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EMBALAGEM PARA LEITE E DERIVADOS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS ENG. DE ALIMENTOS – 9⁰ SEMESTRE Disciplina: Acondicionamento e Embalagem Prof. Me. Marcel de Campos Oliveira EMBALAGEM PARA LEITE E DERIVADOS INTRODUÇÃO O LEITE O LEITE PASTEURIZADO O LEITE ESTERILIZADO O LEITE EM PÓ O IOGURTE O QUEIJO A MANTEIGA AS NATAS O LEITELHO INTRODUÇÃO: O LEITE E OS LATICÍNIOS − Os recipientes que se destinam a empacotar o leite e embalar os produtos seus derivados vão depender: Do tipo e das características físico-químicas do alimento; Dos processos de conservação. − Assim, uma embalagem para o leite não será idêntica à que se usa para manteiga, e esta não será a mesma que se utiliza para um iogurte. O LEITE − Com o advento das teorias pasteurianas, de que resultou o conhecimento da influência das bactérias e das infecções por elas produzidas na conservação dos alimentos e saúde dos homens; − Desenvolveram-se sistemas que vieram substituir a fervura caseira do leite, prática que ainda hoje se vê em regiões onde o consumidor se abastece de leite em natureza; – Note-se que a fervura é um meio adequado para proteger o consumidor dos perigos da ingestão de um leite embalado sem qualquer garantia. O LEITE − PÓS-PROCESSADO: → Alterar o seu gosto; → Diminuir o poder vitamínico; → Destruir a albumina e a globulina; → Proteínas que contém os aminoácidos mais importantes para a vida. − Daí que viessem a ser utilizados novos processos térmicos, isto é, a pasteurização, a esterilização e o sistema U.H.T. − Este processo não podia ser aplicado industrialmente, não só por ser demorado e dispendioso, mas também por provocar uma notável quebra de rendimento; EMBALAGENS PARA LEITE PASTEURIZADO → Livres de micro-organismos patogênicos e outros que possam desenvolver durante a estocagem e comercialização do produto; − As embalagens destinadas ao leite pasteurizado devem ser: O leite fluido pasteurizado é um produto altamente perecível que deve ser conservado sob refrigeração e possui vida útil limitada por ação microbiana. → Devem ser inertes e apresentar ação físico-mecânico compatível com o sistema de manuseio, estocagem e distribuição sob refrigeração. EMBALAGENS PARA LEITE PASTEURIZADO b) Permeação: as embalagens utilizadas não são suficientes à permeação de odor estranho, contudo isso pode ser diminuído com cuidado de estocagem e comercialização do produto. Alguns requisitos importantes devem ser levados em consideração como: a) Exposição à luz: perda de valor nutritivo devido à destruição de algumas vitaminas (A, riboflavina e C) e perda de flavor; → O leite esterilizado, cujo sistema empregado é a esterilização do produto e posterior acondicionamento na embalagem em ambiente asséptico; EMBALAGENS PARA LEITE ESTERILIZADO → Requer uma embalagem compatível com o sistema de fechamento e enchimento, resistente ao meio de esterilização do material e que permita um fechamento hermético, a fim de evitar a recontaminação microbiológica do produto; → No caso de leite esterilizado, após acondicionamento, a embalagem deve apresentar resistência técnica e mecânica para suportar as solicitações à temperatura de processo. − As embalagens mais utilizadas para leite esterilizado são as cartonadas, que se diferem da usada para leite pasteurizado pela inclusão da camada de alumínio sendo: EMBALAGENS PARA LEITE ESTERILIZADO O alumínio é introduzido principalmente para conferir barreiras ao oxigênio e a aromas, requisito essencial para a vida útil do leite, que é de três meses no Brasil. O sistema de fechamento deve ser hermético, a fim de evitar a recontaminação microbiológica do leite