Buscar

APOSTILA FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO DANIELA GOMES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fisiologia da
lactação 
A glândula mamária corresponde a uma glândula sudorípara
modificada que secreta leite para nutrição da prole. O epitélio
glandular possui células secretoras conhecidas com parênquima, onde
os alvéolos formam uma camada única de células epiteliais. 
Os alvéolos drenam para ductos pequenos se unindo a ductos maiores 
até abrir em uma cisterna ou diretamente na teta. Os alvéolos são
recobertos por células mioepiteliais (contráteis) que respondem ao
reflexo da ejeção do leite. 
Os alvéolos se organizam em unidades conhecidas como lóbulos, cada
um deles envolvidos por um septo distinto de tecido conjuntivo. Estes
se agrupam em unidades maiores denominadas lobos, que também
são rodeados por septos de tecido. 
Enquanto que o tecido conjuntivo no interior da glândula e que
sustenta as células secretoras é denominado de estroma. O estroma
sustenta também vasos sanguíneos e linfáticos e nervos.
A proporção parênquima/estroma é controlada por mecanismo
hormonal. Durante a lactação da vaca encontra-se maior quantidade
de parênquima que estroma e no período seco isto se inverte. 
A glândula mamária Destaques da 
Aula
MAMOGÊNESE,
LACTOGÊNESE E
GALACTOPOESE
CURVA DE LACTAÇÃO
A GLÂNDULA MAMÁRIA
DESCIDA DO LEITE 
COLOSTRO
Circulação sanguínea e linfática
As duas metades do úbere recebem suprimento sangíneo das artérias pudendas externas
ipsilaterais. As artérias pudendas externas passam pelos canais inguinais e dividem-se em
ramos. O ramo cranial supre de sangue o quarto mamário anterior e o rama caudal supre o
quarto mamário posterior. 
SECAGEM DAS VACAS
POR DANIELA GOMES
1. DESENVOLVIMENTO FETAL 
Aos 35 dias de gestação, forma-se uma linha
mamária do estrato germinativo. 
Aos 60 dias o botão mamário se aprofunda
na derme e a teta começa a ser formada.
Aos 100 dias começa a formação de canais
na extremidade do botão e prossegue
produzindo eventualmente uma abertura
para o exterior. 
No final da gestação se formam os ductos
papilares e as cisternas lácteas. 
Mamogênese 
Pequena parte do suprimento sanguíneo é garantido pela artéria
perineal ventral (ramo da pudenda interna). A drenagem sanguínea do
úbere da vaca é feita pelas veias pudendas externas, veias epigástricas
superficiais e veia perineal. 
As glândulas mamárias têm uma extensa rede de vasos linfáticos que
drenam para os linfonofos supramamários. Os vasos eferentes desses
linfonodos passam para os linfonodos ilíacos externos. Por meio dos
troncos lombares, a linfa passa através do ducto torácico, penetrando no
sistema venoso próximo a origem da veia cava cranial. 
UM INTENSO FLUXO SANGUÍNEO É CONDIÇÃO PARA ALTA PRODUÇÃO
SECRETÓRIA DAS GLÂNDULAS MAMÁRIAS. APÓS O PARTO OCORRE
RAPIDAMENTE DESVIO DO FLUXO SANGUÍNEO DO ÚTERO PARA AS
GLÂNDULAS MAMÁRIAS.
Antes do primeiro ciclo estral o parênquima
mamário começa a crescer a uma taxa mais
rápida do que o corpo como um todo. 
Durante cada ciclo estral a GM é estimulada
por hormônios (estrogênio e progesterona) e
ocorre o crescimento associado com o
alongamento e ramificação dos ductos
mamários e desenvolve-se o sistema lóbulo-
alveolar.
Momento em que os alvéolos se
desenvolvem em maior velocidade, onde
parte do tecido adiposo é substituído por
tecido glandular. 
