Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or Síndromes Coronarianas Doença Arterial Coronariana ➤ É uma doença crônica. Não é SCA. Alteração relacionada à isquemia, que é o desequilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio. ➤ A isquemia no coração se dá por uma alteração vascular à nível das artérias coronárias, em que no lúmen desses vasos ocorre uma obstrução que impede a passagem adequada de sangue. ↳ Essa obstrução tem como fisiopatologia o acúmulo de gordura, formação de placa aterosclerótica. ↳ O fluxo sanguíneo diminui e tem um aumento de pressão na região. ➤ O paciente, muitas vezes, está compensado pois a oferta diminuiu mas a demanda não é tão grande. No momento em que ele aumentar a demanda (ex.: corrida), vai haver um desequilíbrio muito maior. ↳ Nesse momento, a aterosclerose leva a uma Síndrome Coronariana ou a uma angina estável, por exemplo. FATORES DE RISCO HAS e DM Idade > 45 anos (homem) e > 55 (mulher) Tabagismo Dislipidemia Obesidade central Sedentarismo História familiar de DAC após os 45 anos ⚕ A maior parte dos pacientes com doença coronariana aguda são > 60 anos, mas o paciente com doença arterial coronariana começa desde cedo e se manifesta apenas > 45 homem e > 55 mulher. COMO APARECE? Angina (dor). Equivalente anginoso (dispneia, arritmia). Quem tem equivalente anginoso? Mulher, diabético, idoso. ANGINA Angina Estável (4 características): ✦ Dor retroesternal em aperto. ✦ Causada por esforço ou estresse emocional. ✦ Alivia com repouso e/ou Nitrato. ✦ Dura menos que 15 – 20 minutos. 3 características: Angina Típica. 2 características: Angina Atípica. 1 ou 0: Dor não anginosa. 1 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or CLASSIFICAÇÃO – SOCIEDADE CANADENSE Classe I: Angina aos grandes esforços; ex.: correr. Classe II: Angina aos médios esforços; ex.: subir uma escada. Classe III: Angina aos pequenos esforços; ex.: arrumar a casa, pequena caminhada. Classe IV: Angina aos mínimos esforços; ex.: pentear o cabelo. DIAGNÓSTICO Exames Provocativos ✦ Teste ergométrico ✦ Cintilografia ✦ ECO com estresse Cateterismo cardíaco TESTE ERGOMÉTRICO Exame de escolha para diagnóstico e estratificação. Esteira + ECG Protocolo de Bruce CF em METs Infra > 1mm Contra-indicações: limitação física, TEP. CINTILOGRAFIA Indicação: Pacientes com alteração no ECG basal (BRE, HVE, WPW) ou Teste de Esforço inconclusivo. Cintilo miocárdica no esforço e repouso. Normal: Sem falhas. Isquemia: Falha de perfusão no esforço. Necrose/Fibrose: Falha no esforço e repouso. Contraindicação: mesmas do teste do esforço. ECO DE ESTRESSE Ecocardiograma com Dobutamina. Indicação: limitação física ao teste de esforço e cintilo. Simula esforço físico. CINEANGIOCORONARIOGRAFIA (CAT) Padrão-ouro, mas invasivo. Anatomia detalhada. Indicações: ✦ Angina III ou IV refratárias. 2 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or ✦ Testes não invasivos indicando alto risco. ✦ Angina/isquemia com disfunção ventricular. ✦ Angina pós revascularização. ✦ Isquemia em pré op de cirurgia de grande porte. ✦ Diagnóstico incerto após testes não invasivos. TRATAMENTO – ANGINA ESTÁVEL Não Farmacológico Controle dos fatores de risco: dieta, controle glicêmico, controle da PA, abandono de tabagismo, etc. Farmacológico AAS 100mg Clopidogrel (alergia ao AAS) Estatinas Betabloqueador (exceto em BAVT) Nitrato Bloqueador de Canal de Cálcio (exceto