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CEL0066-WL-A-RA-08-Interdisciplinaridade x Pedagogia

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Educação Ambiental
WEB AULA�Disciplina:
CEL0066��Aula:
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Interdisciplinaridade x Pedagogia�Folha:
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10/06/2013��
	APRESENTAÇÂO DA DISCIPLINA:
EDUCAÇÂO AMBIENTAL
Atualmente, o cenário do meio ambiente está apresentado de forma preocupante: impactos ambientais sérios unidos a desastres naturais e catástrofes. É percebido que a cultura humana, desde seus primórdios (a partir da análise de sambaquis), é de uso e exploração desenfreada do meio natural e seus recursos, muitos deles não renováveis no tempo de vida do homem.
Surge, com isso, a necessidade de implantação de uma ferramenta de conscientização social sobre a necessidade de preservação da natureza: A Educação Ambiental. Este instrumento, disponibiliza em caráter multidisciplinar ao estudante, conteúdos e capacidades de analisar e discutir os aspectos do meio ambiente relacionados ao contexto educacional, principalmente o brasileiro.
Esta discussão de educação ambiental será feita através da produção projetos e atividades práticas multidisciplinares na compreensão da disciplina como instrumento de transformação de posturas, condutas e hábitos socioambientais na escola e na comunidade.
São determinações do século XXI a reavaliação permanente de nossas crenças e das formas habituais de lidar com as situações, além da possibilidade para rever o passado e adicionar o novo na construção da realidade. Ao final da era industrial, o homem tinha que se adaptar aos produtos oferecidos e se contentar com uma demanda maior que a oferta. Neste momento, o foco deixa de ser o produto e passa a ser a(s) necessidade(s) do homem. Desta forma, começam a surgir preocupações quanto às relações estabelecidas entre as pessoas e um olhar mais atento às diferenças entre elas. Este é o início de propostas de resoluções de conflitos mais direcionadas ao respeito e diálogo entre as pessoas.
	BIBLIOGRAFIA
Fique atento aos livros que servirão de base para o conteúdo das aulas, bem como para sua consulta:
DIAS, Genebaldo Freire. Dinâmicas e instrumentação para educação ambiental. São Paulo: Gaia, 2010.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia 2010.
MARTHA, Tristão. Educação ambiental na formação de professores: redes de saberes . São Paulo: Annablume, 2004.
PANOCCHESCHI, Bruno (Coord.). Educação ambiental: experiências e perspectivas. v1, n2c, 2003. serie documental.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo (editor). Saneamento, saúde e ambiente. São Paulo: Manole, 2005.
PHILIPPI JUNIOR, Arlindo; PELICIONI, Maria Cecïlia. Educação ambiental e sustentabilidade. São Paulo: Manole 2005.
RUSCHEINSKY, Aloísio et al.. Educação ambiental. São Paulo: Artmed, 2002.
SATO, Michele; CARVALHO, Isabel. Educação ambiental: Pesquisa e Desafios. São Paulo: Artmed, 2005.
	AVALIAÇÃO:
A Avaliação é contínua, com ênfase nos aspectos colaborativos, incluindo tarefas grupais, e contempla o diagnóstico, o processo e os resultados alcançados por intermédio de avaliações diagnóstica, formativas e somativas, considerando os aspectos de autoavaliação.
A avaliação somativa da aprendizagem é realizada presencialmente pelo aluno no Polo de EAD da Estácio e segue a normativa da universidade, se constituindo em AV1, AV2 e AV3, sendo realizada de acordo com o calendário acadêmico divulgado para o aluno.
Durante o Curso, os alunos realizaram atividades propostas compostas de questões objetivas e discursivas referentes ao domínio cognitivo nos níveis de conhecimento, compreensão, aplicação, síntese e avaliação do conteúdo do Curso. Os exercícios discursivos são corrigidos e comentados pelo professor. Os exercícios objetivos possuem resposta automática, o que permite que o aluno saiba imediatamente a sua performance.
	OBJETIVO DA AULA
Aula 8: Interdisciplinaridade x pedagogia:
Nesta aula, discutiremos os requisitos a relação da educação ambiental com outras áreas do conhecimento e da vida do homem em sociedade. Veremos também as correntes pedagógicas em educação ambiental.
==XXX==
Resumo Aula (Waldeck Lemos)
Fonte: Web-Aula Estácio.
