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CIMENTOS ODONTOLÓGICOS

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CIMENTOS ODONTOLÓGICOS
· A maioria dos cimentos é fornecida em dois componentes, um pó e um líquido, outros foram reformulados em duas pastas (usado em cimentação provisória). O líquido é comumente uma solução acídica ou doadora de prótons, e o pó é uma base, composta tanto por partículas de vidro quanto em óxidos metálicos. 
· A reação entre o pó e líquido é uma reação ácido-base ou reação de presa. Todos cimentos apresentam uma estrutura peculiar que é formada por ilhas de partículas entremeadas numa matriz amorfa de produtos da reação. Então, o que ocorre é que o ácido ataca a base, produzindo sal e água. Esse sal é uma matriz cristalina ou fase polimérica amorfa sólida o qual aprisiona partículas que não foram totalmente consumidas pelo ácido. A matriz cristalina por si só é fraca e solúvel, porém entremeada por partículas, o cimento fica resistente.
· Quando misturados, os materiais ficam com consistência pastosa ou até com baixa viscosidade, dependendo do tamanho da partícula e da proporção pó/líquido, esses endurecem (tomam presa) alcançando o estado de um sólido dentro de um tempo razoável. O tempo de trabalho consiste no tempo decorrido do início da espatulação (mistura por meio da espátula do pó e líquido que gera energia necessária para melhorar a reação entre o pó/líquida) até um ponto que a consistência do material não seja mais favorável para sua aplicação, aumentando a viscosidade não conseguindo mais escoer ao fixar a peça.O tempo de presa inicial consiste no tempo decorrido do início da espatulação até que o material adquira certa consistência que não pode ser mais utilizada. Tempo de presa final é o tempo decorrido do início da espatulação até que o material adquira consistência ou dureza almejada, sendo o máximo de resistência que o cimento adquire depois de finalizar a reação química.
· A proporção pó/líquido é determinada pelo fabricante. Quanto maior a relação pó/líquido menor tempo de presa. Quanto menor a temperatura maior o tempo de presa. Quanto maior a quantidade de pó mais partículas estão aprisionadas e assim maior a resistência, porém tem um limite pois se excede muito a quantidade de pó não possui matriz suficiente para aprisionar as partículas, ficando o cimento frágil
· Requisitos para um cimento odontológico: 
· consistência ou viscosidade adequadas (para conseguir escoer e sair todo excesso durante a fixação da restauração, deixando somente uma fina camada entre a restauração e dente chamada espessura de película de cimento- necessita esperar o tempo de presa inicial para remover o excesso pelas margens);
· fina espessura do filme, pois possui menos fendas internas comparados a um mais espesso
· baixa solubilidade (por causa da saliva); 
· alta resistência mecânica; (geral, são necessárias grandes forças para deslocar próteses cimentadas com materiais que possuem alta resistência à compressão,cisalhamento ou tração, comparadas a cimentos com menor resistência.)
· módulo de elasticidade similar ao dente; 
· adesão aos tecidos dentinários
· A partir da presa, os cimentos ganham resistência suficiente para serem usados como uma base, como agente de cimentação, material restaurador para restaurações provisórias, como material intermediário, ou como forreamento. Avanços na química das resinas para aplicação odontológica têm levado ao desenvolvimento de cimentos à base de resina composta com consistência apropriada para serem utilizados na cimentação de vários tipos de próteses. Esses materiais são chamados de cimentos resinosos. Outros materiais utilizados para proteção pulpar, como os vernizes cavitários e forradores cavitários, entram também na categoria de cimentos odontológicos, em virtude de suas aplicações.
· Material intermediário: preenchimento da cavidade a fim de substituir o tecido dentinário perdido, não substitui esmalte.
· Material de base: substitui um tecido perdido ou regulariza a geometria da cavidade (parede pulpar plana, ou nivelamento) para que um material restaurador definitivo (mais resistente) possa se apoiar melhor. Indicado para falta de estrutura dentinária sob as cúspides e ausência ou carência de esmalte na parede gengival.
Ao contrário dos ferradores, as bases são aplicadas em camadas muito mais espessas (> 0,75 mm) abaixo das restaurações, para protegerem a polpa de injúrias térmicas, choques galvânicos e irritação química, dependendo do material restaurador selecionado. Além disso, o material deve ser resistente o bastante para suportar a força de condensação exercida durante a colocação de restaurações e resistir à fratura sob tensões mastigatórias aplicadas sobre a restauração.
