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Hepatites virais

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MAD2-3 sm @brunagsaboia
Hepatites virais (hepatotrópicos)
• Doenças infecciosas de distribuição mundial
• O predomínio de cada tipo de vírus é heterogêneo no planeta
• São infecções de notificação compulsória
• Os vírus tem tropismo primário pelas células hepáticas (hepatócitos)
• Nomenclatura utilizada: HxV [Hepatitis (x=A,B,C,D,E) Vírus], tite= inflamação hepa= fígado
• Podem se apresentar como doenças agudas ou crônicas, sendo a maioria assintomática
Formas clínicas
• Assintomáticas (anictéricas)
• Ictéricas típicas
• Insuficiência hepática aguda grave (fulminante)
Sinais e sintomas:
• Fadiga
• Mal-estar
• Náuseas
• Dor abdominal
• Anorexia
• Icterícia (deposição de bilirrubina nos tecidos, direta-obstrutiva (produz demais, dentro do fígado) ou
indireta-hemolítica (não consegue excretar, aumenta na circulação), pode ser conjugada (fígado) ou não
conjugada (sangue)). Na hepatite viral será icterica direta-obstrutiva e bilirrubina conjugada porque afeta o
fígado.
• Acolia
• Colúria
• Diarreia
-Hepatites virais crônicas: em pacientes imunocompetentes, a grande maioria dos casos cursa de forma
assintomática
Em estágios avançados da doença:
• Cirrose
• Carcinoma hepatocelular
Diagnóstico
-Laboratorial inespecífico
• Aminotransferases (indicam lesão do parênquima hepático)
• ALT ou TGP – alanina aminotransferase ou transaminase glutâmico oxalacética
• AST ou TGO – aspartato aminotransferase ou transaminase glutâmico pirúvica
• Bilirrubinas
• Fosfatase alcalina
• Linfocitose discreta
-Laboratorial específico
• Exames sorológicos
• ELISA (ensaio imunoenzimático)
• ELFA (ensaio imunoenzimático por fluorescência)
• Quimioluminescência
• Testes rápido (TR) – cromatografia- Material biológico (fluído oral, soro, plasma, sangue total)
• Biologia molecular (biópsia)
VÍRUS DA HEPATITE A (HAV)
• Família: Picornaviridae
• Gênero: Hepatovirus
• Vírus RNA de fita simples de polaridade positiva (+ssRNA)
• Sorotipo A
Estrutura:
• Não Envelopado
• Capsideo Icosaédrico, composto pelas proteínas VP1, VP2, VP3
• Genoma viral: funciona como RNA mensageiro
• Termoestável (60°C Por Dez Minutos)
• Resistente ao pH ácido
• Crescimento lento em cultura e pouco efeito citopático
Contágio:
• Fecal-oral
• Via parenteral (rara): casos de viremia alta (doadores de sangue, material perfurocortante)
• Sexual: pouco comum
• População vulnerável (condições sócio-econômicas)
• Órgão-específica
• Autolimitada
• Benigna (não cronifica), somente aguda e fulminante em imunossuprimidos.
• Insuficiência hepática aguda grave (IHAG): menos de 1%
• Idosos e imunossuprimidos: maior risco de quadro grave
Ciclo replicativo:
Aquisição Oral- atravessa os intestino- sangue- fígado- bile- fezes
• Fase não citopática (replicação) • Fase citopática (resposta imune)
MUCOSA INTESTINAL → sistema porta → hepatócitos → receptor celular (integrina - mucina símile classe I)→
internalização em vesículas → citoplasma
CITOPLASMA → alteração do Ph no interior da vesícula → liberação do RNA no citoplasma → síntese proteica
SÍNTESE de RNA complementar polaridade negativa (intermediário replicativo) → molde para novas fitas de
polaridade positiva (dentro do retículo endoplasmático)
MONTAGEM com as proteínas do capsídeo (VP1, VP2, VP3)
Liberação na membrana apical do hepatócito → canalículos biliares → intestino
Evolução clínica
• Infecção abaixo dos 6 anos: quadro pouco sintomático ou assintomático
• Infecção acima dos 50 anos: mais grave e assintomáTIca, com 70% de pacientes com icterícia
• Viremia: em média por 79 dias
PERÍODO SINTOMÁTICO:
FASE INFECTANTE
Cerca 2 a 3 semanas antes da icterícia (fase prodrômica)
FASE INFECTANTE
Cerca de 2 semanas pós regressão da icterícia
Resposta imune
• Dano hepatocelular: principalmente em decorrência da resposta imune do hospedeiro (imunidade celular mediada
por LTCD8+)
• Anticorpos:
• IgM anti-HAV: detectável antes dos sintomas clínicos e decai em cerca de 3 a 6 meses
• IgG anti-HAV: surge logo após a produção de IgMs e se mantém indefinidamente, conferindo proteção
• Vacina: parte do calendário vacinal para crianças de 15 meses e 4 anos de idade
Anti- anticorpo
Ag- antígeno
IgM- fase aguda
IgG- vacinado ou por contato
VÍRUS DA HEPATITE E (HEV)
• Família: Hepeviridae
• Gênero: Hepevirus
• Vírus RNA de fita simples de polaridade positiva (+ssRNA)
• Único sorotipo
• Frequentes na Ásia e África
Estrutura
• Não envelopado
• Capsídeo icosaédrico
• Termoestável (60°C por dez minutos)
• Resistente ao pH ácido
Contágio:
• Fecal-oral
• Alimentar-zoonótica • Parenteral
• Vertical
Sintomática:
• 20% dos infectados (principalmente em indivíduos dos 14-40 anos)
• 85%: apresentam hepatomegalia