	
	8ª AULA – Interdisciplinaridade x Pedagogia
	
	TELA_01: 8ª AULA – Interdisciplinaridade x Pedagogia
	
	TELA-02: Objetivo desta Aula:
Ao final desta aula, você será capaz de:
 Entender a relação da educação ambiental com outras áreas do conhecimento e da vida do homem em sociedade.
Reconhecer as correntes pedagógicas em educação ambiental.
	TELA-03: Interdisciplinaridade x Pedagogia
Introdução:
Na concepção de Severino (2006, apud Terossi e Santana, 2010), a educação é considerada “um investimento formativo do humano, seja na particularidade da relação pedagógica pessoal, seja no âmbito da relação social coletiva” (SEVERINO, 2006, p. 621).
Já, Rodrigues (2001 apud Terossi e Santana, 2010) ressalta que a educação, além da aquisição de habilidades e conhecimentos, deve ser formadora do ser humano integral. De acordo com este autor “[...] a educação é o processo integral de formação humana, pois cada ser humano ao nascer necessita receber uma nova condição para poder existir no mundo da cultura” (p. 1).
Também podemos dizer que a educação é uma ação social, pois se educa em contato com o outro nas relações com os demais indivíduos da sociedade. É também uma ação política, intencional e não é neutra (SANTANA, 2005; TOZONI-REIS, 2004).
Introdução:
Destacando o caráter político da educação, entende-se que o fazer e o pensar educativo apresentam diferentes posicionamentos, que possibilitam variadas concepções com referenciais epistemológicos, filosóficos, políticos e pedagógicos que precisam ser explicitados para a compreensão das práticas pedagógicas (SANTANA, 2005; TOZONIREIS, 2004). Em outros termos, “diferentes visões do processo educativo engendram propostas educativas com características próprias” (CARVALHO, 2006, p.21).
A partir disso, que tal conhecermos essas concepções para podermos discutir criticamente a educação ambiental como fator interdisciplinar pedagógico?
	TELA-04: Interdisciplinaridade x Pedagogia
Para entendermos a interdisciplinaridade da educação ambiental, precisamos voltar às concepções da educação em sua origem, além de reconhecermos suas bases teóricas. Para isso, vamos acompanhar o texto de Pelicioni (2009):
Desde a antiguidade, a educação tem sido influenciada por diferentes fatos históricos, por diferentes momentos socioeconômicos e políticos, produzindo assim diferentes concepções: o pensamento pedagógico oriental, o grego, o romano, o medieval, o renascentista, até chegar ao pensamento pedagógico moderno.
Em cada um desses períodos, destacaram-se escolas significativas de pensamento, citadas por ordem cronológica e analisadas por Gadotti em ‘História das ideias pedagógicas’, segundo o qual, seguiram o pensamento pedagógico iluminista (Russeau, Pestalozzi, Herbart); o pedagógico positivista (Spencer, Durkheim, Whitehead), que reforça a educação tradicional; o socialista (Marx, Lenin, Makarenco, Gramsci); o pedagógico da Escola Nova (Dewey, Montessori, Claparède, Piaget); pedagógico fenomenológico-existencialista (Buber, Korczak, Gusdorf, Pantillon); o pedagógico antiautoritário (freinet, Rogers, Lobrot) e o pedagógicocrítico (bordieu-Passeron, Baudelot – Establet, Giroux).
	TELA-05: Interdisciplinaridade x Pedagogia
O pensamento pedagógico do terceiro mundo tem representantes na África (Cabral, Nyerere, Faundez) e na América Latina (Gutiérrez, Torres, Nidelcoff, Emília Ferrero e Tedesco).
O pensamento pedagógico brasileiro pode ainda ser subdividido em liberal (Fernando Azevedo, Lourenço Filho, Anísio Teixeira, Maciel de Barros) e progressista (Paschoal Lemme, Vieira Pinto, Paulo Freire, Rubem Alves, Mauricio Tragtenberg e Demerval Saviani, Moacir Gadotti).
