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Sistema Digestório - Diagnóstico Por Imagem

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Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 
1 
 
CAVIDADE ABDOMINAL 
A visualização dos órgãos abdominais depende 
dos seguintes fatores, tomados isoladamente ou 
em combinação: 
1. Diferenças na opacidade entre um órgão e 
outro. 
2. A quantidade de gordura — 
retroperitonial, mesentérica e omental — 
presente no interior do abdome. Animais 
magros ou muito novos com pouca 
gordura abdominal apresentam baixo 
contraste. 
3. Os conteúdos dos órgãos abdominais 
variam quanto à densidade e, 
consequentemente, à opacidade. Tais 
conteúdos, como ar ou gás no estômago, 
ou fezes no cólon, podem ajudar a delinear 
os órgãos. 
 
ASPECTOS NORMAIS 
RADIOGRAFIA 
O diafragma, a parede abdominal, o estômago, o 
intestino delgado, o intestino grosso, o fígado e a 
bexiga urinária geralmente podem ser 
reconhecidos. Na projeção ventrodorsal e no 
decúbito lateral direito, o baço também costuma 
ser identificado. Os rins podem ou não estar 
evidentes, dependendo da quantidade de gordura 
perirrenal presente. O rim esquerdo é visto na 
maioria dos cães, enquanto apenas o polo caudal 
do direito costuma ser visível, e em gatos ambos 
são visíveis. 
 
A e B, Projeções ventrodorsais de um abdome 
normal. C e D, Projeções laterais de um abdome 
normal (B e D: 1, Estômago; 2, fígado; 3, baço; 4, 
rins; 5, bexiga urinária; 6, cólon; 7, ceco; 8, 
intestino delgado) 
ULTRASSOM 
Para cães de pequeno e médio porte, um 
transdutor de 5 a 10-MHz será adequado. Para 
raças grandes e gigantes será necessário um 
transdutor de 3,5 a 5- MHz. 
ESÔFAGO 
O esôfago começa aproximadamente na altura do 
terço médio da primeira vértebra cervical e 
termina na entrada do estômago. Durante seu 
percurso no pescoço, inclina se em direção ao lado 
esquerdo e, na entrada do tórax, localiza-se à 
esquerda da traqueia. 
MEGAESÔFAGO 
• Condição mais comum é a anomalia do 
anel vascular, especialmente a persistência 
do arco aórtico direito 
As manifestações clínicas do megaesôfago 
incluem regurgitação alimentar, perda de peso e, 
frequentemente, um odor fétido na boca. 
SINAIS RADIOGRÁFICOS 
 
 
Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 
2 
 
1. Radiografias simples do tórax mostram o 
esôfago dilatado por ar, líquido ou material 
alimentar ou por uma mistura destes. 
Quando está dilatado com ar o esôfago, se 
dobra sobre a porção dorsal da traqueia, 
dando o sinal da “linha traqueal”. A 
margem do músculo longo do pescoço é 
vista dorsalmente. As paredes do esôfago 
no tórax caudal são visibilizadas 
convergindo em direção ao hiato 
esofágico. 
2. Se a dilatação for grave, a traqueia e o 
coração são deslocados ventralmente. 
3. O esôfago dilatado alarga o mediastino. 
4. Um exame com bário revela a extensão 
total da dilatação. Uma grande quantidade 
de bário pode ser necessária para delinear 
totalmente o esôfago. Alimento misturado 
com bário pode ser útil. O bário não deverá 
ser utilizado se a dilatação esofágica for 
evidente em estudos radiográficos simples, 
devido ao risco de pneumonia aspirativa, 
que pode ser fatal. 
5. Por meio de fluoroscópio, há uma ausência 
de peristaltismo normal ou as ondas 
peristálticas são fracas e ineficientes. O 
conteúdo esofágico move-se a cada 
batimento cardíaco. 
6. Exames laterais em estação realizados com 
um feixe horizontal frequentemente 
mostram um nível líquido no esôfago 
causado por um acúmulo de material 
líquido ventralmente e ar dorsalmente. 
7. Um sinal de “linha traqueal” pode estar 
evidente. 
8. Pneumonia concomitante é um achado 
comum 
ANOMALIA DO ANEL VASCULAR 
Anomalias congênitas do sistema vascular no 
interior do tórax podem resultar em vasos ou 
vasos remanescentes formando faixas que fazem 
uma constrição do esôfago perto da base do 
coração. A combinação de vasos ou vasos 
remanescentes na região do esôfago impede que 
este se expanda corretamente enquanto o 
material alimentar passa ao longo dele. Com o 
tempo, o esôfago dilata-se cranialmente ao local 
da constrição enquanto o material alimentar 
continua a acumular-se. 
O problema fica aparente após o desmame, 
regurgitação após se alimentar e crescimento 
insuficiente são sinais comuns apresentados. O 
apetite é mantido, mas pode haver tosse e 
dispneia resultantes da pneumonia por aspiração. 
Arco aórtico direito persistente ocorre quando a 
aorta se desenvolve a partir do arco primitivo 
direito em vez do esquerdo. O ligamento arterioso 
(ducto arterioso), em seu percurso entre a aorta 
do lado direito e a artéria pulmonar, deve então 
cruzar o esôfago. O resultado é o esôfago sendo 
cercado pela aorta dorsalmente e à direita, pela 
base do coração e a artéria pulmonar 
ventralmente, e pelo ligamento arterioso 
dorsalmente e à esquerda. O ligamento arterioso 
funciona, então, como uma faixa constritora que 
impede a expansão normal do esôfago. 
Resultando no acúmulo de material cranial a 
constrição. 
SINAIS RADIOGRÁFICOS 
1. Em uma projeção lateral, a porção dilatada 
do esôfago, cranial ao ponto de constrição, 
é frequentemente delimitada em 
radiografias simples por material 
alimentar, líquido ou ar, ou uma mistura 
destes. Essa porção geralmente apresenta 
uma aparência sacular. Se o esôfago 
estiver repleto de ar, um sinal da “linha 
traqueal” será evidente. 
2. A traqueia e o coração podem estar 
deslocados ventralmente, e o esôfago 
pode estar dobrado sobre a traqueia. 
3. A dilatação termina na base do coração, e 
o contorno do esôfago aparece normal 
caudal ao ponto de constrição. 
4. A dilatação pode estender-se até o 
pescoço. 
5. Em uma radiografia ventrodorsal, a 
sombra normal do arco aórtico no lado 
esquerdo pode estar ausente, mas pode 
ser vista do lado direito na anomalia do 
arco aórtico direito persistente. A traqueia 
pode ser vista à esquerda da linha média. 
 
