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Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. SOBRE A AUTORA Olá aluno(a), apresento a você um material que será uma ferramenta importante para o seu aprendizado. Meu nome é Renata Cristina de Souza, sou Tecnóloga Ambiental, especialista em Gestão Ambiental e Mestre em Engenharia Urbana, trabalho com as disciplinas de estatística aplicada à administração, estatística II e matemática. A estatística está presente no nosso dia a dia e é muito importante para a administração. Minha formação é na área ambiental, que também depende muito da estatística, para interpretar e apresentar resultados, e depois de algum tempo trabalhando de forma direta e indireta com a estatística, percebi que a estatística é fundamental em diversas áreas do conhecimento, pois a Estatística é uma ciência que tem por objetivo desenvolver métodos para coleta, resumo, organização, apresentação e análise e interpretação dos dados. Dessa forma, o trabalho do estatístico passou a ser de planejar e apresentar resultados da maneira facilitada para tomada de decisões. Inúmeras são as aplicações da estatística, podemos citar: uma simples medida estatística obtida de uma amostra, técnicas de amostragens utilizadas em pesquisa, alguns registros de interesse de um administrador geral, enfim, têm grande importância e com aplicação disseminada nas diversas áreas de conhecimento. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Convido você a iniciar nossos estudos em torno do componente de Estatística Aplicada à Administração. Espero que o conhecimento que esse componente traga a você possa ser agregado a sua formação como futuro profissional de Administração. Para tanto, esse material foi dividido em IV unidades, a fim de tornar nosso processo de aprendizagem mais didático. Na unidade I, vamos abordar os aspectos introdutórios da estatística, sua importância na administração, também vamos abordar os conceitos fundamentais da estatística, as séries estatísticas, como fazer uma tabela e um gráfico de forma que o leitor compreenda e use essas ferramentas na tomada de decisões. Na unidade II vamos abordar sobre as distribuições de frequências, sua importância, como construir uma tabela de distribuição de frequências, também vamos apresentar as medidas de posição ou tendência central (moda, média e mediana). Para finalizar a unidade, vamos conhecer as medidas de dispersão (variância, desvio padrão e coeficiente de variação), que são medidas que auxiliam muito na interpretação de resultados e às vezes nos dizem muitas coisas. Na unidade III vamos trabalhar com as probabilidades, em quais situações utilizamos as probabilidades, sua importância na administração. Além disso, vamos falar sobre algumas distribuições de probabilidades discretas. Na unidade IV, vamos continuar falando das distribuições de probabilidades, só que vamos falar das distribuições contínuas, especialmente a distribuição normal, que apresenta inúmeras aplicações em pesquisas científicas e tecnológicas. E para finalizar nossos estudos vamos trabalhar com a correlação e regressão linear. Aproveite esta grande oportunidade, pois o sucesso depende de todos nós depende só de você. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. UNIDADE I CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA E SÉRIES ESTATÍSTICAS Profª. Me. Renata Cristina de Souza OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Esta unidade tem por objetivo relacionar o significado e a importância da estatística em situações cotidianas, assimilando sua importância para a Administração. Além disso, procura entender as principais séries estatísticas, os diferentes tipos de amostragem, bem como, a importância dos gráficos e das tabelas. Plano de Estudo Nesta unidade, serão abordados os seguintes tópicos: 1. Estatística – aspectos introdutórios; 2. Conceitos Fundamentais; 3. Séries estatísticas - Tabelas; 4. Gráficos. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. CONVERSA INICIAL Olá aluno(a), nesta primeira unidade você estudará alguns temas que são importantes para a estatística e que servirão de base para todo o desenvolvimento deste livro e da nossa disciplina. Você verá que a Estatística é uma ciência multidisciplinar que permite a análise de dados em todas as áreas, e que fornece ferramentas para que sejamos capazes de transformar dados brutos em informações acessíveis e de fácil compreensão, de modo que possamos compará-los com outros resultados ou ainda verificar sua adequação com alguma teoria pronta. Portanto, a estatística, fornece meios de coletas, organização, descrição, análise e interpretação dos dados. Você também verá que existem muitas fases no meio estatístico. Abordaremos que a estatística tem uma base na formação do acadêmico, pois é de extrema importância para o desenvolvimento dos alunos, de saber observar as tabelas e gráficos, e usar essa ferramenta para a tomada de decisões. Então, aproveite bem essa unidade, e lembre-se ela será um subsídio para toda nossa disciplina. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 1. ESTATÍSTICA – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 1.1. Introdução Você já deve ter ouvido falar de medidas e métodos muito utilizados em estatística. No dia a dia, muitas vezes, entramos em contato com noções de estatística: calculamos os gastos médios pessoais em um determinado mês; ouvimos falar em taxa de desemprego ou de crescimento da economia, pesquisas de opinião pública ou intenção de voto, censo do IBGE, e para que obtenhamos esses resultados, fazemos uso da estatística. Na verdade, a estatística serve tanto para a descrição resumida de grandes quantidades de dados quanto para fazer estimativas, previsões e tomar decisões. Quando a estatística é usada para resumir os dados, é chamada de estatística descritiva; quando para extrapolar, analisar e projetar sobre a população o que foi obtido com o estudo das amostras, é chamada de estatística indutiva ou inferencial. Usando as duas, podemos extrair o máximo possível de informações dos dados que registramos em nossas pesquisas. Quando pensamos em estatística, pensamos geralmente em números, mas ela é mais do que isso: é uma forma de raciocinar. (RODRIGUES, 2014) 1.2. Histórico A palavra estatística tem origem na palavra status, em latim, que significa Estado: essa atividade começou com a coleta de informação de interesse do Estado sobre população e economia. Essas informações eram coletadas objetivando o resumo de informações indispensáveis para os governos para conhecer diversas características de suas populações. Durante a Idade Média, um dos registros de uso de dados estatísticos foi o levantamento que Carlos Magno mandou fazer das propriedades da Igreja Católica. (RODRIGUES, 2014) Mas o desenvolvimento da estatística como ciência começou depois do Renascimento. Dois passos importantes nesse processo aconteceram no século XVII. Um deles foi o surgimento da teoria de probabilidades, que torna possível fazer as inferências estatísticas. Outo foi o surgimento da “aritmética Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. política”, da qual nasceu o que hoje conhecemos como demografia. (RODRIGUES, 2014) As primeiras pesquisas estatísticas aconteceram de forma irregular e destinavam-se aos administradores fiscais, policiais ou militaresdos Estados. A partir do século XIX, pesquisas de natureza estatística passaram a ser feitas com regularidade cada vez maior e foram, aos poucos, se desligando do contexto do Estado para se tornar ferramentas das ciências. 1.3. Estatística De acordo com o autor Crespo (2009) e Barbetta, Reis e Bornia (2012), podemos definir a estatística como: uma parte da matemática que nos fornece métodos e meios para as coletas, organização, descrição, análise e interpretação dos dados, além de ser uma ferramenta auxiliar na tomada de decisões. Essa análise estatística tem como principal objetivo, a tomada de decisões, a resolução de problemas, ou produção de novos conhecimentos. Os autores Barbetta, Reis e Bornia (2012), nos apresentam um fluxograma para nos ajudar a entender melhor esse processo. Figura 1– Processo iterativo das pesquisas empíricas. Fonte: BARBETTA, REIS e BORNIA (2012) (Adaptado pela autora). Podemos observar que para pesquisarmos, precisamos definir e delimitar a pesquisa, coletar os dados, observar e analisar as informações para em seguida tirarmos as conclusões. A coleta, a organização e a descrição dos dados fazem parte da Estatística Descritiva, enquanto a análise e a interpretação dos dados fazem parte da Estatística Indutiva ou Inferencial. Pesquisa a Dados Informações Novos conhecimentos, novos problemas Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 