Nifedipina [pode causar taquicardia reflexa]) Intervenção Revascularização por Angioplastia (PTCA) ou cirurgia. ANGIOPLASTIA (PTCA) – INDICAÇÕES Alto risco ou sintomáticos refratário: lesão uni/bi-arterial sem disfunção ventricular. Não há comprovação dos benefícios nos assintomáticos! CIRÚRGICO – INDICAÇÕES Lesão de tronco da coronária esquerda (TCE) > 50%. Lesão tri-arterial com fração de ejeção < 30 – 50%. Obstrução significativa de descendente anterior (DA) proximal. Lesão bi-arterial + DA proximal + fração de ejeção < 30 – 50%. Anatomia desfavorável para PTCA. 3 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or Tipos de Angina Angina Típica é uma dor precordial, em aperto, relacionada a esforço físico, melhora com repouso ou Nitrato, pode irradiar para pescoço, mandíbula ou MMSS (principalmente, MSE). Angina Estável: duração limitada de 20min, indica que existe uma redução do fluxo coronariano; quando há aumento de demanda miocárdica por oxigênio e não ocorre o aumento de fluxo, paciente faz isquemia e tem a dor. Angina Instável: pode estar associada a dispneia, náuseas, vômitos, pode estar alterações no ECG de repolarização, dura mais que 20min. Angina de Prinzmetal: causado por vasoespasmo coronariano, na maioria das vezes na coronária direita, que pode levar à oclusão total do fluxo coronariano gerando alterações no ECG (pode ter supra de ST), pode ter isquemia com necrose miocárdica, levando a alterações de enzimas cardíacas. Angina “em crescendo”: dor que piora progressivamente, a obstrução fica cada vez maior; dor aumenta de intensidade, frequência e duração. ex.: tinha dor aos grandes esforço agora tem em pequenos esforços. 4 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or ECG e as Paredes Miocárdicas ECG é o GPS do Miocárdio!! Indica onde está a lesão. Abordaremos a lesão de 3 vasos: Descendente Anterior (DA ou Interventricular Anterior), Circunflexa e Coronária Direita. DESCENDENTE ANTERIOR (DA) ➤ Coronária Esquerda se bifurca em DA e Circunflexa. ➤ Desce entre os dois ventrículos. Vai da base até o ápice do coração. ➤ Vasculariza a parede anterior, septo interventricular e o ápice. ➤ Alterações em V1 – V6 é território da DA. Parede Anterior e Ápice. V1 – V2: Septo Interventricular. V3 – V4: Parede Anterior Livre. V5 – V6: Ápice. V1 – V4 = IAM Ântero-Septal. V1 – V6 = IAM Anterior. CIRCUNFLEXA (CX) ➤ Parede Lateral Alta é vascularizada pela Circunflexa. ➤ Alterações em D1 – aVL é território da Circunflexa. Parede Lateral Alta. D1 e aVL: IAM Lateral. V1 – V6 + D1 – aVL: IAM Anterior Extenso ✦ Tronco da Coronária Esquerda ✦ DA + CX ↳ Geralmente, é uma lesão bivascular ou uma lesão de tronco de coronária esquerda. CORONÁRIA DIREITA (CD) ➤ 70% dos pacientes tem dominância direita. Significa que a Artéria Descendente Posterior (DP ou Interventricular Posterior) é ramo da Coronária Direita. ➤ Porém, 30% dos pacientes tem a DP sendo ramo final da Circunflexa (dominância esquerda). ➤ Coronária Direita vasculariza a parede inferior, posterior (em 70% dos pacientes) e o ventrículo direito. Parede Inferior e Posterior (70%) + VD D2, D3 e aVF: IAM Inferior. V1, V3R e V4R: IAM de VD. V7 – V8: IAM Posterior/Dorsal. ⚕ Parede Posterior: Ramo Descendente Posterior. 70% ramo da CD: Dominância Direita. 30% ramo da CX: Dominância Esquerda. 