Resultante dessas formas de pensar o homem, o mundo, a cultura, a sociedade e a escola no Brasil, as teorias mais utilizadas foram, segundo Mizukami, a teoria ou abordagem tradicional (Durkheim, Chartier), a teoria comportamentalista ou behaviorista (Skinner), a teoria humanista (Neill, Rogers), a teoria cognitivista (Piaget, Bruner, Aebli, Furth) e a teoria sociocultural (Paulo Freire, Moacir Gadotti). Todas tiveram, de alguma maneira, influência sobre as que se seguiram. Algumas perduraram no tempo e são utilizadas até hoje, principalmente a abordagem tradicional. Para Morin: ‘as sociedades domesticam os indivíduos por meio de mitos e ideias que, por sua vez, domesticam as sociedades e os indivíduos, mas os indivíduos poderiam reciprocamente domesticar as ideias ao mesmo tempo que poderiam controlar a sociedade que os controla [...] uma ideia ou teoria não deveria ser simplesmente instrumentalizada, nem impor seu veredicto de modo autoritário; deveria ser relativizada e domesticada. Uma teoria deve ajudar e orientar estratégias cognitivas que são dirigidas por sujeitos humanos [...].
Entretanto, são as ideias que nos permitem conceber as carências e os perigos da ideia. Daí resulta este paradoxo incontornável: devemos manter uma luta crucial contra as ideias, mas somente podemos fazê-lo com a ajuda das ideias.
	TELA-06: Interdisciplinaridade x Pedagogia
a) Teoria Tradicional ou Clássica:
Também chamada de educação bancária por Paulo Freire, tem como característica depositar no aluno conhecimentos, informações, dados e fatos que são acumulados como um produto. Ela propicia a formação de hábitos e reações estereotipadas, isto é, aplicáveis apenas a situações idênticas às vivenciadas anteriormente. O passado é visto sempre como um modelo para conservar a sociedade e manter o status quo. É centrada na transmissão, na passagem de conhecimento do educador para os educandos, historicamente acumulado por meio da memorização. A relação entre professor é vertical, autoritária e não há intenção de reflexão sobre as informações recebidas. O professor expõe conteúdo, os alunos memorizam e reproduzem por meio da expressão verbal escrita e oral a sua fala ou a temática apresentada em livro-texto. As atividades intelectuais são privilegiadas e a experiência prática desconsiderada.
Preferencialmente são utilizadas a aula expositiva e a palestra. A avaliação é feita por meio de exames do conteúdo do currículo transmitido pelo professor, que é organizado em disciplinas separadas.
	TELA-07: Interdisciplinaridade x Pedagogia
b)Teoria Crítica:
Vai contra os conceitos da escola tradicional e se baseia em algumas ideias humanistas e cognitivas de Giroux, de Piaget e na fenomenologia-existencialista de Buber e Pantillon; no socialismo de Marx e principalmente nas ideias socioculturais de Paulo Freire, representando uma síntese de todas elas.
A abordagem sociocultural de Paulo Freire é interacionista e situa o ser humano no tempo e no espaço, inserido num contexto socioeconômico, político e cultural que o influencia. Enquanto sujeito da educação, reflete criticamente sobre seu ambiente concreto e sobre sua realidade, tornando-se gradualmente consciente e comprometido. Assim, torna-se capaz de intervir e transformar o mundo.
Para esse autor, o ser humano possui raízes, está no mundo e com o mundo. É um ser de práxis, entendida como ação e reflexão sobre o mundo com o objetivo de transformá-lo. Ao refletir, criticar e criar a cultura, responde aos desafios que encontra, estabelece relações com os outros homens e enfrenta as estruturas sociais. Cultura. Segundo Freire, é o resultado do esforço criador e recriador da atividade humana, de seu trabalho por transformar e estabelecer relações dialogais com outros homens.
A história é feita, então, a partir das respostas dadas pelo ser humano à natureza, aos outros seres humanos e às estruturas sociais. É feita por uma cadeia contínua de épocas, caracterizada por valores, aspirações, necessidades e motivos.
A educação se faz pela aproximação, pelo desvelamento crítico e contínuo da realidade e, portanto, pelo processo de conscientização. Assim, “é preciso que se faça desta tomada de consciência o objetivo principal de toda a educação: provocar e criar condições para que se desenvolva uma atitude de reflexão crítica, comprometida com a ação.”
A educação crítica e problematizadora tem de ser forjada com o oprimido e não para o oprimido. E a pedagogia do oprimido, base da teoria sociocultural, faz da opressão e de suas causas o objeto de sua reflexão, possibilitando ao ser humano lutar por sua libertação e superar a relação opressor-oprimido por meio de uma situação de ensino-aprendizagem que desenvolva a consciência crítica e a liberdade, isto é, que possa transformar a situação concreta que gera a opressão.
