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BRONQUIECTASIA

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BRONQUIECTASIA 
INTRODUÇÃO 
- Doença muito frequente; pode estar associada a outras doenças respiratórias ou não exclusi-
vamente respiratórias (ex: nasosinusal; aspergilose broncopulmonar alérgica; síndromes gené-
ticas)
- É uma doença inflamatória -> ectasia do brônquio 
- Dividida em dois grandes grupos, com base na etiologia, não fibrocísticas ou fibrocísticas
- Ex fibrocísticas: fibrose cística
- Não fibrocística: muito mais comum no adulto -> não relacionada com a fibrose cística 
- Manifestações clínicas: geralmente queixas respiratórias -> tosse produtiva, dispneia, broncor-
réia, etc
CONCEITO 
- São dilatações brônquicas permanentes, irreversíveis, geralmente múltiplas (calibre do 
brônquio aumentando/mantendo seu tamanho a medida que caminha para periferia) 
- É persistente, não temporária
- Observação: bronquiectasia definitiva x pseudobronquiectasia
- Em infecções broncopulmonares agudas (por exemplo, pneumonias) pode haver dilata-
ções brônquicas transitórias que revertem com a resolução do processo. Isto não se con-
sidera “bronquiectasias” e sim pseudobronquiectasias.
- Ex: indivíduo com pneumonia e grande quantidade de secreção no interior do brôn-
quio, de modo a dilatá-lo e gerar certo grau de inflamação da sua parede -> fica mais 
mole; brônquio se dilata pelo aumento da pressão intra-brônquica. Após a higiene 
brônquica, brônquio volta ao seu tamanho normal -> pseudobronquiectasia
- Atenção: se mantida, pode evoluir para bronquiectasia.
- Dilatação fixa e anormal dos brônquios causa pela destruição dos componentes elástico e 
muscular de suas paredes
- Comumente associada a infecção bacteriana crônica
- Produção de grandes volumes de expectoração, fétida, eventualmente sem produção (“seca”)
- Pode produzir vômica: oriunda de tecido respiratório com muito conteúdo purulento.
- Mais frequente a presença de sangramentos: hemoptise e hemoptoico 
- Ter bronquiectasia é um fator que torna mais frequente a presença de sangramentos -> 
pode expor os vasos da parede, favorecendo a maior chance de lesões. Pacientes podem 
não ser broncorréicos e sim broncorrágicos.
- Portanto, o paciente pode ser “seco”, broncorrágico (sangramentos brônquicos) ou 
broncorréicos (muita secreção brônquica)
- Eventualmente fenômeno transitório em infecção aguda - 
aguardar resolução do processo infeccioso para definir se é 
bronquiectasia 
- Diagnóstico definitivo por TC de tórax -> Rx nem sempre con-
segue definir bronquiectasia
- Há duas características radiológicas definidoras das bronquiectasias: 
- Calibre brônquico não se reduz no sentido da periferia, costumando até aumentar (1)
- Sem redução progressiva do calibre -> alterado
- Ausência ou redução de vias laterais (2) 
- Obstrução por muco/secreção -> aumenta pressão intra-brônquico, de modo que o 
brônquio se dilata
- Mecanismos: 
1. Aumento da tração peribrônquica (atelectasia ou fibrose) 
- Ex tuberculose: gera fibrose pulmonar, que acaba tracionando o brônquio, dilatan-
do-o.
2. Aumento da pressão endobrônquica 
- Ex: retenção de secreções; corpo estanho; tumor -> aumentam a pressão intra-
brônquica, gerando a dilatação do brônquio
3. Diminuição da resistência da parede brônquica 
- Ex: quando está mais friável/inflamada, como no caso da bronquite terebrante 
(com muito processo inflamatório/secreção), pode fragilizar a estrutura, de modo a 
favorecer a sua dilatação.
