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PANCREATITE AGUDA

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PANCREATITE AGUDA 
DEFINIÇÃO: 
o É um processo inflamatório agudo com envolvimento 
variável de tecidos regionais ou sistemas orgânicos 
remotos. 
o Após desencadeada a inflamação à liberação e ativação 
de enzimas à autodigestão do pâncreas e dos tecidos 
peripancreáticos 
ETIOLOGIA: 
o Litíase biliar (mais prevalente) cálculo da vesícula à 
cístico à colédoco à papila à duodeno. Nessa 
passagem, há uma hipertensão canalicular transitória à 
ativando enzimas pancreáticas à pancreatite aguda. 
Diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, o 
cálculo não fica impactado. Em 90% dos casos, ele apenas 
faz ativação das enzimas pancreáticas. Quando há a 
obstrução do cálculo na papila, teremos uma icterícia 
obstrutiva. 
o 2ª causa: alcoólica; 
o Hipertrigliceridemia (>1.000); 
o Neoplasia; 
o Outras: medicamentosas, doenças metabólicas, 
idiopática. 
 
CONCEITOS 
o Do ponto de vista fisiopatológico, a pancreatite pode 
ser: 
o Intersticial edematosa 
o Pancreatite necrotizante (grave!!) 
Na necrotizante, a necrose pode ser de: 
- Tecido pancreático 
- Tecido extrapancreático 
- Ambos 
Podendo ser: estéril ou infectada 
 
o Fase: 
Aguda < 1 semana 
Tardia > 1 semana à onde podem aparecer 
complicações: necroses infectadas, presença de 
pseudocistos, abcessos. 
 
o Classificação clínica: 
o Leve (sem insuficiência orgânica sem complicação local) 
o Moderada (insuficiência orgânica transitória ou só 
complicação local) 
o Grave (insuficiência orgânica >48 hrs) 
Pancreatite intersticial edematosa 
- Líquido no pâncreas 
- Líquido peripancreatico 
- Inflamação do tecido peripancreático 
Pancreatite Necrosante 
- 5 – 10% dos casos 
- Tc precoce é subestimada 
- Tecido pancreático, extrapancreatico ou ambos 
- Evolução: estéril ou infectada, podendo haver 
reabsorção ou coleção 
 
QUADRO CLÍNICO 
- Dor abdominal epigástrica / abdome superior, com 
irradiação dorsal, tórax ou flancos 
- Pode melhorar na posição de bruços ou posição de prece 
maometana 
- Intensidade e localização não têm relação com a 
gravidade 
- Náuseas e vômitos 
- FORMA GRAVE: SIRS / sepse, instabilidade 
hemodinâmica, ira, insuficiência respiratória 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
- Amilase ou lipase isoladas não fazem diagnostico 
- 1/5 dos pcts tem amilase normal, pois ela não é exclusiva 
do pâncreas, como a lipase 
o AMILASE: 
- sobe em algumas horas e cai em 3 a 5 dias 
- pode ser normal em pancreatite alcoólica e 
hipertrigliceridemia 
o LIPASE: 
- Mais especifica e possui elevação por mais tempo. 
- AMILASE E LIPASE NÃO TÊM VALOR PROGNÓSTICO, 
APENAS DIAGNÓSTICO. 
o Diagnóstico 2 ou mais critérios: 
- dor abdominal consistente com pancreatite aguda 
(dor em andar superior do abdome, que irradia para 
as costas e associação com vômitos/náuseas, p.ex) 
- amilase e/ou lipase > 3x vezes o limite máximo do 
normal 
- achados característicos de imagem à de escolha à 
tc 
o Exames complementares: 
- Hemograma; 
- PCR 
- NA, K, U, Cr, Gasometria 
- Enzimas hepáticas e pancreáticas 
- Enzimas cardíacas à para diag diferencial 
- Enzimas de urina à para diagnostico diferencial 
 
o Exames de imagem: 
- USG: pedimos pra todos para pesquisar a etiologia 
mais comum, o cálculo biliar. 
Encontra-se: imagem hipoecongênica com sombra 
acústica posterior, móvel às mudanças de decúbito 
- RM: melhor na fase aguda para coleções 
heterogêneas; para pacientes alérgicos à iodo 
- TC COM contraste: indicada após 48 hrs sem 
melhora. Para eu avaliar o PROGNÓSTICO, o ideal é 
pedir de 5-7 dias. 
- RX: quase não possui muitas informações para o 
diagnostico, mas podemos encontrar: 
Alça sentinela, dilatação de cólon direito, derrame 
pleural à esquerda, aumento do arco duodenal. 
- Ecoendoscopia: melhor para coleções 
heterogêneas, microlitiase e lesões periampulares 
- CPRE: não utilizamos para investigação. 
 
o CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE 
--- CRITÉRIOS DE RANSON --- 
 
Vem sendo cada vez menos utilizado, mas cai muito em 
prova. 
 
 
 
 
--- CRITÉRIOS DE BALTHAZAR --- 
 
 
É um critério tomográfico que vem sendo cada vez mais 
utilizado 
Bolhas de gás = infecção da necrose 
 
--- CRITÉRIOS DE ATLANTA --- 
PANCREATITE AGUDA LEVE 
Ausência de falência orgânica 
Ausência de complicações locais 
PANCREATITE AGUDA GRAVE MODERADA 
Complicações locais ou sistêmicas e/ou 
Falência orgânica transitoria <48 hrs 
PANCREATITE AGUDA GRAVE 
Falência orgânica persistente > 48 hrs 
 
--- CRITÉRIO DE APACHE II --- 
  Outro escore validado para estimativa do prognóstico. 
Foi criado para avalia o de pacientes graves em geral e, 
portanto, pode ser utilizado na pancreatite. Considera-se 
grave a pancreatite que soma 8 ou mais pontos. 
 
TRATAMENTO 
o Na pancreatite aguda leve: 
- Melhora significativa em 48 horas 
- Reintrodução rápida da dieta 
- Hospitalização curta à alta na fase inicial 
- Não necessita de exame de imagem específico para o 
pâncreas 
- Jejum 
- Hidratação (soro de manutenção com glicose e 
eletrólitos); 
- IBP à diminuindo a acidez, diminuímos o estimulo à 
secreção das enzimas pancreaticas 
- Antiemético 
- Analgesia à novalgina, buscopa, etc. 
o Pancreatite aguda grave: 
- UTI 
- Jejum – sonda nasogástrica 
- Reposição volêmica 
- Controle eletrolítico 
- Analgesia 
- Suporte nutricional (sonda nasoenterica em posição 
jejunal) 
- Bloqueio da bomba de H+ 
- Atb à se: pancreatite aguda severa com instalação 
precoce; pancreatite necrótica (>50%) 
COLECISTECTOMIA: 
- Se pancreatite aguda biliar leve, podemos realizar 
na mesma internação. O mais precoce possível para 
prevenir a recorrência da pancreatite 
 
Sem necrose: 0 pontos; até 33%: 2 pontos; 
33-50%: 4 pontos; > 50%: 6 pontos 
O escore final qualifica a doença em leve 
(1 a 3 pontos), 
 moderada (4 a 6 pontos) e grave (7 a 10 
pontos).

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