Buscar

Obriga__es___Arq.__Material_did_tico_

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução Obrigações
Só existe Direito porque há sociedade (ubi societas, ibi ius). Dentro da sociedade o homem atribui valor a tudo que o rodeia. O homem que tem sede dá valor à água; o homem que não tem teto, dá valor à moradia etc.
Somos estimulados a praticar essa ou aquela ação em decorrência dos valores que damos às atividades (ações) e coisas. Assim, trabalhamos, compramos, vendemos, alugamos. Portanto, o valor dá um estímulo para que por nós seja contraída uma obrigação. (trabalhando, comprando etc.)
Entretanto toda a atividade é limitada por deveres e obrigações. E é dessa limitação sofrida pelo homem que nasce a obrigação. Mas nesse contexto caberiam, também as obrigações não jurídicas, como as morais, religiosas etc. Em toda obrigação, portanto, há a submissão a uma regra de conduta.
Todavia, não é qualquer obrigação que nos interessa e sim as obrigações jurídicas, as quais são protegidas pelo Estado através da coerção. E dentro das obrigações jurídicas nosso enfoque é para o direito obrigacional.
Evolução Histórica da Obrigação
O surgimento da idéia de obrigação deve ter ocorrido com caráter coletivo, quando todo um grupo empreendia negociações e estabelecia um comércio rudimentar com outro grupo. Ainda que os participantes da negociação não fosse todo o grupo, toda tribo era convocada para a guerra contra o grupo infrator da convenção.
Posteriormente, o nexo obrigacional se personalizou fazendo com que o indivíduo pessoalmente respondesse pelo pacto ou pelo dano. Nesse momento, em razão da pessoalidade do vínculo, o devedor respondia com o próprio corpo. Essas eram algumas das características do Direito Obrigacional Romano, que ainda era detentor de um extremo FORMALISMO (mais valia o rito para estipulação e apuração que o conteúdo).
Com a “Lex Poetelia Papira” foi abolida a execução sobre a pessoa do devedor, passando a responsabilidade a incidir sobre seus bens. Ao mesmo tempo em que o formalismo cedia lugar para a declaração de vontade.
No século XX e início do XXI, observa-se que, ao contrário das concepções anteriores, há uma limitação da “autonomia da vontade”, preponderando o princípio da “ordem pública”. Logo a intervenção do Estado é crescente em detrimento da liberdade de ação do indivíduo.
Definição de Obrigações
“Obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre o devedor e o credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio”.
(Washington de Barros Monteiro)
“Obrigação é o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra prestação economicamente apreciável”.
(Caio Mário)
“Uma relação jurídica transitória de cunho pecuniário, unindo duas (ou mais) pessoas, devendo uma (o devedor) realizar uma prestação à outra (o credor)”.
(Venosa)
“Obrigação é a relação transitória de direito, que nos constrange a dar, fazer ou não fazer alguma coisa, em regra economicamente apreciável, em proveito de alguém que, por ato nosso ou de alguém conosco juridicamente relacionado, ou em virtude da lei, adquire o direito de exigir de nós essa ação ou omissão”.
(Clóvis Beviláqua)
Qualquer que seja a definição devem comparecer os elementos constitutivos da obrigação:
O Subjetivo – relativo ao sujeito ativo e passivo (Credor e Devedor);
Relação jurídica ou vínculo jurídico existente entre eles;
Caráter transitório;
Uma atividade do devedor em prol do credor (Prestação);
Cunho pecuniário.
A responsabilidade é a conseqüência jurídica patrimonial do descumprimento da relação obrigacional.
Não obstante a correlação entre obrigação e responsabilidade, uma pode existir sem a outra?
Sim. As dívidas prescritas e as de jogo constituem exemplos de obrigação sem responsabilidade. O devedor nestes casos, não pode ser condenado a cumprir a prestação, isto é, ser responsabilizado, embora continue devedor.
Um exemplo de responsabilidade sem obrigação pode ser mencionado o caso do fiador, que é responsável pelo pagamento do débito somente na hipótese de inadimplemento da obrigação por parte do afiançado, este sim originalmente obrigado ao pagamento dos aluguéis.