5 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or Diagnóstico da SCA ABORDAGEM DIAGNÓSTICA Clínica ECG Marcadores de Necrose CLÍNICA Dor Precordial, Subesternal ou Retroesternal > 10min. Intensa, Duradoura. Irradiada para o ombro ou MSE. Precipitada por estresse físico ou emocional → que aumentou a demanda de oxigênio e o paciente evoluiu com SCA. Associado a sudorese, palidez cutâneo-mucosa, vômito, dispneia, edema agudo de pulmão, etc. ⚕ Cuidado! IAM sem dor: Mulher, Idoso, Insuficiência Renal. ECG Tempo Porta-ECG: realizar ECG nos primeiros 10 minutos!!! Desnivelamento do segmento ST (supra ou infra) Onda Q patológica Alterações da onda T ECG – IAM SEM SUPRA Onda T apiculada e simétrica Inversão de onda T Infra de ST ECG – IAM COM SUPRA Calcula do ponto ST 60 (60 milissegundos a partir do ponto J) até o ponto PQ que é a base. 6 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas NicoleC. Vivas – Rede D’or MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA (MNM) – INDICAÇÕES Diferenciar AI de IAM SSST → ver se tem necrose para ver se é IAM sem supra ou angina instável. IAM com supra vai ter necrose (transmural). Confirmar casos suspeitos. Diagnosticar reinfarto precoce. Marcador prognóstico (área sob a curva). Critério de reperfusão. Troponina ✦ Começa a se elevar em 4 – 6 horas após o início dos sintomas. ✦ Pico em 24 horas e fica elevada por 7 – 14 dias. ✦ Mais específica que CK-MB → outras lesões podem elevar CK-MB (lesão muscular, por exemplo). CK-MB MASSA ✦ Começa a se elevar em 4 – 6 horas após o início dos sintomas. ✦ Pico em 15 – 24 horas e volta ao normal em 48 – 72 horas. ✦ Possibilidade de ver reinfarto precoce. Mioglobina e CPK → Em desuso, pois são pouco específicas. Primeiro Dia: Colher 1 vez e fazer novas medidas de 6/6 horas. Dias Seguintes: 1 medida por dia. Pico Precoce (pico da reperfusão): Primeiras 12 horas. ⚕ Conceitos Importantes! ➤ Se ao colher, houve um pico precoce (pico nas primeiras 12 horas) = terapia de reperfusão funcionou! ➤ Troponina continua alta por mais tempo, então não tem como ver um reinfarto. Mas a CK-MB, no 2º – 3º está quase zerada, se tiver um novo pico, faz-se o diagnóstico de reinfarto precoce. 7 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or Abordagem Terapêutica do IAM SSST × CSST Medidas Gerais Medidas Anti-Isquêmicas → diminuir a isquemia, consequentemente, a dor torácica. Medidas Anti-Trombóticas → para dissolver e prevenir novas formações de trombos na coronária. Terapia de Reperfusão Angina Instável e IAM SSST Medidas Gerais ✦ O₂ suplementar ✦ Repouso ✦ Monitorização ECG Medidas Anti-Isquêmicas/Anti-Anginosas ✦ Morfina: anti-isquêmico e anti-anginoso → analgésico e venodilatador (diminui o retorno venoso, deixando o ventrículo esquerdo menos distendido). ✦ Nitrato: anti-isquêmico → venodilatador ✦ Betabloqueador: anti-isquêmico → diminui FC, contratilidade, diminui a demanda de oxigênio. ⚕ A venodilatação (por diminuir o retorno venoso) faz com que a pressão diastólica final no ventrículo esquerdo diminua, permitindo a melhor perfusão coronariana no miocárdio. Medidas Anti-Trombóticas/Anti-Plaquetárias ✦ AAS: anti-plaquetário. ✦ Clopidogrel: anti-plaquetário. ✦ Heparina: anti-trombótico. Antes da Alta ✦ Estatina → diminui o colesterol e tem atividade anti-inflamatória na placa de ateroma (que originou o problema). ⚕ COMO LEMBRAR DE TUDO??? MONABEEC. Morfina, Oxigênio, Nitrato, AAS, Betabloqueador, Enoxaparina, Estatina, Clopidogrel. ANTI-ISQUÊMICA E ANTI-ANGINOSA Nitrato SL (sublingual) ✦ Mononitrato de Isossorbida 5mg SL ✦ Pode repetir até 3x (intervalos de 5 – 10 minutos). 