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Dermatoses por agentes biológicos

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Dermatoses por agentes biológicos 
Infecções bacterianas 
Impetigo 
 Conceito: infecção bacteriana das camadas 
superficiais da epiderme. 
 Agentes etiológicos: Staphylococcus aureus e 
Streptococcus pyogenes (pode progredir para celulite 
ou preceder eritema nodoso ou multiforme). 
 Alta contagiosidade. 
 Infecção de pele íntegra ou infecção secundária por 
trauma. 
 Raramente progride para infecção sistêmica 
(glomerulonefrite pós estreptocócicos). 
 Epidemiologia: mais frequente em crianças e nos 
meses de mais calor. 
 
 Diagnóstico: clínico. Pode pedir cultura para 
identificação do agente. 
 Tratamento: antibiótico em áreas que tem infecção 
recorrente. 
Não bolhoso (impetigo infeccioso de 
Tilbury Fox) 
 Localização preferencial é em torno do nariz e da 
boca e nas extremidades. 
 Ocorre no local de pequenos traumatismos como 
escoriações, queimaduras e picadas de insetos. 
 Inicialmente ocorre mácula eritematosa que evolui 
rapidamente para bolha ou vesícula. A crosta 
resultante é espessa e de coloração amarelada. 
 
Bolhoso 
 Etiologia estafilocócica. 
 Ocorre mais em neonatos. 
 É caracterizada por formação de vesículas que 
rapidamente se transformam em bolhas grandes que 
sofrem processo de pustulização. As crostas 
resultantes são finas e acastanhadas. 
 Localizadas mais em face, períneo, nádegas. 
 As lesões não envolvem a mucosa. Desaparecem 
em 2-3 semanas. 
 
Ectima 
 Forma profunda de etiologia Estreptocócica. 
 Caracteristicamente inicia-se por pústula, que evolui 
para úlcera com crosta espessa e aderente. 
 Localização preferencial nas pernas. 
 Complicação: glomerulonefrite. 
 Cicatrização lenta – deixa cicatriz. 
 
Gangrenoso 
 Complicação de septicemia por Pseudomonas 
aeruginosa. 
 Acomete pacientes imunodeficientes 
(neutropenicos). 
 As lesões podem ser únicas ou múltiplas. 
 Máculas eritematosas indolores que se tornam 
endurecidas, bolhosas ou pustulares. 
 Região glútea, perineal e nos membros. 
Foliculite 
 Inflamação folicular: infeccioso, trauma e oclusão. 
 Fatores predisponentes: roupas oclusivas, barbear-
se com frequência, imunossupressão, clima quente e 
úmido. 
 Podem ser superficiais ou profundas. 
 Predominante em couro cabeludo, barba, axilas e 
nádegas. 
 Agente etiológico principal: Staphylococcus aureus. 
Paroníquia 
 Comparável a uma foliculite na medida que é uma 
infecção supurativa dolorosa da prega ungueal. 
 Agente etiológico: S. aureus. 
 Cicatriza rapidamente após a liberação de pus. 
Foliculite superficial (ostial ou impetigo 
de Bockhart) 
 Pequenas pústulas muito 
superficiais, em número 
variável, centradas por pelo. 
 Nas crianças são comuns no 
couro cabeludo e nos adultos 
nas áreas da coxa e nádegas. 
 Tratamento: antibióticos tópicos ou loções 
antiacneicas. 
Foliculite profunda 
Foliculite decalvante 
 Pústulas relativamente superficiais. 
 Evolução crônica. 
 Aspecto típico de “cabelo de boneca”. 
 Tratamento: antibióticos e dapsona (100 mg/dia 
durante alguns meses com resultados após 2 meses e 
deve ser reduzida posteriormente para 25 mg/dia). 
 
Foliculite queloidiana 
 Localização típica na nuca. 
 Pústulas confluem e levam à formação de fístulas e 
fibrose de aspecto queloidiano. 
 Predominante em raça negra. 
 Tratamento: uso de antibiótico (clindamicina). 
 