1.3.1. Fases do Método Estatístico 1.3.1.1. Coleta de dados Após os devidos cuidados com o planejamento de determinado projeto, bem como a determinação das características mensuráveis do fenômeno, inicia-se a etapa de coleta dos dados necessários a sua descrição. A coleta de dados pode ser realizada de forma indireta ou direta. A coleta direta dos dados é quando é feita sobre elementos informativos de registros obrigatórios, como, por exemplo, registros de nascimento, registro de óbito, de casamento, de importação, exportação, registro de alunos em um colégio, registro de censo demográfico. A coleta de dados também pode ser indireta, que é quando é inferida de elementos conhecidos (coleta direta) e/ou do conhecimento de outros fenômenos relacionados com o fenômeno estudado. 1.3.1.2. Crítica dos dados Após obtermos os dados, eles devem ser cuidadosamente criticados, ou seja, verificar as possíveis falhas, com o objetivo de não cometermos erros grosseiros, que possam interferir nos resultados. 1.3.1.3 Apuração dos dados A apuração dos dados é a soma e o processamento dos dados obtidos e a disposição dos dados, mediante critérios de classificação. 1.3.1.4 Exposição ou apresentação dos dados Os dados devem ser apresentados sob uma forma adequada, podendo ser tabelas ou gráficos, com o objetivo de tornar mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento estatístico, e ainda tornar de melhor compreensão os dados a serem apresentados. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 1.3.1.5 Análise dos dados Como já dissemos, o objetivo da estatística é tirar conclusões sobre o todo, a partir de informações obtidas por parte representativa do todo. Assim, realizadas as fases anteriores, fazemos uma análise dos resultados obtidos. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Indicação De Recurso Didático Indica-se a leitura do seguinte livro: ESTATÍSTICA APLICADA Autores: Douglas Downing e Jeffrey Clark Editora: Saraiva Ano: 2012 Indica-se a leitura do Capítulo 1: Por que Estatística? Disponível na biblioteca digital Saraiva Unifamma Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Quando registramos os resultados de observações, medições, contagens, levantamentos ou experimentos, os resultados passam a ser chamados de dados. Nos estudos de estatística existem dois tipos de conjuntos de dados: população e amostra. 2.1. População e Amostra População: conjunto de elementos que tem pelo menos uma característica em comum. É o conjunto de todas as características comuns que interessam ao pesquisador, o universo total do que será avaliado, por exemplo: todos os funcionários de uma empresa, todos os usuários de um plano de saúde, todos os administradores brasileiros. Amostra: subconjunto de elementos de uma população. Este subconjunto deve ter dimensão menor que o da população e seus elementos devem ser representativos da população. Para melhor entendimento, a Figura 02, ilustra a população e a amostra. Figura 2 - Representação de população e amostra Quando as informações desejadas estiverem disponíveis para todos os objetos da população, temos o chamado censo. Normalmente, é impraticável ou inviável trabalhar com a população quando se faz estatística. Isto é devido a alguns fatores, como a restrição de tempo ou recursos e a população “infinita”, entre outros. Como exemplo de censo, temos o censo demográfico (que População Amostra Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. envolve edificações e habitantes); o censo industrial (que abrange indústrias) e o censo de mercadorias (que se classifica em comércio de mercadorias e comércio de valores). Como principais propriedades do censo, temos: Admite erro processual zero e tem confiabilidade de 100%; É caro; É lento; É quase sempre desatualizado; Nem sempre é viável. Os Parâmetros são características quantitativas da população, em geral desconhecidas, sob as quais se tem interesse. Já a Estimação é a avaliação indireta de um parâmetro, com base em uma estimativa (ou estimador). A partir do estudo do conjunto de dados obtido na amostra, faz-se uma extrapolação dos seus resultados para a população toda. Essa extrapolação é chamada Inferência. Um exemplo pode ser dado são as pesquisas de opinião pública sobre a intenção de votos em um candidato. A escolha das unidades que irão compor a amostra é feita por um processo denominado de Amostragem, e este pode ser feito de várias maneiras, dependendo do que se tem em mãos, por exemplo, do tamanho da população e do conhecimento que se tem da mesma. 