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arte cultura e estetica unidade 1

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27/06/22, 17:34 Ead.br
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ARTE, CULTURA E ESTÉTICAARTE, CULTURA E ESTÉTICA
Me. Thais Kawamoto Amarães
IN IC IAR
27/06/22, 17:34 Ead.br
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introdução
Introdução
Caro estudante, você já parou para pensar sobre o que é arte? Em uma
conversa informal, ao ouvirmos esta palavra, conseguimos entender o
contexto da mensagem, porém, de�nir o termo “arte” nos parece complicado
em um primeiro momento. Do mesmo modo, estética e cultura são conceitos
que apresentam igual complexidade. Em nossos estudos, iremos
primeiramente compreender como tais de�nições estão relacionadas.
Posteriormente, daremos início a nossa investigação sobre as manifestações
artísticas do ser humano. Neste sentido, estaremos contemplando desde as
primeiras representações imagéticas, a pintura rupestre, até a arte produzida
na Idade Média, relacionando as principais características da arte em cada um
dos períodos históricos.
27/06/22, 17:34 Ead.br
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Caro estudante, você saberia conceituar o que é arte? Arte e estética são
sinônimos? A arte apresenta algum papel cultural? Antes de nos debruçarmos
sobre as expressões artísticas das mais diversas civilizações, precisamos
inicialmente realizar re�exões sobre arte, cultura e estética. Neste sentido,
iremos agora investigar os princípios gerais que regem tais temáticas.
Arte, Estética e Cultura
A arte e a estética são temas recorrentes na �loso�a. Desde as primeiras
civilizações o homem buscou compreender tais assuntos. Deste modo, as
de�nições de arte e estética são mutáveis e re�etem relações contextuais de
determinados momentos históricos.
Em nossa discussão, não iremos nos aprofundar sobre este debate e as
diversas vertentes que tentam de�nir tais conceitos. Para �ns didáticos,
iremos compreender a estética como um campo da �loso�a que trata dos
conceitos de Belo.
Introdução à Arte, CulturaIntrodução à Arte, Cultura
e Estéticae Estética
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Segundo Argan (1994), a arte é resultado da combinação de atividades
mentais, pensar e conceber uma ideia; e atividades operacionais, executar e
construir uma ideia. Isso signi�ca que, por exemplo, um galho de uma árvore,
por mais bonito e escultórico que possa parecer, não pode ser considerado
arte, uma vez que não existiu intenção projetual para a sua criação. Do
mesmo modo, objetos empilhados aleatoriamente, sem nenhuma intenção,
não se con�guram como arte.
O autor também destaca que o valor artístico atribuído a uma obra só passa a
ter relevância a partir do momento em que o observador atribui signi�cado a
esta forma. Isso signi�ca que uma obra de arte só se torna obra de arte
quando a consciência que a recebe a julga como tal.
A arte também está relacionada à cultura. Segundo Laraia (1999), o termo
cultura, muitas vezes associado à erudição e intelectualidade, é na verdade
um conceito antropológico. Segundo o autor:
O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e
valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as
posturas corporais são assim produto de uma herança cultural, ou
seja, resultado da operação de uma determinada cultura. (LARAIA,
1999, p. 70).
Considerando as premissas do autor, a cultura inclui crenças, conhecimentos,
manifestações artísticas, costumes e morais de determinada sociedade.
Diante disso, iremos notar que as diversas civilizações irão apresentar
distintas produções artísticas, e a arte será compreendida como a
manifestação de um povo em determinada época, uma forma de expressão
cultural.
Periodização na História da Arte
É natural do ser humano buscar sistematizar e atribuir ordem e lógica às mais
variadas situações, tal tendência também se aplica no estudo da arte. A
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historiogra�a moderna da arte emprega a periodização como critério para
sistematização de seus estudos (ARGAN, 1994).
Isso signi�ca que em nossas análises iremos dividir a história da humanidade
em períodos, que são faixas temporais. O começo de um período é
normalmente caracterizado por uma ruptura com o período precedente. Esta
divisão não é um instrumento preciso, pois, como iremos perceber, muitas
vezes a transição entre um período e outro foi um processo longo e
demorado. Apesar disso, a periodização é uma das ferramentas mais e�cazes
para assegurar objetividade no discorrer do objeto artístico, que muitas vezes
nos parece abstrato.
Estilo
Outro importante conceito que visa uma abordagem objetiva e sistematizada
da história da arte é o estilo. A ideia de estilo é bastante natural para a nossa
cultura. Estamos habituados a analisar estilos de música, de roupas, de
decoração, mas a�nal, o que signi�ca estilo? Segundo Coli (2006), o estilo
consiste na recorrência de constantes formais no interior da obra de arte.