• Insuficiência hepática aguda grave (IHAG): podem ocorrer em gestantes • Forma crônica: rara
• Imunossuprimidos
Ciclo replicativo
• Antígeno de superfície (HEV) + receptor (Clatrina) = internalização
• ORF1: proteínas não estruturais
• ORF2 e ORF3: proteínas estruturais
• pORF3: ancora internamente no citoesqueleto do hepatócito, iniciando a estruturação do nucleocapsídeo
• Capsídeo: contém epítopos importantes que induzem a produção de anticorpos neutralizantes
Resposta imune
• Anticorpos:
• IgM anti-HEV: detectável nas primeiras 2 semanas após o início dos sintomas clínicos, podendo persistir
até 5 meses
• IgG anti-HEV: surge logo após a produção de IgMs e somente cerca de 50% dos indivíduos mantém por um
período mais longo
• Vacina: proteína ORF2 (OMS não recomenda) • Usada somente na China
VÍRUS DA HEPATITE B (HBV)
• Família: Hepadnaviridae
• Gênero: Orthohepadnavirus
• Vírus DNA parcialmente duplicado
• O gene que codifica a proteína de envelope: produz 3 formas dessa proteína: pequena (pré- S1), média (pré-S2) e
grande (S), que dão origem ao antígeno “s” do vírus da hepatite B (HBsAg)
• O gene da proteína de capsídeo produz tanto a proteína pré-core (Pré C) quanto na região do capsídeo (ou core -
HBc). Pré C são processados no retículo endoplasmático e um dos produtos de processamento é secretado da
célula, dando origem ao antígeno “e” (HBeAg, marcador de replicação)
• Envelopado, tem antigeno de superficie HBsAg
• DNA polimerase faz parte da partícula viral
Vacina só tem o HBsAg
★ HBsAg produz Anti-HBs (marcador de cura ou vacina)
★ HBcAg produz Anti-HBc (primeiro anticorpo a aparecer, teve contato com o vírus) Pode ser total ou
IgM
★ HBeAg produz Anti-HBe (marcador de replicação)
Contágio:
• Parenteral
• Sexual • IST
• Vertical
Cronificação: a persistência do vírus por mais de seis meses
• Ocorre em 5% a 10% dos indivíduos adultos infectados
• Em recém-nascidos de gestantes:
• Com evidências de replicação viral: 70% a 90%
• Sem evidência de replicação viral: 10% a 40%
• Infecção em menores de 5 anos: 70% a 90% cronificam
• 20% a 25% dos casos crônicos com evidências de replicação viral evoluem para doença hepática avançada
(cirrose e hepatocarcinoma).
Ciclo replicativo: Dna incompleto, quando penetra é completado dentro do núcleo, fez o RNAm faz mais partículas
de vírus, porém, um RNA específico que corresponde um moldeira fazer o dna do vírus, utiliza o transcriptase
reversa para transformar esse RNA em DNA, mas só ocorre depois que capsídeo já está montado, vai ser lido e
depois sintetizado. Porém, em pcts com vírus mas sem dano hepático, tem partículas de dane, que são com DNA
incompleto, incapaz de replicar.
Evolução clínica:
Aguda
• Aumento sérico das transaminases
• HBV-DNA (+/- 1 mês)
• HBsAg e HBeAg (+/- 6 semanas)
• Anti-HBc (IgM e, em seguida, IgG)
• HBeAg e anti-HBe: podem não ocorrer em mutantes
• Sinais e sintomas clínicos característicos
• Alterações gastrointestinais leves
• Icterícia
• Convalescença
Crônica
• Vertical
• Infância
• Pode ocorrer integração do genoma viral no genoma da célula hospedeira
• Infecção oculta pelo vírus da hepatite B (IOB): usuários de drogas, imunossuprimidos, hemodialisados
Resposta imune
• Interferons tipo I • IFN-alfa
• IFN-beta
• Inibição da formação de novos
capsídeos • IFN-gama
• Inibição da replicação
• LTCD4+ e LTCD8+ = resolução da infecção
• Anticorpos = neutralizantese bons marcadores sorológicos
VÍRUS DA HEPATITE D (HDV)
• Família: Deltaviridae
• Gênero: Deltavirus
• Vírus RNA de fita simples de polaridade positiva (+ssRNA)
• Envelope bilipídico contendo as três formas do HBsAg
• Vírus defectivo (satélite do HBV), tem que ser infectado com a B, OBRIGATORIAMENTE. Se for vacinado para o
B, já está protegido para o D. O D usa o genoma do B para fazer o envelope dele para a replicação dele.
Contágio:
• Parenteral
• Sexual • IST
• Vertical
Ciclo replicativo
VÍRUS DA HEPATITE C (HCV)
• Família: Flaviviridae
• Gênero: Hepacivirus
• Envelopado
• Silenciosa, lenta porém crônica
• Vírus RNA de fita simples de polaridade positiva (+ssRNA)
• Proteína do capsídeo (C)
• Proteínas do envelope (E1 e E2)
• Proteínas não estruturais: p7, NS2, NS3, NS4A, NS4B, NS5A e NS5B (RNA polimerase)
• Principal causador de hepatite crônica (70-85% dos casos)
Transmissão:
• Parenteral
• Alto risco para indivíduos transfundidos antes de 1993 (obrigatoriedade do exame a partir deste ano)
• Baixa transmissão sexual (menos de 1% em parceiros estáveis)
• Baixa transmissão vertical (durante a gestação)
• Risco acrescido para co-infectados (HCV-HIV)
• Maior causa de cirrose e transplantes hepáticos
Não tem vacina e necessita de biópsia após diagnóstico
Anticorpo é só pra ver que teve contato
Para saber se foi curado, só com biologia molecular (biópsia)
Sorologia para quem mora junto

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