8 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or ⚕ CUIDADO! Não confundir com Nitroprussiato. # Roubo Coronariano # Uma coronária obstruída vai se dilatando para tentar manter um fluxo sanguíneo no paciente crônico. No momento em que o quadro agudiza e entra com um arteriodilatador (Nitroprussiato de Sódio), a coronária doente, que já está em seu estado máximo de dilatação, não muda, mas a coronária normal vai dilatar e vai roubar o fluxo sanguíneo que iria para a coronária ruim. ⚕ Resumindo, não se faz Nitroprussiato em um paciente com Síndrome Coronariana Aguda! Faz NITRATO! Nitroglicerina Venosa ✦ Se não melhorou com o Nitrato. ✦ Congestão Pulmonar ✦ HAS grave Morfina ✦ 2 – 4mg IV se não melhorar a dor com Nitrato. ✦ Não usar nos IAM de VD. ⚕ Lembrar que Nitrato e Morfina diminuem o retorno venoso (venodilatadores). Um paciente com IAM de VD, precisa da pré-carga para manter seu débito cardíaco. Se diminui o retorno venoso, vai piorar. Betabloqueador ✦ Metoprolol 5mg IV a cada 5 minutos (máximo 3 doses). OU ✦ 50mg VO de 6/6 horas. ⚕ CUIDADO COM O NITRATO! Pacientes que usaram Sildenafila (Viagra®) → Contra-Indicado! ↳ Medicamento vasodilatador venoso. ↳ Associando a outro vasodilatador venoso (Sildenafila + Nitrato), diminui muito o retorno venoso e faz um choque cardiogênico. IAM de VD → Cautela. ↳ Aumenta a dose aos poucos. ⚕ Morfina não faz em IAM de VD de jeito nenhum!!! INDICAÇÕES DOS BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO Dor não melhora com a terapia anti-anginosa. Contra-indicação ao Betabloqueador (ex.: broncoespasmo – asma). 9 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or TERAPIA ANTI-PLAQUETÁRIA AAS ✦ Dose de Ataque: 200 – 325mg VO. ✦ Associar a um segundo anti-plaquetário. Clopidogrel ✦ Dose de Ataque: 300mg VO. ✦ Não fazer ataque em > 75 anos. Ticagrelor → atualmente, é a preferência, o mais utilizado. ✦ Dose de Ataque: 180mg VO ✦ Manutenção: 90mg 2x/dia. Prasugrel ✦ Dose de Ataque: 60mg VO. ✦ Manutenção: 10mg. ⚕ CUIDADO! Se um paciente for candidato à Trombólise, escolher AAS e Clopidogrel. Pode fazer em paciente candidato à angioplastia. ANTI-TROMBÓTICOS Enoxaparina ✦ 1mg/kg 12/12 horas → Dose Plena! Heparina Não Fracionada ✦ Controle por PTT. Fondaparinux ✦ Não fazer em Angioplastia Primária. TERAPIA DE REPERFUSÃO ➤ Paciente com AI ou IAM SSST → NÃO TEM INDICAÇÃO DE TROMBÓLISE. ↳ Pode fazer angioplastia e cateterismo. ➤ Trombólise é feita no IAM CSST. ➤ Os pacientes que vão para o cateterismo, e que já fizeram todo o esquema terapêutico anterior, são avaliados como médio/alto risco pelo escore de TIMI. 10 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or TIMI RISK ➤ Vários fatores de risco usados para classificar o paciente em baixo, médio ou alto risco de morte, IAM e angina recorrente. Baixo Risco ✦ Estratégia conservadora (não faz terapia de reperfusão, faz até a anti-trombótica). ✦ Teste provocativo antes da alta. ↳ Positivo: médio/alto risco. Negativo: Alta. Médio/Alto Risco ✦ Estratégia invasiva precoce. ↳ Cateterismo + Angioplastia (CAT + PTCA) nas primeiras 24 – 48h. IAM CSST MONABEEC + IECA: nas primeiras 24h. Enoxaparina: dose de ataque de 30mg (menores de 70 anos) Inibidores GPIIbIIIa: não é mais rotina. + Terapia de Reperfusão REPERFUSÃO IAM e Supra > 1mm (em duas derivações consecutivas) OU BRE novo (ou presumivelmente novo) Tempo máximo? ✦ Ideal até 30 minutos. ✦ Fibrinólise até 12 horas. ✦ PTCA até 12 horas. 