Este estilo pode ser imutável nas obras do artista, porém, na maior parte dos
casos o estilo se transforma ao longo dos anos conforme o artista evolui.
Em nossas investigações sobre a história da arte, iremos perceber que
Cubismo, Surrealismo e Futurismo se con�guram como exemplos de estilos
artísticos. Porém, é importante tomarmos cuidado ao tentarmos classi�car os
artistas. Assim como as periodizações, os estilos também não são
instrumentos precisos. Inclusive, diversos artistas caminharam por mais de
um estilo em sua trajetória, o que torna ainda mais complexa tal classi�cação.
Segundo Coli (2006), na história da arte, algumas obras foram criadas por
artistas que se autodeclaravam pertencentes a determinado estilo, enquanto
outras só foram “catalogadas” dentro de um estilo muito tempo após a sua
execução.
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Deste modo, a periodização da história da arte e os estilos artísticos devem
ser empregados de forma orientativa, nunca como um sistema rígido e
imutável. A arte é um produto cultural que se desenvolve de modo
inesperado e muitas vezes seu caráter imprevisível foge de nosso domínio
(COLI, 2006).
Pinturas Rupestres
Segundo Gombrich (1999), não é possível determinar com clareza quando a
arte começou e como foi dado o seu início enquanto linguagem. Os primeiros
registros encontrados de manifestações artísticas datam dos últimos estágios
do Paleolítico (5 milhões de anos a.C. até 10 mil anos a.C.) realizados pelo
homem primitivo. O termo “primitivo” não se refere a um juízo de valor, mas
sim ao conceito de primeiro, o mais próximo do estado em que um dado
momento emergiu a humanidade.
O homem primitivo tinha a sua própria produção cultural a partir da
confecção de desenhos no interior das cavernas. Estas representações
variavam entre marcas de mãos e �guras de animais, que con�guram a arte
rupestre. Segundo Crivelaro e Pinheiro (2014), o termo rupestre vem da
palavra rupes, em latim, que signi�ca rochedo.
As técnicas utilizadas pelo homem primitivo para a realização de tais gravuras
incluíam tanto a retirada de matéria rochosa da superfície, talhando a parede,
quanto a adição de matéria, pintando sobre a parede.
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É importante destacarmos que estas primeiras manifestações artísticas não
tinham como objetivo decorar o espaço ou contar uma história. Aspinturas
rupestres estavam associadas às funções mágico-religiosas, ou seja, tinham
um caráter místico que buscava proteção, fertilidade, aumento de caça, entre
outros (CRIVELARO; PINHEIRO, 2014).
praticar
Vamos Praticar
Com o objetivo de sistematizar e ordenar seus estudos, o ser humano trabalha com
a periodização na análise da história da arte. Este instrumento consiste em dividir o
tempo em períodos. Apesar das diversas vantagens, a periodização também
apresenta desvantagens, como:
a) Não se con�gurar como um instrumento preciso.
b) Mudar de país para país.
Figura 1.1 – Pintura rupestre em Lascaux, na França 
Fonte: Prof saxx / Wikimedia Commons.
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c) Operar através de parâmetros complexos que di�cultam sua identi�cação.
d) Classi�car a arte apenas após o século I d.C.
e) Não contemplar a arte após o século XX.
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Com a sedentarização, o desenvolvimento de técnicas de pastoreio e de
cultivo de alimento, o homem primitivo passou a ter maior domínio sobre a
natureza. Deste modo, passou a se organizar em comunidades agrícolas.
Inicialmente, tais comunidades eram bastante rudimentares, no entanto, as
comunidades foram gradativamente crescendo e se organizando em
unidades sociais maiores e mais disciplinadas.
O ser humano passa a viver em um mundo dinâmico no qual agora precisa
lutar não apenas contra as forças da natureza, mas também contra os
con�itos gerados pela sua própria sociedade. Iremos agora analisar a
produção artística de duas das principais civilizações do Mundo Antigo:
egípcios e mesopotâmicos.
Arte Egípcia
A civilização egípcia, desenvolvida ao longo do Rio Nilo, foi a civilização antiga
que durou mais tempo, tendo início por volta de 3000 a.C. e declínio no século
IV d.C. Apesar deste longo intervalo temporal, iremos notar que a arte egípcia
Expressões daExpressões da
AntiguidadeAntiguidade
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se manteve constante, sem apresentar muitas inovações. Isso ocorre uma vez
que, para os egípcios, a arte pretendia ser útil, não se esperava que o artista
fosse um indivíduo criativo, mas sim uma pessoa capaz de seguir rígidos
métodos e técnicas (GOMBRICH, 1999).