 
· Forramento: serve para regularizar a parede pulpar e axial deixando-as planas, em situações onde não é interessante passar a broca. Pode também ter função terapêutica, propiciando a regeneração da polpa ou desinflamação, isolante térmico e elétrico (bloqueia a propagação de calor para a polpa- restauração metálica, interessante em cavidade profundas e muito profundas) e a dentina é estimulada a produção/regeneração sendo mantida na camada mais interna da câmara pulpar. É indicado para cavidades profundas onde a dentina remanescente entre 0,5 e 1mm. 
· Restauração provisória: antes da restauração definitiva
Restauração - Material de restauração ou prótese usada para restaurar ou recolocar um dente, uma porção de um dente, vários dentes ou outros tecidos orais.
· Agente de cimentação: fixação/encaixe de próteses sobre os dentes. As próteses podem ser restaurações de metal, metalocerâmicas, de resina composta e de cerâmica; restaurações provisórias ou intermediárias de acrílico; facetas laminadas para dentes anteriores; aplicações em ortodontia; e colocação de pinos usados para a retenção de restaurações. Substância moldável para selar um espaço ou para cimentar dois componentes juntos. As faces preparadas são rugosas em escala microscópica; ou seja, possuem picos e depressões. Quando duas superfícies são colocadas uma contra a outra, só existem pontos de contato entre os picos. As áreas que não estão em contato se tornam espaços abertos. O espaço criado pode ser substancial em termos de penetração de fluidos orais e invasão bacteriana. Um dos principais propósitos dos agentes de cimentação é preencher e selar completamente este espaço. O clínico pode selar o espaço entre as duas superfícies por meio da colocação de um terceiro material, uma substância macia,como um adesivo, que pode acomodar-se sob pressão na superfície das reentrâncias.A tendência atual para a cimentação de próteses e outras aplicações é a de usar a tecnologia adesiva. A cimentação adesiva envolve a colocação de um terceiro material, com frequência chamado de agente de cimentação, que escoa por entre as superfícies rugosas e toma presa para formar um sólido dentro de alguns minutos O material sólido não só sela o espaço, mas também melhora a retenção da prótese. Os materiais usados para esta aplicação são classificados com agentes de cimentação. Se o cimento não escoa o suficiente ou é incompatível com as superfícies, podem desenvolver-se vazios em volta das depressões profundas e estreitas e debilitar a efetividade do agente de cimentação. Por exemplo, grandes bolhas no cimento adjacente a uma prótese fixa cerâmica na região oclusal de um dente preparado podem aumentar substancialmente as tensões de tração dentro da prótese fixa quando uma força mastigatória é exercida na superfície oclusal próxima a esta área.
Cimentos provisórios (temporários) são indicados para fixação de restaurações temporárias usadas entre as consultas clínicas necessárias para finalizar a restauração definitiva. Como as restaurações temporárias frequentemente precisam ser removidas durante o tratamento, os cimentos provisórios devem ter uma resistência relativamente baixa e ser facilmente manipulados. Eles também não devem irritar a polpa. Cimentos definitivos devem permanecer em função pelo maior tempo possível e devem apresentar propriedades para tal.
· Vernizes Cavitários: os típicos vernizes cavitáriossão principalmente gomas naturais, como os copais ou colofónia;ou resinas sintéticas dissolvidas em solventes orgânicos, como acetona, clorofórmio ou éter.Eles formam uma camada sobre o dente por meio da evaporação do solvente e geralmente não são aplicados em espessura suficiente para promover o isolamento térmico desejado. A literatura geralmente sugere que os vernizes reduzem a irritação pulpar. Esta conclusão é comumente tirada de estudos in vitro que mostram uma redução da infiltração de fluidos irritantes através das margens. Observações clínicas baseadas na sensibilidade dentária relatada pelos pacientes confirmam a aplicabilidade clínica dos dados coletados in vitro. Os vernizes são também indicados para prevenir a penetração de produtos de corrosão do amálgama dentro dos túbulos dentinários; dessa forma, evitam a desagradável descoloração dentária frequentemente associada a restaurações de amálgama. Para se conseguir uma camada uniforme e contínua sobre todas as paredes do preparo cavitário, o clínico deve aplicar no mínimo duas camadas finas de verniz.