11 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or TROMBÓLISE OU ANGIOPLASTIA? A que estiver disponível! Preferência por Angioplastia (PTCA): ✦ IAM com choque cardiogênico (Delta-T até 36 horas) ✦ IAM com EAP ✦ Contra-indicação ao trombolítico ✦ Angioplastia de resgate ✦ Delta-T entre 3 – 12 horas ✦ Diagnóstico duvidoso TROMBOLÍTICOS Fibrina-específicos são os mais utilizados. ✦ Alteplase, Tenecteplase. ✦ Mais rápidos, maior patência. Fibrina-inespecíficos aumentam sobrevida do paciente com IAM CSST. ✦ Estreptoquinase ⚕ Se o paciente fez uso prévio de estreptoquinase no período de 5 dias – 2 anos → NÃO USAR! Possibilidade de reação alérgica. Fazer um fibrina-específico. ⚕ Os trombolíticos produzem o maior benefício quando usados em até 3h, reduzindo a mortalidade intra-hospitalar em até 50% quando utilizados em até 1h de apresentação dos sintomas. Complicações: ✦ Se hipotensão: Trendelenburg (eleva MMII) + Volume (intravenoso). ✦ Se sangramento: Suspender + Crioprecipitado + Plasma. PTCA Reabertura mecânica da coronária + Stent Tempo porta-balão ideal: 90min. É a terapia de escolha até 90min ou após 3 horas (passa a ser superior ao trombolítico). Complicações: ✦ Lesão da Coronária: cirurgia de emergência. COMO SABER SE A REPERFUSÃO FOI UM SUCESSO? Redução de 50% do maior supra de ST (melhor critério). Pico precoce de CK-MB em 8 – 12 horas. Arritmia de reperfusão (RIVA: Ritmo Idio-Ventricular Acelerado). Melhora da dor. 12 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas– Rede D’or ➤ Se teve AVE isquêmico, existe um corte de tempo (3 meses). ➤ Se teve AVE hemorrágico, não tem corte de tempo, NUNCA MAIS PODE SER TROMBOLISADO. As contra-indicações absolutas ao uso do trombolítico no IAM são: Doença Cerebrovascular Hemorrágica prévia em qualquer momento. Acidente Vascular Encefálico não hemorrágico nos últimos 3 meses. Suspeita de dissecção aórtica. Hemorragia interna ativa. Neoplasia intracraniana ativa. Trauma fechado craniano ou facial significativo nos últimos 3 meses. No caso da questão, temos um IAM inferior com hipotensão associada. A presença de hipotensão nos remete à possibilidade de acometimento do VD, o qual é volume-dependente, ou seja, seu débito é diretamente proporcional à sua pré-carga (quanto maior o retorno venoso, maior o débito do VD, até um determinado limite – Lei de Frank Starling). Dessa forma, quando temos um IAM de VD, devemos lançar mão de hidratação venosa para aumentarmos o retorno venoso, aumentando assim a pré-carga do VD. No caso da questão, caso a hidratação não resolva a hipotensão, podemos avaliar a indicação de amina inotrópica (Dobutamina) e devemos, obrigatoriamente, encaminhar o paciente para terapia de reperfusão miocárdica, visto que trata-se de um IAM com Supra de ST e está no deltaT de 12 horas do início do quadro. A antiagregação plaquetária nesses casos é mandatória, contudo como o paciente da questão é alérgico a AAS, devemos lançar mão apenas do Clopidogrel. 