Estrutura de Relação OBRIGACIONAL ou
Elementos Essenciais da Obrigação
A obrigação estrutura-se pelo vínculo entre dois sujeitos, para que um deles satisfaça uma determinada prestação. 
	Desse modo, a obrigação decompõe-se em:
	Sujeito (Credor e Devedor)
 Vínculo Jurídico
 Objeto.
OS SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO (ATIVO PASSIVO) PODEM SER:
Pessoa Natural (Física) ou Jurídica de qualquer natureza.
Determinados ou Determináveis
Na doação, o donatário pode ser, momentaneamente, indeterminado, mas deve ser determinável no cumprimento da obrigação.
Ex: Vencedor de um concurso, o aluno com maior média no vestibular.
1 – Sujeitos ou Elementos Subjetivos
É BIPOLAR, formado pelo credor (reus credendi), que tem direito de exigir certa conduta, atitude do devedor (reus deliendi), que deve praticá-la (conduta) em prol do credor ou de quem este determinar.
No direito Romano baseia o “intuitu personarum” (pessoalidade). Os sujeitos não poderiam ser substituídos, pois guardariam entre si uma identidade física personalíssima.
O direito Moderno não cultiva essa regra, podendo ser transmissível a qualidade de credor (cessão de crédito – Art. 286 a 298) e também a de devedor (assunção de débito – Art. 299 a 303, sub-rogação, sub-rogação passiva - Art. 1911 § Único, C.C).
Vale salientar ainda, a duplicidade subjetiva, visto que quando o credor e devedor encontram-se na mesma pessoa há a CONFUSÃO que extingue a dívida. (Art. 381, C.C), Compensação (Art. 368 do C.C)
Relação Jurídica – É a expressão usada para indicar o vínculo jurídico, que une uma pessoa, como titular de um direito, ao objeto desse mesmo direito.
Negócio Jurídico – É a manifestação da vontade voltada à produção de efeitos jurídicos, podendo conservar ou proteger um direito já existente.
Cessão de Crédito – É a transferência feita pelo credor de seus direitos sobre um crédito, a outra pessoa.
Em regra todos os direitos creditórios são cedíveis, importando a cessão na alienação deles para o cessionário, que, por esta forma, assume a posição do credor, sub-rogado que fica em todos os seus direitos, inclusive os de ação contra o devedor.
Assunção de Débito – O ato pelo qual o devedor transfere a outra pessoa o débito existente.
Sub-Rogação – resulta sempre na substituição de coisa, ou pessoa, por outra coisa ou outra pessoa, sobre que ou quem recai as mesmas obrigações dispostas anteriormente em relação jurídica à coisa ou à pessoa substituída. No primeiro caso a sub-rogação é real e no segundo a sub-rogação é pessoal. 
Na sub-rogação real a coisa que toma o lugar da outra fica com os mesmos ônus e atributos da primeira. Ex: é o que ocorre na sub-rogação do vínculo de inalienabilidade, em que a coisa gravada pelo testador ou doador é substituída por outra, ficando esta sujeita àquela restrição (art. 1911 C.C § único).
Na sub-rogação pessoal, ocorre a transferência dos direitos do credor para aquele que solveu a obrigação, ou emprestou o necessário para solvê-la. Ex: o avalista que paga a dívida pela qual se obrigou solidariamente, subroga-se nos direitos do credor, ou seja, toma o lugar deste na relação jurídica.
 O instituto em estudo constitui uma exceção à regra de que o pagamento extingue a obrigação.
A sub-rogação é uma figura jurídica anômala, pois o pagamento promove apenas uma alteração subjetiva da obrigação, mudando o credor.
A extinção obrigacional ocorre somente em relação ao credor, que nada mais poderá reclamar depois de haver recebido do terceiro interessado (avalista, fiador, coobrigado) o seu crédito. Nada se altera, porém, para o devedor, visto que o terceiro, que paga, toma o lugar do credor satisfeito e passa a ter o direito de cobrar a dívida. 
Compensação – é meio de extinção de obrigações entrepessoas que são, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. É modo indicativo de extinção de obrigações. (Art. 368 do C.C).
Confusão – a qualidade de credor e devedor encontram-se em uma só pessoa. É modo, também, de extinção de obrigações (Art. 381 ao 384).