Na cultura egípcia, o faraó era considerado o deus vivo na terra, seu poder
ilimitado era inquestionável. Para os egípcios, quando o faraó morria, ele
retornava aos deuses, de onde viera, por isso, técnicas de embalsamento e
enfaixamento foram desenvolvidas para preservar o corpo do faraó. As
manifestações artísticas do Antigo Egito estão em sua maioria associadas a
concepções espirituais e ao culto na vida após a morte.
Segundo Crivelaro e Pinheiro (2014), a temática mortuária impulsionou a
construção de mastabas, templos e pirâmides. A mastaba consiste em um
túmulo trapezoidal recoberto de tijolos e pedras, acima de uma câmara
mortuária que �cava abaixo do nível do solo. Posteriormente as mastabas
vieram a se transformar nas pirâmides às quais estamos habituados, como as
pirâmides de Gizé. Entre as principais características da arquitetura egípcia, é
possível apontar solidez, rigidez formal, uso de ângulo reto e simetria. 
Nas tumbas dos faraós foram encontradas esculturas em ouro, e algumas das
estátuas criadas pelos egípcios chegavam a ter até 13 metros de altura.
Figura 1.2 - Complexo funerário de Gizé: ao fundo a pirâmide de Quéfren e
em primeiro plano a es�nge. 
Fonte: Citypeek / Wikimedia Commons.
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Nestas obras é possível notar a rigidez formal e impassibilidade. Tais
características tinham como objetivo expressar a estabilidade dos chefes de
estado. Algumas esculturas mesclavam o corpo do faraó com a cabeça de um
deus, negando a mortalidade e evidenciando o seu caráter divino (CRIVELARO;
PINHEIRO, 2014).
As pinturas egípcias eram feitas nas paredes das construções, porém, sem um
caráter decorativo. Quando observamos uma pintura egípcia ela nos parece
estranha. É importante lembrarmos que os egípcios não trabalhavam com a
técnica da perspectiva, pois em suas representações o artista buscava
capturar o ângulo mais importante de cada cena e de cada objeto. As pessoas,
por exemplo, eram retratadas sob três vistas: o rosto inteiro, o per�l exato e a
verticalidade a partir de cima (GOMBRICH, 1999). No estudo da arte, tal
concepção �cou conhecida como lei da frontalidade. 
Arte Mesopotâmica
A Mesopotâmia, região onde atualmente se localiza o Iraque, no encontro
entre os rios Tigres e Eufrates, é apontada muitas vezes como o berço das
saiba mais
Saiba mais
Entre as diversas civilizações do Mundo
Antigo, o povo egípcio é um daqueles que
mais desperta a nossa curiosidade. Além do
distanciamento geográ�co, a cultura e o
modo de vida deste povo parecem bastante
distintos dos padrões que a sociedade
ocidental adotou. Para saber mais sobre a
arte egípcia, acesse:
ACESSAR
http://museuegipcioerosacruz.org.br/
27/06/22, 17:34 Ead.br
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civilizações. Nesta região surgiram os povos sumérios, babilônicos e assírios.
A Mesopotâmia se con�gura por uma área sem pedreiras, o que irá
in�uenciar a arte produzida por estas civilizações.
Ao contrário do povo egípcio, a história política da Mesopotâmia não esteve
relacionada à temática religiosa. Os artistas mesopotâmicos não se ocupavam
com a decoração de interiores de túmulos, mas sim com representações que
ajudassem a manter vivos os chefes de estado (GOMBRICH, 1999).
Segundo Janson e Janson (1996), os Sumérios foram uma civilização que se
desenvolveu na região sul da Mesopotâmia. A sua sociedade era planejada a
partir do templo, que, além de servir como espaço religioso, também
controlava a divisão do trabalho e distribuía a colheita. O templo era, então,
uma estrutura religiosa e política.
O templo sumério �cava localizado sobre plataformas elevadas que se
con�guravam como verdadeiras montanhas arti�ciais, em contraste com a
paisagem plana da Mesopotâmia. Estas plataformas eram conhecidas como
zigurates. Existem poucos registros das esculturas realizadas pelos sumérios,
uma vez que eles empregavam materiais como a argila. 
Após metade do terceiro milênio a.C., os habitantes semíticos do norte da
Mesopotâmia se dirigiram para a região sul, até se tornarem mais numerosos
Figura 1.3 - Zigurate em Ur 
Fonte: Hardnfast / Wikimedia Commons.
27/06/22, 17:34 Ead.br
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que os sumérios. Este povo, os babilônios, estava menos ligado à tradição do
socialismo teocrático dos sumérios (JANSON; JANSON, 1996). Durante o século
XVIII a.C., o rei Hamurabi instaurou o Primeiro Império Babilônico, e durante o
seu governo a Babilônia se transformou em um próspero centro urbano.
