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EDUCAÇÃO FÍSICA - MEIO AMBIENTE 1

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Prévia do material em texto

ADALBERTO PEREIRA DA SILVA
SHEILA MOREIRA ALVES
STELA LOPES SOARES
VIVIANY CAETANO FREIRE AGUIAR
Sobral/2016
ADALBERTO PEREIRA DA SILVA
SHEILA MOREIRA ALVES
STELA LOPES SOARES
VIVIANY CAETANO FREIRE AGUIAR
EDUCAÇÃO FÍSICA, 
MEIO AMBIENTE E 
SUSTENTABILIDADE
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 5
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica
Diretor-Presidente das Faculdades INTA 
Dr. Oscar Rodrigues Júnior 
Pró-Diretor de Inovação Pedagógica 
Prof. PHD João José Saraiva da Fonseca 
Coordenadora Pedagógica e de Avaliação 
Profª. Sonia Henrique Pereira da Fonseca
Professores Conteudistas 
Adalberto Pereira da Silva
Sheila Moreira Alves
Stela Lopes Soares
Viviany Caetano Freire Aguiar
Assessoria Pedagógica 
Sonia Henrique Pereira da Fonseca 
Transposição Didática
Adriana Pinto Martins
Cileya de Fátima Neves Moreira
Evaneide Dourado Martins 
Design Instrucional
Sonia Henrique Pereira da Fonseca
Revisora de Português 
Neudiane Moreira Félix
Revisora Crítica/Analista de Qualidade 
Anaisa Alves de Moura
Diagramadores
Fábio de Sousa Fernandes
Fernando Estevam Leal
Diagramador Web 
Luiz Henrique Barbosa Lima
Produção Audiovisual
Francisco Sidney Souza de Almeida (Editor)
Operador de Câmera 
José Antônio Castro Braga
Pesquisadora Infográfica
Anacléa de Araújo Bernardo
Sumário
1
2
3
Palavra do Professor-autor ................................................................................... 09
Sobre os autores ..................................................................................................... 11
Ambientação ........................................................................................................... 13
Trocando ideias com os autores ........................................................................... 15
Problematizando ................................................................................................... 17
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, MEIO AMBIENTE E SUSTEN-
TABILIDADE
Educação Ambiental ........................................................................................................................20
Meio Ambiente ...................................................................................................................................24
Sustentabilidade ................................................................................................................................24
A Educação Ambiental nas instituições de ensino................................................................25
A situação da Educação Ambiental nas instituições de ensino fundamental ............25
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E SUA INTERFACE COM O 
MEIO AMBIENTE
A Educação Física na escola ...........................................................................................................32
Estilos de vida que contribuem para nosso planeta ............................................................35
REFLEXÕES E APLICAÇÕES PEDAGÓGICAS ENTRE EDU-
CAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E MEIO AMBIENTE
Educação Física no âmbito escolar e no meio ambiente ...................................................42
Discutindo sobre Educação Ambiental .....................................................................................43
Perspectivas da Educação Física e Meio Ambiente.................................................................44 
Possibilidades de trabalho em aulas de Educação Física.......................................................44
Leitura Obrigatória...........................................................................................51
Revisando............................................................................................................53
Autoavaliação....................................................................................................57
Bibliografia.........................................................................................................59
Bibliografia Web...............................................................................................63
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 9
Palavra dos Professores
O propósito deste material sobre o ensino da Educação Física, Meio Ambiente 
e Sustentabilidade na escola é fornecer ao acadêmico do Curso de Licenciatura em 
Educação Física algumas orientações e sugestões das possibilidades da interação 
entre a Educação Física e a Educação Ambiental na escola.
A Educação Física por meio de seus conteúdos (jogo, esporte, luta, ginástica, 
dança) possui potencialidades e conhecimentos suficientes para abordar, relacionar, 
discutir e debater a questão ambiental, podendo até formular novos conhecimen-
tos, por exemplo, a partir dos esportes da natureza, especialmente da Corrida de 
Orientação. Desse modo, é perfeitamente possível um trabalho transversal da Edu-
cação Física na Educação Básica e a questão ambiental.
As atividades na natureza são ótimos caminhos para o desenvolvimento dos 
conceitos referentes ao meio ambiente, promovendo uma oportunidade para a mu-
dança de hábitos e comportamentos. Os temas voltados à relevância social e a par-
ticipação dos estudantes como sujeitos da aprendizagem promovem neles próprios 
maior interesse pela natureza, empenho em resguardá-la e a busca por uma vivên-
cia mais harmoniosa entre homem e natureza. 
Nossa expectativa é que este material pedagógico possa contribuir na for-
mação dos futuros professores de Educação Física e na consolidação da Educação 
Ambiental nos currículos das escolas de educação básica.
Os autores!
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 11
Sobre os Autores
Adalberto Pereira da Silva, possui graduação em Licenciatura em Edu-
cação Física e Técnico Desportivo pela Pontifícia Universidade Católica 
de Brasília (1979). Especialização em Metodologia do Ensino Superior - 
UFC/UVA-1990. Aluno do MINTER UCB/UFPI/UVA 2009-2015. Atualmen-
te, é professor Adjunto K, aposentado, da Universidade Estadual Vale do 
Acaraú (UVA), Sobral-CE. Tem experiência na área de Educação Física, 
Educação Física Escolar, com ênfase em Gestão Ambiental e os Esportes 
da Natureza, atuando principalmente no seguinte tema: Práticas Corpo-
rais de Aventura.
Stela Lopes Soares, é especialista em Fisiologia do Exercício e Biomecâ-
nica do Movimento e ainda em Saúde da Família pela Universidade Esta-
dual Vale do Acaraú (UVA). Possui Especialização com acesso ao Mestra-
do em Geriatria e Gerontologia pelo INTA. Graduada em Educação Física 
pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Sheila Moreira Alves, mestre em Ciências da Saúde pela Universidade 
Federal do Ceará (UFC), graduada em Educação Física (Licenciatura) pela 
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Professora Tutora do Labo-
ratório de Estudos e Práxis em Educação Física (LEPEF) da UVA, locada no 
Núcleo de Estudos em Atividade Física e Saúde
Viviany Caetano Freire Aguiar, graduada em Educação Física pela Uni-
versidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), participou como monitora do 
Programa de Educação pelo Trabalho (PET-Saúde) durante dois anos, 
monitora voluntária do Projeto de Extensão Idade Ativa pela UVA duran-
te o período de graduação, Pós-graduanda em Saúde Pública e Saúde da 
Família pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada (INTA) e Orientadora 
Educacional na Coordenação do Curso de Educação Física – EAD pelo 
INTA.
aAMBIENTAÇÃO À DISCIPLINAEste ícone indica que você deverá ler o texto para ter uma visão panorâmica sobre o conteúdo da disciplina.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 13
Seja bem-vindo, caro estudante!
A Educação Física pode ser definida como uma disciplina que agrega o estudante na 
cultura corporal, desenvolvendo o cidadão que irá determiná-la, reproduzi-la e transformá-
-la através dos jogos, dos esportes, das lutas, da ginástica e das danças, procurando desen-
volver a reflexão crítica da cidadania e de uma qualidade de vida mais adequada. 
É consideradaainda como um meio educativo privilegiado, pois engloba o indivíduo 
na sua totalidade, tendo como objetivo o equilíbrio, a saúde corporal, a aptidão física vol-
tada para a ação e o desenvolvimento dos valores morais. Não se pode dar enfoque a um 
corpo fragmentado, entretanto deve-se reportar a uma totalidade capaz de agregar pensa-
mentos e movimentos através de ligações de sensibilidade. 
A educação física permite que o estudante exerça todas as suas potencialidades, de-
senvolva suas funções mentais, coordenação motora, criatividade, livre expressão e sociabi-
lidade. Além disso, também auxilia no desenvolvimento global do indivíduo, isto é, no seu 
aspecto cognitivo, psicomotor e afetivo.
Devido ao vasto campo de alcance da Educação Física, é perfeitamente possível inse-
rir em suas aulas questões relacionadas ao Meio Ambiente e à Sustentabilidade, haja vista 
muitas práticas e atividades físicas poderem ser desenvolvidas em contato com a natureza, 
estimulando maior responsabilidade sobre o espaço utilizado.
Bom estudo!
tiTROCANDO IDEIASCOM OS AUTORESA intenção é que seja feita a leitura das obras indicadas pelos(as) professores(as) autores(as), numa tentativa de dialogar com os teóricos sobre o assunto. 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 15
Agora é o momento de você trocar ideias com os autores 
das obras indicadas.