Furúnculo 
 Infecção estafilocócica do folículo piloso e glândula 
sebácea anexa. 
 Carbúnculo: quando há vários furúnculos no mesmo 
lugar. 
 Antraz: múltiplos pontos de drenagem pus juntos 
causado pela infecção por B. anthracis. 
 Manifestações clínicas: 
● Inicia-se por lesão eritematoinflamatoria bastante 
dolorosa, centrada por pelo, com evolução aguda 
(dias). Após 2-4 dias torna-se flutuante; 
● Nódulo eritematoso, com vários pontos de necrose, 
que evolui para grande área ulcerada; 
● Eliminação do tecido necrosado (carnegão); 
● É comum em áreas pilosas sujeitas a atrito e 
sudorese, como axilas, nádegas e face. 
 Diagnóstico: clínico. Quando necessário, exame 
bacteriológico e antibiograma. 
 Tratamento: 
● Compressa de água morna; 
● Drenagem, pois é flutuante; 
● Tratamento cirúrgico para retirada do carnegão 
(obrigatório). 
● Uso de antibiótico sistêmico. 
 
Erisipela 
 Infecção bacteriana da derme com acometimento 
linfático. 
 Agente etiológico predominante: Estreptococos 
beta hemolítico grupo A. 
 Ocorre após perda da barreira cutânea. 
 Fatores de risco: traumas, dermatomicoses, estase 
venosa, obesidade, diabetes. 
 Localizadas mais em membros inferiores, face, e 
região perianal. 
 Manifestações clinicas: 
● Eritema vivo e intenso edema doloroso, com bordas 
bem delimitadas; 
● Podem evoluir para bolhas e, até mesmo, necrose 
com ulceração posterior; 
● É acompanhada de linfangite e linfadenopatia 
regional aguda; 
● Elefantíase pode ocorrer. 
 Complicações: nefrite e septicemia. 
 
 Diagnóstico: cultura para identificação de agente. 
 Tratamento: 
● Penicilina-procaína; 
● Em casos graves, penicilina cristalina 3Mi U, IV de 4 
em 4 h; 
● Outras opções: cefalosporinas de primeira geração. 
Celulite 
 Infecção subaguda crônica profunda. 
 Afeta derme e hipoderme. 
 Predominantemente estreptocócica. 
 Comum em membros inferiores, face (em crianças). 
 Manifestações clínicas: 
● Eritema menos vivo e bordas mal definidas; 
● “Casca de laranja”; 
● Em casos de infecção grave – presença de vesículas, 
bolhas, pústulas ou tecido necrótico; 
● Febre, calafrios, mal-estar e linfadenopatia regional 
podem estar associados. 
 Diagnóstico: clinico. Cultura para identificação de 
agente. 
 Tratamento: 
● Repouso do membro, analgesia e antibioticoterapia; 
● Etiologia estreptocócica: Penicilina-procaína; 
● Etiologia estafilocócica: oxacilina (100-150 
mg/kg/dia IV de 4/4 h) ou cefalotina (100-150 
mg/kg/dia IV 4/4 h ou 6/6 h). 
 
 
Infecções virais 
Herpes simples 
 Doença infectocontagiosa recorrente causada pelo 
herpes vírus. 
 HSV 1: oral ou extragenital. Primo-infecção é mais 
comum na infância (30-60%). 
 HSV 2: genital ou perigenital. 
 90% se infectam, mas não manifestam sintomas. 
 Transmissão: contato com a doença ativa ou com 
assintomático. 
 Manifestações clínicas: 
● Caracteriza-se pela formação de vesículas túrgidas e 
brilhantes, dispostas, em geral, em grupo. 
] 
● Gengivoestomatite herpética: comum na infância; 
lesões vesicobolhosas e erosivas na mucosa oral. 
 