Os assírios, por sua vez, se con�guraram como uma das mais poderosas
potências militares do mundo antigo. A maior parte das descobertas
arqueológicas da Mesopotâmia data do período de 1000 a.C. e 500 a.C., época
que foi dominada pelo povo assírio. Através da análise de tais vestígios, é
possível identi�car que a arte criada pelos assírios esteve relacionada ao
poder dos reis, conquistas militares e caçadas de leões, sendo estes temas
recorrentes. Na arquitetura, o templo deixa de ser a edi�cação principal e se
torna um anexo dos palácios.
Por volta de 653 a.C., o Império Assírio entra em declínioe a Babilônia volta a
ser o centro da Mesopotâmia. Esta civilização, agora denominada
Neobabilônicos, atingiu seu apogeu durante o comando de Nabucodonosor,
quando foram construídas diversas edi�cações públicas com tijolos cozidos e
esmaltados (JANSON; JANSON, 1996). 
praticar
Vamos Praticar
As pinturas egípcias soam estranhas para a nossa cultura atual. Em suas obras, os
artistas representavam o rosto, as pernas e os pés de per�l, enquanto o tronco era
desenhado em vista frontal. Os egípcios faziam este tipo de representação, pois:
a) Era o modo como o modelo posava para as pinturas.
b) Os artistas eram incapazes.
27/06/22, 17:34 Ead.br
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c) Os artistas eram ingênuos.
d) Os artistas tentavam captar o ângulo mais importante de cada parte do
corpo.
e) Os artistas queriam testar novas técnicas de representação.
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Dando continuidade às nossas investigações sobre a arte produzida pelas
civilizações do Mundo Antigo, iremos agora voltar nossa atenção para duas
expressões bastante distintas. De um lado, temos a arte produzida pelos
povos egeu, gregos e romanos, culturas bastante consolidadas e que até hoje
reverberam em nossa sociedade. Do outro lado, saindo um pouco da visão
eurocêntrica de história da arte, iremos investigar a arte criada na
Antiguidade Oriental.
Arte Egeia
Na arte egeia, iremos analisar as produções artísticas elaboradas pelo povo
egeu, que abrange as civilizações que �oresceram na região do mar Egeu
entre 3500 a.C e 1100 a.C. Segundo Crivelaro e Pinheiro (2014), os três povos
que surgiram neste cenário se encontravam divididos entre as Ilhas Cíclades e
Creta, e o continente grego.
A civilização cicladense, que habitava as Ilhas Cíclades, ao norte de Creta,
construiu casas simples, retangulares, em tijolos de adobe e pedra. Este povo
Expressões naExpressões na
AntiguidadeAntiguidade
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criava esculturas e utensílios à base de argila, com decorações geométricas
lineares e curvilíneas. Também foram encontrados vestígios de esculturas de
ídolos em mármores, desde pequenas dimensões até peças em tamanho
natural (CRIVELARO; PINHEIRO, 2014).
O povo minoico foi aquele que se desenvolveu na Ilha de Creta. Na
arquitetura, os palácios minoicos, como o Palácio de Cnossos, con�guraram-
se como imponentes construções.
As esculturas minoicas se constituíam de pequenas �guras de animais feitas
em argila. A �gura feminina, em forma de deusas e sacerdotisas, também
eram temas retratados pelas esculturas. As pinturas desenvolvidas por esta
civilização se caracterizam pelas composições com movimentos e cores vivas,
retratando �ores, animais e cenas cotidianas.
O povo micenense, por sua vez, foi aquele que se desenvolveu no continente
grego. Segundo Crivelaro e Pinheiro (2014), a arquitetura micênica era
composta por palácios cercados por grandes muralhas em pedras. Nos outros
campos, a sua arte foi pouco expressiva, resumindo-se a cerâmicas e
armamentos em metais
Arte Grega
A cultura grega deixou um grande legado para as demais civilizações. Ainda
hoje as esculturas e obras arquitetônicas deste povo surpreendem, não
apenas pelo grau de perfeição, mas também pela sua elevada complexidade.
Segundo Gombrich (1999), por volta de 1000 a.C., tribos guerreiras vindas da
Europa penetraram na península da Grécia e ali se instalaram, combatendo
os antigos habitantes da região. Durante os primeiros séculos de seu domínio
sobre a Grécia, estas tribos, como dóricos e jônicos, produziram
manifestações artísticas rudes, rígidas e estáticas.
Os povos gregos eram unidos pela língua e pelas crenças religiosas, porém, a
sua organização política era realizada a partir de cidades-estados autônomas.