Sugerimos que você leia a obra Educação ambiental e 
Sustentabilidade. Os autores abordam a educação ambiental 
como educação política de formação para a cidadania ativa visando 
a uma ação transformadora da realidade socioambiental. Esta obra 
está estruturada em seis partes que abordam temas que vão desde 
questões conceituais e de fundamentação em Meio Ambiente e 
Educação Ambiental, passando pelas estratégias para aplicação 
da educação ambiental por diferentes instrumentos, pelos fundamentos 
metodológicos e pelos estudos aplicados à educação ambiental.
PHILIPPI JR., Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação ambiental e 
sustentabilidade. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. 
Indicamos também a obra Educação ambiental: uma metodologia 
participativa de formação. As autoras apresentam um importante 
item no processo de construção da Educação Ambiental no Brasil 
e, ao mesmo tempo, a fi nalização de uma primeira etapa de 
esforços conjuntos das autoras, da Coordenação de Educação 
Ambiental do Ministério da Educação e muito especialmente dos 
inúmeros multiplicadores de Educação Ambiental e o início de 
novos momentos para a prática da Educação Ambiental e para a implementação 
dos temas transversais nos currículos escolares do ensino básico, em coerência 
com os princípios objetivos e atividades estabelecidos nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais e as novas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio Brasileiro.
MEDINA, Nana Minini; SANTOS, Elizabeth da Conceição. Educação ambiental: 
uma metodologia participativa de formação. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 
GUIA DE ESTUDOGUIA DE ESTUDO
Após a leitura das obras, escolha a que você achou mais relevante, faça uma resenha 
crítica e disponibilize na sala virtual. 
PLPROBLEMATIZANDOÉ apresentada uma situação problema onde será feito um texto expondo uma solução para o problema abordado, articulando a teoria e a prática profi ssional.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 17
A escola deve inserir em seus conteúdos temas transversais como Meio Ambiente e 
Sustentabilidade. Partindo desse pressuposto, imagine que você é professor de Educação 
Física de uma Escola de Ensino Médio de determinado munícipio e observa que há muita 
sujeira, cadeiras quebradas e, ainda, um desmatamento grande no campo descoberto da 
área da prática esportiva. Quais ações você, enquanto professor, poderia realizar junto com 
sua turma, para melhorar a atual situação encontrada?
GUIA DE ESTUDOGUIA DE ESTUDO
Baseado na situação acima faça uma refl exão, responda o questionamento 
apresentado e disponibilize na sala virtual.
ApAPRENDENDO A PENSARO estudante deverá analisar o tema da disciplina em estudo a partir das ideias organizadas pelos professores autores do material didático.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 19
1
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, MEIO 
AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
CONHECIMENTOS
Conhecer a realidade da educação ambiental, do meio ambiente e da 
sustentabilidade do nosso planeta.
HABILIDADES
Identifi car os acontecimentos sofridos pelo meio ambiente.
ATITUDES
Ser capaz de melhorar os hábitos em defesa do meio ambiente.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade20
Educação Ambiental 
 Analisar o pensamento e o movimento ambientalista 
como um bloco monolítico, coeso e orgânico é cometer o equívoco da 
generalização. No ambientalismo, como nos demais campos do saber, existem várias 
ideias, correntes e manifestações, das quais algumas se suplementam, outras 
se contrapõem. 
 Assim, nos dias atuais, não é viável compreender a Educação Ambiental através 
de uma visão individual, como padrão de educação que complementa uma educação 
convencional, que não é ambiental. 
 É importante destacar que, se inicialmente era necessário voltar os esforços 
para inserir a dimensão ambiental na educação (GUIMARÃES, 2010), porque essa 
abandonava a visão do entorno biofísico, atualmente, já agregada a dimensão 
ambiental na educação, não é mais viável referir-se genericamente a uma mera 
Educação Ambiental, sem qualificá-la com a exatidão que o período demanda 
(LOUREIRO; LAYRARGUES, 2001).
 Ligada a essa realidade, novas designações para conceituar a Educação 
Ambiental foram executadas a partir do final dos anos 80 e começo da década de 90, 
como: a alfabetização ecológica (ORR, 1992), a educação para o desenvolvimento 
sustentável (NEAL, 1995), a educação para a sustentabilidade (O’RIORDAN, 
1989; IUCN, 1993), a ecopedagogia (GADOTTI, 1997), ou ainda, a educação no 
processo de gestão ambiental (QUINTAS; GUALDA, 1995). 
 Esses conceitos marcaram o início de uma nova fase, a da indispensabilidade, 
de diferenciação interna, com demarcação de procedimentos mais eficientes para 
alcançar os resultados, os quais nem sempre são concretos, como por exemplo, 
o processo educativo. Esse serviço no país foi incialmente alavancado por Sorrentino 
(1995), que detectou a existência de quatro vertentes: a conservacionista; a educação 
ao ar livre; a gestão ambiental e a economia ecológica. A variedade de classificações 
sobre Educação Ambiental é tão ampla quanto a diversidade que inspira as inúmeras 
variações do ambientalismo.
 A pesquisadora Lucy Sauvé (1997) relata determinadas classificações, que 
podem ser suplementares entre si, ao contrário das variações existentes do ambientalismo:
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 21
•	 Educação sobre o meio ambiente: reporta-se à obtenção de 
conhecimentos e habilidades relativos à interação com o ambiente, 
que está fundamentado na transmissão de fatos, conteúdos e 
conceitos, onde o meio ambiente se torna um objeto de aprendizado; 
•	 Educação no meio ambiente: também denominada como educação ao ar 
livre, trata-se de uma estratégia pedagógica onde se procura aprender através 
da relação com a natureza ou com o contexto biofísico e sociocultural do 
entorno da escola ou comunidade. O meio ambiente promove o aprendizado 
experimental, tornando-se um meio de aquisição de conhecimento; 
•	 Educação para o meio ambiente: processo através do qual se almeja 
a adesão ativa do educando que aprende a resolver e prevenir os 
problemas ambientais. O meio ambiente se torna uma finalidade da 
aprendizagem; 
•	 
•	 O Órgão Gestor inclui uma quarta variação: a educação a partir do meio 
ambiente, que reconhece, além das demais incluídas, as sabedorias tradicionais 
e originárias que se iniciam do meio ambiente, as interdependências das 
diversas sociedades presentes na humanidade, da economia e do meio 
ambiente; o sincronismo dos impactos nos domínios local e global; uma análise 
de valores, da ética, atitudes eresponsabilidades individuais e coletivas; a 
participação e a cooperação; o pensamento altruísta que leva em consideração 
a variedade dos seres vivos, as regiões com sua competência de apoio, 
a melhoria da qualidade de vida ambiental das atuais e posteriores gerações; os 
princípios da incerteza e da prudência.
 Outra classificação efetuada e discutida por Sauvé (1997) reporta-se às 
perspectivas que acendem as práticas pedagógicas, que podem fornecer um 
peso maior à educação ou ao meio ambiente, mesmo que também possam 
ser suplementadas entre si. Partindo da proposição de que a Educação 
Ambiental se encontra na correlação ser humano e ambiente, têm-se três 
vertentes:
•	 Perspectiva ambiental: está centrada no ambiente biofísico. Tem como ponto 
de vista, que a qualidade do meio ambiente está se deteriorando, ameaçando a 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade22
qualidade de vida dos seres humanos. A preocupação dessa linha está na ideia 
do engajamento para prevenir e resolver os problemas ambientais. A expressão 
estabelecida dessa postura é: “Que planeta deixaremos para nossas crianças? ”; 
•	 Perspectiva educativa: está voltada para o indivíduo ou grupo social. Parte da 
verificação de que o homem elaborou uma conexão de alienação a respeito de 
seu entorno. A ideia fulcral dessa tendência é a educação integral do indivíduo, 
com a promoção da autonomia, do senso crítico e de valores éticos. A expressão 
definidora dessa postura é: “Que crianças deixaremos ao nosso planeta?”; 
•	 Perspectiva pedagógica: está direcionada para o processo educativo, 
variavelmente divergente das abordagens que as antecederam. Por levar 
em consideração os métodos pedagógicos tradicionais demasiadamente 
dogmáticos e impositivos, essa perspectiva direciona-se para o 
desenvolvimento de uma pedagogia específica para a Educação Ambiental, 
por meio da concepção global e sistêmica da realidade, do recurso do 
método da solução de problemas ambientais locais concretos. A expressão 
que melhor define essa postura é: “Qual tipo de educação construiremos 
para as crianças nesse planeta?”. 