fluido no processamento térmico e durante todo o período de estocagem e distribuição. Sua estrutura PEBD/cartão duplex /PEBD/alumínio/PEBD; EMBALAGENS PARA LEITE EM PÓ INTEGRAL − Principais fatores responsáveis pela deteriorização do leite em pó integral são: a) Degradação do sabor, acarretada pela oxidação da gordura devido a ação catalítica da luz com a presença de oxigênio; b) Escurecimento não enzimático - Reação de Maillard. → A oxidação de gordura em leite em pó integral é o fator mais crítico para obter um produto com maior vida-de-prateleira; EMBALAGENS PARA LEITE EM PÓ INTEGRAL → A inertização com N2 e/ou CO2 tem sido empregado para remoção do oxigênio durante ao acondicionamento do leite em pó integral. → Reduzindo-se o oxigênio na embalagem e mantendo-o em níveis de 1-2%, é possível ter uma vida-de-prateleira de até um ano, contando que a temperatura de estocagem não passe de 30ºC; EMBALAGENS PARA LEITE EM PÓ INTEGRAL Numa embalagem com baixa permeabilidade ao oxigênio como as latas metálicas com selos de alumínio ou as laminadas flexíveis contendo uma folha de alumínio na sua estrutura, é necessária para que se obtenha após uma inertização eficiente uma vida de prateleira de 12 meses para o leite em pó integral. − Uma alternativa econômica são as embalagens flexíveis de poliester metalizado/polietileno; − A vida de prateleira do produto acondicionado, nessas embalagens vai depender da TAXA DE PERMEABILIDADE AO OXIGÊNIO (TPO2) do material, da quantidade de leite, da área de exposição e da eficiência da inertização. EMBALAGENS PARA LEITE EM PÓ INTEGRAL − Relação área/volume de embalagem, eficiência da inertização e TPO2 do material. − A TPO2 dos materiais a base de poliéster metalizado varia principalmente com a espessura e homogeneidade da camada de metalização; − Vários laminados de poliéster metalizados foram caracterizados quanto a TPO2 e a partir dos valores obtidos experimentalmente calculou-se teoricamente a vida de prateleira para o leite em pó integral; − Concluiu-se que este material é uma opção variável para acondicionamento de leite em pó integral durante 12 meses, se respeitados os limites para os fatores; VIDEO: EMBALAGENS DE LEITE EMBALAGEM PARA LEITE E DERIVADOS O IOGURTE O QUEIJO A MANTEIGA AS NATAS O LEITELHO EMBALAGEM PARA IOGURTE E LEITE FERMENTADOS − A embalagem protege e torna possível o transporte em climas quentes e até entre países. − Os produtos lácteos fermentados são extremamente sensíveis, e o ambiente que os envolve pode afetar a sua qualidade; − O efeito protetor da embalagem é muito importante, principalmente se o produto for distribuído através de grandes distâncias e durante longo período de tempo; EMBALAGEM PARA IOGURTE E LEITE FERMENTADOS − A principal propriedade protetora de um material de embalagem consiste em impedir que: → Os elementos voláteis, gases e ar, migrem, quer dizer, saiam ou entrem através das paredes das embalagens. − O material deve constituir uma barreira: para os gases e os aromas, o que é especialmente importante nos países que não dispõem de rede de frio na cadeia de distribuição. − A cultura fica impedida de recomeçar a crescer se a embalagem for estanque aos gases e for conservada fria. EMBALAGEM PARA IOGURTE E LEITE FERMENTADOS − O material de embalagem como película de alumínio (0,007 mm) constitui uma barreira eficaz para o anidrido carbônico e outros gases produzidos pelos micro- organismos no leite acidulado; − Uma barreira eficaz para os gases é importante para a qualidade do produto e para sua duração; EMBALAGEM PARA QUEIJOS FRESCAIS − A embalagem, geralmente, é de filme de polietileno com fechamento por grampos metálicos ou nó, devido à pequena