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ATLS ATD3 Catarina Alipio XXIIB Causas mais frequentes: TCE tem grande incidência. - Acidentes com veículos (50%). - Quedas (principalmente nos extremos de idade). - Violência interpessoal (20% com metade sendo por arma de fogo). - Esportes e recreação. Escala de Glasgow: - No paciente com TCE fazemos 1º o ATLS e depois para sua avaliação. - Primeira coisa que aplicamos é a escala de Glasgow (3 a 15 pontos). - Importante para o socorrista ter uma ideia para passar para o médico no hospital (reavalia e vê se aumentou ou diminuiu a pontuação). - Somando todos os pontos: • Glasgow < 8 há indicação de IOT. - Reatividade pupilar: escala pode ir de 1. 15 pontos. • - 2 se inexistente bilateral. • - 1 se existentes unilateral. • - 0 se existente bilateral. Exame neurológico do crânio: - Inspeção visual do crânio: • Fratura de base do crânio: qualquer um desses sinais, quase certeza que é fatura de base de crânio (= trauma grave). - Sinal de Battle (equimose atras da orelha, mastóide). - Sinal do guaxinim (equimose dos olhos). - Rinorreia/ otoliquorréia. - Hemotímpano (sangue antes do rompimento da membrana timpânica). - Ototrragia/ rinorragia. - Pesquisar fraturas faciais: • Órbitas. • Fraturas de Lefort (disjunção crânio/ facial). • Instabilidade dos ossos da face. - Exames dos nervos cranianos: • III (óculo motor = movimento dos olhos, músculo reto-medial - olho para dentro - e pupilar). • VI (abducente = função motora do músculo reto-lateral - olho para fora) • VII (facial = mímica facial) • VIII (vestíbulococlear) - Exame motor: para identificar lesão motora. • Paresia = perda parcial de movimento. • Plegias = perda total de movimento. Mortalidade/incidência - sequelas no TCE: - Leve (G 13 a 15): mortalidade de 0% e sequelas de 10%. - Moderada (G 9 a 12): mortalidade de 7% e sequelas de 66%. - Grave (G 1 a 8): mortalidade de 36% e sequelas de 100%. 1 Trauma Cranioencefálico Dr. Douglas - DATA: 02/05 ATLS ATD3 Catarina Alipio XXIIB Classificação do TCE: TRAUMA FECHADO: - Parenquimatoso: • Contusão, contusão hemorrágica, cinturão por contragolpe. • Lesão axonal difusa. • Contusão no córtex ou nos axônios. • Contusão e hematomas intracerebrais. - Extracerebral: hematomas. • Hematoma extradural (ou epidural). • Hematoma subdural. - Fraturas de crânio: • Calota. • Linear ou estreado. • Depressões/ afundamentos: abertas (pior) ou fechadas. • Base do crânio. - Com ou sem fístula liquórica (rinorreia, otorreia…). - Com paralisia do nervo facial. Hematoma epidural (HED): - Apresentação e fisiopatologia: • É formado pelo acúmulo de sangue entre a dura mater e a tábua óssea. • 85 a 95% associados a fratura óssea. • 70 a 80% localização região tempero parietal (mais artérias durais) onde as fraturas cruzam o trajeto da artéria meninge média e seus ramos. - É um hematoma com pouca lesão do cérebro mas mata com grande velocidade pelo grande sangramento (arterial). • HED costumam atingir tamanho máximo minutos ou poucas horas após o trauma. • Mortalidade varia de 5 a 43%. - Quadro clínico: • Intervalo de lucidez (perde consciência). • Alterações do nível de consciência, déficit motores, alterações pupilares, cefálicas, vômitos, convulsões, reposta de Cushing (hipertensão, bradicardia e bradispneia). - Antes que isso aconteça, temos que intervir. - Diagnóstico: • Radiografias de crânio. • TC (sem contraste). - Tratamento: geralmente cirúrgico. Fatores de pior prognóstico: - Idade mais avançada. - Progressão clínica mais rápida. - Anormalidades pupilares. - Hipertensão intracraniana. - Glasgow baixo na admissão. Hematoma subdural (HSD): - Apresentação e fisiopatologia: • É formado por acúmulo de sangue entre a dura mater e o encéfalo. • Hematoma subdural agudo não tratado. - HSD subagudo: após 7 dias da lesão. - HSD crônico: após 2 a 3 semanas inicial. • Podem ser tratados cirurgicamente ou não, mas vai ter sequelas maior que o HED. - Tipo de hematoma mais comum no TCE. - HSD associado a alta mortalidade e morbidade. - HSD crônico: 50% não tem história de trauma. - Coagulopatia: • Alcoólicos. • Hemofilias. • Usuários de anticoagulantes. - Quadro clínico: • Geralmente história de trauma com perda ou alterações do nível de consciência. • Sinais de localização (déficits motores, alterações pupilares…). • Sinais de hipertensão intracraniana (cefaleias, vômitos, HA). • HSD crônico: quadro progressivo de cefaleia, alterações de comportamento, 2 ATLS ATD3 Catarina Alipio XXIIB hemiparesias/ hemiplegia, sinais de hipertensão intracraniana. - Exames subsidiários: • Radiografia de crânio. • TC de crânio sem contraste (mais feito). Lesão axonal difusa (LAD): - Lesão geral e indireta. - De