Astreinte – Palavra de origem francesa, sem tradução para o vernáculo. É a medida cominatória de constrição contra devedor de obrigação de fazer ou não fazer, cujo valor diário, fixado pelo juiz na sentença executada, que durará enquanto permanecer a inadimplência. 
2 – Objeto da Relação Obrigacional
É a PRESTAÇÃO do devedor, que pode se mostrar por atividade POSITIVA (dar, fazer) ou NEGATIVA (não fazer).
A prestação constitui o objeto imediato (que corresponde a consulta pessoal de dar, fazer ou não fazer), enquanto que o objeto mediato (dar, fazer ou não fazer o que?) - é um objeto material, sobre o qual incide a prestação.
Tanto o objeto imediato como o mediato devem ser: 
POSSÍVEIS (Art. 104, II,C.C);
 LÍCITOS (Lei, Moral e Bons Costumes);
 DETERMINÁVEIS;
 Possuir a PATRIMONIALIDADE DA PRESTAÇÃO.
2.1 – O objeto deve ser possível, caso contrário não poderá ser cumprido.
A impossibilidade pode ser: Material ou Jurídica
2.1.1- Material (Física) – é a possibilidade de realização do objeto em si mesmo. Se a prestação é inexigível, ninguém pode ser constrangido a fazê-la.
2.1.2 – Caio Mário fala da impossibilidade jurídica, que seria a não conformidade com o ordenamento jurídico. Logo a impossibilidade jurídica confunde-se com a ilicitude do objeto (Ex: art. 100 e 426 C.C).
Se a impossibilidade for concomitante à constituição do vínculo ocorre a nulidade da obrigação. Se,entretanto, essa impossibilidade for superveniente, torna a obrigação inexigível, com as conseqüências liberatórias decorrentes de força maior ou do caso fortuito, ou, em caso contrário, acarretando responsabilidade daquele que para isso houver concorrido.
2.2 – O objeto da obrigação deve ser LICÍTO, pois deve obedecer aos ditames da moral, dos bons costumes e da ordem pública (art. 166 C.C).
2.3. – O objeto deve ser DETERMINÁVEL (art. 104, II, C.C), quando não determinado. Por via de regra, o objeto é determinado pelo gênero, quantidade etc. É importante que no momento do cumprimento da prestação se determine o objeto da obrigação, isto é o que definimos como CONCENTRAÇÃO.
Ex: apartamento genérico e específico.
2.4 – Por fim o objeto deve conter um conteúdo diretO ou indiretamente patrimonial. Mesmo no caso de não se fixar um valor para o objeto, a lei o admite implícito, tanto que converte em equivalente pecuniário aquele que o devedor culposamente falta, ainda que não tenha as partes cogitado seu caráter econômico originário.
Entretanto, é grande a controvérsia sobre a patrimonialidade, tanto que Caio Mário prefere a conceituação italiana de economicidade (art. 70 da CF).
3 – Vínculo Jurídico da Relação Obrigacional
Os escritores modernos colocam a concepção dualista do vínculo jurídico, que se decomporia em: débito e responsabilidade.
3.1 – O Débito – é o dever de prestar, isto é, de realizar uma certa atividade em benefício do credor, seja ela um dare, um facere ou um non facere. Enfim é dever jurídico que impõe ao devedor um pagamento e que se extingue se a prestação é cumprida espontaneamente. OBS.: Não deve ser confundido com o objeto da obrigação.
3.2 – A Responsabilidade - Se a prestação não é cumprida, o credor tem a faculdade de reclamá-la e mobilizar o poder agente do Estado para assegurar o cumprimento da obrigação. É o poder de aplicar uma sanção ao devedor. Vale lembrar que essa sanção é puramente patrimonial.
Observando várias vezes que a obrigação se executa espontaneamente, muitos autores se opõem à concepção dualista, afirmando que não haveria o segundo elemento.
Os defensores da teoria dualista, entretanto, promovem que a responsabilidade é um estado POTENCIAL, dentro do vínculo que possui duas funções. A primeira PREVENTIVA (uma coerção psicológica) e a segunda uma GARANTIA (que assegura a satisfação do credor).