A relação educador-educando é dialógica e horizontal. O educador engajado em uma prática transformadora busca desmistificar a cultura dominante, as mensagens dos meios de comunicação de propriedade de grupos oligárquicos, busca analisar as contradições da sociedade, preparar os educandos para uma reflexão crítica, cooperação e organização para solucionar problemas comuns, trabalhando em grupo. A educação não se restringe às instituições formais, mas realiza-se também entre os diferentes grupos da sociedade, de maneira informal.
	TELA-08: Interdisciplinaridade x Pedagogia
Agora que conhecemos as teorias pedagógicas que possibilitaram a visão de educação atual, podemos entender a interdisciplinaridade da educação ambiental. O texto de Pelicioni e Philippi Junior (2009) irá nos ajudar a compreender melhor esses novos conceitos:
A educação ambiental exige um conhecimento aprofundado de filosofia, da teoria e história da educação, de seus objetivos e princípios, já que nada mais é do que a educação aplicada às questões de meio ambiente. Sua base conceitual é fundamentalmente a Educação e, complementarmente, as Ciências Ambientais, a História, as Ciências Sociais, a Economia, a Física, as Ciências da Saúde, entre outras.
	TELA-09: Interdisciplinaridade x Pedagogia
As causas socioeconômicas, políticas e culturais, geradoras dos problemas ambientais, só serão identificadas com a contribuição dessas ciências. No entanto, a educação ambiental não pode ser confundida com elas. Assim, educação ambiental não é ecologia, mas utilizará os conhecimentos ecológicos sempre que for preciso.
É impossível mudar a realidade sem conhecê-la objetivamente. Dessa forma, o desenvolvimento de um processo de educação ambiental implica que se realize logo de início um diagnóstico situacional, a partir do qual deverão ser estabelecidos os objetivos educativos a serem alcançados.
Não se trata apenas de entender e atuar sobre a problemática ecológica e na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas como ocorreu, historicamente, até a década de 1970. Trata-se, isso sim, de estabelecer relação de causa e efeito dos processos de degradação com a dinâmica dos sistemas sociais.
	TELA-10: Interdisciplinaridade x Pedagogia
A Ecologia, desde seu surgimento, só se ocupou do equilíbrio entre os ecossistemas, do meio ambiente natural e do estudo das relações entre os seres vivos e não vivos, sem estabelecer relação entre esses e o sistema socioeconômico. Embora reconhecesse os resultados da ação antrópica, havia a preocupação com os efeitos, mas não com os fatores que o causaram, nem com a identificação de estratégias para mudança, prevalecendo, portanto,uma visão extremamente reducionista.
	TELA-11: Interdisciplinaridade x Pedagogia
A educação conservacionista, ideia que antecedeu à educação ambiental, tem como foco o manejo dos recursos naturais. Seu conteúdo baseia-se nas ciências biológicas e na crença de que a tecnologia tem potencial para solucionar os problemas aí gerados, indicando como causas a falta de conhecimento e de comportamento adequados. Ela persiste e até hoje é utilizada por alguns educadores para desenvolver atividades pontuais.
Aos poucos, foi ficando claro que a Ecologia por si só não dá conta de reverter, de impedir ou de minimizar os agravos ambientais, os quais dependem de formação ou mudanças de valores individuais e sociais, que devem expressar-se em ações que levem à transformação da sociedade por meio da educação da população.
	TELA-12: Interdisciplinaridade x Pedagogia
A educação ambiental, por conseguinte, utiliza subsídios da Ecologia e de diferentes áreas como Geografia, História, Psicologia, Sociologia, entre outras, mas tem como base a Educação e a Pedagogia na identificação dos métodos de trabalho.
Essa visão contextualizadora vem superar a fragmentação do conhecimento decorrente das especialidades que tiveram origem no pensamento de Descartes e Bacon.
Para terminar nosso assunto de hoje, leia o texto de Terossi e Santana (2010). 
(Ver Leitura Complementar). CEL0066-WL-LC-08-01-Educação Ambiental - Algumas Considerações.
	TELA-13: Interdisciplinaridade x Pedagogia
Conclusão:
A Educação Ambiental não deve ser apontada como a solução para todos os problemas ambientais, como se a esperança atribuída à educação, por si só, fosse capaz de proporcionar transformações na sociedade, como uma “panaceia” (SANTANA, 2005). A EA deve ser entendida como uma das possibilidades importantes entre as diversas outras existentes na sociedade (Terossi e Santana, 2010).
