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Tumores Malignos

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Tumores Malignos - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1
Tumores Malignos 
- BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO
CARCINOMAS DA PELE
CARCINOMA BASOCELULAR - CBC
DEFINIÇÃO
Tumor maligno que apresenta invasivo local e baixo potencial metástatico
FATORES DE RISCO
Fotótipos claros (I e II pela classificação de Fitzpatrick)
Pele, olhos ou cabelos claros
História familiar positiva de CBC
Sardas na infância
ASPECTOS CLÍNICOS
LOCALIZAÇÃO
Cabeça Membros
Pescoço Genitais
Tronco Palmoplantares
LESÃO
Persistente Elevada
Crescimento lento Vasos teleangiectásicos
Crostosa Espalha-se lateralmente e profundamente
TIPOS
Nodular ou cística Superficial Infiltrativa
NODULAR
nódulo ou pápula pero-lada, eritematosa, de crescimento lento, com finas telan-giectasias na superfície
Apresenta ulcerações superficiais e sangramentos
Regressão espontânea
Aumento da ulceração 
Nódulo pigmentado
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SUPERFICIAL
Lesão eritematosa, finamente enrugada, com apagamento do relevo normal da epiderme e ulcerações superficiais
INFILTRATIVA
Apresenta-se sob a forma de duas variantes clínicas
1. Predominância de resposta fibrótica do tecido à presença de células tumorais, lesão costuma ser branca ou amarelada, de 
consistência endurecida, e raramente sangra ou ulcera, sem relevo e invasão da derme
2. Superfície com coloração semelhante à da pele normal e respeita os apêndices cutâneos, raramente ulcera ou sangra, e cresce por 
longos períodos sem que sua presença seja sequer suspeitada
CARCINOMA BASOESPINOCELULAR OU CBC METATÍPICO
Apresenta características do CBC e do CEC, sendo considerado por muitos como outro tipo de câncer de pele com características 
próprias que incluem não só o comportamento como também os achados histológicos
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Simula o CBC dos pontos de vista clínico e morfológico, mas é mais agressivo e pode dar metástases, o que implica sua correta 
identificação
CBC RECORRENTE
Os sinais mais frequentes de recorrência incluem ulcerações, eritemas, sangramento e endurações
SÍNDROME NEVOIDE BASOCELULAR (SNB)
Trata-se de síndrome autossômica dominante que aparece em adultos jovens ou, mais raramente, em crianças e que se caracteriza pela 
presença de múltiplos CBC associados às anomalias previamente descritas
FATORES PROGNÓSTICOS
RISCO DE RECIDIVA
Localização e tamanho das lesões
Baixo risco = tronco e membros
Risco intermediário = fronte, mento, couro cabeludo e pescoço
Risco elevado = nariz e regiões periorificiais cefálicas
DIAGNÓSTICO
Exame clínico + dermatoscopia + histopatológico
TRATAMENTO
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CIRÚRGICO
CURETAGEM E CAUTERIZAÇÃO RESSECÇÃO
Até 1,5cm Possibilidade de examinar histologicamente as margens
Cureta cortante + eletrocautério Extensão da margem depende dos fatores prognósticos
Impossibilidade de determinar, com precisão, presença de lesão residual
nas margens
CBC de bom prognóstico – 3 mm a 4 mm
Maior tempo de cicatrização CBC de prognóstico intermediário – mínimo de 4 mm
Pior resultado estético
CBC de mau prognóstico – 5 mm (bem delimitados) a 10 mm (formas
recidivadas ou infiltrativas mal delimitadas)
OUTROS
RADIOTERAPIA CRIOTERAPIA QUIMIOTERAPIA TÓPICA
CBC é radiossensível
A baixa temperatura consegue destruir
facilmente as células tumorais
Fluorouracil: considerado útil como marcador
pré-operatório das margens tumorais em CBC
superficiais, sendo aplicado 2 vezes ao dia
durante 7 a 10 dias, antes da operação, com essa
finalidade
Não deve ser indicada em indivíduos jovens
Indicado em lesões superficiais, menores que 2
cm, com margens definidas, ou em lesões
múltiplas e/ou localizadas sobre osso ou
cartilagem
Imiquimod: pode ser considerado boa alternativa
terapêutica, eficaz e segura a longo prazo (5
anos), com excelente resultado cosmético
Indicado em casos de exérese incompleta, CBC
nodulares com menos de 2 cm na re-gião
cefálica e casos de invasão óssea ou
cartilaginosa
A associação de curetagem antecedendo a
criocirurgia melhora a eficácia do método e
aumenta os índices de cura
Retinoides: úteis apenas na prevenção de lesões
pré-cancerosas e como adjuvante em outros
tratamentos, nos portadores de genodermatoses
e/ou nos imunodeprimidos crônicos
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS OU ESPINOCELULAR - CEC
DEFINIÇÃO
Tumor cutâneo de células escamosas mais comum em brancos
FATORES DE RISCO
Exposição à radiação ultravioleta (A e B) 
Exposição à radiação ionizante 
Genodermatoses
Albinismo oculocutâneo 
Xeroderma pigmentoso 
Infecção com papilomavírus humano 
Especialmente tipos 6,11, 16 e 18
Exposição às substâncias químicas carcinogênicas 
Arsênico
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
 Estados de imunossupressão 
Doenças da pele
Lesões cutâneas crônicas 
Úlceras de pele 
Sinus 
Osteomielite 
Dermatite actínica
Algumas doenças inflamatórias crônicas 
Epidermólise bolhosa distrófica
Lesões precursoras (ou CEC inicial?)