Obrigações naturais
Quando se estuda o vínculo jurídico da relação obrigacional descobre-se que este é formado pelo débito e pela responsabilidade. Essas obrigações que possuem todos os elementos são chamadas de obrigações perfeitas ou civis.
As obrigações naturais são imperfeitas, pois carecem do elemento responsabilidade, logo não estão juridicamente exigíveis. Porém, se forem cumpridas espontaneamente o pagamento será tido como válido, lícito. Não podendo haver ação para reaver o pagamento.
Embora inspirada na Moral, a obrigação natural não se reduz a uma obrigação moral. Nas obrigações morais o Estado não oferece qualquer prerrogativa, enquanto nas obrigações naturais o Estado as protege, outorgando-lhes efeitos.
Assim, tudo leva a concluir por um meio termo entre a obrigação moral e a obrigação jurídica. Apesar da juridicidade da obrigação natural só surgir no momento do cumprimento. Antes é um mero dever moral.
O exemplo mais comum é a dívida de jogo ou aposta. Como preceitua o artigo 814 do C.C e seguintes e a dívida já prescrita.
Oportuno salientar ainda que o Novo Código Civil adotou a nomenclatura obrigação judicialmente inexigível em detrimento da obrigação natural, conforme pode ser observado no art. 882.
ObrigaçÕES Propter REM
Obrigações Híbridas = direito pessoal + direito real
Obrigação propter rem – é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Só existe em razão da situação jurídica do obrigado, de titular do domínio ou de detentor de determinada coisa. Ex: (arts. 1.277; 1.315; 1.336,III; 1.297, § 1° do C.C). 
Obrigações com eficácia real – são as que, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, transmitem-se e são oponíveis a terceiro que adquira direito sobre determinado bem. Ex: (art. 576 do C.C).
	direito de crédito:
	Permite ao sujeito ativo exigir uma prestação, positiva ou negativa, correspondendo a obrigação “strito sensu” ou obrigação propriamente dita.
	direito real:
	Caracteriza-se por um dever negativo de todos (“erga omnes”) para com o sujeito.
Caio Mário qualifica-a de obrigação acessória mista, pois esta surge “quando um direito real acende a faculdade de reclamar prestações certas de uma pessoa determinada”. Enfim, são as obrigações que estão a cargo de um sujeito à medida que este é proprietário de uma coisa, ou titular de um direito real de uso e gozo dela.
São exemplos dessas obrigações: a obrigação do condômino, na proporção de sua parte, para concorrer com as despesas de conservação. (art.1.315)
OBRIGAÇÕES DE EXECUÇÃO INSTANTÂNEA, DIFERIDA E PERIÓDICA
EXECUÇÃO INSTANTÂNEA - que se consumam num só ato, sendo cumpridas imediatamente após sua constituição, como na compra e venda à vista.
EXECUÇÃO DIFERIDA – cujo cumprimento deve ser realizado também em só ato, mas em momento futuro. Ex: Entrega, em determinada data, do objeto alienado.
EXECUÇÃO CONTINUADA – que se cumpre por meios de atos reiterados, como ocorre na prestação de serviços, na compra e venda a prazo ou em prestações periódicas.
OBRIGAÇÕES LÍQUIDAS E ILÍQUIDAS
LÍQUIDA – é a obrigação certa quanto à sua existência, e determinada quanto ao seu objeto. Ex: arts. 397 e 407. O objeto é individualizado e é certo. Não há dúvidas quanto o objeto, que se encontra determinado e limitado. Há certeza e liquidez dele.
ILÍQUIDA – é a que depende de prévia apuração, pois o seu valor, o montante da prestação, apresenta-se incerto. Ex: arts. 369 e 352.
OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS
PRINCIPAIS – subsistem por si, sem depender de qualquer outra, como a de entregar a coisa, no contrato de compra e venda.
ACESSÓRIAS – têm sua existência subordinada a outra relação jurídica, ou seja, depende da obrigação principal.É o caso da fiança, da cláusula penal, do juros, dentre outros. Ex: arts. 92,184 (2ª parte),233,364 do C.C.
OBRIGAÇÕES COM CLÁUSULA PENAL
São aquelas em quehá cominação de uma multa ou pena para o caso de inadimplemento ou de retardamento do cumprimento da avença. A cláusula penal tem caráter acessório, e como principal função a de servir como meio de coerção. Será compensatória, quando ocorrer o total inadimplemento da obrigação. E moratória, se destinada a garantir o cumprimento de alguma cláusula especificada.