 Entretanto, foi o entendimento da Educação Ambiental a partir de 
sua função social, que possibilitou o surgimento de tipologias dualísticas, com 
esferas intrinsecamente binárias. Carvalho (1991), inicialmente, argumentou uma 
Educação Ambiental alternativa contra a Educação Ambiental oficial. Diversos 
autores, como Quintas (2000), Guimarães (2010) e Lima (1999) apontaram uma 
educação no processo de gestão ambiental crítica e uma Educação Ambiental 
emancipatória em oposição à Educação Ambiental convencional; Carvalho (2001) 
contempla uma Educação Ambiental popular contraposta a uma Educação 
Ambiental comportamental.
 
 Estes ensaios procuraram delimitar, por meio de subsídios da Sociologia da 
educação, uma Educação Ambiental que se articula às forças progressistas, em 
combate com outra que se articula com as forças conservadoras da sociedade, 
objetivando respectivamente a modificação ou a manutenção das interações 
sociais. O que conecta esses novos pontos de vista da Educação Ambiental que 
diariamente fogem do modelo convencional é o pressuposto de que só será possível 
salvaguardar a natureza se, ao mesmo tempo, se converter a sociedade, pois apenas 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 23
reformulá-la não seria suficiente (LAYRARGUES, 2002).
 Os acontecimentos a seguir devem ser levados em consideração ao 
analisarmos que tipos de Educação Ambiental se quer exercitar:
•	 A crescente crítica em oposição à ingenuidade do modelo convencional de 
Educação Ambiental; 
•	 A carência de resultados palpáveis conferidos à ação da Educação Ambiental; 
•	 A alteração do contexto do ambientalismo que abandonou, em segundo plano, 
as atividades preservacionistas e conservacionistas para agir, em primeiro 
plano, na edificação de espaços públicos participativos de negociação da 
gestão ambiental; 
•	 A necessidade de se trazer um enfrentamento político dos conflitos 
socioambientais. 
São acontecimentos que depõem a favor de certo padrão de Educação 
Ambiental, que deveria deixar de se empregar na apreensão da estrutura e 
funcionamento dos sistemas ecológicos, para imprimir emergente na estrutura e 
funcionamento dos sistemas sociais; que assinale soluções no âmbito coletivo e de 
ordem política; que deixe de se confundir com uma educação conservacionista, 
para se assemelhar mais à educação popular; que ao invés de conjeturar toda a 
humanidade como objeto da Educação Ambiental, anseie prioritariamente os sujeitos 
expostos aos riscos ambientais e as vítimas da iniquidade ambiental; e, sobretudo, 
que ponha para agrupar em primeiro plano, conceitos e conteúdos advindos da 
Sociologia. Já que, “a Educação Ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato 
político”, fundamentado em valores para a transformação social, como afirma o 
Princípio nº 4 do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e 
Responsabilidade Global. 
Eis o desafio da Educação Ambiental, modificar-se paulatinamente em uma 
Educação Política até desvanecer-se a necessidade de se adjetivar a Educação de 
‘Ambiental’.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade24
Meio Ambiente
Os seres vivos, o solo, a água, o ar, os objetos físicos produzidos pelo homem 
e os elementos figurados (tradições) compõem o meio ambiente. Sua preservação 
torna-se indispensável para o desenvolvimento sustentável das gerações atuais e 
das vindouras. 
 O meio ambiente engloba fatores físicos (o clima e a geologia), biológicos (a 
população humana, a flora, a fauna, a água) e socioeconômicos (a atividade laboral, 
a urbanização, os conflitos sociais). 
Denomina-se ecossistema o conjunto formado por todos os fatores bióticos 
de uma área e pelos fatores abióticos do meio ambiente. Os fatores bióticos (bio = 
vida) são todos os organismos vivos presentes no ecossistema e suas relações, tais 
como: animais (inclusive o homem), vegetais, fungos, protozoários e bactérias. Os 
fatores abióticos (a = não; bio = vida) são todas as influências que os seres vivos 
possam receber em um ecossistema, derivados de aspectos físicos, químicos ou 
físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, a temperatura, o vento, água, 
gases atmosféricos, sais minerais e outros.
Nesse sentido, o ecossistema diz respeito a uma comunidade de seres vivos 
com os correspondentes processos vitais inter-relacionados. Dessa forma, o meio 
ambiente é espaço facilitador de todas as interações dentro do universo. Esta 
sensibilização é bem importante porque denotam que pequenos atos, como por 
exemplo, a reciclagem é capaz de provocar amplas modificações. 
 
 Sustentabilidade
 Sustentabilidade é um termo que surgiu nos últimos anos e vem ganhando 
espaço. Há tempos, o homem vem explorando o mundo em que vive, extraindo 
dele tudo o que precisa e o que não necessita para sua sobrevivência. Fato que é 
representado com mais veemência nos últimos séculos. 
Além da extração exacerbada, o homem devolve à natureza dejetos e 
resquícios perigosos advindos da matéria-prima antes explorada. 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 25
 A pesquisadora Gro Harlem Brundtland, criadora desse termo, afirma 
que a sustentabilidade se trata de uma forma que se busca para responder às 
necessidades do planeta sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
prover às próprias necessidades. Falar em sustentabilidade compreende ações em 
vários setores: sociais, políticos, econômicos, na conservação e gerenciamento dos 
recursos naturais. 
 Além disso, a expressão Sustentabilidade é um termo empreendido para 
deliberar atuações e atividades humanas que apontem para suprir as necessidades 
contemporâneas dos seres humanos, sem afetar o futuro das gerações seguintes. 
Ou seja, a sustentabilidade está diretamente atrelada à ampliação econômica e 
material sem acometer o meio ambiente, utilizando os recursos naturais de maneira 
sensata, garantindoassim o desenvolvimento sustentável. 
 No que diz respeito à escola, esta tem a incumbência de conscientizar, 
sensibilizar e desenvolver ações individuais ou coletivas que possam trazer ações 
que estejam dirigidas à percepção dos seus estudantes e, consequentemente, da 
sociedade.
A Educação Ambiental nas instituições de ensino
 
 A partir de 2004, o Ministério da Educação vem realizando estudos com o 
objetivo de averiguar a presença da Educação Ambiental nas instituições de ensino 
fundamental, médio e superior. A seguir, serão apresentados os dados fundamentais 
e as principais informações levantadas nessas pesquisas.
A situação da Educação Ambiental nas instituições de 
ensino fundamental 
 O Brasil vem realizando diligências através de diretrizes e políticas públicas 
no sentido de gerar e incentivar a Educação Ambiental nas escolas do ensino 
fundamental, especialmente, desde a segunda metade dos anos 90. Com o intuito 
de verificar estes avanços no que diz respeito à ampliação da Educação Ambiental, 
o Ministério da Educação deu início ao projeto de pesquisa: O que executam as 
Instituições que afirmam realizar Educação Ambiental?
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade26
 Inicialmente, essa pesquisa teve como objetivo mapear a inclusão da Educação 
Ambiental nas escolas, assim como os padrões e tendências utilizados, por meio de 
um diagnóstico do Censo Escolar entre 2001 e 2004, desenvolvidos pelo Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e MEC. No 
entanto, essa pesquisa quantitativa, apesar de signifi cativa, levantava muitas outras 
questões. A fase seguinte da pesquisa possuía uma abordagem mais descritiva de 
como a Educação Ambiental é realizada nas escolas brasileiras.
 A próxima etapa buscava realizar pesquisas etnográfi cas e estudos de 
caso a fi m de arraigar ainda mais esta análise. A análise evidenciou que, embora 
existam diferenças regionais, é possível formar um rápido cenário nacional através 
da observação e julgamento de apontadores elaborados com base nos dados dos 
Censos Escolares entre 2001 e 2004. 
 O processo de ampliação da Educação Ambiental nas escolas de ensino 
fundamental foi bastante rápido: entre 2001 e 2004, a quantidade de matrículas 
nas escolas que proporcionavam Educação Ambiental passou de 25,3 milhões 
para 32,3 milhões, o que diz respeito a uma taxa de crescimento de 28%. Em 2001, o 
número de escolas que apresentavam Educação Ambiental era de aproximadamente 
115 mil, 61,2% do universo escolar, à proporção que, em 2004, este dado conseguiu 
152 mil escolas, ou seja, uma média de 94% do conjugado.