· Mecanismo de retenção: As próteses podem ser retidas por meios mecânicos ou químicos/adesivos (alguns se unem quimicamente ao dente e peça, outros se unem apenas ao dente e mecanicamente a peça) ou a combinação de ambos. Tanto o dente como a prótese possuem superfícies microscopicamente rugosas, assim o cimento preenche os sulcos irregulares ao longo das duas superfícies, assim o cimento pode resistir às tensões de cisalhamento ao longo da interface, sendo um princípio da retenção mecânica/imbricamento. A resistência da retenção depende da capacidade do agente de cimentação de resistir às forças aplicadas que podem agir no deslocamento da prótese. Para algumas situações apenas a retenção mecânica é insuficiente para garantir a retenção, e o molhamento incompleto das margens da prótese pode causar também vazios na superfície permitindo a penetração de fluidos, saliva, promovendo a reincidência da cárie ou soltamento da peça. A união adesiva/química química pode resistir à separação da interface e, dessa forma, melhorar a retenção. Cimentos aquosos de ácido poliacrílico promovem alguma união química por meio da capacidade dos ácidos acrílicos de quelarem componentes orgânicos e inorgânicos do dente. Cimentos resinosos que contém N-fenilglicina e glicidil metacrilato (NPG-GMA), fosfates polimerizáveis e 4-metacriloxiutil-trimetilato anidrido (4-META) parecem unir-se ao cálcio da dentina. Sistemas adesivos para união à dentina atuais, que são hidrófilos e podem penetrar nas porosidades da dentina resultantes do condicionamento ácido, exibem alta resistência de união por meio de retenção micromecânica.
-Selamento= preenchimento das irregularidades da superfície corretamente, relacionado com a adaptação da peça ao dente
-Microinfiltração= falhas no selamento promove a penetração de endotoxinas, provenientes de bactérias bucais causando inflamação pulpar e cárie secundária
· A eficiência do cimento depende da sua retenção e selamento
· Tipos de cimentos:
-Cimento de óxido de zinco e eugenol
-Cimento de fosfato de zinco
-Cimento de hidróxido de cálcio
-Cimento de ionômero de vidro
· A seleção da base depende da forma do preparo cavitário, do tipo de material restaurador direto a ser usado e da proximidade da polpa relacionada com a parede cavitária. Para restaurações de amálgama, o hidróxido de cálcio e o OZE se prestam como materiais apropriados para serem usados sozinhos como base. Para restaurações diretas de ouro, deve-se usar um material mais resistente para base, como o fosfato de zinco, policarboxilato de zinco ou CFV. Dessa forma, nos casos em que é desejável a aplicação de um forramento de hidróxido de cálcio ou
OZE na parede pulpar da cavidade, o ferrador deve ser coberto com um cimento resistente.Para restaurações com resinas compostas, o hidróxido de cálcio e os CIVs aplicados como uma fina base apresentam um comportamento satisfatório para esse propósito.Observe que o uso de uma base em conjunção com restaurações de amálgama ou ouro de folha não previnem a microinfiltração e a penetração de ácidos. Se um verniz cavitário ou sistema adesivo dentinário for selecionado para melhorar a selagem da restauração, será o tipo de base que ditará a ordem de aplicação dos materiais. Se um cimento de fosfato de zinco for usado para a base, o material de selagem deve ser aplicado às paredes cavitárias antes da colocação da base. Por outro lado, se o cimento da base for biocompatível (p. ex., hidróxido de cálcio, OZE, policarboxilato de zinco ou CIV), o cimento deverá ser colocado primeiro, seguido da aplicação do agente de selagem, que é feita após o endurecimento do material da base.
CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL:
· Geralmente dispensados na forma de pó de óxido de zinco e um líquido com eugenol, ou às vezes, na forma de duas pastas
· pH aproximadamente 7 no momento da aplicação, faz com que sejam menos irritante
· Não é muito resistente
· Composição:
· Pó: óxido de zinco, resina de trembetina (diminui a fragilidade), acetato de zinco (acelerador), estearato de zinco (resistência) e polímero de metil metacrilato/alumina (resistência)
· Líquido: eugenol (ácido fraco, fenol, derivado do óleo de cravo), ácido acético (acelerado/iniciador), óleo de oliva (plastificador), EBA (ácido etoxi benzóico-resistência e quelação-molécula interligado por metal)
· O mecanismo de presa consiste na hidrólise do óxido de zinco e uma reação entre o hidróxido de zinco com o eugenol para formar um quelato. A água que é um subproduto da reação é necessária para iniciar a reação. Por isso, a reação ocorre mais rapidamente em ambiente úmido e em alta temperatura.
ZnO + Eugenol -> Eugenolato de Zinco (sal/quelante- moléculas interligadas através do zinco)
1. ZnO+H2O -> Zn(OH)2
2. Zn(OH)2 (hidróxido de zinco) + 2HE (eugenol) -> ZnE2 ( eugenol ácido de zinco)+ H2O
· A água hidrolisa o óxido de zinco, tornando-o hidróxido de zinco. A seguir, duas moléculas de eugenol reagem com o hidróxido de zinco para formar sal eugenolato de zinco e água.
· Classificação:
· Tipo I: cimentação de restauração provisória (A resistência do cimento temporário deve ser suficientemente baixa para permitir a remoção da restauração sem traumatizar o dente e danificar a restauração. Ele sela a cavidade, surpreendentemente bem, contra o ingresso de fluidos orais durante um curto espaço de tempo; consequentemente, a irritação causada pela microinfiltração é minimizada.)
· Tipo II: cimentação permanente (não é mais utilizado por não ser resistente) e restauração provisória de próteses fixas de longa duração
· Tipo III: restauração temporária de baixa duração e base para isolamento térmico
· Tipo IV: forramento de cavidades (desuso) (proteção do complexo dentina-polpa).
· Indicado para:
· Cimentação provisória (já que não é tanto resistente) e permanente (desuso)
· Restauração temporária (6 meses a 1 ano que dura na boca- pois não é tão resistente) - cavidade que antes não existia mas passou a existir pela cárie ou pelo preparo cavitário
· Base - de restauração definitiva (base para receber material restaurador em cavidades profundas)
· Material de moldagem
· Cimento cirúrgico (depois da cirurgia para manter suturas por alguns dias)
· Obturadores de canal- bom preenchimento/selamento dos condutos radiculares (quando existe cavidade na retirada de nervo, vasos, polpa radicular no tratamento endodôntico, é preenchida, vedando o espaço. O procedimento do canal pode ser indicado em casos de cáries mais profundas, quando a lesão chega a atingir a polpa do dente) 
· Material intermediário entre a cavidade profunda e restauração definitiva, substituto mecânico da dentina e isolante térmico
· Proporção:
1 colher medidora de pó:1 gota de líquido (P/L)
· Espátula: n° 36 (mais rígida) ou 24
· Tempo de espatulação: 40-60s (cimento reforçado/melhorado)
· Necessita adquirir consistência de massa de vidraceiro ou miolo de pão
· Seguir recomendação do fabricante na bula
· O resfriamento daplaca de vidro reduz a velocidade da reação de presa, aumentando o tempo de trabalho e presa, a não ser que a temperatura esteja abaixo do ponto de orvalho (formação de gotículas na placa). Abaixo desse ponto, a água condensada é incorporada à mistura e a reação de presa é acelerada.
· A presença de eugenol livre residual do cimento provisório reconhecidamente interfere na polimerização apropriada das resinas compostas; vários tipos de ácidos carboxílicos podem ser usados para substituir o eugenol e produzir um cimento semelhante ao OZE. O material metálico exemplo amálgama …………………………………………………….