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Entre elas, Antenas foi aquela que mais se destacou na história da arte, graças
à grande quantidade de obras produzidas (JANSON; JANSON, 1996).
A arte grega pode ser dividida em três principais momentos históricos: arcaico
(1100 a.C.-479 a.C.), período de “nascimento” da civilização grega; clássico (VI-
IV a.C.), momento de consolidação do estilo artístico; e helenístico (336 a.C.-30
a.C.), no qual a cultura grega se expandiu para territórios orientais.
Na pintura, a história de deuses e heróis eram registradas sobre cerâmicas,
contrastando �guras escuras sobre um fundo avermelhado. Por volta de 500
a.C. este estilo de pintura foi substituído por gravuras em vermelho sobre um
fundo preto. As formas passaram a explorar linhas de comunicação interna,
mostrando maiores detalhes nas composições (JANSON; JANSON, 1996). 
Entre os principais monumentos arquitetônicos iremos encontrar templos,
como o Partenon em Atenas, teatros construídos em encostas, ginásios e
praças – as ágoras, locais para a discussão de diversos assuntos. Nas
construções gregas é possível notar a simetria e monumentalidade. Quando
pensamos em arquitetura grega, normalmente a associamos às ordens
gregas. Mas a�nal, o que é uma ordem arquitetônica?
Figura 1.4 - Vaso grego com narrativa pintada em vermelho sobre fundo
preto. 
Fonte: Wikimedia Commons (2019).
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As ordens se con�guram como um sistema arquitetônico com características
e linguagens próprias. Os elementos empregados em cada uma das ordens
eram padronizados, o que facilita a sua identi�cação. As ordens gregas se
diferenciavam principalmente pelas suas colunas: 
1. Dórica: colunas robustas, sem base e com capitel simples.
2. Jônica: colunas com detalhes, disposta sobre base, o capitel
apresenta volutas.
3. Coríntia: colunas de forma esguia disposta sobre base, o capitel
apresenta folhas esculpidas e riqueza de detalhes.
Na escultura, o artista grego buscava representar o ideal de beleza. Deste
modo, personagens belos e serenos eram criados na tentativa de reproduzir a
harmonia dos arquétipos perfeitos (CRIVELARO; PINHEIRO, 2014). As cabeças
de estátuas e pinturas gregas não transpareciam nenhuma forte emoção, a
ideia de movimento e “vida” era alcançada através da representação do corpo,
que assumia os mais diversos ângulos.
Arte Romana
Figura 1.5 - Exemplos de colunas dórica, jônica e coríntia 
Fonte: Elaborada pela autora.
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Segundo Crivelaro e Pinheiro (2014), as manifestações artísticas da Roma
Antiga podem ser divididas em dois períodos: a República (59 a.C.-27 a.C.) e o
Império (27 a.C.-476 d.C.). Os romanos tinham grande admiração pela arte
grega, e muitos dos artistas romanos tinham origem grega. Deste modo,
pintura e escultura romanas eram muitas vezes repetições e reinterpretações
de obras gregas. Uma das principais diferenças percebidas entre as obras
gregas e romanas é que, enquanto gregos representavam uma beleza ideal,
os romanos se preocupavam em criar representações �éis ao real.
No campo da arquitetura, é possível notar uma autonomia no processo de
criação romana. Um dos re�exos da herança etrusca foi a técnica de arco de
plena volta, essencial para o desenvolvimento de arcos e sistema de
construção de abóbadas. Os romanos possuíam uma forma muito especí�ca
de vida pública e vida privada, o que iria caracterizar suas obras
arquitetônicas entre as quais destacamos arcos, estradas, aquedutos,
templos, teatros,arenas e banhos públicos (JANSON; JANSON, 1996). 
Figura 1.6 - Vista externa do An�teatro Flaviano, o Coliseu. 
Fonte: Sergey Ashmarin / Wikimedia Commons.
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Arte na Antiguidade Oriental
O Mundo Antigo não se resume apenas às manifestações artísticas
desenvolvidas na Europa. Segundo Gombrich (1999), duas grandes regiões
tiveram manifestações expressivas, ambas in�uenciadas pela religião: o Islã e
a China.
No Oriente Médio, a religião islâmica proibia a representação de imagens.
Deste modo, o artista passou a concentrar os seus esforços em criações
caligrá�cas e decorações geométricas, que deram origem aos arabescos. A
arte islâmica esteve diretamente ligada ao poder, como uma forma de
legitimar o poder dos sultões (SENKO, 2011).
As mesquitas apresentavam decoração estilizada em tijolos e azulejos, que
também eram utilizados em construções civis. As edi�cações contavam com
uma riqueza de detalhes e padrões decorativos.