 Herpes recidivante: determinado pela diminuição da 
imunidade associada a traumas, exposição solar. 
 Herpes em imunocomprometidos: lesões 
numerosas e ulcerações profundas sem tendência a 
regressão. 
 Herpes Genital: 
múltiplas vesículas 
agrupadas em base 
eritematosa com lesões 
evoluindo para úlceras. 
 Diagnóstico: 
● Citologia: Teste de Tzank; 
● Isolamento viral; 
● Imuno-histoquímica; 
● PCR e sorologia. 
 Tratamento: 
● 1º episódio → Aciclovir 200 mg – 2 cps VO 3x/dia 
por 7 dias; 
● Recidiva → Aciclovir 200 mg – 2 cps VO 3x/dia por 5 
dias (período prodrômico); 
●v Imunossuprimidos → Aciclovir 10-15 mg/kg EV de 
8/8h por 5 a 7 dias. 
 Objetivo: reduzir os sintomas, pois não tem como 
curar visto que o vírus fica latente. 
 Tratamento tópico: Penciclovir creme 1% 2/2h por 4 
dias, aciclovir pomada não é eficaz. 
Herpes zoster 
 Recorrência da infecção pelo vírus varicela zoster. 
 Mais comum em idosos. 
 Reativação de foco latente gânglio raiz dorsal. 
 Indicador precoce de imunossupressão. 
 Erupção unilateral. 
 Pródromos: dor e parestesia. 
 Dor lancinante de origem neuropática. 
 Manifestações clínicas: 
● Vesículas, exulceração e crostas; 
● Padrão de distribuição linear com múltiplas 
vesículas agrupadas em base eritematosa seguindo o 
trajeto do nervo; 
● Lesões cutâneas eritematopapulosas, dolorosas, 
que evoluem para vesículas e bolhas, e seguem um 
dermátomo (Zosteriforme).Pacientes com imunossupressão: lesões com 
necrose e hemorragia, múltiplos dermátomos, 
disseminação. 
 Paciente com HIV: aparecimento em indivíduos 
jovens, acometimento de mais de um dermátomo, 
quadros disseminados e envolvimento mais frequente 
do sistema nervoso central e ocular. Pode apresentar 
lesões verrucosas atípicas e recorrência. 
 
 Diagnóstico: clínico + teste de Tzank. 
 Tratamento: 
● Aciclovir 800mg VO de 4/4h; 
● Analgesia (Dor neuropática): antidepressivos e 
anticonvulsivantes – Carbapentina. 
 Risco de neuralgia pós-herpética: depois que 
melhora das lesões, ele continua com dor e pode 
durar meses → continua com tratamento. 
Varicela 
 Primo-infecção pela varicela zoster. 
 Benigna e autolimitada. 
 Transmissão: vias aéreas - altamente contagiosa. 
 Sintomas constitucionais: hiperemia orofaríngea, 
febre alta, astenia e tosse seca. 
 Desenvolvimento do rash cutâneo, eritematoso e 
pruriginoso. 
 Manifestações clínicas: 
● Rash pruriginoso – 5 dias; 
● Distribuição craniocaudal; 
● Lesões em vários estágios evolutivos: pápulas, 
vesículas, crostas; 
● Acometimento de mucosas. 
 Complicações: otite media, pneumonia, meningite. 
 
 Diagnóstico: 
● Clínico; 
● Isolamento viral ou sorologia – se necessário. 
 Tratamento: 
● Limpeza das lesões → evitar infecções secundárias; 
● Sintomáticos; 
● Controle do prurido; 
● Evitar AAS → sangramento; 
● Não é recomendado o uso de antivirais em menores 
de 12 anos, somente em casos de doenças 
moderada/grave → Aciclovir 200mg/kg VO 4x/dia. 
Exantema súbito 
 Etiologia: herpes vírus 6. 
 Frequente na infância. 
 Doença branda e autolimitada. 
 Na fase inicial os sintomas são inespecíficos, como 
diarreia leve, pápulas eritematosas na mucosa do 
palato mole e úvula, tosse, linfadenopatia, edema 
palpebral, abaulamento da fontanela anterior e 
inflamação do tímpano. 
 A febre cessa em crise surgindo, então, uma 
erupção de lesões eritematosas ou 
eritematopapulosas, algumas rodeadas por halo claro, 
podendo desaparecer à compressão. 
 Inicia-se no tronco, no pescoço, nas extremidades 
proximais e, eventualmente, na face. A involução 
ocorre após 2 a 3 dias, sem descamação. 
 Complicações: convulsão, meningoencefalite. 
 Tratamento: sintomáticos. 
 
Molusco contagioso 
 Agente etiológico: Poxvirus; 
 Atinge pele e mucosas. 
 Benignas e autolimitadas. 
 Manifestações clínicas: pápulas com aspecto 
translúcido com umbilicação central, geralmente em 
tronco, fossa cubital, axilas, fossas poplíteas e 
genitália. 
 Complicação: prurido, eczematização e infecção 
secundária. 
 
 Diagnóstico clínico. 
 Tratamento: 
● Curetagem; 
● Aplicação de hidróxido de potássio; 
● Crioterapia. 
Doença mão pé boca 
 Agente etiológico: Coxsackie virus. 
 Manifestações clínicas: 
● Febre baixa, dor abdominal, astenia; 
● Lesões orais precedendo as lesões cutâneas ou 
simultaneamente; 
● Maculas, pápulas eritematosas – vesículas 
alongadas, circundadas com halo claro localizadas no 
dorso de mãos e pés, palmas e plantas, boca; 
● Formas monossintomáticas. 
 