No decorrer da primeira gestação, ocorrerá a
maturação das glândulas mamárias
permitindo que elas atinjam sua completa
capacidade funcional.
As células epiteliais mamárias completarão a
sua diferenciação. O crescimento acelerado
durante a gestação deve-se provavelmente a
secreção aumentada e sincrônica de
horrmônios (estrogênio e progesterona) e
polipeptídeos (prolactina, GH e lactogênio
placentário). 
Até o final da gestação a GM terá o nº de
células alveolares ampliada por hipertrofia. 
2. DESENVOLVIMENTO PRÉ-PÚBERE
Sistema mamário do nascimento até a
puberdade sofre pouco desenvolvimento.
A velocidade de crescimento tem relação
direta com o crescimento corporal. 
O aumento do tamanho nesta fase deve-se
ao aumento do tecido conjuntivo e gordura. 
A GM fica em estado latente durante este
período. Contudo, o estado nutricional da
fêmea pode antecipar ou postergar a
puberdade. 
3. DESENVOLVIMENTO NA PUBERDADE 4. DESENVOLVIMENTO NA GESTAÇÃO
Involução mamária
Após um período ou ciclo de lactação deverá ocorrer a involução mamária que
corresponde à diminuição do número e da atividade das células epiteliais do alvéolo
mamário. Os espaços previamente ocupados pelos alvéolos em degeneração são
substituídos por células adiposas. 
A extensão da degeneração alveolar varia com a espécie e está governada pela
capacidade hormonal manter as estruturas lobulo alveolares.
Lactogênese
 
É o processo de preparação da glândula mamária que ocorre
durante a gestação para a produção de leite.
Corresponde à diferenciação e multiplicação das células alveolares mamárias.
Num primeiro estágio ocorrerá a adaptação da célula alveolar para o
processo posterior de síntese do leite (adaptação enzimática e morfológica).
Neste período ocorre pequena secreção de leite.
O segundo estágio começa a secreção copiosa de todos os componentes do
leite na proximidade com o parto e permanece por diversos dias após o parto
em muitas espécies. 
Galactopoese
É a capacidade de manter o ciclo da lactação. 
O processo requer estímulos neurais e endócrinos para que ocorra a conservação do
número de células alveolares, uma intensa atividade de síntese celular e eficácia do
reflexo da ejeção do leite. O processo requer a remoção frequente do leite, pois a
síntese do leite não persiste apesar de um estado hormonal adequado.
Sequencialmente deverá ocorrer a síntese dos constituintes do leite dentro das
células alveolares, o transporte intracelular desses constituintes, a descarga dos
constituintes no lúmen alveolar, o fluxo passivo para grandes ductos e cisternas e
finalmente o reflexo de ejeção do leite.
Diversos hormônios são essenciais para a manutenção de uma intensa síntese e
secreção leite e somente a ocitocina é requerida para a remoção do leite. 
A descida do leite é ativada pela liberação da OCITOCINA pela HIPÓFISE, QUE INDUZ A CONTRAÇÃO
DAS CÉLULAS MIOEPITELIAIS QUE ENVOLVEM OS ALVÉOLOS E PEQUENOS DUCTOS DO ÚBERE. Em
resposta à estimulação TÁTIL, VISUAL, AUDITIVA, HORÁRIO, LOCAL DE ORDENHA, são enviados
sinais para o cérebro nos núcleos supraóptico e paraventricular do HIPOTÁLAMO, localizado na
região central do cérebro. Nestes núcleos, a OCITOCINA é sintetizada e transportada para a
HIPÓFISE, de onde é liberada para a circulação sanguínea, após a estimulação dos tetos. 
A contração das células mioepiteliais, como resultado da ação da ocitocina, desloca o leite
armazenado nos alvéolos para a cavidade da cisterna, deixando todo o leite sintetizado pela
glândula mamária disponível para a remoção pela ordenha. 