Na arte islâmica não havia pintura de cavalete, no entanto, a tapeçaria era
uma arte bastante difundida. A decoração dos tapetes era baseada nas
formas da natureza, empregando tons como azul, vermelho e verde, e
trazendo inscrições em suas bordas.
reflita
Re�ita
O legado deixado pela civilização da Roma Antiga vai muito
além das manifestações artísticas. Além do ideal de beleza que
será posteriormente retomado pelos artistas renascentistas, o
povo romano contribuiu para a criação do alfabeto, algarismos
(os números romanos), idiomas (derivados do latim, idioma de
Roma), noções de direito, entre diversos outros pontos que
vigoram em nossa sociedade Ocidental.
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Segundo Crivelaro e Pinheiro (2014), a cultura chinesa se baseia no princípio
da harmonia, característica que será essencial em sua arte. A história da
China encontra-se dividida de acordo com a dominação política das dinastias.
Sobre a dinastia Xia (2100 a.C.-1600 a.C.), considerada a primeira dinastia
chinesa, existem poucos registros históricos. Já na dinastia Shang (1480
a.C.-1050 a.C.), é possível identi�car o surgimento de um sistema próprio de
escrita, além de esculturas em jade, trabalhos em cobre e cerâmicas pintadas.
Nas tumbas da dinastia Zhou (1027 a.C.-246 a.C.), foram encontradas pinturas
sobre seda e esculturas em madeiras (CRIVELARO; PINHEIRO, 2014).
Foi durante a dinastia Han (246 a.C.-220 d.C.) que o budismo, vindo da Índia,
foi introduzido na China. Neste período surgiram as primeiras representações
da paisagem. A arte religiosa era utilizada tanto para narrar as lendas de Buda
quanto para criar estatutárias para os templos. O artista chinês dominava a
arte de representar o movimento, o �uido, o que pode ser percebido nas
pinturas realizadas em rolos de seda (GOMBRICH, 1999). 
praticar
Vamos Praticar
Nos campos artísticos de pintura e escultura, a arte romana era muito semelhante à
arte grega. Porém, na arquitetura, a in�uência etrusca e o particular modo de vida
romano �zeram com que as construções seguissem por caminhos bastante
distintos. Considerando a a�rmativa, assinale a alternativa correta.
a) A arquitetura romana era mais simples do que a arquitetura grega, do
ponto de vista tecnológico.
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b) A técnica de arco de plenavolta permitiu a construção de edi�cações mais
complexas do que as elaboradas pelos gregos.
c) Os arquitetos romanos ocuparam-se, exclusivamente, da construção de
residências.
d) Os arquitetos romanos, ao contrário dos gregos, criaram diversas arenas e
teatros.
e) A construção de tetos abobadados era uma técnica dominada pelos
gregos.
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A Idade Média é o período da história humana que data entre os séculos V e
XV. Quando pensamos na Idade Média, é comum realizarmos uma associação
à “idade das trevas”. Como iremos perceber no decorrer de nossas análises,
tal atribuição é feita de modo equivocado. Para compreendermos as
manifestações artísticas deste período, é importante lembrarmos de todo o
contexto histórico e cultural da época, na qual a ascensão do cristianismo vai
mudar o modo como o homem passa a enxergar o seu meio.
Transição do Mundo Antigo
Com o declínio e a queda do Império Romano, surgiram mudanças estruturais
na sociedade e, consequentemente, mudanças no campo artístico. Os artistas
que antes se importavam com o que fora a glória da arte grega tornaram-se
raros, já não havia mais interesse e paciência para as complexas técnicas para
esculpir o mármore com cinzel. Paralelamente a este cenário, a ascensão do
Cristianismo consolidou o �m do Mundo Antigo e o Início da Idade Média
(GOMBRICH, 1999).
Arte MedievalArte Medieval
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Caro estudante, é importante que você tenha claro que tal transição não se
deu de um dia para o outro, mas sim através de um longo processo.
Constantino, imperador romano que governou entre 306 d.C. e 337 d.C., foi o
responsável por transferir a capital de seu império para Bizâncio, que passou
a se chamar Constantinopla. A divisão do Império Romano em Oriental e
Ocidental também implicou uma cisão religiosa. No Ocidente adotou-se a
Igreja Católica Romana, enquanto no Oriente foi adotada a Igreja Católica
Ortodoxa (JANSON; JANSON, 1996).
A arte neste período de transição concentrou-se em representar motivos
religiosos. Com a instituição do Cristianismo como religião o�cial do Estado,
sob o governo de Constantino foram construídas diversas igrejas. As
primeiras igrejas cristãs tiveram como base os edifícios romanos pagãos. O
exterior destas edi�cações era simples, em tijolos, enquanto o interior era
repleto de pinturas em cores vivas e materiais valiosos.