 Diagnóstico clínico. 
 Tratamento: sintomáticos. 
Eritema infeccioso 
 Agente etiológico: Parvovírus B19. 
 Replicação viral na medula. 
 Imunidade permanente. 
 Fase prodrômica: exantemas. 
 Manifestações clínicas: 
● Região malar: bochecha esbofeteada, exantema 
rendilhado em tronco, pescoço e extremidades; 
● Prurido; 
● Poliartropatia – adulto. 
 Recidivas: luz solar, estresse, alta temperatura, 
exercício físico. 
 Importante solicitar hemograma – contagem de 
reticulócitos. 
 
 Diagnóstico clínico. 
 Tratamento: sintomáticos. 
Papiloma vírus humano 
 DNA vírus da família Papoviridae. 
 Proliferação epitelial em pele e mucosa. 
 Manifestação clínica: verruga – tipos (vulgar, 
filiforme, plantar, plana, genital, acuminado gigante, 
papulose bowenóide). 
 Transmissão por contato: pele não-íntegra. 
 Potencial oncogênico (cérvix – CA de colo de útero). 
 
Variante vulgar 
 HPV 2, 27, 57. 
 Evolução imprevisível, 
65% desaparecem em 2 
anos. 
 Manifestações 
clínicas: pápulas 
verrucosas com pontos 
hemorrágicos, 
característicos do HPV. 
Variante filiforme 
 Geralmente acomete crianças. 
 Pálpebra e nariz. 
 Trata-se de elementos filiformes muito ceratósicos, 
em geral isolados, pouco numerosos, com maior 
frequência na face de pessoas adultas. 
 A verruga digitiforme é uma variedade da filiforme e 
constitui a reunião de várias lesões, dando o aspecto 
de dígitos.
 
Variante plana 
 HPV 3 e 10. 
 Constitui pápulas pouco salientes de superfície 
plana e lisa, com menos de 5 mm de diâmetro, muito 
numerosas, localizadas em geral na face e no dorso da 
mão de adolescentes. 
 Apresentam cor clara a castanho-escuro e, muitas 
vezes, mostram-se em arranjo linear pelo fenômeno 
isomórfico. 
 As verrugas planas em regressão mostram sinais 
clínicos de inflamação e tornam-se pruriginosas, 
eritematosas e edematosas. Ao involuírem, halos 
despigmentados podem surgir ao redor das lesões. 
 
Variante plantar 
 São pápulas que, devido 
à sua localização, crescem 
de forma endofítica. 
 Em geral, são 
assimétricas e pouco 
numerosas, 
medindo de alguns 
milímetros a alguns 
centímetros; são dolorosas e podem impedir a 
marcha normal. 
 Mostram superfície ceratósica grosseira, com 
pontos negros correspondendo a capilares 
trombosados no topo das papilas e, por vezes, um 
anel periférico de espessamento da pele, sendo 
popularmente chamadas “olho de peixe”. 
 Quando múltiplas e superficiais coalescem 
formando placas, constituindo a chamada verruga 
plantar tipo mosaico; lesões isoladas profundas e 
endofíticas são chamadas de verruga plantar tipo 
mirmécia. 
Verrugas anogenitais (condiloma 
acuminado) 
 Lesões em região do períneo, grandes e pequenos 
lábios, ânus e cavidade vaginal. 
 Baixo risco: HPV 6 e 11. 
 Alto risco: HPV 16 e 18. 
 Maiores taxas de infecções pelo HPV em mulheres < 
25 anos. 
 Manifestações clínicas: lesões vegetantes, úmidas, 
isoladas ou agrupadas com aspecto de couve flor, 
pápulas sésseis, ceratósicas, verruga vulgar-símile e, 
às vezes, de proporções gigantescas; são 
popularmente conhecidas como “crista de galo”. 
 