Percebemos também que, para pregar a educação ambiental e praticá-la, não nos basta conhecer ecologia, mas também reconhecer o que é educação.
	TELA-14: Interdisciplinaridade x Pedagogia
As atividades de educação ambiental devem levar em conta também os aspectos éticos, em que “não se considera apenas a realidade natural do homem, mas a sua dimensão histórico-social e a práxis como possibilidade de que os seres humanos ajam de forma intencional sobre as condições objetivas” (CARVALHO, 2006, p. 33).
Explique o porquê da importância do aspecto ético na educação ambiental para a formação do cidadão.
Gabarito:
A importância do aspecto ético nas atividades de educação ambiental para a formação do cidadão é necessária devido ao processo de construção de uma sociedade sustentável, onde podemos apontar alguns valores ambientalmente desejáveis identificados no “Tratado de educação global para sociedades sustentáveis e responsabilidade global”, apresentado na ECO-92 pela sociedade civil, tais como: o respeito e a valorização da biodiversidade; a valorização da comunidade de seres vivos de maneira ampla, incluindo os seres humanos, seus aspectos naturais e culturais; o desenvolvimento de valores como a responsabilidade, solidariedade, cooperação e diálogo, promovendo a participação de todos na construção de uma vida participativa.
	TELA-15: Interdisciplinaridade x Pedagogia
Leia o artigo: “A configuração das tendências educacionais e pedagógicas e da inclusão da educação ambiental: reflexões iniciais” de Virginia Machado Kurtz dos Santos.
www.seer.furg.br/remea/article/download/3322/1986
Leitura Complementar: CEL0066-WL-LC-08-02-A Configuração das Tendências Educacionais e Pedagógicas.
Nesta aula, você:
● Entendeu a relação da educação ambiental com outras áreas do conhecimento e da vida do homem em sociedade.
	TELA-16: Interdisciplinaridade x Pedagogia
Na próxima aula, conheceremos:
● A escola como promotora de preservação ambiental e da saúde.
● A questão da epidemiologia aplicada à educação ambiental.
	Registro de freqüência
Olá, agora você irá responder às questões e exercícios referentes ao registro de frequência desta aula. Como você já sabe a sua presença é computada a partir da finalização das atividades e exercícios que compõem este registro, e o procedimento é o mesmo a cada aula.
Lembre-se de que tais atividades e exercícios não valem ponto na avaliação da disciplina, mas são importantes para marcar sua presença na sala de aula virtual.
IMPORTANTE: Para concluir esse registro, clique em Registrar frequência no final das questões. Somente aparecerá esta opção caso você tenha respondido a todas as questões.
1. Sabemos que a educação tem um papel fundamental na superação da barbárie, pois enquanto prática intencional pode contribuir para quê?
1) Formação do ser humano.
2) Formação do aluno do ensino médio.
3) Formação do aluno do ensino superior.
4) Formação da criança e adolescente no contexto familiar.
5) Formação da pessoa jurídica.
Responder| Resposta correta
2. Aos poucos foi ficando claro que a ___________ por si só não dá conta de reverter, de impedir ou de minimizar os agravos ambientais, os quais dependem de formação ou mudanças de valores individuais e sociais que devem expressar-se em ações que levem à transformação da sociedade por meio da educação da população. Qual alternativa abaixo completa a lacuna conforme texto discutido em aula?
1) Ecologia
2) Filosofia
3) Ciências Ambientais
4) Geografia
5) História
Responder| Resposta correta
3. Resultante das formas de pensar, o homem, o mundo, a cultura, a sociedade e a escola no Brasil apresentaram teorias que tiveram influência sobre a educação. Quais são as duas teorias principais?
1) Clássica e Crítica.
2) Tradicional e Evolucionista.
3) Crítica e Dogmática.
4) Clássica e Imediatista.
Responder| Resposta correta
	
	SLIDES
	
	Aula 8 – Interdisciplinaridade x Pedagogia
Terceiro Fórum de Discussão
- Percebemos que é inevitável o crescimento da população humana no mundo e, juntamente com isso, o aumento de impactos ambientais. Porém, nosso problema não é apenas criar tecnologias de otimização e rapidez de produção de alimentos e gerar tratamento de resíduos, mas sim quais impactos esse crescimento trará para a Terra. Com isso responda:
- O aumento da população humana e o conseqüente crescimento do consumo podem causar que fenômenos prejudiciais a Terra e a vida inserida nela (incluindo aqui a vida animal e vegetal)? Como a educação ambiental pode trabalhar com os indicadores de meio ambiente para melhorar este quadro num futuro próximo?
