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GINECOLOGIA - Incontinência urinária Aula 9 - Incontinência Urinária: Definição: Condição na qual ocorre perda involuntária de urina pela uretra e que cause desconforto higiênico e social a paciente. Pode ser de esforço (geralmente problema de suporte esfincteriano), de urgência (neurológico), de transbordamento ou mista. Fisiopatologia: Ocorre devido associação de fatores de risco, principalmente por danos às estruturas de suporte e sustentação do assoalho pélvico que pode sofrer danos no parto. Alterações bioquímicas e moleculares também podem ser observadas. Características fisiológicas: por estimulo adrenérgico a bexiga relaxa e esfíncter contrai e no estimulo colinérgico é o contrário. Causas de incontinência urinária transitória (de urgência ou de esforço): cafeína, chocolate, álcool, ITU, prisão de ventre, sedativos e relaxantes musculares, etc. Causas de incontinência urinária persistente: gravidez, menopausa, número de partos vaginais, alterações da idade, obesidade, antecedente neurológico, etc. Tipos de IU: o De esforço (aumento da pressão intra-abdominal, comprimindo a bexiga ou por falha do mecanismo esfincteriano) o De urgência (Associado a contração involuntária do músculo detrusor ou a alterações neurológicas) o De transbordamento (Por algum motivo tem obstrução da via de saída urinária, gerando acúmulo de urina excessivo na bexiga, sendo transbordada então devido aumento da pressão intravesical). o Mista Diagnóstico clínico: Anamnese: devemos classificar o tipo, quantificar perdas, identificar fatores de risco, pensar em diagnósticos diferenciais, perguntar sobre tempo de sintomatologia, tratamentos prévios, se precisa usar absorventes, etc. Não esquecer de questionar outros sintomas urinários, sexuais, ginecológicos (pesquisar prolapso tbm) e também fazer breve revisão sobre os outros aparelhos, como gastrointestinal. Devemos solicitar que paciente faça o diário miccional onde ela anota sua rotina urinária, nos auxiliando no diagnóstico e conduta. Diferenciais: Devemos questionar se a paciente tem perda continua de urina, pois se tbm tem micção reduzida ou ausente pode ser sinal de fistula entre uretra e vagina, mas caso a micção esteja presente normalmente pode ser tbm ureter ectópico. Exame físico: Devemos caracterizar a perda urinária, identificar distopias, fazer exame ginecológico em posições ginecológica e ortostática pedindo para tossir ou realizar manobra de Valsalva, fazer a inspeção de órgãos genitais externos com analise de sinais de hipoestrogenismo e dermatite amoniacal, realizar a redução do prolapso (caso tenha) para pesquisar a IU oculta (só ocorre quando reduz o prolapso), avaliar se tem divertículo de uretra, etc. Diagnóstico laboratorial, de imagem e urodinâmica (INVESTIGAÇÃO): o EAS/urocultura o USG de rins e vias urinárias o Urodinâmica (teste funcional): é a análise gráfica da micção, onde se analisa a fase de armazenamento da micção com a complacência vesical, análise de hiperatividade detrusora e fase de esvaziamento (hipocontratilidade detrusora, resíduo pós miccional). Na hiperatividade é quando tem atividade detrusora involuntária, por exemplo, quando a pessoa tosse. Tratamento: o Alteração de estilo de vida (perda de peso, parar de fumar, não ingerir grande quantidade de líquido de uma só vez, etc) o Fisioterapia (fortalecimento e reabilitação do assoalho pélvico) o Medicamentos (estrogênios, oxalato de duloxetina, anticolinérgicos – cada caso é um caso e medicamentos são distintos – não usar anticolinérgico em paciente idoso e pacientes com glaucoma). o Cirurgia (principalmente Sling de uretra média)
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