Figura 1.7 - Vista externa da Basílica de San Vitale, em Ravenna, Itália 
Fonte: DavidConFran / Wikimedia Commons.
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Na pintura, características da arte romana também foram resgatadas, porém,
sem o compromisso e rigor de seguir o signi�cado original das formas, mas
para transmitir um novo conteúdo simbólico. Ao contrário do artista romano,
o artista da Idade Média não tinha nem sentia a necessidade de fazer com
que suas representações parecessem reais.
Segundo Janson e Janson (1996), neste período, cabe ainda destacar as
particularidades da arte bizantina. Os mosaicos bizantinos apresentavam um
novo ideal de beleza, no qual a �gura humana era representada por �guras
esbeltas, pequenos rostos amendoados e grandes olhos. As composições não
contavam com sugestão de movimento, as pessoas são dispostas de forma
rigorosamente rígida em vista frontal.
A Arte Românica
Caro estudante, muita atenção, ao contrário do que possa parecer em um
primeiro momento, a arte Românica não está relacionada à arte Romana,
tratam-se de dois contextos históricos completamente distintos. A arte da
Roma Antiga não teve in�uência direta sobre a arte Românica.
Figura 1.8 - Detalhe de mosaico na área interna da Basílica de San Vitale, em
Ravenna, na Itália 
Fonte: Ввласенко / Wikimedia Commons.
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Por volta do ano 1066, os normandos, povo viking escandinavo, instalaram-se
na Inglaterrae trouxeram com eles um novo estilo de construção. Este estilo
�cou conhecido como estilo Normando, na Inglaterra, e estilo Românico, no
restante da Europa (GOMBRICH, 1999).
O estilo Românico se desenvolveu na Europa entre os séculos XI e XIII e teve
maior expressão no campo da arquitetura. As igrejas românicas tinham
características bem de�nidas, sua planta em forma de cruz era formada por
nave central, abside, coro e duas ou quatro naves laterais. A construção era
compacta e robusta, com poucas janelas e outras aberturas.
No campo das esculturas, as manifestações deste período estavam
diretamente ligadas à arquitetura. As fachadas das igrejas apresentavam
detalhes esculpidos, eram obras maciças que em um rápido olhar já eram
compreendidas, a mensagem sagrada precisava ser transmitida de forma
clara e direta (GOMBRICH, 1999).
A Arte Gótica
O estilo gótico surgiu por volta de 1150, nos arredores de Paris, na França. O
início deste estilo se deu no campo da arquitetura, e durante um século teve
Figura 1.9 - Vista externa da Igreja de Notre-Dame la Grande de Poitiers, em
Poitiers, na França 
Fonte: PMRMaeyaert / Wikimedia Commons.
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papel dominante nesta categoria. Com o desenvolvimento de uma nova
técnica construtiva, que permitia abobadar uma igreja por meio de arcos
transversais, foi possível diminuir as espessas paredes empregadas na arte
românica (GOMBRICH, 1999).
Existiam poucas variações das plantas baixas das igrejas góticas. Estas
catedrais quase sempre foram concebidas em uma escala tão grandiosa que
muitas delas não foram concluídas exatamente como o projetado. A
arquitetura de tais igrejas apresentava como características o uso de pedra,
contrafortes externos à edi�cação, naves grandiosas, presença de arco ogival,
arcobotante e grandes vitrais e rosáceas coloridas (JANSON; JANSON, 1996).
Tanto a pintura quanto a escultura estiveram relacionadas à religião cristã. A
arte gótica re�etia o desejo de conferir um apelo emocional cada vez mais
forte aos temas do cristianismo. Para alcançar tal objetivo, a técnica medieval
de representar tais narrativas consistia em combinar várias histórias em um
único quadro. Para nós isso pode parecer um pouco confuso, porém, para o
artista gótico este método era a melhor forma para transmitir toda a
mensagem pretendida.
A Itália, ao �nal do século XVIII, foi tomada por uma in�uência bizantina que
revolucionou a pintura gótica. Neste cenário, um de seus maiores
Figura 1.10 - Vista externa da Catedral de Notre-Dame de Amiens, em Amiens,
na França 
Fonte: Raimond Spekking / Wikimedia Commons.
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representantes foi Giotto di Bondone (1266-1337). Embora não usasse as
técnicas de perspectivas, Giotto redescobriu a arte de criar ilusão de
profundidade, e seu traçado possuía um caráter tridimensional (JANSON;
JANSON, 1996).
Durante o século XIV o gótico caminha para a sua fase denominada “Gótico
Internacional”. Para compreendermos as mudanças no campo artístico
precisamos primeiramente entender o contexto da sociedade desta época.