· Propriedade:
· Efeito bactericida (interessante para remoção de cárie)
· Isolamento térmico e elétrico
· pH biocompatível (7)
· Pouco irritante em cavidades não profundas (1- 0,5 mm de distância da polpa é irritativo - desvantagem)
· Sedativo: efeito anódino (calmante) - interrompe um pouco o impulso da dor
· Excelente selador
· Inibe a polimerização das resinas compostas restauradoras e do sistema adesivo, o eugenol não pode ser utilizado como base ou forramento pois não pode estar em contato com a resina restauradora pois inibe seu endurecimento. (desvantagem)
· Radiopaco- visualiza a alteração na radiografia
· Baixa solubilidade (bom para restauração provisória)
· Manipulação simples
· Sabor desagradável (desvantagem)
PRÁTICA - CIMENTO DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL
· Tempo de espatulação ou manipulação: 60s (cimento reforçado)
· Tempo de trabalho: espatulação (60s) + presa (4min) - inserido já na cavidade
· Tempo de presa inicial: 5min (paciente já pode ser dispensado - endurecimento inicial) melhor esperar mais ou menos mais 2 min
· Tempo de presa final: Completa reação química do material, e varia de acordo com o tipo de material, durante esse tempo o dente precisa de proteção (evitar alguns alimentos duros) e não pode ser trabalhado.
 convencional: 24h
 reforçado: 5 min
· Mexer suavemente de cima para baixo o frasco do material de pó para descompactar o pó antes de abrir
· Mexer suavemente de cima para baixo o frasco do líquido antes de abrir para homogeneizar
· Manipular no centro da placa
· Primeiramente coloca o pó e depois o líquido (frasco do líquido inclinado a 90° da placa de vidro)
· Divide o pó ao meio com a espátula
· Leva metade do pó ao líquido e depois a outra metade
· Angulação da espátula paralela a placa
· Espatulação rigorosa e de forma elíptica (pressão na ponta da espátula)
· Segurar com a palma da mão, com dedão e indicador fazendo pressão mais próximo da ponta ativa, mas não segurar na ponta ativa da espátula
CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO
· Mais antigo dos agentes cimentantes, serve como padrão para comparação
· Cimentação de peça protética é mais utilizado
· Composição: 
· Pó: ZnO (90%), MgO (10%), SiO2 (0-5% - resistência) e Bi2O2 (0-5% - resistência)
· Líquido: H3PO4 (45-64%), H2O (30-55%), Fosfato de alumínio* (2-3%) e Fosfato de zinco (0-9%)*
** Diminuem o potencial do H3PO4 o qual é muito agressivo, para 33% na forma livre. Quando o ácido mistura com o pó volta a ter concentração de 45-64%, pois a função do fosfato de zinco e alumínio acaba
· O cimento de fosfato de zinco tem reação química exotérmica. Quando o pó é misturado ao líquido, o ácido fosfórico ataca a superfície das partículas e libera íons zinco para o líquido. O alumínio, que forma um complexo com o ácido fosfórico, reage com o zinco, produzindo um gel de aluminiofosfato de zinco sobre a superfície da porção remanescente das partículas. Dessa forma, o cimento que já tomou presa é uma estrutura formada por núcleos constituídos de partículas de óxido de zinco que não reagiram, embebidas em uma matriz coesiva e amorfa de aluminiofosfato de zinco.
· Classificação 
· Tipo I: cimentação de peças protéticas ou de bandas ortodônticas (mais rígido, desuso)
· Tipo II: base forradora cavitária (difícil de encontrar)
· Propriedades do cimento de fosfato de zinco:
A presença de ácido fosfórico, faz com que seja alta a acidez no momento em que a prótese é colocada sobre o dente. Dois minutos após a mistura o pH do cimento está entre 1,6-3.(comum sensibilização) O pH aumenta mas mesmo assim no final é de apenas 5. O pH crítico do esmalte é 5,5, assim ocorre o prejuízo reversível do esmalte que começa a dissolver. O pH crítico da dentina é de 6-6,5, ocorrendo a desmineralização reversível às vezes pelo tamponamento (libera cálcio e fosfato) e remineralização. O aumento do pH após a presa final(24h) é aproximadamente 7. Se não manipular adequadamente o pH final pode ser 2-3 e provoca a desmineralização excessiva. 
· Retenção:
O cimento não envolve qualquer reação com o tecido mineralizado circundante ou outros materiais restauradores. A adesão principal ocorre pelo imbricamento mecânico( entrelaçar/ preencher espaços vazios, solta pela tração, suporta compressão) nas interfaces e não por meio de interações químicas, ou seja, se dá pelo próprio atrito das partículas do cimento entre o dente e a peça fixada. A espessura de película de no máximo 25 um é satisfatória. 