Verrugas malignas (papulose bowenóide) 
 HPV 16 e 18. 
 Caracteriza-se por múltiplas pápulas ou placas 
verrucosas, hipercrômicas ou eritematoacastanhadas. 
 Diagnóstico: 
● Clínico; 
● Biópsia: suspeita de neoplasia; 
● Identificação do DNA viral por meio de testes de 
hibridização molecular (PCR). 
 Tratamento: 
● Cáustico; 
● Imunomoduladores; 
● Procedimentos cirúrgicos: 
remoção das lesões– excisão com bisturi, eletro 
cauterização, e crioterapia. 
 
Micoses cutâneas 
Pitiríase versicolor 
 Agente etiológico: Malassezia furfur. 
 Fatores predisponentes: atividade hormonal e 
oleosidade da pele, má-nutrição, hiperidrose, 
imunodepressão. 
 Manifestações clínicas: manchas podem ser 
hipocrômicas ou hipercrômicas, eritematosas em 
regiões sebáceas. Descamação furfurácea - Sinal de 
zileri. 
 
 Diagnóstico: 
● Clínico; 
● Exame direto KOH 10%: hifas curtas, curvas e largas 
e elementos leveduriformes alargados 
(blastoconídeos) em cacho de uva ou com aspecto de 
“espaguete com almôndegas”; 
● Luz de Wood: amarelo-ouro. 
 Tratamento: cetoconazol tópico. 
Tínea nigra (ceratofitose negra) 
 Agente etiológico: 
Hortaea werneckii. 
 Clínica: manchas 
pretas ou escuras 
nas regiões palmar 
e plantar ou nas 
bordas dos dedos e 
em outras áreas. 
 Tratamento: antifúngicos tópicos. 
Tínea 
Corporis 
 Agente etiológico: 
● T. rubrum (adultos); 
● M. canis (crianças). 
 Clínica: lesões eritematodescamativas, circinadas, 
isoladas ou confluentes, uma ou várias com 
crescimento centrífugo (Anular). 
 Diagnóstico: exame direto KOH 10%. 
 Tratamento: isoconazol creme, itraconazol 100mg 
por 4 semanas. 
 
Pedis intertriginosaAgente etiológico: T. 
mentagrophytes var. 
interdigitale 
 Clínica: pregas interdigitais. 
 Tratamento: isoconazol creme. 
Cruris 
 Agente etiológico: T. rubrum, 
E. floccosum, T. 
mentagrophytes. 
 Clínica: lesões 
eritematodescamativas a 
partir da prega inguinal. 
Prurido intenso. 
 Tratamento: isoconazol 1% 
creme; itraconazol 100 mg. 
Mannum 
 Agente Etiológico: T. 
rubrum. 
 Ceratose maior nos sulcos 
naturais. 
 Tratamento: isoconazol 
creme. 
Capitis 
 Clínica: lesões 
eritematodescamativas 
no couro cabeludo. 
 Tratamento: 
griseofulvina. 
Outros tipos 
 Microspórica: M. 
canis 
● Única placa com intensa inflamação, 
eritematodescamativa. 
 Tricofítica: T. tonsurans. 
● Placa de tonsura eritematodescamativa e cotos 
pilosos, única/múltiplas no couro cabeludo. 
 Favosa: T. schoenleinii. 
● Inflamação crônica, formação das escútulas fávicas. 
 Diagnóstico: 
● Exame micológico direto; 
● Luz de Wood. 
 
Candidíase 
 Agente etiológico predominante: Candida albicans. 
 Fatores desencadeantes: imunossupressão, 
tratamento prolongado com corticoide, antibióticos, 
gravidez, estados de umidade prolongada. 
 Diagnóstico: 
● Exame direto: blatoconídios globosos ou ovais, com 
e sem brotamento, hifas e pseudo-hifas, septos 
hialinos. 
Oral 
 Acomete lactentes e adultos imunocomprometidos. 
 Perleche/Queilite angular. 
 Tratamento: 
● Fluconazol 150 mg; 
● Solução de violeta de genciana 2%, três a quatro 
vezes ao dia. 
 
Intertriginosa 
 Mamas pendulares, axila, virilha, pregas abdominais, 
área retal, interdigital. 
 É caracterizada por lesões erosivas, fissurais, 
úmidas, com induto esbranquiçado, pruriginoso, e 
também por pequenas lesões satélites arredondadas, 
eritematoescamosas, e, até mesmo, por pústulas 
abacterianas. 
 Tratamento: Fluconazol 150mg + nistatina creme. 
 