 O fenômeno de ampliação da Educação Ambiental foi de tamanha amplitude 
que provocou, de modo geral, a redução de variados desequilíbrios regionais. Para 
ilustrar, é relevante dizer que, em 2001, a região Norte apresentava 54,84% das 
instituições afi rmando realizar a Educação Ambiental; em 2004, o percentual 
aumentou para 92,94%. Na região Nordeste, em 2001, a taxa era de 64,10%, chegando 
a 92,49% em 2004. No Centro-Oeste, cresceu de 71,60% para 95,80%; no Sudeste, 
de 80,17% para 96,93%; e no Sul, de 81,58% para 96,93%. 
Você pode se perguntar, quais são efetivamente os incentivos, prioridades, as pessoas 
envolvidas, modalidades e resultados observados em detrimento da implementação 
da Educação Ambiental?
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 27
 Segundo a categorização do Censo Escolar, a Educação Ambiental no Brasil 
é justaposta através de três modalidades principais: Projetos, Disciplinas Especiais e 
Inserção da Temática Ambiental nas Disciplinas. Averígua-se que a performance das 
variadas modalidades de Educação Ambiental não esteve constante no período de 
2001 a 2004. 
 
As taxas de crescimento para este período obtiveram aproximadamente 
90% para as categorias Projetos e Disciplinas Especiais, à medida que o 
número de desenvolvimento para a Introdução da Temática Ambiental nas 
Disciplinas foi de somente 17%. Em números integrais, essas taxas correspondem 
a: presença da Introdução da Temática Ambiental nas Disciplinas está na média de 94 
mil escolas, 33,6 mil instituições proporcionando Projetos e somente 2,9 mil escolas 
realizando disciplinas especiais em 2001.
 Um segundo conjunto de resultados, mostrou duas tendências 
preocupantes. Em primeiro lugar, as tabulações que dizem respeito ao destino 
do lixo nas escolas apontaram que, em 2004, no Brasil, 49,3% das escolas que 
efetuaram a Educação Ambiental empregavam o recolhimento periódico como 
destino final do lixo; em segundo lugar, estão as escolas que queimam o lixo, com 
41,3%; e, por último, as que jogam o lixo em outras áreas, com 11,9%. Já as que 
reciclam o lixo não ultrapassam 5%. Apesar de todas as limitações de infraestrutura 
pública, no que concerne à coleta de lixo, o quadro apresentado abaixo revela um 
vestígio sobre uma prática contraditória com os postulados fundamentais sobre os 
quais se constrói lógica pedagógica da Educação Ambiental. 
 Embora seja complexo avaliar a relação escola-comunidade com métodos 
quantitativos, o Censo Escolar de 2004 apresenta informações sobre a participação 
da escola em diversas atividades comunitárias. 8,8% das escolas que ofertam 
Educação Ambiental colaboraram na manutenção de hortas e jardins; isto significa 
aproximadamente 13,4 mil escolas das 152 mil escolas que apresentam Educação 
Ambiental. 
 
No país, a atividade que mais se destaca nas Escolas que oferecem Educação 
Ambiental correlaciona-se ao batalhão que realiza a limpeza da instituição, 17,9% ou 
27,2 mil escolas aproximadamente. Finalmente, 10,5% das escolas que proporcionam a 
Educação Ambiental – aproximadamente 15,9 mil escolas – realizam a manutenção da 
estrutura física da escola. Ainda existe um enorme caminho para progredir na relação 
escola-comunidade. 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade28
 
Em outra pesquisa, delineada para investigar mais intimamente a natureza, 
estrutura e características da Educação Ambiental, trabalhou-se com um número de 
418 escolas das cinco regiões do Brasil. Examinou-se que mais de 30% das instituições 
pesquisadas deram início às suas atividades nos três últimos anos. No entanto, existe 
uma porcentagem expressiva de escolas (22,7%) que realizam Educação Ambiental 
há mais de 10 anos, possivelmente motivadas pelo aumento da discussão ambiental 
no Brasil no final dos anos de 1980 e pela efetivação do Rio 92, acontecimento que 
instituiu uma circunstância muito adequada à ampliação da Educação Ambiental 
naquele período.
 Dentre as escolas que começaram a proporcionar a Educação Ambiental nos 
últimos três anos estão, em primeiro lugar, as escolas da região Norte (34 escolas das 
80 entrevistadas). É relevante ressaltar que esses dados são inteiramente compatíveis 
com o fato de que o expressivo desenvolvimento da Educação Ambiental foi 
precisamente nas regiões Norte e Nordeste no período 2001-2004. Deve-se observar 
que a maioria das instituições que colocavam em prática a Educação Ambiental há 
mais de 10 anos (35 e 29 escolas, respectivamente) concentra-se nas regiões Sudeste 
e Sul. 
 Outros dois temas de grande relevância para se ponderar na Educação 
Ambiental referem-se às motivações iniciais e ao desígnio central para a efetivação 
desta no interior da escola. Por um lado, no caso das motivações, das 418 
escolas entrevistadas, 59% afirmaram que a motivação inicial está relacionada 
à iniciativa de docentes; em segundo lugar, aparece com 35% o estímulo propiciado 
pela efetivação do programa Parâmetros em Ação, iniciado pelo Ministério da 
Educação (MEC) em 2008. A segunda motivação é coincidente com a ampliação da 
Educação Ambiental examinada a partir de 2001 e os efeitos da ação do governo 
federal no Norte e Nordeste.
 O objetivo primordial das atividades em Educação Ambiental para 162 escolas 
(39%) seria “conscientizar para a cidadania”, ao passo que “sensibilizar para o 
convívio com a natureza” ocupao segundo lugar em 55 escolas (13%). Por fim, a 
“compreensão crítica e complexa da realidade socioambiental” ocupa o terceiro 
lugar com 49 escolas (12%). 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 29
No tocante às modalidades da Educação Ambiental, constatou-se que, em 
primeiro lugar, 66% das escolas afirmaram desenvolver ações por Projetos; em 
segundo lugar, 38% utilizam a modalidade Inserção no Projeto Político-Pedagógico 
e, em terceiro lugar, a Transversalidade nas Disciplinas é praticada por 34%. 
 É admissível supor que, mesmo diante dos problemas estruturais 
da escola quanto à condescendência da organização curricular disciplinar, está se 
averiguando caminhos integradores que implantem a Educação Ambiental 
em distintas disciplinas ou atividades. 
 A apreciação da gestão da Educação Ambiental mostra 
uma realidade inquietante e contraditória com os princípios gerais e participativos 
da Educação Ambiental, anunciados e acordados nos documentos nacionais e 
internacionais disponíveis e publicados nos últimos trinta anos. 
 Com efeito, seja na promoção de uma iniciativa e no envolvimento dos 
participantes do procedimento, seja na percepção da importância da contribuição 
dos múltiplos atores e saberes na apreensão do ambiente, as escolas explanaram 
estar distantes da comunidade.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade30
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 31
2
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
E SUA INTERFACE COM O MEIO 
AMBIENTE 
CONHECIMENTOS
Entender como o Meio Ambiente se relaciona com as práticas da Educação 
Física Escolar.
HABILIDADES
Identifi car atividades físicas que possam ser inseridas nas aulas de 
Educação Física que consideram à Educação Ambiental. 
ATITUDES
Posicionar-se criticamente diante dos problemas ambientais nos diversos locais, 
como no ambiente escolar e não escolar.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade32
 A Educação Física na escola
As compreensões sobre a relevância da Educação Física escolar passaram por 
diversas modificações desde a sua integração como disciplina curricular obrigatória 
no âmbito escolar. 
Inicialmente, a Educação Física tinha a missão de se preocupar com o corpo e 
adquirir hábitos que melhorassem a qualidade de vida, concepção nomeada como 
higienismo. Nos países europeus, a inserção de exercícios físicos no currículo das 
escolas deu margem para o início das primeiras formas de ginástica dos exercícios 
dentro do âmbito escolar. As ginásticas foram os primeiros conteúdos a serem apli-
cados na Educação Física, alcançando destaque perante outras disciplinas. Depois 
do higienismo, surge o militarismo, que responsabilizava a Educação Física pelo in-
cremento das aptidões físicas dos jovens da época.
Hoje, é quase um consenso que os professores de Educação Física devam 
abordar os conteúdos, correlacionando a matéria e as interfaces sobre o Meio Am-
biente. Tal feito deve ser realizado, pois a disciplina tem se revelado uma temática 
relevante na atualidade, entendendo-a como um espaço em que os fatores sociais, 
pessoais e naturais devam estar interligados e envolvidos. A compreensão do vín-
culo existente, assim como da interdependência entre esses fatores é essencial para 
seu entendimento. 