2.1 Tipos de Variáveis As características que você vai medir, contar, observar ou manipular em uma pesquisa são chamadas de variáveis. Elas recebem esse nome porque variam, isto é, podem assumir diferentes valores ou resultados. Para descrever uma população ou a amostra, há a necessidade de identificar o tipo dessa variável para definir a melhor metodologia de trabalho. Sendo assim as variáveis podem ser qualitativas ou quantitativas. As variáveis qualitativas (ou categóricas) são definidas quando os seus valores são expressos por atributos (qualidades), por exemplo: sexo (masculino ou feminino), cor dos olhos (castanhos, pretos, verdes, azuis), cor dos cabelos Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. (preto, loiro, ruivo). As variáveis qualitativas têm uma subdivisão em: qualitativas nominais ou qualitativas ordinais. As variáveis qualitativas nominais: é quando não existe ordenação dentre as categorias, pode ser considerada uma característica única, por exemplos: sexo, cor dos olhos, fumante/não fumante, doente/sadio, nome de pessoas. As variáveis qualitativas ordinais: existe uma ordenação entre as categorias, sendo considerada de uma ordem hierárquica, por exemplos:grau de escolaridade (1º, 2º, 3º graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de observação (janeiro, fevereiro, [...], dezembro). Também temos as variáveis quantitativas, que são definidas quando seus valores são expressos em números, que podem subdividas em: quantitativas discretas ou quantitativas contínuas. As variáveis quantitativas discretas: são características mensuráveis que podem assumir apenas um número finito ou infinito contável de valores e, assim, somente fazem sentido valores inteiros. Geralmente é o resultado de contagens. Como exemplos: número de filhos, número de bactérias por litro de leite, número de cigarros fumados por dia, números de cadeiras existentes em uma sala. As variáveis quantitativas contínuas: são características mensuráveis que assumem valores em uma escala contínua (na reta real), para as quais valores fracionais fazem sentido. Usualmente devem ser medidas por meio de algum instrumento. Por exemplo: Exemplos: peso (balança), altura (régua), tempo (relógio), pressão arterial. Resumindo, (Figura 03) temos: Figura 3 - Variáveis e suas subdivisões Fonte: Autora do material Nominal Ordinal Discreta Contínua Variáveis Qualitativas Quantitativas Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 2.3 Dados brutos e rol a) Dados Brutos ou Dados Estatísticos - É uma sequência de valores numéricos não organizados, obtidos diretamente da observação de um fenômeno coletivo. Exemplo: A idade de 5 alunos matriculados em Administração: 20, 24,18,30,19. b) Rol - É uma sequência ordenada de dados brutos. Exemplo: A idade de 5 alunos matriculados em Administração: 18, 19, 20, 24, 30. 2.4 Arredondamento numérico Trabalhando com números, fazendo diversos tipos de cálculo, muitas vezes obteremos respostas com números decimas como 32,4 ou 1,067. Então nos perguntamos quantas casas decimais, ou melhor, quantos dígitos devemos deixar depois da vírgula e como realizar o arredondamento correto. O ideal a fazer é deixar o arredondamento, se for necessário, para o final dos cálculos. Não arredonde as contas do “meio do caminho”, arredonde a resposta final, assim terá menos dispersão nos dados. O critério recomendado pelo IBGE (Resolução nº 886/66), em concordância com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é o seguinte você deve considerar qual algarismo será o último do número e qual será o primeiro a ser descartado. Isso depende do número de casa decimais que a precisão de sua medida pede. Então, o arredondamento é efetuado da seguinte maneira: Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Condições Procedimentos Exemplos < 5 O último algarismo a permanecer fica inalterado. 53,24 passa a 53,2 > 5 Aumenta-se de uma unidade o algarismo a permanecer. 42,87 passa a 42,9 25,08 passa a 25,1 53,99 passa a 54,0 (i) Se ao 5 seguir em qualquer casa um algarismo diferente de zero, aumenta-se uma unidade no algarismo a permanecer. 