Conteúdo Programático desta aula
- Entender a relação da educação ambiental com outras áreas do conhecimento e da vida do homem em sociedade.
- Reconhecer as correntes pedagógicas em educação ambiental.
Introdução
- Na concepção de Severino a educação é considerada “um investimento formativo do humano, seja na particularidade da relação pedagógica pessoal, seja no âmbito da relação social coletiva”.
- Já, Rodrigues ressalta que a educação, além da aquisição de habilidades e conhecimentos, deve ser formadora do ser humano integral. De acordo com este autor “[...] a educação é o processo integral de formação humana, pois cada ser humano ao nascer necessita receber uma nova condição para poder existir no mundo da cultura”.
- Também podemos dizer que a educação é uma ação social, pois se educa em contato com o outro, nas relações com os demais indivíduos da sociedade. É também uma ação política, intencional, não é neutra.
- Destacando o caráter político da educação, entende-se que o fazer e o pensar educativo apresentam diferentes posicionamentos, que possibilitam variadas concepções, com referenciais epistemológicos, filosóficos, políticos e pedagógicos que precisam ser explicitados para a compreensão das práticas pedagógicas.
- Em outros termos, “diferentes visões do processo educativo engendram propostas educativas com características próprias”.
- A partir disso, que tal conhecermos essas concepções para podermos discutir criticamente a educação ambiental como fator interdisciplinar pedagógico?
Histórico- Para entendermos a interdisciplinaridade da educação ambiental, precisamos voltar às concepções da educação em sua origem, além de reconhecermos suas bases teóricas.
- Desde a Antiguidade, a educação tem sido influenciada por diferentes fatos históricos e por diferentes momentos socioeconômicos e políticos, produzindo assim, diferentes concepções: o pensamento pedagógico oriental, o grego, o romano, o medieval, o renascentista, até chegar ao pensamento pedagógico moderno.
Em cada um desses períodos, destacaram-se escolas de pensamento significativas, citadas por ordem cronológica e analisadas por Gadotti em História das idéias pedagógicas, segundo:
Escolas de pensamento:
O pensamento pedagógico iluminista (Russeau, Pestalozzi, Herbart);
O pensamento pedagógico positivista (Spencer, Durkheim, Whitehead) que reforça a educação tradicional;
O pensamento socialista (Marx, Lenin, Makarenco, Gramsci);
O pensamento pedagógico da Escola Nova (Dewey, Montessori, Claparède, Piaget);
O pensamento pedagógico fenomenológico-existencialista (Buber, Korczak, Gusdorf, Pantillon);
O pensamento pedagógico antiautoritário (freinet, Rogers, Lobrot);
O pensamento pedagógico crítico (bordieu-Passeron, Baudelot – Establet, Giroux).
- O pensamento pedagógico do terceiro mundo tem representantes na África (Cabral, Nyerere, Faundez) e na América Latina (Gutiérrez, Torres, Nidelcoff, Emília Ferrero e Tedesco).
O pensamento pedagógico brasileiro pode ainda ser subdividido em pensamento brasileiro liberal (Fernando Azevedo, Lourenço Filho, Anísio Teixeira, Maciel de Barros) e no pensamento brasileiro progressista (Paschoal Lemme, Vieira Pinto, Paulo Freire, Rubem Alves, Mauricio Tragtenberg e Demerval Saviani, Moacir Gadotti).
Teorias
Resultante dessas formas de pensar o homem, o mundo, a cultura, a sociedade e a escola no Brasil, as teorias mais utilizadas foram:
A teoria ou abordagem tradicional (Durkheim, Chartier);
A teoria comportamentalista ou behaviorista (Skinner);
A teoria humanista (Neill, Rogers);
A teoria cognitivista (Piaget, Bruner, Aebli, Furth);
A teoria sociocultural (Paulo Freire, Moacir Gadotti).
- Todas as teorias tiveram de alguma maneira influência sobre as que se seguiram. Algumas perduraram no tempo e são utilizadas até hoje, principalmente a abordagem tradicional.