Ceratose actínica 
Ceratoacantoma 
Ceratose arsenical 
Doença de Bowen 
Eritroplasia de Queyrat
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QUADRO CLÍNICO
CERATOSE ACTÍNICA
Máculas eritematosas
Escamas aderentes com pouca ou nenhuma infiltração
Algumas são pigmentadas
Pode haver hiperceratose acentuada
2 mm a 6 mm de diâmetro 
Eventualmente, têm a mesma cor da pele ou se apresentam 
com coloração rósea ou acastanhada
Quase sempre são múltiplas
PAPULOSE BOWENOIDE
Pápulas hiperpigmentadas com padrão histológico idêntico ao da doença de Bowen, considerada um tipo de CEC in situ
EPIDERMODISPLASIA VERRUCIFORME
Lesões verrucosas, achatadas e espalhadas que podem evoluir para carcinoma in situ ou CEC invasivo
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DOENÇA DE BOWEN
Máculas bem delimitadas, margens ligeiramente elevadas, eritematosas, aveludadas e cobertas por crostas escamoides em áreas 
expostas ao sol
ERITROPLASIA DE QUEYRAT
Lesão habitualmente única que surge após os 50 anos de idade como área avermelhada, úmida, às vezes brilhante e de contornos 
nítidos
DIAGNÓSTICO
 BIÓPSIA
Nas lesões pequenas ou suspeitas de CEC in situ, ela deve ser excisional. Caso contrário, o método preferido é a biópsia incisional, 
que deve ser suficientemente profunda para distinguir o CEC invasivo do in situ
RECORRÊNCIA, METÁSTASES E FATORES PROGNÓSTICOS
 LOCALIZAÇÃO
Os locais nos quais os CEC apresentam maiores riscos de recorrência e de metástase são os lábios e orelhas
 TAMANHO
T0 = lesões in situ
T1 = diâmetro menor que 2 cm
T2 = lesões com diâmetro entre 2 e 4 cm
T3 = lesões maiores que 4 cm
 PROFUNDIDADE DA INVASÃO
Não foi constatado nenhum caso de metástase em tumores com menos de 2 mm de profundidade
 GRAU DE DIFERENCIAÇÃO
Tumores pouco diferenciados comportam-se de modo mais agressivo
DESENVOLVIMENTO SOBRE CICATRIZES
Tumores que se desenvolvem em cicatrizes de queimaduras ou pós-irradiação (úlcera de Marjolin) comportam-se, geralmente, de 
modo mais agressivo, com índices de metástases oscilando entre 18% e 38%
IMUNOSSUPRESSÃO
A prevalência do CEC em indivíduos transplantados em uso de imunossupressores é 18 a 36 vezes maior que a da população geral
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CRESCIMENTO RÁPIDO
O crescimento rápido tem pior fator prognóstico nos tumores localizados nas pálpebras e orelhas
TRATAMENTO
TRATAMENTO SEM CONTROLE DAS MARGENS
Curetagem + eletrocauterização 
Crioterapia 
Radioterapia
TRATAMENTO COM CONTROLE DAS MARGENS
Ressecção cirúrgica convencional 
Cirurgia micrográfica

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