvolvimento psicológico, como falta de autoestima, insegurança, 
medo, sentimento de solidão e abandono. 
Para Korsakova et al (2001), as diferentes formas de estímulos do meio ambiente 
podem determinar a maturação fisiológica e anatômica do cérebro. De acordo com 
Luria (1948): “O desenvolvimento mental na infância é antes de tudo, uma modificação 
nas formas de atividade da criança, o refinamento da estrutura dessa atividade, e o 
enriquecimento dos processos mentais desenvolvidos nessa atividade”. 
Em outras palavras, é dizer que é possível estimular o desenvolvimento cognitivo, 
motor, mental e emocional da criança para habilitar essas funções cerebrais, mas, 
para isso, precisa-se de técnicas, métodos para estimular adequadamente sem 
prejudicar o neurodesenvolvimento da criança. 
Não há como desconsiderar que o desenvolvimento motor tem impacto no 
desenvolvimento emocional e na personalidade da criança. Uma criança deficiente 
física pode apresentar atraso no desenvolvimento emocional, autoestima baixa, déficit 
cognitivo por causa das emoções imaturas. 
A lateralidade também é importante nas habilidades motoras, a assimetria inter-
hemisférica faz um importante papel na maturação do equilíbrio, da percepção de 
espaço e tempo, a ausência da lateralidade gera transtornos cognitivos. O 
subdesenvolvimento da linguagem também gera transtornos no desempenho escolar, 
como pronuncia errada, leitura com dificuldade, disgrafia, memória verbal prejudicada, 
raciocínio gramatical ruim, déficit na percepção visual, déficit na coordenação e a falha 
no desenvolvimento da linguagem. Para avaliar o desenvolvimento e planejar a 
habilitação da linguagem, é preciso técnica. 
De acordo com Glozmam (2014): 
 
 
 
 
43 
Educação habilitativa e Educação Formal diferem nos seus objetivos. O 
objetivo da educação geral é a aquisição de conhecimento e a habilitação é 
a formação de órgãos funcionais ou de um sistema funcional que permita que 
um processo mental seja executado. Para uma criança com distúrbios de 
aprendizagem, a habilitação deve preceder a educação formal e criar base 
para a educação. Nos novos sistemas funcionais básicos influenciam na 
regulação voluntária, na orientação espacial, verbal, habilitação motora, 
memórias, raciocínio, comunicação, etc. 
 
A habilitação consiste em criar estruturas básicas para o funcionamento das funções 
superiores e desenvolvê-las. Para que isso ocorra, é preciso compensar e superar o 
subsedenvolvimento ao estimular as áreas subdesenvolvidas por meio de estímulos 
planejados. O planejamento da habilitação pode ser com atendimento individualizado 
ou em grupo. O projeto de intervenção é de acordo com o resultado da avaliação, 
deve estabelecer o objetivo, as metas para alcançar o objetivo, os instrumentos 
utilizados, o tempo estimado para cada meta e seus resultados, a forma de avaliação. 
Glozmam (2014) sugere os seguintes métodos de habilitação: 
1. Utilizar métodos para fortalecer o potencial de energia cerebral e otimizar 
o estado funcional do Tronco cerebral e das estruturas profundas para 
regulação neurodinâmica (ginástica respiratória); 
2. Métodos para desenvolver análise fonêmica (adivinhar palavras: lembrar 
e escrever); 
3. Jogos e buscas para aumentar o vocabulário (nomear figuras: sinônimos 
e antônimos); 
4. Métodos para formar imagens de letras e de palavras para melhorar a 
leitura (encontre a letra e silaba); 
5. Método para melhorar a representação espacial (jogos com orientação 
espacial); 
6. Melhora das habilidades de programação e de monitoramento 
(autocontrole e impulsividade). Indicar para criança marchar e contar até 
100. 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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