Ungueal e periungueal 
 Onicólise associada a paroníquea. Destruição 
completa do leito ungueal. 
 Erosão do corpo ungueal distal e lateral dos 
quirodáctilos. 
 Tratamento: Fluconazol 150mg/sem até cura clínica. 
 
Das fraldas 
 Área de intertrigo 
artificial criada sob 
uma fralda molhada. 
 Pústulas satélites 
características. 
 Tratamento: 
● Hidrocortisona 1%; 
● Nistatina creme 
100.000 UI. 
Vaginite/balanite 
 Lesões erosivas esbranquiçadas, úmidas e 
pruriginosas, na vagina e no sulco balanoprepucial. 
 Corrimento esbranquiçado vaginal é característico; 
não ocorre em circuncidados. 
 Prurido, disúria, dispareunia. 
 Tratamento – Vulvovaginal: 
● Miconazol 2% creme, via vaginal, OU 
● Fluconazol 150 mg, VO, dose única. 
 Tratamento – Balanite: Miconazol 2% creme 2x/dia 
por 15 dias. 
 
Esporotricose 
 Micose causada pelo fungo da espécie Sporothrix 
schenckii. 
 Transmissão: ocorre pelo contato do fungo com a 
pele ou mucosa por meio de trauma decorrente de 
acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; 
contato com vegetais em decomposição; arranhadura 
ou mordedura de animais doentes, sendo mais 
comum o gato. Só se contrai a doença pelo contato 
com meios ou animais contaminados, não havendo 
transmissão de pessoa para pessoa. 
 Sintomas: variam de acordo com a forma com que a 
doença se manifesta, ou seja, se ela é cutânea ou 
extracutânea e aparecem após a contaminação da 
pele pelo fungo provocando o desenvolvimento de 
uma lesão inicial, muito similar a uma picada de 
inseto. 
 São três formas: cutaneolinfática, cutânea localizada 
(verrucosa ou fixa) e disseminada. 
 O período de incubação varia de uma semana a um 
mês, podendo chegar a seis meses após a entrada do 
fungo no organismo. 
 Diagnóstico: 
● Cultura; 
● Exame histopatológico; 
● Imunofluorescência direta; 
● Intradermorreação com esporotriquina; 
● Teste de aglutinação. 
 Tratamento: 
● Itraconazol 200 mg/dia (100 mg VO 12/12h) até 4 
semanas após a cura clínica (3 meses); 
● Iodeto de potássio - IK (solução saturada 1,42 g/ml: 
0,07 g/gota 5 gotas VO 3x/dia, aumentando a dose 
diariamente ou semanalmente até 1,5-2 g (40-50 
gotas 3x/dia); 
● Anfotericina B lipossomal IV 3-5 mg/kg/dia: graves, 
gestantes, formas sistêmicas; 
● Termoterapia 45º. 
 
Lobomicose 
 Micose cutânea, eminentemente crônica, em geral 
restrita à pele e ao tecido celular subcutâneo. 
 É característico o aspecto queloidiforme, embora 
tenham sido observadas lesões vegetantes, 
infiltrativas, ulceradas, gomosas e tuberocircinadas. 
 As lesões têm consistência sólida, de coloração 
rósea ou amarronzada, lisas ou com pequenas 
escamas ou crostas, de crescimento lento. 
 Localizam-se preferencialmente nos membros 
inferiores, pavilhões auriculares e membros 
superiores; são menos frequentes na face, tórax, 
ombros e nas regiões glútea, sacra e plantar. 
 Em geral, são assimétricas e circunscritas a uma 
região; raramente são generalizadas, e estas 
provavelmente decorrem de autoinoculações 
exógenas. 
 
 Diagnóstico: histopatologia. 
 Tratamento: 
● Eletrocoagulação; 
● Exérese cirúrgica; 
● Criocirurgia. 
Cromomicose 
 É uma doença fúngica polimorfa com distribuição 
mundial, aparecendo com maior prevalência nas 
regiões tropicais e subtropicais, que acomete 
principalmente o tecido subcutâneo dos membros 
inferiores e é causada pela inoculação traumática do 
fungo pigmentado. 
 No início, apresenta-se por lesão papular 
eritematodescamativa e, posteriormente, por lesões 
verrucosas, nodulares, em placas, tumorais e 
cicatriciais, podendo haver disseminação local lenta, 
por comprometimento linfático. 
 O diagnóstico pode ser realizado pelo exame 
microscópico: os raspados são corados com Hidróxido 
de Potássio a 10% e examinados à procura de 
corpúsculos muriformes ou escleróticos. 
 As lesões inicias devem ser submetidas, se possível, 
à exérese cirúrgica, sendo que lesões irresecáveis 
devem ser manejadas com terapia antifúngica, 
Itraconazol e Terbinafina, por no mínimo 6 a 12 
meses, combinada com tratamentos físicos, como 
criocirurgia com nitrogênio líquido para lesões 
localizadas e pequenas, e excisão cirúrgica para lesões 
que possibilitem retirada com amplas margens. 
 