- Imagens
- Mecanismo obstrutivo:
- Obstrução das vias aéreas laterais gera aumento da pressão intra-brônquica
- Atelectasia aumenta a dilatação 
- Processo inflamatório, aumento da pressão e dilatação, resultando na bronqui-
ectasia
- Mecanismo de tração:
- Aspecto fibrótico 
- Prevalência:
- Sua ocorrência tem relação direta com número e gravidade de infecções respiratórias da 
comunidade, particularmente em jovens.
- Diminuiu com a introdução de:
- Antibióticos
- Vacinas (principalmente sarampo e coqueluche)
- Tratamento precoce das infecções respiratórias
- Classificações: 
- De acordo com patologia-radiologia
- Cilíndricas
- Císticas (saculares)
- Varicosas
- Estado do pulmão adjacente
- Broncopneumônicas
- Atelectasias 
- Apresentação clínica
- Supuração crônica (broncorréico)
- Hemoptises repetidas (broncorrágico)
- Natureza/origem
- Congênita
- Adquirida
- Classificação etiológica: 
- Observação: o mais comum é não saber a causa da bronquiectasia
- Pós infecciosas
- Sarampo
- Coqueluche
- Adenovírus (ex 21)
- Tuberculose
- Aspergilose broncopulmonar alérgica
- Outras infecções 
- Associadas a condição subjacente:
- Fibrose cística
- Discinesia ciliar
- Ex na síndrome de kartagener (situs inversus + bronquiectasia + infertilidade 
pela discinesia ciliar)
- Síndrome de Young
- Síndrome de Williams Campbell
- Imunodeficiência 
- Relacionado à infecções de repetição 
- Traqueobroncomegalia
- Amolecimento traqueobrônquico que facilita a bronquiectasia 
- Fibrose pulmonar
- Obstrução endobrônquica
- Aumento da pressão intra-brônquica
- Condições associadas: 
- Imunodeficiências primárias ou adquiridas
- Imunodeficiências: mais suscetível a infecções respiratórias -> infecções repetidas - 
maior chance de inflamação da árvore brônquica e produção de secreções 
- Apresentam maiores taxas de bronquiectasia do que os não imunodeficientes
- Fibrose cística
- Disfunção do “clearance” mucociliar
- Ex Tosse ineficaz -> maior chance de apresentar bronquiectasia
- Deficiência de alfa-1 antitripsina
- Aspergilose broncopulmonar alérgica
- Obstrução endobrônquica
- Sequestro broncopulmonar
- Anomalia/mal-formação genética - afeta ventilação/perfusão local
- Traqueobroncomegalia
- Deficiências congênitas que afetam cartilagem
- Torna a estrutura da árvore brônquica alterada
- Pulmão hiperlucente unilateral (síndrome de Polland)
- Um pulmão hiperlucente (preto) e outro normal -> possivelmente um mecanismo val-
vular que ocorreu no brônquio (ex obstrução, corpo estranho, etc), tornando o pul-
mão enfisematoso/distendido
- Síndrome das unhas amarelas
- Síndrome nefrótica + unhas amareladas + bronquiectasia
- Doença do refluxo gastroesofágico
- Doenças reumatológicas
- Ex: lúpus 
- Doenças inflamatórias intestinais 
- Ex: colite
- Objetivos do tratamento: 
- Evitar ou limitar dano adicional ao parênquima pulmonar
- Medidas de toalete brônquica
- Diminui processo inflamatório persistente, diminuindo chances de empiema, in-
fecção recorrente, pneumotórax, hemoptise, lesão broncoalveolar pleural, abs-
cesso pulmonar, complicações à distância.