2,352 passa a 2,4 25,6501 passa a 25,7 76,250002 passa a 76,3 = 5 (ii) Se o 5 for o último algarismo ou se ao 5 só seguirem zeros, o último algarismo a ser conservado só será aumentado de uma unidade se for ímpar. 24,75 passa a 24,8 24,65 passa a 24,6 24,7500 passa a 24,8 24,6500 passa a 24,6 Fonte: a autora Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Indicação de Recurso Didático 1. Vídeo: Como Arredondar Valores Autoria: Professor Bazoni Disponível em: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=88KciJ1zfy0 2. Como Selecionar uma amostra?, do livro Estatística básica. Autor: Wilton de O. Bussab e Pedro A. Morettin Editora: Saraiva Ano: 2013 Disponível na biblioteca virtual Saraiva da UNIFAMMA. 3. “9 tipos de amostragem probabilística e não-probabilística” Disponível em: https://www.opuspesquisa.com/blog/tecnicas/amostragem/ https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=88KciJ1zfy0 https://www.opuspesquisa.com/blog/tecnicas/amostragem/ Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 3. SÉRIES ESTATÍSTICAS - TABELAS Um dos objetivos da Estatística é sintetizar os valores que uma ou mais variáveis podem assumir, e para isso ela consegue inicialmente, apresentar por esses valores pode meio de tabelas e gráficos, que irão nos fornecer rápidas e seguras informações a respeito das variáveis em estudo. 3.1 Tabelas A Tabela pode ser definida como: um quadro que resume um conjunto de observações (CRESPO, 2009). Toda tabela deve ser simples, clara, objetiva e autoexplicativa. Uma tabela compõe-se de: a) Título: Corresponde à informação mais complexas, respondendo as seguintes perguntas: O quê? Quando? Onde? E é localizado no topo da tabela; b) Cabeçalho: Parte superior da tabela que especifica o conteúdo das colunas; c) Corpo: conjunto de linhas e colunas que contém as informações sobre a variável de estudo; d) Coluna indicadora: parte da tabela que especifica o conteúdo das linhas; e) Linhas: retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal de dados, que se inscrevem nos seus cruzamentos com as colunas; f) Casa ou Célula: espaço destinado a um só número Ainda temos que considerar os elementos complementares da tabela, que são a fonte (origem dos dados), e as notas e as chamadas (informações complementares). Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Vejamos um exemplo: Produção de Café no Brasil (2000 – 2004) Anos Produção (1.000 t) 2000 2.535 2001 2.666 2002 2.122 2003 3.750 2004 2.007 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios 3.1.1 Tabelas Simples Uma tabela simples contém as diferentes categorias observadas de uma variável qualitativa e suas respectivas contagens, no qual representa apenas o valor de uma única variável (GUEDES, et al., 2008). O exemplo anterior (Produção de Café no Brasil) também é considerado uma tabela simples. (título) Número de alunos matriculados na disciplina de Álgebra Linear do curso de Matemática da Universidade Estadual de Maringá (2002 – 2006) ANO (cabeçalho) NÚMERO DE ALUNOS 2002 40 2003 59 2004 63 2005 69 2006 71 (coluna indicadora) (corpo da Tabela) TOTAL 302 (rodapé) Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Cabeçalho Coluna Indicadora Título Linhas Casa ou Célula Rodapé Corpo Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 3.1.2 Tabelas de Dupla Entrada ou de Contingência Representam, em uma única tabela, valores de mais de uma variável, isto é, a conjunção de duas tabelas simples. Por Exemplo: Notas De Matemática E Estatística Dos Alunos Do Colégio Estadual Marechal Rondon – PR (título) MATÉRIA NOTAS MATEMÁTICA ESTATÍSTICA SOMA (cabeçalho) 0 I---------- 3 59 62 121 3 I---------- 6 235 285 520 6 I---------- 9 106 53 159 SOMA 400 400 800 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios 3.2 Séries Estatísticas Chamamos de séries estatísticas, toda tabela que apresenta a distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função da época, do local ou da espécie. Conforme varie um dos elementos da série, podemos classificá-las em: histórica (ou cronológicas), geográfica (ou territoriais)ou específica (ou categóricas). 3.2.1 Séries Cronológicas (temporal) Quando os valores da variável estudada, é o fenômeno ao longo do tempo. Por exemplo: Preço Médio do quilo de Frango em São Paulo em 2001 - 2006 Anos Preço Médio (R$) 2001 2,48 2002 2,75 2003 2,89 2004 2,55 2005 3,25 2006 3,85 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Observe que a variável estudada foi o preço do quilo do frango, em anos (variável tempo), portanto essa série estatística é considerada cronológica. 