O procedimento de apropriação do espaço, desde o passado até os dias 
atuais, será o reflexo do futuro e parte inseparável das condições de vida. Este am-
biente é fruto de deliberações de acordo com critérios sociais e econômicos. Por 
intermédio disso, a coletividade vivencia a emergência de uma série de problemas 
que envolvem o modo de relação dos homens com a natureza no processo de pro-
dução. O modo de apropriação e dominação dos recursos naturais pelas sociedades 
industriais é evidenciado a partir dos conflitos e problemas relacionais entre os seres 
humanos, das sociedades entre si e das sociedades com a natureza. 
A conexão do homem à natureza, desde sua origem histórica, proporciona 
uma relação divergente de exploração dos recursos disponíveis, pois este passa pro-
gressivamente a criar, recriar e satisfazer suas necessidades, conforme o seguimento 
histórico em que vive, reconhecendo-se enquanto ser social.
Nesse sentido, é essencial inventar classes socioeconômicas, culturais e ins-
titucionais que despertem não apenas um acelerado aumento tecnológico, agrega-
dor dos recursos naturais, mas também uma alteração no sentido dos padrões de 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 33
consumo que não culmine no crescimento contínuo e ilimitado do uso de recursos 
naturais. Nesse aspecto, o modelo sustentável prevê a educação ambiental como 
uma ferramenta de melhoria da qualidade de vida. 
Dessa forma, a educação ambiental se norteia por princípios simples, enten-
der o meio ambiente como o espaço aonde se vive e convive. Prontamente, a escola 
deve ser o primeiro lugar de interface entre a Educação Física Escolar e Meio Am-
biente. Citamos algumas questões para lhes chamar atenção sobre isso: Durante o 
intervalo, as crianças têm contato com árvores? O bloco que existe dentro da escola, 
permite a passagem de luz natural? O lixo dessa escola é reciclado? Os estudantes 
são capazes de empreender os conhecimentos absorvidos em sala de aula de Edu-
cação Física quando têm a oportunidade de tomar banho de rio ou de realizarem 
uma trilha no fim de semana ou nas férias? Ou melhor: a Educação Física Escolar 
ofertada dá subsídios para que os mesmos estabeleçam interações e relações com 
sua prática e o Meio Ambiente? E as interações existentes, estimulam os estudantes 
a entenderem como as condições ambientais do local onde moram, do bairro que 
residem ou ainda da cidade que moram, alteram na sua acessibilidade e práticas 
corporais?
Dos assuntos mais abordados nas Políticas Nacionais de Educação Ambien-
tal, destaca-se o caráter interdisciplinar e permanente, necessitando ser inserida em 
todas as disciplinas da matriz curricular, desde o ensino infantil até a universidade. 
Assim, a educação ambiental crítica-reflexiva e transformadora, segundo Gui-
marães (2010), questiona e problematiza os padrões científicos com base na atual 
civilização, necessitando ser participativa, criativa e comunitária, potencializando 
uma ação, da realidade vivenciada e formadora da cidadania.
A relação entre Educação Física Escolar e as interfaces com o meio ambiente 
é um assunto abrangente, carecendo da participação de diversas áreas de conheci-
mento e várias instâncias, como sociais, econômicas e políticas. A sensibilização do 
indivíduo, da sociedade e também do Estado sobre os problemas ambientais deve 
ser o primeiro e principal avanço para o começo das modificações nesta área. 
Os métodos de ensino tecnicista e fragmentado, ainda existentes nas escolas, 
talvez não atendam a demanda do desenvolvimento integral dos discentes. Ao ofer-
tar temas de relevância social aos estudantes, fazendo-os atuarem na ação popula-
rizada do ensino, crianças e adolescentes se sentirão parte do processo de ensino 
e aprendizagem. Assim, as atividades na natureza se exibem como bons caminhos 
para o desenvolvimento dos conceitos referentes ao meio ambiente, proporcionan-
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade34
do uma oportunidade para a mudança de comportamentos e hábitos. 
Os conteúdos da Educação Física (jogo, ginástica, esporte, luta, dança) per-
mitem conhecimentos e condições necessárias para identifi car, expor, discutir, rela-
cionar e ainda debater a questão ambiental, podendo até formular novos conheci-
mentos. Para tanto, a Educação Física Escolar deve ser entendida como importante 
componente curricular, que oferta conhecimentos da cultura corporal, cujas práticas 
seriam selecionadas conforme o contexto sociocultural, não se esquecendo do con-
texto histórico da mesma, mas também, pelas possibilidades educativas que abriga, 
numa visão amplifi cada de formação escolar. Isso signifi ca entender que a escola 
tem como uma das melhores missões, formar sujeitoscom autonomia que susten-
tarão decisões ambientalmente sustentáveis no seu tempo ocioso.
O importante é entender que o Meio Ambiente possa ser vivenciado nas 
práticas de Educação Física Escolar, como oportunidade de vivência diferenciada e 
conveniência de conhecimento. Trata-se de habituar essa relação ao cotidiano do 
sujeito em comunidade, na sua relação consigo e com os outros.
 É certo que a temática do meio ambiente transcorre e interage com todas 
essas interfaces com intuito de favorecer a qualifi cação de todos os envolvidos no 
processo. Dessa forma, a educação ambiental atende papel estratégico na educação 
de crianças e adolescentes como atores principais no processo de passagem para 
uma sociedade sustentável, trazendo aulas mais motivadoras, contextualizadas e 
dinâmicas, valorizando cada vez mais a prática escolar.
Dessa forma, os jogos que compactuam entre a Educação Ambiental e 
Educação Física escolar acompanham alguns dados: 
•	 Regras: Igualdade, jogos com regulamentação que responda a igualdade 
de oportunidades, consistência, respeito à integridade, conscientização, 
desempenho, culpabilidade, compromisso, solidariedade e liberdade com 
cautela;
Pensar na realidade ambiental dentro do âmbito escolar é fazer diariamente algumas 
perguntas, tais como: Qual modelo de homem trabalho? Qual minha atitude pessoal 
e profi ssional perante a realidade encontrada? Quais são meus objetivos e minhas 
intenções na hora de propor um jogo? 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 35
•	 Princípios: Ética social mediada pela criticidade, reflexão, diálogo, 
sensibilidade, justiça, autonomia, criatividade, intelectualidade e 
argumentação desde a lógica social;
•	 Organização: Responsabilidade, acordo, convivência social pluralista e 
participativa.
No entanto, vale lembrar que este jogo, pensado e supracitado para abranger 
a interface almejada, não atua sozinho na construção dos valores ambientais, faz-se 
necessário que exista um comprometimento de todos os professores envolvidos, 
permeando todo o processo de ensino, pois a Educação Ambiental é, antes de 
qualquer coisa, interdisciplinar e que tem o intuito de chamar a atenção para os 
problemas ambientais rumo a uma melhoria da qualidade de vida de todos.
Assim, para a inserção de uma Educação Física Escolar nos moldes da 
Educação Ambiental, é interessante que os conteúdos apontados pela primeira 
estejam conforme os princípios norteadores da segunda. Por conseguinte, essa 
proposta objetiva fomentar a igualdade de direitos, a cooperação, a autonomia, a 
participação e a democracia. Desse modo, o docente deverá trabalhar os conteúdos 
imbuídos de uma consciência ambiental. 
Com base nesse padrão, é possível implantar a Educação Ambiental no contexto 
da escola através da Educação Física, tanto para trazer melhores probabilidades de 
se tornar sustentável no tempo quanto para o aumento de sua eficácia. 
A Educação Física sozinha na escola não poderá ser a única responsável pela 
mudança social que se pretende. Este padrão educacional só será possível a partir 
de uma integração interdisciplinar que se identifique com a proposta da Educação 
Ambiental, agindo em cooperação na busca de soluções para a problemática do 
meio ambiente.
Estilos de vida que contribuem para nosso planeta
Com o avanço tecnológico, os meios de comunicação têm tentado alertar 
para as possíveis mudanças que nosso planeta poderá sofrer devido às intervenções 
descontroladas e inconsequentes que o ser humano vem fazendo com o meio 
ambiente. São exemplos disso: o acúmulo de gás carbono na atmosfera, os tsunamis, 
a falta de água potável, as inundações, os desertos, entre outros. Assim, com o 
desaparecimento dos recursos naturais, a demanda pelos mesmos está aumentando. 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade36
Dessa forma, a sustentabilidade é um termo implementado pelos cientistas 
para medir o tamanho dos recursos naturais que precisamos. Tendo como função 
calcular quanto dos ecossistemas é necessário para produzir os recursos que 
utilizamos e absorver o lixo que criamos, assim, a sustentabilidade de um país, de 
uma cidade ou de uma pessoa dependerá da geração de produtos, bens e serviços 
que sustentam seus estilos de vida, sem comprometer a capacidade das próximas 
gerações de suprir às próprias necessidades.