- Ex: Medida de toalete para estimular tosse -> liberação de secreção aprisionada
- Ex: realização de nebulização com solução salina ou soro fisiológico
- Medicamentos mucolíticos, broncodilatadores, hiperosmolares
- Tratar, prevenir ou reduzir as exacerbações 
- Manter uma boa qualidade de vida
- Reabilitação, atividade física 
- Complicações: 
- Infecções recorrentes
- Empiema
- Hemoptise
- Pneumotórax
- Abscesso pulmonar
- Complicações à distância
- Exacerbações: 
- Germes mais frequentes:
- H. influenzae, P. aeruginosa e S. pneumoniae (pneumococo)
- Antibióticos:
- Amoxicillina, amoxicilina-clavulanato, macrolídeos, cefuroxime (ex azitromicina), cla-
vuzomicida, ceftriaxona, levofloxacina
- Anti-pseudomonas: ciprofloxacina, ceftazidime, ticarcilina, aminoglicosídeos, pipera-
cilina-tazobactan, cefepime
- Duração: de 7 a 14 dias
- Depende do quadro do paciente 
- Imagens: 
- Diâmetro brônquico intralumunal (interior do brônquico)/diâmetro da artéria pulmonar ad-
jacente: quando > 1, há área de aprisionamento aéreo e bronquiectasia 
- Diâmetro da artéria e o diâmetro do brônquio tem que ser semelhante. Se o da artéria 
for maior, pensar em HAP.
- Perda do afilamento brônquico usual
- Árvore em brotamento (sugestivo de doença bronqueolar) ou nódulos centrolobulares: 
pensar em tuberculose ->vai bloqueando eixos laterais, gerando bronquiectasia
- Em expiração,acentua-se as imagens de bronquiectasia.
- Manifestações clínicas: 
- Sintomas: 
- Tosse e expectoração, frequentemente volumosa, por longo tempo (anos).
- Expectoração purulenta
- Infecções respiratórias de repetição
- Pneumonias de repetição
- Hemoptises de repetição
- Sinais: 
- Estertores localizados
- Hipocratismo digital
- Rinossinusite crônica associada é frequente
- Às vezes faz gotejamento nasal, com aspiração da secreção crônica -> vai indo para 
pulmão e gerando inflamação brônquica
- Bronquiolopatia difusa: quando presente e significativa, agrava o quadro clínico-funcional
- Quanto maior a gravidade do caso, maior é a chance de colonização e infecção por ger-
mes mais difíceis de tratar (Pseudomonas, Estafilococo, outros Gram-negativos)
- Germes mais comuns em infecções respiratórias: pneumococo, H. Influenzae, Mora-
xella catarrhalis, chlamydia pseudomonas, micoplasma
- Quando encontra germes incomuns, pensar em bronquiectasia.
- Investigação diagnóstica: 
- Dados clínicos costumam ser importantes
- RX de tórax: pode ser aparentemente normal em mais de 50% dos casos; as alterações 
costumam ser inespecíficas.
- O "padrão-áureo" (ou "gold standard") para o diagnóstico de bronquiectasias foi a Bron-
cografia. Hoje é a TC Tórax.
- Investigação funcional: 
- Depende da lesão 
- Resultados da espirometria:
- Normal
- Distúrbio ventilatório obstrutivo (de graus variáveis)
- Distúrbio ventilatório restritivo (de graus variáveis)
- Distúrbio ventilatório misto (de graus variáveis)
- Resultados da gasometria arterial:
- Normal
- Hipoxemia proporcional à gravidade do caso
- Quando suspeitar: 
- Tosse e expectoração, geralmente desde a infância
- Infecções de repetição
- Hemoptises de repetição
- Estertores úmidos
- Hipocratismo digital
- Alterações radiológicas
- Conduta terapêutica 
- As evidências para intervenções terapêuticas nas bronquiectasias, salvo nos casos de Fi-
brose Cística, são muito limitadas:
- Etiopatogenia frequentemente não esclarecida
- "n" insuficiente de casos assemelhados
- Faltam marcadores de atividade adequados
- Algumas intervenções consagradas para pacientes com Fibrose Cística ou DPOC têm 
sido recomendadas, mas carecem de validação por ensaio clinico.
- Em revisões pela base de dados Cochrane, não se encontrou evidências consistentes 
para uso de broncodilatadores, oxigenoterapia contínua, e, inclusive, tratamento cirúrgico.
