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RESENHA DO TEXTO O NORDESTE DESCONSTRUÍDO E RECONSTRUÍDO?

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS- CCT 
DISCIPLINA: GEOGRAFIA DO NORDESTE 
DISCENTE: VITÓRIA FERREIRA DE SOUZA 
 
 
RESENHA DO TEXTO: O NORDESTE DESCONSTRUÍDO E RECONSTRUÍDO? 
 
 
DANTAS, Eustógio Wanderley. O Nordeste desconstruído ou reconstruído. 
Confins – Revue Franco-Brésilienne de Géographie, Paris, n. 501, p. 1-14, 2019. 
 
 
Eustógio Wanderley em seu texto “O nordeste desconstruído e reconstruído?” 
aborda inicialmente o processo de regionalização do Brasil ao longo dos anos, de 
1910 (Natureza didática) à 1980 (IBGE). O autor destaca que na segunda metade do 
século XX as elites locais se envolveram no processo de desconstrução do até então, 
“ideário” nordestino, no que se refere aos aspectos naturais, econômicos e políticos. 
Tal processo teve início no período da Ditadura Militar (1964 à 1985). Na quinta 
República (período que se estendeu durante a o governo dos militares), buscando 
apreender as dinâmicas concernentes à Zona da Mata e ao Sertão, Manuel Correia 
de Andrade nos traz uma ideia imprecisa dos elementos construtivos do imaginário 
social coletivo diverso da região Nordeste. (DANTAS, 2019). 
No caso da zona da mata, é feita uma representação ou “construção” 
embasada na obra “Casa grande e senzala” de Gilberto Freire, que exprime um 
ambiente natural com terras férteis, tendo a ascensão econômica baseada na 
produção do açúcar e no trabalho escravo. 
 No segundo caso, referente ao Sertão, a representação é feita por Jacir de 
Menezes em sua obra “O Outro Nordeste”, onde o autor descreve um ambiente 
natural semiárido, com a forte presença do Coronel e com a economia baseada na 
produção de carne seca e mais tarde do algodão. 
A desconstrução desse “ideário” implica na indicação de um outro Nordeste, 
marcado pela oligarquia do Sertão, estabelecida graças à tomada do controle político 
regional, arrancando-o lentamente das mãos da oligarquia do Nordeste da Cana de 
Açúcar. (DANTAS, 2019). Destaca-se o surgimento de uma oligarquia agrária com 
base no que o autor designou de “fundamento geográfico da produção”, referindo-se 
a natureza e aos bens comuns. 
Durante a quinta república o Nordeste passou por um processo de 
modernização e crescimento urbano, com destaque para as elites locais. O 
crescimento industrial também foi muito notório na zona costeira, como por exemplo 
em Fortaleza e na região metropolitana. 
O autor também ressalta um outro aspecto muito importante sobre o Nordeste, 
afirmando que a região tem uma posição que é em minha opinião bastante 
significativa, como produtora de alimentos de grãos de soja, e frutas tropicais como o 
abacaxi, banana, côco, goiaba, limão, mamão, manga, entre outras. (DANTAS, 2019). 
 Tal questão é refletida na reordenamento do espaço agrário para favorecer as 
demandas do agronegócio, culminando no adoecimento principalmente das 
populações que vivem no entorno dessas empresas, assim como a degradação do 
solo e a contaminação da água pelo uso dos agrotóxicos. 
 “No final dos anos 1980, a atividade turística recebe especial atenção nas 
políticas de desenvolvimento adotadas pelos estados nordestinos, destoando do 
quadro de ordenamento do espaço preexistente.” (DANTAS, p. 8 , 2019). Dessa 
forma, houve um considerável investimento nos programas de desenvolvimento do 
turismo, como por exemplo o Programa Nacional de Desenvolvimento e Estruturação 
do Turismo (PRODETUR). A dinâmica produtiva do espaço passou a ser voltada, 
também, à atender as demandas da atividade turística. 
 Em resumo, retomando a indagação feita pelo autor no título do texto (O 
Nordeste desconstruído ou reconstruído?), percebemos como os processos de 
reorganização do espaço geográfico, assim como a territorialização e a 
desterritorialização foram intensos. Ao longo dos anos a região Nordeste passou por 
vários processos de transformação, principalmente referente a produção (economia) 
e com isso, consequentemente houveram as mudanças na paisagem, assim como na 
dinâmica produtiva do espaço geográfico.

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