A seguir, são apresentados alguns estilos de vida mais equilibrados e 
amigáveis que podem contribuir para nosso planeta.
TRANSPORTE: Com o crescente aumento do quantitativo de automóveis, 
provocando vários engarrafamentos nas ruas e grandes avenidas, o aumento dos 
gases depositados em nossa atmosfera está cada vez maior, contribuindo muito 
para o aquecimento global.
ALIMENTAÇÃO: Diminuição do consumo diário de proteína (carne vermelha), de 
produtos processados e de fastfoods impedem a produção de embalagens que logo 
iriam se transformar em entulho, contribuindo também para uma alimentação sau-
dável.
MORADIA: A edificação desordenada, por vezes, construídas em encostas monta-
nhosas e/ou ribeirinhas, em que por esse fato, comumente acontece deslizamento 
de terras e enchentes.
CONSUMO: O consumismo exacerbado é um dos fatores que mais favorece para a 
falência das reservas energéticas. Exemplo: consumo excessivo de energia elétrica.
HÁBITOS: Alimentação, moradia, consumo e locomoção. São costumes que se rela-
cionam diretamente com os recursos naturais, assim como as opções de lazer.
Os hábitos supracitados merecem ser pontuados, pois, a prática da atividade 
física é de extrema importância para a promoção da saúde e modificação para os 
riscos de quedas, pré-disposição de doenças crônicas e outras complicações.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 37
As hipóteses que fortalecem a Educação Física no âmbito escolar na interface 
ambiental seriam: a identifi cação dos estudantes com o meio natural em relação ao 
ambiente em que vivem, conceituação sobre as ações pertinentes sobre o meio e 
ainda a prática de atividades ao ar livre, estimulando o debate sobre a importância 
do meio e sua preservação. 
As excursões, trilhas, cuidados e preservação do ambiente onde se realizam as 
práticas esportivas, exposições divulgando as atividades relacionadas com a temática, 
debates e seminários em grupo sobre Meio Ambiente e ainda acampamentos 
recreativos são atividades que possibilitam uma forma de conscientizar os estudantes 
a preservar o meio ambiente. 
É certo que a atividade física proporciona bem-estar, saúde mental e física, 
previnem doenças, melhora o convívio social e a qualidade de vida, além de dar um 
grande suporte à sustentabilidade. A caminhada, o arborismo, o rapel, a escalada, o 
ciclismo e a corrida de orientação são apenas alguns exemplos de esportes que têm 
contato direto com a natureza, conscientizando e promovendo seus praticantes e 
agregados da importância de fazermos algo em prol do nosso planeta e do legado 
que deixaremos para as gerações futuras. 
No âmbito escolar, em qualquer disciplina é possível sensibilizar os estudan-
tes para promoção de um planeta saudável, seja na Educação Física, Português, His-
tória, Geografi a ou Biologia. Ampliar as aulas de Educação Física numa abordagem 
emancipatória crítica tem como intuito formar sujeitos autônomos e críticos ante a 
realidade em que os mesmos estão inseridos, por meio de uma educação de caráter 
refl exivo e crítico.
Ações preparatórias de brinquedos, como: boliche de garrafas pets, cone-
-bol, jogo de xadrez de papelão, jogo de damas reciclado, circuito de pneus, tiro ao 
alvo, arremesso ao cesto e outros são apenas algumas das atividades que também 
podem ser realizadas nesta interação da Educação Física escolar e o Meio Ambiente, 
pois, por meio dessa construção, as crianças despertam ainda mais valores da cole-
tividade, refl etindo sobre a importância da convivência na sociedade.
 A Educação Ambiental é a consequência de um processo político sensibilizado 
aos problemas ambientais, estando presenteem ambientes diversifi cados como no 
Você poderia se perguntar: quais atividades que podem ser realizadas e 
conscientizadas para uma boa preparação de educação ambiental?
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade38
ambiente escolar e não escolar, com informações e diretrizes locais, internacionais, 
nacionais ou regionais.
Em todos os níveis, Brasil e mundialmente, as diretrizes da Educação Ambiental 
organizam o processo pedagógico para formar pessoas com atitudes conscientes em 
relação ao seu meio ambiente, através da aquisição de conhecimentos, valores, 
experiências, habilidades e determinação, buscando atitudes e resoluções de 
problemas ambientais.
Por esse fato, vincular Educação Física escolar à sustentabilidade promove 
impactos positivos na vida em sociedade, como: florestas preservadas, rios limpos, 
consumo de alimentos de melhor qualidade, respeito às pessoas sem qualquer 
distinção. 
Assim, a metodologia educacional necessita de diferentes conhecimentos para 
trabalhar essa temática na sua compreensão total e, com isso, inter-relacionar vários 
conhecimentos visando o cidadão em sua completude. 
Vale ressaltar que a escola não se isenta de oferecer todas essas oportunidades 
ao seu colegiado. No entanto, deverá se conscientizar de que sozinha não atende 
à total formação de seus estudantes, pois o processo de desenvolvimento dos 
indivíduos está associado a inúmeras outras vivências e oferece condições legais 
para promoção e/ou melhora de vida.
Para tanto, a função do professor de Educação Física é acrescentar valores, pois o 
mesmo é um agente da construção do conhecimento de seus estudantes. O contato 
do professor de Educação Física com seus estudantes é diferenciado e de grande 
responsabilidade, pois precisa proporcionar um equilíbrio mental, físico e social dos 
discentes. 
Este contato possui diversificados sentidos pedagógicos a partir de seus 
diferentes momentos históricos, pois é uma prática pedagógica que tem como 
temática expressiva as práticas corporais.
Assim, os conteúdos das interfaces do Meio Ambiente devem ser ministrados pela 
Educação Física com o objetivo de identificar os problemas da realidade vivenciada 
pelos estudantes, buscando solução para os mesmos. Exemplo disso é desenvolver 
práticas de lazer em áreas verdes, que oferece aos estudantes a possibilidade de 
realizar trilhas, ecoturismo, caminhadas recreativas, natação em rios, lagos, mar e 
outros. 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 39
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade40
3
REFLEXÕES E APLICAÇÕES 
PEDAGÓGICAS ENTRE 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E 
MEIO AMBIENTE 
CONHECIMENTOS
Compreender o ensino de Educação Física relacionado ao ensino 
ambiental, sua importância e os métodos pedagógicos responsáveis pelo 
desenvolvimento dos sujeitos e cidadãos conscientes.
HABILIDADES
Identifi car as formas e possibilidades de se trabalhar o meio 
ambiente nas aulas de Educação Física.
ATITUDES
Desenvolver nos estudantes possibilidades de práticas de Educação Física 
relacionada ao meio ambiente e a consciência da preservação do meio.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 41
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade42
Educação Física no âmbito escolar e no meio ambiente
 Assuntos ambientais estão cada vez mais contraindo ampla importância na 
sociedade. A escassez de recursos hídricos, o aquecimento global, a desertificação do 
solo, o crescimento geométrico de lixo e outros problemas ambientais são grandes 
tragédias da atualidade em que o ser humano tem sua parcela de culpa. Estudos 
conexos a esses problemas aparecem a partir de novos modelos que visam a uma 
direção mais sistemática e complexa da sociedade. 
 A partir da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997; 1998), 
foram abordados temas que envolvem aspectos e diferentes dimensões da 
vida social, como: Meio Ambiente, Ética, Saúde, Orientação Sexual, Pluralidade 
Cultural, Sexualidade, Trabalho e Consumo. Dentre esses, o tema Meio Ambiente 
vem conseguindo lugar de destaque em questões relacionadas à elaboração e à 
implementação de propostas educacionais atuais, embora não seja constante na 
Educação Física.
 É preciso ter consciência da importância do meio ambiente como fonte de 
equilíbrio necessário à sustentação de todas as formas de vida. Partindo dessa 
perspectiva, os fatos nos orientam à necessidade de um juízo mais aprofundado e, 
ao mesmo tempo, expandido de vários conceitos, entre os quais, o Meio Ambiente. 
Entendimento que se dá a partir das relações, das interconexões, da edificação de 
uma rede de significações que impõem uma nova resolução, dando um sentido 
diferençado à Escola, à Sociedade, ao Universo. 