- Algumas bronquiectasias apresentam indicação cirúrgica, geralmente quando locali-
zada/pequena
- Portanto, como regra, as condutas terapêuticas para bronquiectasias são baseadas na 
experiência de autores (séries de casos) e por analogia com doenças assemelhadas (par-
ticularmente, Fibrose Cística e DPOC)
- O tratamento visa, acima de tudo, melhorar a qualidade de vida do paciente:
- Controle dos sintomas
- Tratamento imediato/eficaz das exacerbações
- Prevenção de infecções e outras complicações
- Estabilização da doença
- Manter vida profissional produtiva
- Ter vida social digna
- Conduta terapêutica (excluindo os pacientes fibrocísticos)
- Três modelos distintos:
- Doença sistêmica/bronquiectasias bilat. (defic. imunológica, discinesia, fibrose 
cística) -> Tratamento clínico
- Bronquiectasias em múltiplos segmentos, (pós-infecciosas) -> Tratamento clíni-
co
- Bronquiectasias localizadas (uni ou bilat.) Tratamento cirúrgico -> cura
- Para as exacerbações infecciosas:
- Antibiótico (amoxacilina <-> ciprofloxacina)
- Fisioterapia (para drenagem das secreções)
- Pacientes com doença obstrutiva significativa (bronco-bronquiolopatia) devem 
receber as medicações de manutenção usadas para DPOC: BD/ anti-inflamató-
rio esteroidal (CI)/Anticolinérgico
- Papel da cirurgia:
- Curativo: quando a doença é localizada
- Paliativo:
- Remoção das áreas mais doentes
- Redução da produção de muco
- Redução do shunt
- Definitivo:
- Tx para doença em estágio final
- Critérios para intervenção cirúrgica:
- Doença localizada
- Reserva pulmonar adequada
- Processo irreversível
- Sintomas significativos (p. ex.: tosse, hemoptise, pneumônia recorrente)
- Quando o problema é hemoptise
- Hemoptises volumosas e/ou persistentes devem ser tratadas imediatamente, 
preferencialmente por ressecção cirúrgica.
- Se isto não for possível, embolização de artérias brônquicas poderá ser realiza-
da imediatamente.
- Antibióticos 
- Orais, parenterais, ou aerossolizados - na dependência da situação clínica:
- Nas exacerbações agudas, antibacterianos de amplo espectro são preferidos.
- Para pacientes ambulatoriais, de leve a moderadamente doentes: amoxicilina, tetra-
ciclina, azitromicina, cefalosporina de segunda geração, por 7-10 dias.
- Atenção: é importante realizar coleta frequente de escarro para avaliação comparativa 
- Prevenção: 
- Vacinação (coqueluche, sarampo, influenza)
- Pronta solução para corpo estranho aspirado para as vias aéreas inferiores e para outras 
causas de obstrução brônquica
- Controle adequado de condição predisponente (vide lista anterior)
- Tratamento adequado das infecções respiratórias, particularmente na infância uso criterio-
so de antibiótico e fisioterapia.
FIBROSE CÍSTICA 
- Hereditária
- Sintomas desde a infância
- Queixas respiratórias misturadas com questões gastrointestinais, pois a fibrose cística al-
tera a as glândulas exócrinas do corpo.
- Clínica:
- Doença pulmonar supurativa (infecções respiratórias de repetição e bronquiectasias)
- Deficiência pancreática 
- Diarreia, desnutrição, síndromes disabsortivas
- Diagnóstico
- Teste do suor: eletrólitos no suor aumentados (Cl e Na > 60 mEq/L)
- Analise das mutações mais conhecidas 
DISCINESIA CILIAR 
- Defeito congênito dos cílios (mobilidade alterada)
- Clínica:
- Vias aéreas superior/inferior: repetidos quadros de sinusite/bronquiectasia
- Trompas de falópio/espermatozóides: esterilidade
- Rx de tórax: dextrocardia (“situs inversus”) - 50% dos casos
- Diagnóstico:
- Biópsia da mucosa nasal: alterações dos microtubulos dos cílios - braços da dineina com 
alterações

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