vida de prateleira (cerca de 7 dias); Se caracteriza como um queijo fresco que não sofre maturação, sendo muito susceptível à ação microbiana. − O queijo tipo Minas Frescalnão exige embalagens sofisticadas, contudo a de filmes de policloreto de vinildeno com fechamento a vácuo, possibilita aumento da qualidade deste tipo de produto. − Devido às condições de estocagem em temperatura; EMBALAGEM PARA QUEIJOS RALADOS − Podem ser acrescidos em pequenos pouches de celofane (polietileno ou polipropileno), assegurando uma qualidade aceitável por 2-3 meses; − Além dos danos mecânicos que ocorrem frequentemente, pode ocorrer crescimento de fungos; − As características dos materiais de embalagem empregados, que devem ter sobretudo baixa permeabilidade ao vapor d’água. EMBALAGENS PARA QUEIJOS CURADOS Queijos como o prato e mussarela são usualmente acondicionados em policloreto de vinilideno ou “barrier bag” à vácuo. Considerações sobre sistema de embalagem Cryovac: → Cryovac é uma película plástica destinada especialmente para ser usada com o processo Cryovac de embalagem de produtos alimentícios. − O fechamento através do grampo metálico, assegura perfeita hermeticidade mesmo após longos períodos de estocagem; − No caso de queijo tipo Prato esse período varia de 3 a 4 meses. → Isso evita os problemas de ressecamento e ataques de mofos e ácaros. EMBALAGENS PARA QUEIJOS CURADOS → Essa película é preparada de forma a ser essencialmente inodora, insípida, inócua, transparente, tenaz, e flexível a baixa temperatura e se adapta perfeitamente ao produto; → É largamente utilizada para acondicionamento de queijos como o Parmesão, Provolone, Cheddar e outros de maturação completa; → Além destes, os queijos ainda sem cura como o Prato e suas variedades recebem o Cryovac logo após a salga; → O aspecto econômico é ressaltado, a partir do momento em que se tem idéia que o queijo perde normalmente cerca de 10% de seu peso durante a maturação e apenas 0,3-0,5% se receber a embalagem plástica (cryovac). EMBALAGENS PARA QUEIJOS CURADOS → As propriedades estão basicamente relacionadas com a contração (que é uniforme a temperaturas que são de 92-95ºC); EMBALAGENS PARA QUEIJOS CURADOS → Com a transmissão de calor (que é reduzida) e com a permeabilidade ao ar (evitando o desenvolvimento de germes aeróbicos); → Diminuindo as perdas e distanciando os problemas de oxidação da gordura que causam sabores e odores indesejáveis. EMBALAGENS PARA QUEIJOS CURADOS Para embalagem a vácuo, os plásticos mais usados são: a) Policloreto de vinilideno (PVDC); b) Poliamidas (náilon); c) Polietilenos (PE). → Problemas poderão ocorrer relacionados com a perfuração da embalagem, fechamento e solda com falhas e alta ou baixa permeabilidade do filme a gases e vapores. O QUEIJO A embalagem do queijo tem por objetivo essencial: PRESERVÁ-LO DE AGENTES EXTERIORES, QUÍMICOS, FÍSICOS E MICROBIOLÓGICOS É MUITO IMPORTANTE QUE O FABRICANTE LANCE NO MERCADO UMA EMBALAGEM ATRAENTE QUE AJUDE A ASSEGURAR UMA BOA IMAGEM DA SUA MARCA. O QUEIJO → O queijo de vaca de tipo holandês, em bola ou em barra (Edam ou Gouda) de pasta semidura; → A embalagem consiste numa película de parafina obtida por arrefecimento; → Após mergulhar os queijos durante alguns segundos num banho em fusão com parafina e ceras, por forma a provocar uma esterilização da casca; → Para evitar a formação de bolores entre a camada de proteção e a casca do queijo; → Mais recentemente têm-se também utilizado películas plásticas em substituição da camada parafínica. EMBALAGEM PARA REQUEIJÃO, DOCE DE LEITE E QUEIJO FUNDIDO − Podem ser embalados em copos de vidro ou polietileno de alta densidade com fechamento por tampas cravadas; − No