3.2.2 Série Geográfica (territorial ou espacial) Quando os valores observados da variável são discriminados de acordo com sua localização (ou região). Por exemplo: Duração Média dos Estudos Superiores em países europeus no ano de 2000 Países Número de anos Itália 7,5 Alemanha 7,0 França 7,0 Holanda 5,9 Inglaterra Menos que 4 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Observe que a variável estudada foi à média dos estudos superiores nos países (variável local), portanto essa série estatística é considerada geográfica. 3.2.3 Séries Específicas (categóricas) Quando a variável é observada em determinado tempo e local, discriminada por especificações ou categorias. Por exemplo: Rebanhos Brasileiros – Efetivos nos Estabelecimentos Agropecuários no ano de 2005 Espécies Quantidade Bovinos 285.886.455 Suínos 821.541.845 Aves 135.173.965 Ovinos 26.019.102 Caprinos 9.401.450 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Observe que a variável estudada foi às espécies dos rebanhos (específica), portanto essa série estatística é considerada específica ou categórica. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Indicação De Recurso Didático 1. Séries Estatísticas Disponível em: https://graduacaointeligente.blogspot.com/2016/03/series- estatisticas.html https://graduacaointeligente.blogspot.com/2016/03/series-estatisticas.html https://graduacaointeligente.blogspot.com/2016/03/series-estatisticas.html Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. 4. GRÁFICOS 4.1. Gráficos Crespo (2009) define gráfico como uma forma de apresentação dos dados estatísticos, cujo objetivo é o de produzir, no investigador ou público em geral, uma impressão mais rápida e viva do fenômeno, pois muitas vezes os gráficos falam mais rápidos à compreensão do que as séries. Portanto, o gráfico é uma figura utilizada na estatística para representar um fenômeno. Um gráfico dispõe tendências, os valores mínimos e máximos, as variações dos dados e também as ordens de grandezas dos fenômenos que estão sendo observados. Todo gráfico deve visar clareza e objetividade, além de ser fiel às informações pertinentes ao conjunto original de dados. Para compreendermos um gráfico, devemos obedecer a certos requisitos fundamentais, como: a) Simplicidade: o gráfico deve ter detalhes de importância. b) Clareza: o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação dos valores representativos do fenômeno em estudo c) Veracidade: o gráfico deve expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo. Os principais tipos de gráficos são os diagramas, cartogramas e pictogramas. 4.1.1 Diagramas Diagramas são gráficos geométricos de no máximo duas dimensões, para sua construção em geral, fazemos uso do sistema cartesiano (CRESPO, 2009). Dentre os principais diagramas, destacam-se os seguintes: 4.1.1.1 Gráfico de linha O gráfico de linha é composto pode dois eixos: um vertical e outro horizontal, em que a linha mostra a evolução do processo ou fenômeno. O vertical representa o eixo x, enquanto o horizontal o eixo y. Para exemplificar, temos a seguinte série estatística: Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Produção Brasileira de Óleo de Dendê (1987 – 1992) Anos Quantidade (1.000 t) 1987 39,3 1988 39,1 1989 539 1990 65,1 1991 69,1 1992 59,5 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Colocando esses dados da tabela, em um gráfico de linhas: Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios 4.1.1.2 Gráfico de Colunas O gráfico de colunas é utilizado geralmente para representar as variáveis qualitativas, no entanto, pode ser utilizado para representar variáveis quantitativas. Nesse gráfico, os retângulos são dispostos verticalmente ao eixo das abscissas. Para melhor visualizar, temos como exemplo a série estatística: Produção Brasileira de Carvão Mineral (1989 – 1992) Anos Quantidade produzida (1.000 t) 1989 18.196 1990 11.168 1991 10.468 1992 9.241 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Na forma de gráfico de colunas: Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios 4.1.1.3 Gráfico de Barras O gráfico de barras difere do gráfico de colunas, pelo fato das barras ficarem na horizontal e as abscissas na posição vertical. Temos