 Nesse contexto, a escola vem elevar suas discussões sobre o ensino ambiental, 
com um procedimento de reconhecimento de importâncias, em que os novos 
métodos pedagógicos devem ser responsáveis no desenvolvimento dos sujeitos de 
atuação e de cidadãos conscientes de seu papel no mundo.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 43
Discutindo sobre Educação Ambiental
 A Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art. 1º, cita 
que a educação ambiental pode ser entendida de processos por meio dos quais o 
indivíduo e a sociedade constroem valores, conhecimentos, habilidades, atitudes 
e competências direcionadas para a defesa do meio ambiente, de uso comum do 
povo, visando à saudável qualidade de vida sustentável.
 Os primeiros movimentos que contribuíram no processo educativo voltado 
à questão ambiental aconteceram na década de 60. As informações básicas para a 
estruturação da educação ambiental como área do conhecimento aplicado estão 
nos documentos lançados pela UNESCO, principalmente na Carta de Belgrado, de 
1976, e no documento lançado em Tbilisi, em 1983 e 1985.
 A educação ambiental possui como metas propor o desenvolvimento da 
consciência em relação à interdependência dos domínios econômicos, sociais, 
políticos e ecológicos em áreas urbanas e suburbanas e como formar os indivíduos 
de conhecimentos, motivações, atitudes, engajamento e ferramentas para a resposta 
e prevenção de problemas. As finalidades da educação ambiental são colocadas 
à obtenção de conhecimentos, atitudes e importâncias sociais que induzam à 
participação ativa na melhora do meio ambiente.
 É de fundamental importância que as pessoas tenham consciência em relação 
ao planeta em que habitamos, buscando ter cada vez mais qualidade de vida sem 
afrontar o meio ambiente, a fim de promover um novo modelo de comportamento 
que busca um equilíbrio entre o homem e o ambiente.
 
 Os avanços tecnológicos permitem formatos de produção de bens como 
consequências indesejáveis que se agravam em grande velocidade. Partindo desta 
perspectiva, pessoas, empresas, governos, países passam a tomar medidas com 
o objetivo de sensibilizar a população mundial dos agravos e consequentemente 
tomar medidas para a redução e/ou prevenção do mesmo. Desde então, tratados e 
conferências mundiais vêm se tornando frequentes nos países em prol da preservação 
ambiental e consequentemente o não comprometimento das futuras gerações.
O debate em torno do tema desenvolvimento sustentável, exposto pelo 
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em 1991, evidencia 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade44
a melhoria da condição de vida humana dentro dos alcances da capacidade de 
base dos ecossistemas introduziu o termo sustentabilidade, onde em Thessaloniki - 
Grécia, em dezembro de 1997, o tema sustentabilidade adquiriu a centralidade das 
discussões.
Perspectivas da Educação Física e Meio Ambiente
 
As preocupações com fatores ambientais, impactos, degradação e outros 
estão crescendo cada vez mais e necessitam de um olhar crítico e reflexivo. Cada 
professor, independentemente de sua área, deve moldar o tratamento dos conteúdos 
para amparar o tema meio ambiente, assim como qualquer temática.
 Dada à abrangênciae à profundidade das temáticas, olhar o meio ambiente 
e sua complexidade a partir das aulas de Educação Física não é uma tarefa fácil. 
 A formação do estudante enquanto cidadão é um estado comum que pode 
ser abordado tanto pela Educação Física quanto pelo meio ambiente, de forma que 
os estudantes adquiram opiniões próprias e condições para discutir e mediar ações 
diante da realidade que o cercam. 
 Há diferentes formas de informar assuntos ambientais nas aulas de Educação 
Física. Uma boa explanação poderá possibilitar que o professor alcance um nível de 
consciência ambiental e corporal bastante interessante aos estudantes. Diante disso, 
o trabalho da Educação Física voltado para os valores ambientais deve traçar um 
paralelo entre teoria e prática para obtenção de um ensino mais eficaz.
Possibilidades de trabalho em aulas de Educação Física 
Meio ambiente, temperatura e aulas de Educação Física
 É um tema que pode ser trabalhado como forma de analisar a ocorrência 
dos fatores climáticos nas quadras externas e a organização de soluções para essas 
interferências negativas. Partindo dessa concepção, poderá ser discutido com os 
estudantes atitudes e questões a respeito de como diminuir os impactos negativos 
nas aulas de Educação Física.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 45
Diante da problematização de um fato relacionado à aula de educação física, 
estaríamos impulsionando uma série de conhecimentos (conceitos, procedimentos 
e atitudes), que poderiam ser úteis ao cotidiano dos estudantes, estimulando assim 
sua vivência social e cidadã.
 
 Educação Física, lazer e meio ambiente
 Outro grande assunto exposto pelo tema transversal Meio Ambiente refere-
se a averiguar as inúmeras maneiras de relacionamento entre a sociedade e o meio 
ambiente. Uma interconexão favorável dentro dessa temática articula reflexões 
sobre a destruição ou privatização dos espaços públicos reservados para atividades 
recreativas e de lazer. 
 Nas aulas de Educação Física, torna-se relevante compreender os motivos 
históricos responsáveis pela apropriação dos espaços públicos de lazer e procurar 
opções para assegurar condições mínimas de segurança e adequação, como também 
táticas para a expansão da oferta dos espaços por parte do poder público. 
 O aperfeiçoamento da cidadania através da Educação Física acontece pelas 
discussões envolvendo o lazer e a disponibilidade de espaços públicos para as práticas 
das atividades corporais de movimento. Essas necessidades são determinantes para 
o homem contemporâneo e, por isso, são considerados direitos do todo cidadão.
Os estudantes precisam compreender que as atividades corporais (esporte, 
dança, jogo, dentre outras) não devem ser apenas privilégio de atletas profissionais 
ou somente de indivíduos com condições de investir financeiramente em academias 
ou clubes. Valorizar essas ações e reivindicar acesso a centros esportivos e de lazer e 
programas de práticas corporais direcionados à população, pode ser impulsionado 
a partir das informações adquiridas nas aulas de Educação Física.
Quais atitudes ajudariam a diminuir os impactos negativos ocasionados 
pelos fatores climáticos nas aulas de Educação Física?
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade46
Espaços disponíveis para as aulas de Educação Física
 Diversos problemas voltados ao espaço físico para a realização de práticas 
de atividades físicas corporais são encontrados em escolas, principalmente na rede 
pública. Uma simples construção de uma quadra ou equipamento recreativo e 
esportivo qualquer não resolveria os problemas estruturais da sociedade. É necessário 
um possível envolvimento da população local, tendo em vista que poucos espaços 
públicos voltados ao lazer e para o esporte são colocados como uma realidade com 
incrementos sociais que merecem ser investigados. 
Portanto, os envolvidos com a escola precisam procurar soluções para a 
diminuição ou resolução dessa problemática. Ponderar sobre essas questões, bem 
como buscar atitudes de preservação e conservação, caracterizam-se como mais um 
cenário que pode ser trabalhado nas aulas de Educação Física.
Meio Ambiente e Saúde
A correlação entre meio ambiente e saúde apresenta importantes perspectivas 
pedagógicas nas aulas de Educação Física, podendo aproximar-se como uma 
temática social. É interessante salientar que essa temática deve estar junto a uma 
política pública, atendendo a demanda de toda a população do meio e considerando 
os fatores econômicos, sociais, culturais, educacionais etc.
 Conceituar saúde envolve uma pluralidade de relações entre o meio ambiente 
e o indivíduo, levando em conta, as desigualdades sociais, consequência da má 
distribuição de renda. Palma (2001) afirma que a pobreza, a saúde e a educação 
formam uma rede de interações, onde os baixos salários, a má educação, a dieta 
pobre, a habitação e as condições de higiene insalubres e o vestuário inadequado 
se influenciam mutuamente.
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (1998) de Educação Física colocam 
que os estudantes devem agir criticamente sobre os programas de saúde pública e 
também em qualquer experiência integrada à cultura corporal de movimento.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 47
Meio Ambiente e os esportes de aventura
Diferente do ponto de vista do esporte-espetáculo, onde prevalecem as 
práticas mecanizadas, a eficácia do rendimento do corpo e a produção de bens e 
serviços, os esportes de aventura procuram, de acordo com Costa (2000), resgatar 
valores como a autorrealização, a liberdade, a cooperação e a solidariedade. Torna-
se imprescindível, então, um olhar mais atento no que diz respeito à inclusão dos 
esportes de aventura e as suas extensões no panorama da cultura corporal de 
movimento.