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR:
Quanto ao objeto a obrigação classifica-se em: obrigação de dar, de fazer e de não fazer (duas positivas e uma negativa).
A obrigação de dar divide-se em:
Obrigação de dar coisa certa – obriga-se o devedor a dar coisa individualizada, que se distingue por características próprias, móvel ou imóvel. Por essa razão, o credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa. Ex: (arts. 313 e 356 do C.C – Dação em Pagamento).
Obrigação de dar coisa incerta – obriga-se o devedor a dar coisa incerta (não individualizada), desde que seja indicada ao mesmo gênero e a quantidade. (art.244 C.C). 
Ex: 1 (uma) tonelada de cana - de - açúcar da safra de 2006.
(TRADIÇÃO)- OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR E DE RESTITUIR
Tradição – é a obrigação de dar coisa certa mediante entrega (como na compra e venda) ou restituição (como no comodato). O contrato por si só, não transfere o domínio, mas apenas gera a obrigação de entregar a coisa alienada, enquanto não ocorrer a tradição a coisa continuará pertencendo ao devedor. Ex: (art. 237, C.C).
Deterioração – perda parcial da coisa.
Perecimento – perda total da coisa.
A coisa perece para o dono (Res Perit Domino) – expressão do direito romano. 
Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.
Se o perecimento ocorrer pendente Condição Suspensiva, não se terá adquirido o direito que o ato visa (art. 125 C.C), e o devedor suportará o risco da coisa. 
Ex: A entrega de uma determinada coisa vinculada a uma aprovação em concurso, por ocasião do vencimento de uma disputa (torneio) ou em virtude de um casamento.
Dação em Pagamento (Datio in Solutum) - dação derivado do latim datio, de dare, é geralmente tido no sentido de ação de dar ou direito de dispor dos bens próprios.
É chamada de dação em pagamento, porque aí a ação de dar tem a função de extinguir a obrigação, que deveria ser cumprida por outra prestação, que não é a que se constitui pela dação.
Segundo Carvalho de Mendonça é o “acordo liberatório convencionado entre o credor e o devedor, em virtude do qual aquele aquiesce em receber deste, para exonerá-lo de uma dívida, um objeto diferente do que constituía a obrigação.
Mas, para que o pagamento realmente surta o efeito jurídico desejado, é necessário que o credor consinta na substituição da coisa, objeto da prestação devida, e assim o devedor possa validamente fazer semelhante dação. (art. 356).
Consignação em Pagamento – é depósito ou consignação judicial da coisa devida, para que se livre o devedor de seu encargo, quando o credor não quer recebê-la, ou não se sabe quem seja o credor.
Não confundir dação em pagamento com consignação em pagamento, que também é meio de extinguir a obrigação.
Na dação, o credor consente em receber a coisa dada em pagamento. Esta é a principal distinção entre as duas formas jurídicas. (art. 334 e seguintes).
Novação - derivado do latim Novatio, de Novare (fazer novo, inovar), literalmente quer significar o que é feito novo ou feito outra vez, em substituição ao que existia antes.
Nova obrigação constituída em substituição à velha obrigação, que se extingue.
Desta forma, no sentido técnico, novação implica, necessariamente, na extinção da dívida ou obrigação anterior, pela criação de um direito novo, que se coloca em substituição ao que foi extinto.
Ex: quando o pai, para ajudar o filho, procura o credor deste e lhe propõe substituir o devedor, emitindo novo título de crédito. Se o credor concordar, emitido o novo título e inutilizado o assinado pelo filho, ficará extinta a primitiva dívida, substituída pela do pai. 
A novação não produz, como o pagamento, a satisfação imediata do crédito, sendo, pois, modo extintivo não satisfatório. Tem natureza contratual, operando-se em conseqüência de ato de vontade dos interessados, jamais por força de lei.
São requisitos da novação: a existência de obrigação anterior, a constituição de nova obrigação e a intenção de novar (animus novandi).
O primeiro requisito consiste na existência de obrigação jurídica anterior, visto que a novação visa exatamente à sua substituição. (Conf. art. 367 do C.C.).