*Quanto mais viscoso menos solúvel se torna (melhor estabilidade ao longo do tempo diante a cavidade bucal- base cavitária)
· Manipulação: 
· Utilizar placa de vidro grossa (favorece a liberação de calor, por si só vai ser mais gelada)
· Devido ao fato da reação ser exotérmica (liberação de calor) é necessário usar maior área de placa possível para sair o calor da placa
· Dispensar o líquido somente no momento da espatulação (primeiro o pó depois o líquido e tem que ser na hora da espatulação pois se for perdido água ou outro componente volátil altera a proporção pó/líquido)
· Proporção pó/líquido: cimentação base protética- 1 medida pequena (colher com 3 riscos) para 3 gotas do líquido (1:3) ou 1 medida grande (colher com 4 riscos) para 4 gotas (1:4)
· Proporção Pó/líquido: Base forradora- 1 medida grande(colher com 4 riscos) para 3 gotas (sobra mais pó, material mais resistente e consistente)
· Espatulação rigorosa (a fim de ter maior contato do líquido com o pó durante o tempo de trabalho)
· O resfriamento da placa aumenta o tempo de trabalho porém a placa precisa estar seca sem ponto de orvalho
· Tempo de presa inicial: 5 a 8 min
· Conservar frascos entre 20-25°C (se ficar amarelo o líquido, o ácido não ioniza tanto quanto necessário, assim tem de trocar o líquido)
· Maior contato do líquido com o pó é melhor
· Divisão de pó:
· Divide ao meio vertical e horizontal formando 4 quadrantes
· Divide o último quadrante ao meio formando 2 metades, sendo que uma dessas metades é dividida ao meio novamente
Depois dessas 3 etapas que pinga as 4 ou 3 gotas de líquido
· A última parte dividida vai ser misturada ao líquido por 10 segundos, a outra parte dividida (1/16) vai também ser misturada por 10 segundos logo após
· Depois a outra (⅛) por 10 segundos
· 2° quadrante misturado do pó por 15 segundos
· 3° quadrante misturado por 15 segundos
· 1° quadrante misturado por 30 segundos ao líquido
· Assim, utilizando uma pequena quantidade de pó misturado ao líquido, garante que a porção do pó se desintegre bem (ácido do líquido ataca bem as partículas) e depois ataca menos e depois menos ainda o do 1° quadrante. Tem que garantir que forme a matriz através das pequenas porções do início e no final garante que as partículas vão estar aprisionadas
· No final: 
 cimentação- consistência tipo I: fluida e quando levantada forma um fio de mais ou menos 3 cm
 base- consistência tipo II: maior viscosidade e maior consistência, quando levantada forma um fio de 1 cm
· Vantagens:
· Alta resistência à compressão após 24h
· Estabilidade dimensional (coeficiente de expansão térmica linear semelhante ao da dentina e esmalte)
· Isolante térmico e elétrico
· Baixo custo em relação a cimentos resinosos
· Desvantagens:
· Solubilidade alta e desintegra com o tempo (quando bem adaptado a espessura de 25 um de folga dura bastante tempo de 30-40 anos e a solubilidade tem pouca importância).A alta solubilidade pode induzir à perda do cimento necessário para a retenção e pode criar sítios de retenção de placa.
· Acidez provoca irritação pulpar (precisa de um material intermediário como o óxido de zinco e eugenol ou hidróxido de cálcio)
· Técnica de manipulação sensível e complexa (várias etapas)
*OBS: Utiliza resina composta em coroa de porcelana, para bases metálicas o cimento
AULA PRÁTICA CIMENTO DE FOSFATO DE ZINCO
· Coloca o pó no canto superior e líquido no centro (lembrar de descompactar e o pó e homogeneizar o líquido- balançando o frasco suavemente)
· Tempo de manipulação:90 segundos
· Tempo de trabalho: 2,5 min a 3 min
· Tempo de presa: 5-8 min
· Tem dois tipos de divisões de pó: o clássico (escrito acima) e o outro:
10s
10s
10s
10s
10s
10s
Nesse totaliza-se 90 segundos segundo que os últimos 30s é misturar
· A divisão que vai ser utilizada é a descrita na bula do cimento
· Na prática utilizou-se: 2 medidas pequenas de colher do pó e 6 gotas do líquido
· Na aula fizemos as duas divisões
CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
· Principal material usado para forramento cavitário. 