Teoria Tradicional ou Clássica:
- Também chamada de educação bancária por Paulo Freire, tem como característica depositar no aluno conhecimentos, informações, dados e fatos que são acumulados como um produto.
- Ela propicia a formação de hábitos e reações estereotipadas, isto é, aplicáveis apenas à situações idênticas às vivenciadas anteriormente.
- O passado é visto sempre como um modelo para conservar a sociedade e manter o status quo.
- É centrada na transmissão , na passagem de conhecimento do educador para os educandos, historicamente acumulados por meio da memorização.
- A relação entre professor é vertical, autoritária e não há intenção de reflexão sobre as informações recebidas, o professor expõe conteúdo e os alunos memorizam e reproduzem.
- A experiência prática é desconsiderada.
Teoria Crítica:
- Se baseia em algumas idéias humanistas e cognitivas de Giroux, de Piaget e na fenomenologia-existencialista de Buber e Pantillon, no socialismo de Marx, e principalmente nas idéias socioculturais de Paulo Freire, representando uma síntese de todas elas.
- A abordagem sociocultural de Paulo Freire é interacionista e situa o ser humano no tempo e no espaço, inserido num contexto socioeconômico, político e cultural que o influencia.
- Enquanto sujeito da educação, reflete criticamente sobre o seu ambiente concreto e sobre sua realidade, tornando-se gradualmente consciente e comprometido, torna-se capaz de intervir e transformar o mundo.
- A história é feita a partir das respostas dadas pelo ser humano à natureza, aos outros seres humanos e às estruturas sociais.
- É feita por uma cadeia contínua de épocas, caracterizada por valores, aspirações, necessidades e motivos.
- A educação se faz pela aproximação, pelo desvelamento crítico e contínuo da realidade e, portanto, pelo processo de conscientização.
- Assim, “é preciso que se faça desta tomada de consciência o objetivo primeiro de toda a educação: provocar e criar condições para que se desenvolva uma atitude de reflexão crítica, comprometida com a ação.”
- A relação educador-educando é dialógica e horizontal.
- O educador engajado em uma prática transformadora busca desmistificar a cultura dominante, as mensagens dos meios de comunicação de propriedade de grupos oligárquicos, busca analisar as contradições da sociedade, preparar os educandos para uma reflexão crítica, para a cooperação, para a organização, para solucionar problemas comuns, trabalhando em grupo.
- A educação não se restringe às instituições formais, mas realiza-se também entre os diferentes grupos da sociedade, de maneira informal.
Interdisciplinaridade
- A educação ambiental exige um conhecimento aprofundado de filosofia, da teoria e história da educação, de seus objetivos e princípios, já que nada mais é do que a educação aplicada às questões de meio ambiente.
- Sua base conceitual é fundamentalmente a Educação e complementarmente as Ciências Ambientais, a História, as Ciências Sociais, a Economia, a Física, as Ciências da Saúde, entre outras.
- As causas socioeconômicas, políticas e culturais geradoras dos problemas ambientais só serão identificadas com a contribuição dessas ciências.
- No entanto, a educação ambiental não pode ser confundida com elas. Assim, educação ambiental não é ecologia, mas utilizará os conhecimentos ecológicos sempre que for preciso.
- É impossível mudar a realidade sem conhecê-la objetivamente.
- Dessa forma, o desenvolvimento de um processo de educação ambiental implica que se realize logo de início um diagnóstico situacional, a partir do qual deverão ser estabelecidos os objetivos educativos a serem alcançados.
- Não se trata apenas de entender e atuar sobre a problemática ecológica e na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas como ocorreu, historicamente, até a década de 1970.
- Trata-se, isso sim, de estabelecer relação de causa e efeito dos processos de degradação com a dinâmica dos sistemas sociais.
Conclusão da aula:
- A Educação Ambiental não deve, porém ser apontada como a solução para todos os problemas ambientais, como se a esperança atribuída à educação, por si só fosse capaz de proporcionar transformações na sociedade, como uma “panacéia”.
- A EA deve ser entendida como uma das possibilidades importantes entre as diversas outras existentes na sociedade.
- Percebemos também, que para pregar a educação ambiental e praticá-la, não nos basta conhecer ecologia, mas também reconhecer o que é educação.
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MD/Direito/Estácio/Período-03/CEL0066/Aula-008/WLAJ/DP
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