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Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC/Palmas 
Sistemas Orgânicos Integrados IV – 5º período MED 
Sarah Lima Campos 
 
Interfase 
 
O que significam as fases da Interfase? Onde ocorrem as duas principais checagens 
(Checkpoints)? Quais as diferenças? 
 
Interfase - É a etapa que vai desde o fim de uma divisão celular e o início da divisão 
seguinte. Como os cromossomas estão pouco condensados e dispersos pelo núcleo não 
são visíveis a microscópio óptico. Neste período a célula aumenta o seu volume, 
tamanho e número de organelas. É a fase em que a célula cumpre suas atividades vitais 
e reúne condições para se dividir e originar células-filhas. Neste período, por 
microscopia, não visualizamos modificações quer no citoplasma como no núcleo. As 
células, porém, estão em intensa atividade sintetizando os componentes que irão 
constituir as células filhas. 
 
Está dividida em três fases: 
 
1) Fase G1 ou pós-mitótico: É a mais longa do ciclo celular (cerca de 10h). Existe uma 
intensa atividade de biossíntese (proteínas, enzimas, RNA, etc.) e formação de mais 
organismos (organelas) celulares o que implica crescimento celular (grande aumento do 
citoplasma das células-filhas recém-formadas), o DNA é modificado pela ação de várias 
proteínas que se ligam às origens de replicação formando o complexo de pré‐replicação. 
No final desta fase a célula faz uma “avaliação interna” a fim de verificar se deve 
prosseguir o ciclo celular. Caso a avaliação seja negativa, as células não se vão dividir 
passando ao estado G0 (que dependendo da célula pode ter uma duração variada. As 
células diferenciadas não estão “em ciclo” mas sim em G0 que não é um período de 
dormência e pode não ser uma fase permanente. As células fazem síntese e secreção 
proteica e são altamente móveis). Se a avaliação for positiva as células em G0 podem 
voltar a entrar em ciclo de crescimento em resposta a vários estímulos e passa-se à fase 
seguinte sendo o processo irreversível. A reentrada em ciclo é altamente regulada pois 
pode levar ao aparecimento de cancro. A progressão em G1 é regulada por 2 
checkpoints: 
• Ponto de restrição 
• Checkpoint dos danos no DNA em G1 
 
Ambos os checkpoints estão ausentes em várias células tumorais. Estas células 
continuam a proliferar-se na ausência de sinais ambientais favoráveis ou danos no DNA. 
A transição entre as fases G1 e S dá-se pela regulação de expressão de genes necessários 
à progressão no ciclo celular através das proteínas pRb e E2F. O fator E2F ativa vários 
genes que codificam proteínas envolvidas na síntese de DNA e de oxiribonucleotídeos e 
estimula a transcrição de genes que codificam a ciclina E, A e CDK2. Assim, o fator E2F 
atua no fim da fase G1. 
A interação da pRb e E2F com regiões promotoras alvo impede a transcrição de vários 
genes bloqueando a progressão no ciclo celular. Para passar o ponto de restrição é 
necessária a fosforilação pela Cdk4/Cdk6 da pRb que se dissocia do E2F, permitindo que 
este ative a transcrição de genes necessários à entrada na fase S. 
 
2) Fase S ou Período de Síntese: Antes da divisão celular, uma célula em “ciclo” necessita 
de duplicar correctamente o seu conteúdo em DNA. A replicação do DNA é iniciada nas 
origens de replicação distribuídas ao longo do DNA (replicação semi-conservativa do 
DNA). As células filhas recebem as informações genéticas que determinam suas 
características passando cada cromossoma a possuir dois cromatídios ligados pelo 
centrómero. À medida que as proteínas replicam o DNA, elas vão sendo inactivadas de 
modo a prevenir que o DNA possa ser replicado mais do que uma vez por cada ciclo 
celular. Ocorre também a duplicação dos centríolos e do centrossoma nesse período. 
Algumas fontes diziam que a duplicação dos centríolos era em G2 outras diziam que era 
em S, decidi colocar a sua duplicação em S. 
 
3) Fase G2 ou pré-mitótico: Decorre desde o final da síntese de DNA até o início da 
mitose. Durante a Fase G2 as células certificam-se da qualidade do DNA e fazem os 
preparativos para a mitose com a síntese de biomoléculas essenciais à divisão celular. 
Esta, por sua vez, aumenta a síntese de proteínas gerando mais energia. Ocorre também 
a formação de proteínas que constituem os microtúbulos. A célula completa o 
crescimento e está preparada para a mitose. Um segundo Checkpoint dos danos no DNA 
existe em G2: Prevenindo a entrada em mitose na presença de DNA não replicado ou 
danificado, um “atraso” em G2 dá tempo à célula para tentar corrigir os erros no DNA 
antes de entrar em mitose. Caso os danos não sejam possíveis de reparar, a célula 
desencadeia um mecanismo de suicídio designado por apoptose. Defeitos neste 
mecanismo de controlo também pode levar ao aparecimento de cancro. Este checkpoint 
é pautado pelo MPF que regula a atividade de múltiplas proteínas envolvidas na 
replicação do DNA e mitose pela fosforilação delas em sítios regulatórios específicos, 
ativando algumas e inibindo outras, de modo a coordenar a sua atividade. O MPF é 
composto pela Ciclina B (a sub‐unidade reguladora necessária para a atividade catalítica 
da CDK1) e CDK1/CdC2 (necessária para a entrada em mitose). O checkpoint dos danos 
no DNA em G2 envolve 3 componentes: Sensores, Transmissores e Efetores. O MPF 
efetua: 
• Fragmentação do Golgi e RE (Fosforilação do GM130) 
• Formação do fuso 
• Quebra do invólucro nuclear (fosforilação das lâminas) 
• Condensação cromatina (fosforilação das condensinas) 
 
Referência 
1. Alberts B, Bray D, Hopkin K, Johnson A, Lewis J, Raff M, et al. Fundamentos da Biologia 
Celular. 4th ed. Porto Alegre: Artmed; 2013.

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