· Terapêutico
· Não tem grande resistência mecânica
· Não serve para restauração temporária (é muito solúvel)
· Material de escolha para:
· Cavidades profundas (material alcalino, favorável para regeneração da polpa)
· Quando há riscos de exposição pulpar
· Quando há exposições e micro exposições da polpa coloca o pó de hidróxido de cálcio (princípio ativo)- alcalino, leva a cauterização da polpa que permite se recuperar e em cima do pó coloca o cimento de hidróxido de cálcio para realizar o selamento, embora seja pequeno o selamento, mas é garantido pelo material que irá colocar sobre ele.
Forradores Cavitários
O hidróxido de cálcio, usado como forrador cavitário, é uma suspensão com um solvente e um agente espessante. Quando é colocado sobre a parede pulpar, o solvente evapora, deixando uma fina camada de hidróxido de cálcio. O forramento não possui uma resistência mecânica suficiente ou uma capacidade de isolamento térmico, mas pode neutralizar ácidos que migram para a polpa, além de induzir à formação de dentina reparadora.
Bases
Os cimentos são geralmente fornecidos em um sistema de duas pastas com partículas de carga radiopacas; a reação de presa ocorre entre o hidróxido de cálcio e o salicilato, originando o dissalicilato de cálcio. Um material para base em pasta única fotoativado também está disponível. Ele pode ser usado para forramento cavitário, ou aplicado como material para capeamento pulpar direto.
· Composição:
· Fina camada de 0,2-0,5mm
· O hidróxido de cálcio, por sua ação terapêutica, pode se apresentar na forma de pó, solução, suspensão, pasta única (pó agregado a um veículo) ou em um sistema pasta/pasta. Este último, o mais utilizado atualmente, é encontrado em pastas base e catalisadora que, quando misturadas, tomam presa rapidamente.
· Formas: 
-Convencional (químico)- pasta base e pasta catalisadora tempo de trabalho de 2,5-5,5 min
-Fotopolimerizável: uma pasta e incide o fotopolimerizador que a endurece, maior resistência a compressão, menor solubilidade, tempo de trabalho controlado
· Características
· Impermeáveis aos monômeros residuais das resinas compostas (quando a resina composta é colocada acima, essa nem sempre polimeriza 100%, alguns monômeros não conseguem se converter em polímeros e conseguem chegar a polpa através dos túbulos dentinários, porém quando coloca o hidróxido de cálcio embaixo da resina, consegue restringir o caminho dos monômeros para a polpa, formando uma barreira)
· Isolante elétrico ( não é térmico por causa de sua espessura fina)
· Não é irritante (inicial e reversível na polpa)
· Solubilidade (7%, alta, se fica exposta na cavidade bucal será solubilizado)
· Não possui adesão, selamento ruim
· Curto tempo de trabalho
· Vantagens:
· Alcalinidade
· Bactericida e bacteriostático (está relacionada à dissociação iônica em íons hidroxila e íons cálcio. A liberação de íons hidroxila altera as propriedades da membrana citoplasmática bacteriana, incluindo alteração do pH, prejudicando funções vitais como metabolismo, crescimento e divisão celular.)
· Favorece o reparo da polpa
· Isolante elétrico
· Neutraliza o pH de ácidos (pois é alcalino, utiliza-se na dentina que foi removida recentemente a cárie que está um pouco ácida ainda)
*A dissociação do hidróxido de cálcio em íons cálcio ativa enzimas teciduais como a fosfatase alcalina, estimulando a produção de dentina secundária. Além disso, o pH básico do hidróxido de cálcio é levemente irritante para o tecido pulpar vivo, gerando uma necrose superficial das células pulpares em contato com o cimento ou próximas a ele. Essa necrose celular faz as células mesenquimais indiferenciadas se diferenciarem em odontoblastos, os quais produzirão dentina reparadora e ponte de dentina.
· Desvantagens:
· Não se adere à dentina
· Menor resistência mecânica
· Ataque ácido pode degradá-lo (se tiver reação ácido-base perde sua função, exemplo quando aplica ácido sobre o hidróxido de cálcio)
· Altamente solúvel

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