Neste período os nobres deixam de viver nos castelos para morar no conforto
e luxo das cidades. Deste modo, o gosto do século XIV deixa de ser a
monumentalidade e grandiosidade, e passa a ser o requinte.
A arquitetura passa a se ocupar de outras tipologias além da igreja. O
arquiteto torna-se responsável pela criação de corporações, universidades,
espaços urbanos. No campo da escultura, o artista trabalha com peças de
menores dimensões, encomendadas não para as grandes catedrais, mas sim
para as capelas particulares. Tanto na pintura quanto na escultura, o
acabamento das obras torna-se requintado, e as representações da �gura
humana são feitas em corpos esguios, delicados e graciosos (GOMBRICH,
1999).
Conforme as tradições artísticas italianas se fundem com as do norte da
Europa, o interesse dos artistas deixa de ser a representação do sagrado e
narrativas bíblicas, e passa a se tornar os fragmentos da natureza e da vida
cotidiana. Uma vez que a atenção do artista segue para este caminho, tem-se
o �m da arte medieval e o início de uma nova fase, o Renascimento.
praticar
Vamos Praticar
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Na Idade Média a arquitetura ocupou-se, principalmente, da criação de igrejas e
catedrais. Apesar de apresentarem uma planta baixa e estrutura básica semelhante,
existem diversas diferenças entre as construções do estilo românico e do estilo
gótico, como:
a) Vitrais coloridos nas igrejas românicas e ausência de vitrais nas igrejas
góticas.
b) Paredes espessas nas igrejas românicas e �nas paredes nas igrejas góticas.
c) Dimensões grandiosas nas igrejas românicas e pequenas dimensões nas
igrejas góticas.
d) Aberturas e rendilhados nas igrejas românicas e ausência de aberturas nas
igrejas góticas.
e) Planta baixa circular nas igrejas românicas e planta baixa em cruz nas
igrejas góticas.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
Arte primitiva cristã
Sueli Lemos e Edna Ande.
Editora: Instituto Callis
ISBN: 978-8598750811
Comentário: No livro sugerido, as autoras Sueli Lemos
e Edna Ande nos convidam a conhecer um pouco mais
sobre a arte desenvolvida no cristianismo primitivo. Em
sua leitura, caro estudante, você terá a oportunidade
de aprofundar os seus conhecimentos sobre a arte de
caráter religioso. Através das descrições e inúmeras
ilustrações que esta obra apresenta, busque entender
como a arte primitiva cristã in�uenciou a arte na Idade
Média.
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FILME
Elizabeth
Ano: 1999
Comentário: O �lme indicado retrata a história de
Elizabeth I. A narrativa, que se passa na Inglaterra, em
1554, ilustra o �nal da Idade Média, os con�itos
políticos e religiosos (católicos x protestantes) da época.
Ao assistir a obra sugerida, caro estudante, perceba
como se con�gurava a arquitetura, a decoração e as
vestimentas deste período. Para conhecer mais, assista
ao trailer.
TRA ILER
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conclusão
Conclusão
Caro estudante, através de nossas investigações, foi possível perceber que
arte, estética e cultura são conceitos relacionados. A arte, por si só, não de�ne
uma categoria das coisas, mas sim um tipo de valor, que é resultado da
atividade mental e atividade operacional do ser humano. A partir destas
de�nições iniciais, analisamos as características da arte em diferentes
contextos históricos. Em nossas discussões, não nos aprofundamos em
artistas ou obras especí�cas. Inclusive, até a Idade Média o status de artista
era muito distinto daquele que existe em nossa sociedade atual. Nossos
estudos salientaram que a arte enquanto aparato cultural buscou atender a
diferentes objetivos desde o surgimento das primeiras civilizações até o �nal
da Idade Média.
referências
Referências
Bibliográ�cas
ARGAN, G. C.; FAGIOLO, M. Guia da História da Arte . 2. ed. Lisboa: Estampa,
1994.
COLI, J. O que é arte. 15. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006.
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CRIVELARO, M.; PINHEIRO, A. C. F. B. História da arte e do design: princípios,
estilose manifestações culturais. São Paulo: Érica, 2014.
GOMBRICH, H. A história da Arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
JANSON, H. W; JANSON, A. F. Iniciação à História da Arte. 2. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1996.
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. 12. ed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1999.
SENKO, E. C. A arte e arquitetura islâmica na Idade Média e a representação
do poder Andaluz: a Mesquita Maior de Córdoba (séc. VIII). In: 3 Encontro
Nacional de Estudos da Imagem, 2011, Londrina. Anais ... v. 3. p. 1009-1023.
Londrina: UEL, 2011.
IMPRIMIR
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