como exemplo a série estatística: Produção Brasileira de Carvão Mineral (1989 – 1992) Anos Quantidade produzida (1.000 t) 1989 18.196 1990 11.168 1991 10.468 1992 9.241 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Na forma de gráfico de barras: Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios 4.1.1.4 Gráfico de Setores Tipo de gráfico onde a variável em estudo é projetada num círculo, de raio arbitrário, dividido em setores com áreas proporcionais às frequências das suas categorias. São indicados quando se deseja comparar cada valor da série com o total. Recomenda-se seu uso para o caso em que o número de categorias não é grande e não obedece a alguma ordem específica. Por exemplo, temos a série estatística: Rebanho Suíno do Sudoeste do Brasil Estados Quantidade (mil cabeças) Minas Gerais 3.367,7 Espírito Santo 430,4 Rio de Janeiro 308,5 São Paulo 2.035,9 Total 6.138,5 Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Fonte: Dados elaborados pela autora – dados fictícios NOTA: ***O gráfico de setores só deve ser empregado quanto há, no máximo, sete dados. 4.1.2 Pictogramas De acordo com Crespo (2009), o pictograma constitui um dos processos gráficos que melhor fala ao público, pela sua forma ao mesmo tempo atraente e sugestiva. A representação gráfica consta de figuras. Na confecção de gráficos pictóricos, temos que utilizar muita criatividade, procurando obter uma otimização na união da arte com a técnica. Não é utilizado em trabalhos científicos. Seu principal uso está em revistas voltadas ao público em geral. Por exemplo: Fonte: Matemática - Estado do Paraná http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=960&evento=8 Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. Indicação De Recurso Didático 1. Adicionar um gráfico ao seu documento no Word Disponível em: https://support.microsoft.com/pt-br/office/adicionar-um- gr%C3%A1fico-ao-seu-documento-no-word-ff48e3eb-5e04-4368-a39e- 20df7c798932 https://support.microsoft.com/pt-br/office/adicionar-um-gr%C3%A1fico-ao-seu-documento-no-word-ff48e3eb-5e04-4368-a39e-20df7c798932https://support.microsoft.com/pt-br/office/adicionar-um-gr%C3%A1fico-ao-seu-documento-no-word-ff48e3eb-5e04-4368-a39e-20df7c798932 https://support.microsoft.com/pt-br/office/adicionar-um-gr%C3%A1fico-ao-seu-documento-no-word-ff48e3eb-5e04-4368-a39e-20df7c798932 Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. CONCLUSÃO Nesta unidade, você viu os principais conceitos utilizados dentro da estatística, e a importância das tabelas e gráficos como ferramentas para apresentação dos dados. Também vimos os conceitos de População e Amostra, onde população pode ser definida como um conjunto de elementos que possuem alguma característica em comum. No entanto, na maioria das vezes é difícil trabalhar com a população, pois o processo pode ser caro e tomar muito tempo, então, escolhemos uma parte da população, essa parte denominamos de amostra. Porém, essa amostra deve ter as mesmas características da população, para tirarmos conclusões precisas sobre a população. Enfim, é importante que a apresentação dos dados seja feita de forma precisa. As duas formas estudadas, nesta unidade, foram as tabelas e gráficos, o uso correto das formas de apresentação dos dados é fundamental para o sucesso da pesquisa. Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. REFERÊNCIAS BARBETTA, P.; REIS, M. M.; BORNIA, A. C. Estatística para os cursos de engenharia e informática. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. BUSSAB, W. O.; MORETTIN, P. A. Estatística básica. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. CLARK, J.; DOWNING, D. Estatística aplicada: série essencial. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. CRESPO, A. A. Estatística Fácil. 19ª ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2009. DOWNING, D.; CLARCK, J. Estatística aplicada. São Paulo: Saraiva, 2ª ed., 2009. FONSECA, J. S.; MARTINS, G. de A. Curso de estatística. 6ª ed., São Paulo, Atlas, 1996. GUEDES, T. A.; MARTINS, A. B. T.; LONARDAN, C. R.; JANEIRO, V. Projeto de Ensino: Aprender Fazendo Estatística. Disponível em: <www.des.uem.br>. Acesso em: 17 ago. 2013. MARTINS, G. A.; DONAIRE, D. Princípios de estatística: 900 exercícios resolvidos e propostos. São Paulo: Atlas, 4ª ed. 1997. MILONI, G. 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