Para que ocorra a EJEÇÃO DO LEITE OU DESCIDA DO LEITE, a resistência do canal do teto deve ser
superada e a contração das células mioepiteliais deve assegurar força suficiente para o leite sair
dos alvéolos e alcançar os ductos. 
Outra forma de liberação do estímulo, ocorre à medida que o feto é forçado para o canal do parto,
uma vez que o mesmo provoca uma estimulação de mecanorreceptores no trato reprodutivo
materno, que leva a um aumento de liberação hipofisária da ocitocina. 
 
Descida do leite
Durante a síntese, o leite é continuamente armazenado nos
alvéolos, ductos e cisternas da glândula mamária.
Aproximadamente 80% do leite armazenado no úbere das vacas está
localizado nos alvéolos e pequenos ductos. Somente cerca de 20%
do leite total produzido está localizado nas cisternas da glândula e do
teto e são prontamente ordenhados após a colocação do conjunto
de teteiras no início da ordenha, sem a necessidade de descida do
leite. 
PARA QUE OCORRA UMA ORDENHA COMPLETA, HÁ NECESSIDADE DE UM REFLEXO
NEUROENDÓCRINO, QUE É RESPONSÁVEL PELA LIBERAÇÃO DA FRAÇÃO ALVEOLAR DO LEITE
PARA A CISTERNA. 
A ejeção do leite pode ser inibida quando os níveis de adrenalina e
noradrenalina, hormônios liberados em condiçõesestressantes estão
elevados. 
Composição do
leite 
Gordura do leite - rico de ácidos graxos;
Lactose - principal carboidrato formado por glicose + galactose;
Proteínas - caseínas (alfa, beta e K caseína), alfa- lactoalbumina e beta-lactoalbuminas
(produzidas na GM), albumina sérica (fígado) e as imunoglobulinas (linfócitos);
Outros componentes: Ca, P, K, Cl, Na e Mg minerais primários do leite.
 Entre os principais componentes temos:
O leite contém todos os nutrientes necessários para a sobrevivência e o crescimento do
recém-nascido. Os nutrientes incluem: energia (lipídeos e carboidratos), proteínas,
aminoácidos, vitaminas, minerais, eletrólitos e água.
 A composição básica do leite pode ser considerada pouco variável, mas observa-se que nos
seus constituintes individuais as variações entre as espécies são significativas. Dentro de
uma mesma espécie as variações na composição do leite estão relacionadas a vários fatores,
entre eles: genética, natureza da dieta, fase de lactação e até mesmo com o momento dentro
da amamentação (início, meio e fim).
Colostro
Difere do leite por apresentar maior concentração de proteína, Na+ e Cl- e
menor concentração de lactose e K+. Nos bovinos, o colostro tende a ser
viscoso e amarelado. O colostro além de nutrir a cria, protege contra os
agentes infecciosos. O colostro é uma rica fonte de nutrientes,
especialmente de vitamina A, lipídeos e proteínas. 
As caseínas e albuminas, também estão presentes em concentrações
relativamente altas no colostro. Uma exceção é a lactose cuja síntese é
inibida até a ocasião do parto. 
As imunoglobulinas estão altamente concentradas no colostro é permite aos
neonatos receber a imunidade passiva, o que garante uma rápida proteção
contra os organismos ambientais. 
 Os neonatos possuem um tempo ilimitado (24 a 36 horas) durante a
qual as imunoglobulinas podem ser absorvidas através do intestino.
Curva de lactação
Depois do parto, a produção de leite aumenta a uma taxa acelerada até alcançar o desempenho
máximo e, em seguida, o volume diário de leite diminui progressivamente até o final da lactação. Essa
curva de lactação é semelhante em todas as espécies, mas as diferenças principais estão relacionadas
com a amplitude do pico e com a persistência e a duração da lactação. No gado leiteiro, a produção de
pico normalmente ocorre entre 3 a 4 semanas de lactação e então começa a declinar lentamente até o
final da lactação. 