Paracoccidioidomicose 
 Micose crônica, subaguda ou raramente aguda, 
produzida pelo Paracoccidioides brasiliensis, com 
comprometimento tegumentar e visceral. 
 É doença granulomatosa sistêmica potencialmente 
letal e considerada a micose endêmica mais 
importante da América. 
 Existem 3 padrões: 
● Mucocutâneas: as infecções muito frequentemente 
envolvem a face, em especial as bordas 
mucocutâneas do nariz e da cavidade oral. Em geral, 
leveduras são abundantes e apresentam lesões 
puntiformes sobre bases granulares de úlceras que se 
expandem lentamente. 
● Linfáticas; 
● Viscerais: caracterizadas por lesões focais que 
causam aumento, em especial, de fígado, baço e 
linfonodos abdominais, algumas vezes com dor 
abdominal concomitante. 
 As infecções podem ser mistas, envolvendo 
combinações dos 3 padrões. 
 Diagnóstico: cultura e/ou histopatologia. 
 Tratamento: itraconazol. 
 
 
Dermatozoonoses 
Escabiose 
 Doença contagiosa produzida pelo Sarcoptes scabiei 
var hominis. 
 Dermatose pruriginosa predominantemente 
noturna. 
 Manifestações clínicas: 
● Lesão típica é o túnel escabiótico, que mede 5 a 15 
mm, de cor acizentada clara ou da cor da pele; 
● Vesícula do tamanho de uma cabeça de alfinete; 
● Pápulas eritematosas escoriadas agrupadas; 
● Localização preferencial nos dedos, nas pregas 
interdigitais, nos punhos, nos cotovelos, nos mamilos, 
nas pregas axilares, na genitália. 
 
 Diagnóstico: 
● Clínico; 
● Pesquisa de ácaros. 
 Tratamento: 
● Permetrina; 
● Ivermectina. 
Larva migrans cutânea 
 Bicho geográfico. 
 Causada pela penetração acidental de larvas de 
espécies de Ancylostoma. 
 Manifestações clínicas: 
● Prurido moderado a intenso; 
● Lesões serpiginosas, trajeto linear; 
● Lesão papulosa ou papulovesiculosa na face inicial, 
seguida peloaparecimento de lesão linear 
eritematoedematosa serpeante; 
● Podem ser observadas vesículas e bolhas; 
● Mais frequentes em pé, pernas, glúteos e coxas. 
 
 Diagnóstico: 
● Clínico; 
● Exame histopatológico. 
 Tratamento: 
● Tiabendazol 5 a 10% em creme; 
● Infecção extensa – ivermectina ou albendazol. 
Tungíase 
 Bicho de pé. 
 Causada pela Tunga penetrans (pulga pequena). 
 Manifestações clínicas: 
● Lesão papulonodular amarelada com ponto central 
negro; 
● Pode ocorrer inflamação com eritema perilesional 
ou infecção maciça – aspecto “favos de mel”; 
● Locais mais frequentes são os pés. 
 
 Diagnóstico: clínico 
 Tratamento: 
● Remover a pulga – eletrocoagulação e curetagem; 
● Infecção bacteriana – antibióticos tópicos e 
sistêmicos. 
Dermatite vesicante por Paederus 
 Potó - liberação do liquido vesicante (pederina). 
 Clínica: ardor, prurido seguidos de eritema, 
vesicopústulas e crostas de arranjo variável. 
 São mais frequentes em pescoço, faces e braços. 
 Regride em 7 a 12 dias, podendo ser prolongado 
quando há infecção bacteriana secundaria. 
 Região periorbital – blefarite, conjuntivite. 
 
 Diagnóstico: 
● Clínico; 
● Exame histopatológico. 
 Tratamento: 
● Banhos e compressas úmidas; 
● Cremes ou pomadas corticosteroides; 
● Antibióticos.

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