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RESUMO - Digestao de lipidios nos ruminantes

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Nutrição animal - Lipídeos
Nutrição animal Flávia Brandão – Med. Vet.
 Introdução - 
· Os lipídeos, ao contrário dos carboidratos, não são fermentados no rúmen e, portanto, não produzem calor.
· Dessa forma podem ser adicionados à dieta como estratégia na redução do estresse térmico, principalmente no verão. Com isso se evitam problemas de acidose ruminal e balanço energético negativo principalmente no pós-parto e em casos de calor muito intenso.
· No caso dos ruminantes os dois ácidos graxos que não são sintetizados no organismo e que precisam estar nos alimentos são: 
18:2 n-6 (ácido linoleico) 
18:3 n-3 (ácido linolênico).
 Lipídeos nos vegetais (pastos) – 
· Localizados principalmente nas folhas e nas sementes dos vegetais
Folhas das plantas - fosfolipídeos e galactolipídeos, sendo o ácido graxo mais comum é o linolênico (18:3 n-6)
Localizados como substância de reserva nas sementes – triglicerídeos.
· Grande parte dos lipídeos dos vegetais são altamente insaturados, sendo que em cereais e na maioria das sementes oleaginosas há predominância de ácido linoleico (18:2 n-6).
 Digestão de lipídeos no rúmen 
Não sofrem processo de fermentação, poderá em algumas situações passarem sem grandes alterações pelo rúmen, mas grande parte destes sofrerá ação por parte das bactérias ruminais num processo chamado de biohidrogenação.
 Biohidrogenação no rúmen. 
Os lipídeos que são liberados no rúmen a partir dos alimentos, estão na forma esterificados (ligações éster) tais como: triglicerídeos das sementes, fosfolipídeos e galactolipídeos das folhas vegetais.
Por necessitar de alto teor de oxigênio para serem oxidados, não são digeridos no rúmen que apresenta um ambiente anaeróbico. 
As bactérias ruminais fazem Biohidrogenação 
O consiste em saturar os ácidos graxos com ligações duplas (insaturados) colocando hidrogênio na cadeia carbônica ficando apenas com ligações simples.
OBS: Certos ácidos graxos, especialmente os poliinsaturados, são tóxicos para as bactérias ruminais, A toxicidade está relacionada à natureza anfipática dos ácidos graxos, ou seja, aqueles que são solúveis, tanto em solventes orgânicos como em água, são mais tóxicos.
 Digestão intestinal dos lipídeos
Os lipídeos que deixam o rúmen são predominantemente:
· Ácidos graxos livres (80-90%)
· Fosfolipídeos (10-15%) como parte das membranas celulares das bactérias 
· Uma pequena parte de triglicerídeos e glicolipídeos no resíduo dos alimentos não completamente fermentados.
· No rúmen, a maioria dos ácidos graxos livres estarão na forma de sabões de cálcio, sódio ou potássio devido ao pH ruminal que se encontra levimente alcalino (6,0–6,8).
· Após passar pelo abomaso onde a acidez local é alta (pH próximo de 2,0) ocorrerá a dissociação desses sabões e os ácidos graxos voltam a forma livre agora aderidos às partículas dos alimentos.
· A chave para a absorção dos lipídeos em ambos ruminantes e não ruminantes é a formação no intestino das micelas a partir da ação dos sais biliares sobre as gotículas de gordura.
· Em ruminantes, entretanto, um composto chamado lisolecitina desempenhará o papel dos monoglicerídeos. Nesses animais ambos, bile e secreções pancreáticas, são necessários para o processo de digestão de lipídeos e são liberados no duodeno.
lecitina contato com as enzimas liberadas pelo pâncreas (fosfolipase A) ocorre a conversão para lisolecitina o qual é um potente emulsificador particularmente de ácidos graxos saturados.
Lecitina + Fosfolipase A Lisolecitina
 Absorção de lipídeos
A particularidade dessa alta eficiência dos ruminantes em absorverem ácidos graxos saturados pode ser explicada por dois fatores:
 1) a maior capacidade dos sais biliares e da lecitina em solubilizar as gorduras para formar micelas.
 2) as condições ácidas (pH 3 a 6) do conteúdo duodenal.
· Esse baixo pH se deve à baixa concentração de bicarbonato pancreático, os quais limitam grandemente a formação de sabões de cálcio que tornam os ácidos graxos saturados insolúveis.
· Se tornam novamente insolúveis necessitarão de um transportador (lipoproteínas).
· Quilomicrons
· VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade)
· LDL (lipoproteína de baixa densidade) 
· HDL (lipoproteína de alta densidade).
 Ácido Rumênico
· O ácido linoleico conjugado ou cLA  
· cis-9,trans-11 18:2 ou c9,t11-cLA.
· Isômeros de ocorrência natural do ácido linoleico (18:2, ω-6)
· Sua origem natural (rúmen)
No rúmen, os lipídios são fortemente alterados devido a dois processos principais: lipólise e biohidrogenação
Lipólise ocorrendo no meio extracelular pela ação das bactérias ruminais.
 
O glicerol e açúcares que são liberados pela hidrólise são fermentados a ácidos graxos de cadeia curta e alguns destes são utilizados por bactérias para a formação de fosfolipídios.
São liberados no líquido ruminal ácidos graxos de cadeia longa, como o oleico, o linoléico e o linolênico. 
Biohidrogenação as bactérias utilizarem ácidos graxos insaturados para produzir um ácido graxo saturado e subsequente produção de energia.
Ácidos graxos insaturados produzir um ácido graxo saturado = o ácido esteárico (que passará ao abomaso e ao intestino, onde será absorvido.)
Quando incompleta ácidos graxos ocorrem alterações que levam a formação final de ácidos graxos conjugados, como o ácido linoleico conjugado.
Biohidrogenação ocorre em etapas:
 A primeira é a isomerização do ácido linoleico em cLA por intermédio da enzima linoleato isomerase.
CLA pode ser absorvido pelo animal pela captação da glândula mamária e assim, transportado para o leite.
A etapa seguinte é a hidrogenação do carbono 9 e carbono 10, ou seja, conversão do c9,t11-cLA em trans-11 18:1 (ácido trans-vacênico).
Este composto pode ser absorvido e nas glândulas mamárias serve como substrato para a síntese endógena do isômero cis-9, trans-11, pela ação da enzima Δ9-dessaturase.
REFERÊNCIA:
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_linoleico_conjugado#:~:text=O%20is%C3%B4mero%20cis%2D9%2Ctrans,total%20de%20cLA%20nos%20latic%C3%ADnios.
https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2020/11/lipid_rumin.pdf