 A corrente esporte institucional admite uma posição de evidência do ponto 
de vista social e desempenha expressiva influência nas atividades escolares. Como 
elemento que compõem a cultura corporal de movimento, os esportes apresentam-
se como objeto de estudo, haja vista as suas interconexões com a dinâmica 
ambientalista.
 Ao averiguar a Declaração do Rio de Janeiro como a consequência final da 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Costa 
(1997) aponta o princípio, da redução e banimento de padrões de produção e 
consumo não sustentáveis, no qual o esporte é apresentado como um padrão, em 
virtude da sua ascendente ampliação, por vezes de forma não saudável à sociedade 
e em desarmonia com a natureza.
 Variadas discussões têm sido suscitadas nesta área, envolvendo as federações 
nacionais, regionais e até, o Comitê Olímpico Internacional, procurando orientações 
para a adequação à nova ordem, a gestão de um desporto sustentável. Bento 
(1991 apud DA COSTA, 1997) afirma que o cenário desportivo, impulsionado por 
uma tendência inicial de levar o esporte realizado nas áreas externas para as áreas 
internas, isto é, para o espaço fechado e coberto, é atualmente delimitado por uma 
segunda tendência, que busca levar o esporte para os espaços abertos, para o ar 
livre, para a natureza.
 Tal convergência pode ser comprovada pela ascendente busca dos esportes de 
aventura, o que pode provocar valores que retratam uma nova dimensão da interação 
homem-natureza. A interação entre os esportes de aventura e os esportes tradicionais 
pode conter um enorme potencial educacional. Piageassou (1997) confere o sistema 
de pensamento tradicional com o princípio de pensamento ambientalista, conforme o 
quadro abaixo:
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade48
Quadro 1: Comparação entre o desporto sob a influência do Pensamento Tradicional 
e o Pensamento Ambientalista
Pensamento Tradicional Pensamento 
Ambientalista
Paradigma Produzir ordem Ordem emerge da 
desordem
Objetivo Máximo Melhor
Pretensões Performance e eficiência Prazer e beleza
Modelo de 
relacionamento
Competição Convivência e harmonia
Fonte: Piageassou (1997).
 Piageaussou (1997)apresenta essa tendência como uma maneira inovadora 
de mediação desportiva que excede às tradicionais de competição e oposição. Costa 
(2000) examina que a opção por modalidades esportivas sob a visão ambientalista 
tem como motivação a superação de barreiras na busca do autoconhecimento, da 
autorrealização, do contentamento pessoal, nas quais são reinseridas as noções de 
jogo e de prazer, tais como a fantasia, o sonho, o desejo, o desafio e a vertigem.
 O esporte de aventura, de modo especial, é aquele materializado junto à 
natureza, simboliza mais uma probabilidade de união entre o indivíduo e o meio 
ambiente, devido ao intercâmbio com os elementos naturais e as suas diferenças, 
como sol, vento, monte, rios, vegetação virgem, densa ou desmatada, lua, chuva, 
tempestade, proporcionando atitudes de admiração, respeito e preservação. Seria 
ingenuidade acreditar que o contato simplório com a natureza significasse condição 
satisfatória para avaliar o indivíduo como defensor do meio ambiente.
 Esses temas são amplos e vêm merecendo grande destaque nos últimos 
tempos, particularmente por parte da mídia, o que pode ser compreendido como 
cooperação ou também como causador de problemas. A multiplicidade de ideias e 
de sugestões práticas é de extrema importância para o debate educacional e para a 
concretização da representação social da Educação Física.
 
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 49
LLEITURA OBRIGATÓRIAEste ícone apresenta uma obra indicada pelos(as) professores(as) autores(as) que será indispensável para a formação profi ssional do estudante. Le
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 51
Sugerimos a leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais 
– Meio Ambiente e Saúde. O objetivo desse material é abordar 
a questão ambiental na educação e cidadania, elementos 
naturais e construídos do meio ambiente. Meio Ambiente e 
Saúde para o ensino fundamental e avaliação.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares 
Nacionais: meio ambiente, saúde. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 
1997.
GUIA DE ESTUDOGUIA DE ESTUDO
Após a leitura dos artigos, faça um texto argumentativo elencando os 
pontos positivos e disponibilize na sala virtual.
RsREVISANDOÉ uma síntese dos temas abordados com a intenção de possibilitar uma oportunidade para rever os pontos fundamentais da disciplina e avaliar a aprendizagem.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 53
É certo que tornar próximo as três realidades Educação Física, Meio Ambiente 
e Escola, todas em contínua atualização e transformação, requer algumas ousadias, 
mas sobretudo, cuidados. São temáticas que, de modo isolado, vêm se destacando 
nos meios de comunicação, mas todo zelo é necessário para que não se tenham 
visões equivocadas sobre o assunto.
 
 Na primeira unidade de estudo, abordamos os conceitos de Educação 
Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade para entendermos as possibilidades de 
intervenções pedagógicas. Uma análise histórica da Educação Física escolar viabiliza 
estratégias didático-pedagógicas para a disciplina em sua relação com o tema 
transversal Meio Ambiente.
Entendendo que a Educação Física e os temas transversais (Saúde, Meio 
Ambiente, Ética, Orientação Sexual, Pluralidade Cultural e Trabalho e Consumo) 
permitem uma transversalidade a partir da área de conhecimentos multidisciplinar 
e de intervenção didático-profissional que tem como objeto de estudo a cultura 
corporal de movimento tematizadas na ginástica, no jogo, no esporte, na dança e 
nas brincadeiras populares, na luta e outras manifestações.
Quanto ao conceito de Meio Ambiente, trata-se do meio que condiciona 
a forma de vida da sociedade e que inclui valores naturais, sociais e culturais. É 
imprescindível preservá-lo para o desenvolvimento sustentável das gerações atuais 
e futuras.
Quando falamos em Sustentabilidade, entendemos que são ações em 
vários setores: sociais, políticos e econômicos na conservação e gerenciamento dos 
recursos naturais, ou seja, um uso dos recursos naturais do planeta terra.
O conceito de sustentabilidade está relacionado com uma nova mentalidade, 
nova atitude ou estratégia que seja ecologicamente correta.
Na segunda unidade, abordamos as interfaces da Educação Física com o 
meio ambiente. As atividades na natureza se apresentam como ótimos caminhos 
para o desenvolvimento dos conceitos referentes ao meio ambiente, promovendo 
uma oportunidade para a mudança de hábitos e comportamentos.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade54
A Educação Física por meio de seus conteúdos (jogo, esporte, luta, ginástica, 
dança) possui condições e conhecimentos suficientes para abordar, relacionar, 
discutir e debater a questão ambiental, podendo até formular novos conhecimentos. 
Neste contexto, as atividades e os esportes de aventura viabilizam intervenções 
pedagógicas amplas na formação cidadã e no desenvolvimento das habilidades 
motoras específicas e espaços lúdicos.
Na terceira unidade de estudo, destacamos o tema transversal “Meio 
Ambiente”, as atividades e os esportes de aventura (ecológicos) na construção 
de uma melhor consciência e atitudes ambientais. Bahia (2005) já preconizava a 
viabilidade dos esportes da natureza na formação de novas atitudes ambientais 
e sustentáveis. A Educação Física proporciona ao indivíduo participar de esportes 
de aventura praticados na natureza e, através dessa participação, desenvolve-se a 
conscientização ambiental e o respeito pelo meio ambiente.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 55
AvAUTOAVALIAÇÃOMomento de parar e fazer uma análise sobre o que o estudante aprendeu durante a disciplina.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 57
 
1- Conceitue Educação Ambiental.
2- Destaque e defina as classificações determinadas pela pesquisadora Lucy 
Sauvé.
3- Na sua visão, o que é o meio ambiente e quais os fatores que o englobam? 
Explique.
4- Defina ecossistema.
5- Explique o que é Sustentabilidade.
6- Qual a ajuda e conscientização que a escola pode dar a educação ambiental?
7- Como a Disciplina de Educação Física pode contribuir com a conscientização 
de ajudar o meio ambiente?
8- Quais os estilos de vida que podem contribuir com o equilíbrio do nosso 
planeta em relação ao meio ambiente?
9- Destaque as atividades que podem ser realizadas e conscientizadas para uma 
boa preparação de educação ambiental?
10- Para você quais as preocupações com os fatores ambientais e como podemos 
evitá-los?
11- Quais atitudes ajudariam a diminuir os impactos negativos ocasionados pelos 
Fatores Climáticos?
BbBIBLIOGRAFIAIndicação de livros e sites que foram utilizados para a construção do material didático da disciplina.
Educação Física, Meio Ambiente e Sustentabilidade 59
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