caso de copos de vidro, apesar de baixa resistência a impactos permite-se a observação do produto através da transparência do recipiente o que aliado a possível reaproveitamento; − Pode influir na escolha entre os recipientes de vidro e polietileno, que possui a vantagem de ser mais resistente e permitir a impressão de rótulo. EMBALAGEM PARA REQUEIJÃO, DOCE DE LEITE E QUEIJO FUNDIDO − No caso de requeijão, queijo fundido e doce de leite em barra normalmente utiliza-se plásticos transparentes ou papel celofane seguido de embalagem em caixa de papel cartão; − O doce de leite pode ser envasado em lata de folha de flandres; − Revestidos internamente por um verniz que impeça a exposição direta do produto ao material de embalagem, evitando por exemplo a oxidação. − A mesma embalagem pode ser empregada para creme de leite, manteiga, leite condensado, leite em pó, com algumas alterações no revestimento interno; EMBALAGEM PARA REQUEIJÃO, DOCE DE LEITE E QUEIJO FUNDIDO − As latas são utilizadas para o envase de creme de leite e leite condensado ou evaporado não possuem revestimento interno de verniz. EMBALAGEM PARA MANTEIGA → Sendo mantida por longo tempo de estocagem nos supermercados, a manteiga deve ser embalada em materiais impermeáveis evitando assim a transferência de odores e mantida a baixas temperaturas; → O único método satisfatório para eliminação é o uso de um revestimento laminado no cartão de embalagens que já deve servir como barreira a esses gases; → A utilização, portanto, de materiais laminados é essencial; → A embalagem, com isso, evita o contato com o oxigênio e com a luz tirando o perigo de oxidação, da qual resulta o sabor rançoso. A embalagem, com isso, evita o contato com o oxigênio e com a luz tirando o perigo de oxidação, da qual resulta o sabor rançoso. EMBALAGEM PARA MANTEIGA → Resistência à passagem de gordura; → Baixa permeabilidade ao vapor d’água; → Proteção contra os odores externos. − As características importantes para embalagem de manteiga seriam: → O papel laminado (folha de alumínio) utilizado para acondicionamento da manteiga pode ser considerado um “pacote” sem apresentar alta resistência à passagem de gases e vapor d’água; EMBALAGEM PARA MANTEIGA → Tendo em vista a conservação destes produtos a temperaturas inferiores a 10ºC, este, necessariamente, não requer uma ótima proteção por parte da embalagem. AS NATAS → Atualmente, verifica-se uma implantação no mercado das embalagens TETRA- BRIK®, inclusivamente para as natas para bater preparadas a partir do leite ultrapasteurizado, e que contêm um emulsionante e um espessante; → A embalagem do tipo aerossol, que tem sido usada para acondicionar queijo, maionese, pastas para barrar e condimentos, é hoje também usada para as natas e creme de chantilly. O LEITELHO → O leitelho, que se prepara através de natas doces ou acidificadas, contém cerca de 8 a 10% de gordura; → As centrais leiteiras utilizam-no fabrico de queijo e, por vezes, na preparação de refrescos de leite e gelados; → Além destas aplicações, o leitelho é vendido em bidões metálicos (alumínio) ou em plástico para a indústria de panificação, pastelaria e fabrico de sopas instantâneas. O VIDRO → A embalagem de vidro para leite pasteurizado no Brasil está praticamente abandonada; Redução dos custos como transporte; Distribuição; Consumo de energia; Água e detergente para limpeza; Esterilização das embalagens. – A substituição do vidro pelo plástico foi de grande benefício para a indústria de laticínios nacional, isso devido à: OBRIGADO PELA ATENÇÃO! PROF. ME. MARCEL DE CAMPOS OLIVEIRA E-mail: marceloliveira.oliveira@yahoo.com.br
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