13 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or Complicações Arrítmicas do IAM BRADIARRITMIAS Bradicardia Sinusal: Comum no IAM inferior (reflexo de Bezold-Jarisch). → reflexo vagal. BAV de 1º e 2º grau Mobitz 1: Ambos predominam no IAM de parede inferior (isquemia do nó AV). ↳ Baixo grau. BAV de 2º grau Mobitz 2: Predomina no IAM anterior (necrose do feixe de His e seus ramos). BAVT: Aumenta mortalidade piorando prognóstico. ↳ BAV de 2º grau Mobitz 2 e BAVT são alto grau. ⚕ Baixo grau = Coronária Direita. Alto Grau = Descendente Anterior. TAQUIARRITMIAS Fibrilação Atrial e Taquisupra Extrassístole Ventricular → pode fazer betabloqueador, mas antiarrítmico não. Taqui-Ventricular Monomórfica Sustentada (TVMS): Cardioversão Elétrica (100 – 150J bifásico) e antiarrítmico venoso (amiodarona ou procainamida). ↳ Instabilidade ou sem melhora com antiarrítmico = cardioversão. Taqui-Ventricular Polimórfica: Muito rara. Indica necessidade de revascularização precoce. Ritmo Idioventricular Acelerado (RIVA) Fibrilação Ventricular: Desfibrilação. ✦ Primária: morte pré e intra-hospitalar (ex.: resposta primária à isquemia). ✦ Secundária: associada a disfunção grave de VE e choque cardiogênico, com alta mortalidade. ✦ Tardia: após 48h, alto risco de morte súbita. ⚕ Quando fazer Cardioversão Elétrica? INSTABILIDADE! Dor no peito, dispneia, hipotensão ou choque, sinal de má perfusão, refratário ao tratamento com antiarrítmico venoso. 14 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or Complicações Hemodinâmicas do IAM CHOQUE CARDIOGÊNICO 60 – 70% de letalidade. Hipotensão (PAS < 90mmHg) + hipoperfusão tecidual e congestão pulmonar. Índice cardíaco < 2,2 L/min/m² e PCP > 18mmHg. Tratamento: ✦ Balão intraórtico + uso de aminas vasopressoras (noradrenalina e dopamina) e inotrópicas (dobutamina). → para estabilizar. ✦ Angioplastia primária. INFARTO DE VENTRÍCULO DIREITO IAM de parede inferior (irrigado pela coronária direita). → ver V3R e V4R: pode ver também V7 e V8 (parede posterior). Clínica: hipotensão arterial + turgência jugular patológica + VD palpável + sinal de Kussmaul (sinal paradoxal em que a onda do pulso venoso, ao inspirar, aumenta ao invés de cair) e hepatomegalia congestiva. O tratamento do IAM de VD envolve hidratação venosa (aumento da pré-carga). Contra-indicação absoluta: drogas que reduzem a pré-carga como Morfina, Nitratos e Diuréticos. Complicações Mecânicas do IAM ANEURISMA VENTRICULAR Complicação mecânica mais comum. Abaulamento de segmentos do miocárdio com expansão sistólica paradoxal. Supra de ST persistente → pode perdurar por mais de 4 semanas. Aneurismectomia e revascularização cirúrgica, sendo indicada para os pacientes com Angina, TV sustentada ou ICC refratária. ROTURA DE SEPTO INTERVENTRICULAR Ruptura do septo interventricular → CIV com shunt esquerda-direita → sobrecarga volêmica do VD e do VE → EAP + Choque Cardiogênico. Há sopro holossistólico com frêmito localizado na borda esternal esquerda que irradia para todo o precórdio. Mais relacionado ao IAM anterior. Incidência: 0,2 – 0,3%. Tratamento cirúrgico. 15 Jaleko – Acadêmico Bolsista Síndromes Coronarianas Nicole C. Vivas – Rede D’or ROTURA DA PAREDE LIVRE DO VE Rotura da parede ventricular → Tamponamento cardíaco. Evolução rápida para óbito ou para pseudoaneurisma. Cirurgia imediata para reparo da lesão. ROTURA DO MÚSCULO PAPILAR EAP → Choque cardiogênico. Há sopro sistólico com frêmito em foco mitral que irradia para a borda esternal esquerda, axila e dorso. Mais comum no IAM inferior → músculo papilar póstero-medial. Incidência: 1%. Tratamento cirúrgico obrigatoriamente, devendo ser realizado dentro de 24 – 48 horas. 16
Compartilhar