cisalhamento. - Sem lesão de parênquima cerebral, mas há lesão da substância branca (ruptura dos axônios). - Comum em mecanismo de aceleração e desaceleração. - Maioria das lesões LAD não é visualizada na TC. - Pobreza de lesões na TC associadas a um quadro neurológico ruim (dissociação clínico-tomográfico) é sugestiva de LAD. Pode ser acompanhado de inchaço cerebral grave. - Prognóstico, em geral é grave. Contusão cerebral: - Processo de desorganização focal do tecido encefálico, em que se observa uma desestruturação (hemorragia, edema, isquemia) heterogênea do tecido nervoso e de vasos sanguíneo, levando à presença de áreas de necrose, infarto, hemorragia e de isquemia. - Podem ser provocados por: • Lesão por golpe. • Lesão por contra golpe. Higroma subdural: - Acúmulo de líquido no espaço subdural, em geral com conteúdo proteico elevado e de composição química semelhante à do LCR. • Normalmente o LCR anda por baixo da aracnóide. • Sangue na TC é hipertenso, ao contrario do higroma que é hipodenso. - Nos adultos ocorrem após 15 dias do evento traumático. - O s h i g r omas de senvo l vem- se po r mecanismo de impacto em que há um movimento de aceleração súbita com ruptura da aracnóide provocando um mecanismo valvular, com o liquor saindo do espaço subaracnóideo para o espaço subdural, e tendo o retorno deficultando no sentido contrário. Concussão cerebral: - Definida clinicamente como a perda imediata da consciência consequente do trauma. - O termo é usado para indicar o efeito físico da ação mecânica sobre o sistema nervoso ou a resposta fisiológica à mesma. • Distúrbio metabólico: volta a condições fisiológicas após perda de consciência. Atendimento inicial do TCE: - Segue os princípios do ATLS. - 3 aspectos do exame neurológico são essenciais: • Escala de coma de Glasgow. • Pupilas. • Déficit motor. - Importância da história do trauma e antecedentes de uso de drogas, patologias prévias, etc. Baixo risco de lesão intracraniana: - Assintomático. - Cefaleia. - Tontura. - Hematomas, laceração, contusão ou abrasão do couro cabeludo. • Paciente deve ficar em observação pelo tempo que os s intomas f icarem presentes. Risco moderado de lesão intracraniana: - Alteração ou perda da consciência. - Cefaleia progressiva. - Intoxicação por alcool ou drogas. - Convulsão pós trauma. - Idade < 2 anos. - Vômitos. 3 ATLS ATD3 Catarina Alipio XXIIB - Amnésia pós trauma. - Sinais de fratura de base do crânio. - Trauma múltiplo. - Lesão facial séria. Alto risco de lesão intracraniana: - Nível deprimido de consciência que não seja provocado por álcool, drogas, metabólico, pós ictal. - Achados neurológicos focais. - Lesão penetrante do crânio ou fratura com depressão. Instrução de alta para o TCE: - Procurar cuidados médicos se: • Alteração do nível de consciência ou dificuldade para despertar. • Comportamento anormal. • Cefaleia progressiva. • Fala alterada. • Fraqueza ou perda de sensaçõesnum braço ou perna. • Vômitos. • Convulsões. • Não tomar sedativos ou medicação para dor mais forte que paracetamol por 24 horas. • Adulto sóbrio e responsável que pode observar o paciente. Indicação inicial de TC de crânio: - Glasgow < 13 (sempre). - Glasgow de 13 a 15: • Perda de consciência, amnésia, vômitos ou convulsões. • Paciente com idade > 60 anos e lactentes. • Fratura de crânio. • Múltiplos traumas associados. • Alteração da consciência, mesmo que discreta. • Ev idênc ia de t rauma ac ima das clavículas. Considerações: - Chegou o paciente com TCE sangrando, nicamos o atendimento na sala de emergência: • Paciente deitado com colar cervical. • Iniciamos pelo A (se o paciente não responde o G dele deve estar de 8 p/ baixo) = IOT. • Vamos o B. • C) sangramento ativo = tamponamos reposição volêmica. • D) exame neurológico = escala de Glasgow, pupilas e alterações motoras (sinais de lateralização). - O que fazemos nesse momento pelo “D” do paciente para reanimar ele? Avaliamos as pupilas, se não reagente temos que chamar o neuro!! - Se não tiver neuro, temos que encaminhar o paciente, e enquanto isso temos que tentar deixa o paciente melhor possível para encaminhar (mas não retardar transferência). - Temos que ficar reavaliando esse paciente até esse paciente ser transferido. - Não retardar transferência, mesmo que para exames (mas se a ambulância ainda não tiver chego, podemos fazer a TC). - Exame primário = ABCDE. - Exame secundário = da cabeça os pés (podemos fazer enquanto a transferência não chega). - O que NÃO pode fazer: na hora que ele chegar começar a explorar o ferimento! Começamos sempre pelo ABCDE, depois ent ramos no exame secundár io e inspecionamos a cabeça com detalhes. 4
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