 
 
 
Depois de alcançar a produção de pico, a produção
diária de leite diminui em consequência da redução
de eficiência e da perda de parte das células
secretórias, quase certamente por apoptose (morte
progamada da célula). A taxa de redução da
produção diária de leite depois do volume de pico e
durante todo o restante da lactação é definida
como persistência: os animais que têm declínios
menores da produção são mais persistentes. 
Persistência da lactação
Principais fatores fisiológicos que interferem na produtividade de vacas leiteiras são: idade do
animal, estágio e ordem de lactação, tamanho do animal, duração do período seco, gestação
e complicações pós-parto, grau de sangue e composição genética. Com relação aos fatores
ambientais: estação ou mês de parição, frequência e intervalos de ordenha, período de
serviço, instalações, manejo nutricional e dieta dos animais. 
Conhecer a curva de lactação é
importante por várias razões, dentre elas:
Manejo nutricional é baseado na prévia de produção do animal, ou seja, vacas que apresenta
curva de lactação com menores declínios necessitam de menores quantidades de concentrado,
do que as que têm o mesmo nível de produção e curvas com maiores declínios.
Altas produções de leite, no período inicial da lactação levam a um esforço fisiológico extra por
parte dos animais, causando, frequentemente, diminuição no desempenho reprodutivo e
aparecimento de doenças metabólicas. No entanto, moderada produção, nesse período
combinada com maiores persistências da lactação é preferível do que altas produções no início
da lactação, aliada a rápidos declínios da produção de leite após esse período. 
Melhor conhecimento da provável curva de lactação permite alimentação mais eficiente, pois
maiores respostas à alimentação são mais facilmente detectadas quando as vacas são
agrupadas de acordo com o formato esperado da curva de lactação. 
Ao enviar uma newsletter corporativa, tenha em
mente estas três coisas: Primeira: envie sua
newsletter regularmente. Mantenha seu
compromisso se for semanal, mensal ou
trimestral. A segunda é ter um layout adequado.
Crie um newsletter interessante e fácil de ler. Por
último, garanta a qualidade do conteúdo e das
imagens que você irá compartilhar.
Verificar no início da secagem se a vaca não está com mastite. Se o
teste der negativo a vaca está apta para o processo de secagem, caso
contrário deve ser tratada a mastite. 
Esgotar bem o úbere, em seguida, colocar em cada teto o
antibiótico de longa duração, próprio para secagem. Seguindo as
recomendações de um profissional. 
Secagem das vacas leiteiras
É um processo que interrompe a lactação, ou seja, o animal não
pode ser ordenhado. 
Como secar a vaca?
1.Teste de mastite
2. Aplicação de antibiótico 
3. Transfira o animal para outro local 
4. Não ordenhe! 
5. Rotina normal após a secagem 
Levar o animal para um piquete ou pasto, afastado do curral e do
estábulo. A alimentação deve ser regrada, sem o fornecimento de
concentrado. Porém, oferecer água em grande quantidade. 
Mesmo que o úbere esteja cheio de leite, isso não afetará a saúde da
vaca, pois seu organismo absorverá o próprio leite. Porém, é
importante observar diariamente o úbere para verificar se está
avermelhado ou dolorido, algo raro de acontecer. Sendo necessário
tratar a mamite. 
Após 2 semanas, a vaca não produzirá mais leite e a secagem estará
completa. O produtor poderá retornar o fornecimento da
alimentação adequada para o período do pós-parto. 
Referências
FRANDSON, R. D. Anatomia e fisiologia dos animais da fazenda. 7.ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 454p. 
MORAES, I. A. Fisiologia da glândula mamária. Disponível em:
http://www.uff.br/fisiovet/lactacao.pdf. 
SWENSON &REECE – Dukes- Fisiologia dos Animais Domésticos. 11ª ed. Rio
de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 1996. 856p.
Bons Estudos!
@dani_zootecnista
danigomes.hp@gmail.com

Continue navegando