A obrigação simplesmente anulável, entretanto, pode ser confirmada pela novação, pois tem existência, enquanto não rescindida judicialmente.
A nova obrigação há de ser válida. Se for nula, ineficaz será a novação, substituindo a antiga. Se anulável, e vier a ser anulada, restabelecida ficará a primitiva, porque a extinção é conseqüência da criação da nova. Desfeita esta, a anterior não desaparece. *(Ato Nulo e Ato Anulável).
O terceiro requisito diz respeito ao animus novandi. É imprescindível que o credor tenha a intenção de novar, pois importa renúncia ao crédito e aos direitos acessórios que o acompanham. Na dúvida, entende-se que não houve novação, pois esta não se presume. (Conf. art. 361 do C.C.).
* Ato Nulo – diz-se que o ato é nulo quando lhe faltam requisitos substanciais ou princípios de direito, que por esse motivo, se mostra juridicamente ineficaz. Gera-se com vício de morte e não sobrevive. (Conf. art. 166 C.C).
Ato Anulável – é o ato jurídico, que tendo sido praticado ou executado com ofensa ou preterição de formalidades legais, podem ser anulado por quem tenha interesse na sua ineficácia.
Os atos anuláveis são ratificáveis, isto é, podem ser reafirmados por quem os autorizou ou pela pessoa, em cujo interesse foram executados, de modo que se tornem legalmente perfeitos e que possam surtir os desejados efeitos.
E nesta hipótese, se revela a outorga posterior do poder que se tornava necessário para a validade do ato.
Retroagindo ao dia em que o ato originário e incompleto foi praticado, para que possa cumprir os efeitos jurídicos desejados, desde que não ofendam direitos de terceiros e princípios legais. 
 
Ex: a ausência da outorga uxória num contrato de compra e venda.
Ex: um contrato em que não constam a presença de duas testemunhas, a ausência poderá acarretar a anulação do contrato, se for esse o interesse de uma das partes. 
Obrigações Pecuniárias
Obrigação Pecuniária – é a que tem como objeto certa quantia em dinheiro. (Conf. art. 315 e seguintes).
Em 27-11-1933, pelo decreto n° 23.501, proibiu-se qualquer estipulação em ouro, ou qualquer outra moeda que não a nacional, cominando a pena de nulidade. (Conf. art. 318).
O art. 316 estabelece ser lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Nunca houve dúvidas de que as partes pudessem fixar aumentos nos valores que acordassem. As prestações sucessivas majoradas podem, contudo, embutir juros e outros acréscimos, cuja validade deve ser estudada no caso concreto. 
Obrigações de Juros
Juros – são a remuneração que o credor pode exigir do devedor por se privar de uma quantia de dinheiro.
Os juros são, pois, obrigação acessória da dívida principal.
Espécies de Juros:
Convencionais – são pactuados.
Legais – provêm da lei.
Moratórios – é a pena imposta ao devedor pelo atraso no cumprimento da obrigação.
Compensatórios – são os juros que se pagam como compensação pelo fato de o credor estar privado da disponibilidade de um capital. 
Os juros compensatórios surgem afastados de qualquer noção de culpa ou descumprimento da obrigação. Já os juros de mora surgem pelo atraso no cumprimento.
Anatocismo
Constituí-se na contagem de juros sobre juros (ana = repetição, tokos = juros).
Súmula do STJ. – A capitalização mensal dos juros somente é admitida quando expressamente prevista em lei, o que não se verifica na hipótese de arrendamento mercantil. – Nos termos do Enunciadon° 30 da Súmula desta Corte, ‘ a comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis’.
É reiterada a orientação desta Corte no sentido de que é vedada a capitalização mensal dos juros em contratos bancários, pois, na hipótese, não existe legislação específica que autorize o anatocismo.
Das Obrigações Alternativas
Obrigações Alternativas ou Disjuntivas – compostas pela multiplicidade de objetos. Têm, assim, por conteúdo duas ou mais prestações, das quais uma somente será escolhida para pagamento ao credor e liberação do devedor. 
Ex: pagaremos um automóvel ou uma lancha. O devedor está obrigado a entregar apenas uma das coisas da obrigação. (Conf. art. 252).

Outros materiais