 
Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 
3 
 
6. Frequentemente existe evidência de 
pneumonia por aspiração. 
7. Um exame com bário mostrará a área da 
dilatação esofágica cranial à base do 
coração. Devido ao risco de aspiração, o 
bário só deve ser utilizado se houver 
dúvida em relação ao diagnóstico. 
ESOFAGITE 
• Pode ser consequência de um corpo 
estranho, traumatismo, refluxo ou 
substâncias químicas irritantes. 
• É difícil fazer o diagnóstico por raio x 
ESTÔMAGO 
RADIOGRAFIA 
Os contrastes podem ser positivos, negativos ou 
combinação de positivo e negativo. 
CONTRASTE POSITIVO 
Bário ou solução iodada solúvel em água podem 
ser usadas como contraste positivo. O melhor 
material de contraste positivo é o sulfato de bário 
micropulverizado, disponível comercialmente em 
suspensão. A dose da micropulverizada é de 2 a 
5ml/kg, administrado lentamente pela boca. 
Ioexol é útil para gatos, possibilitando um tempo 
de trânsito mais rápido e um bom detalhe. 
Antes do exame o paciente deve ser preparado, 
com 12 horas de jejum, podendo beber se água se 
quiser. Substâncias anticolinérgicas, alfa-agonistas 
e opioides devem ter seu uso suspenso 24 horas 
antes. 
• Anestésicos podem alterar o trânsito 
• Cloridrato de xilazina a 2% e medetomidina 
causa dilatação gástrica e intestinal então 
pode dar uma sensação de íleo paralitico 
• Uma combinação de quetamina e 
midazolam pode ser usada como 
tranquilizante em gatos, e reduz o tempo 
de trânsito. 
• Se houver suspeita de perfuração gástrica, 
uma preparação iodada orgânica não 
iônica solúvel em água, 10% de 
peso/volume de iodo 
• Para gatos, iopamidol ou iosexol (240 mg 
de iodo/mL) diluído em água à 
concentração de 1:2 podem ser 
administrados na dosagem de 8 mL/kg 
CONTRASTE NEGATIVO 
Ar ambiente introduzido por sonda gástrica na 
dose de d6 a 12ml/kg ou 30 a 60ml de bebida com 
gás. 
O contraste negativo sozinho não é um método 
satisfatório para avaliação do estômago. Ele pode 
ser útil para demonstrar um corpo estranho ou 
para determinar a espessura da parede do 
estômago. 
ULTRASSON 
• Transdutor de alta frequência para partes 
superficiais• Um transdutor setorial com uma faixa de 
frequência de 7 a 10 MHz é utilizado em 
gatos e cães pequenos e médios. 
• Raças grandes e gigantes é necessário um 
transdutor de baixa frequência para partes 
profundas 
• Transdutor de 7 a 15 MHz pode ser 
utilizado para avaliação do estômago em 
felinos e cães pequenos 
Um transdutor de alta resolução de 7,5 MHz é 
necessário para identificação das cinco camadas 
ultrassonográficas do estômago, que têm 
ecogenicidade alternada. São elas: 
(1) a serosa e subserosa hiperecoicas, 
(2) a muscular própria hipoecoica, 
(3) a submucosa hiperecoica, 
(4) a mucosa hipoecoica 
(5) a interface lúmen/mucosa 
hiperecoica 
Quando se utiliza um transdutor de frequência 
mais baixa, a parede gástrica aparece como uma 
estrutura hipoecoica. Quando o estômago está 
vazio, as pregas rugais podem ser visibilizadas nos 
cortes transversais como um formato de estrela, 
ou de roda de carroça, com uma ecogenicidade 
central de líquido ou gás. 
GASTRITE 
 
 
Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 
4 
 
ULTRASSOM 
Um espessamento gástrico localizado ou difuso 
(mais de 7 mm) pode ser identificado. 
• Espessamento local ou generalizado, com 
ou sem ruptura de parede, com bolhas de 
gás hiperecoicas sugerem ulceração 
gástrica 
DILATAÇÃO GÁSTRICA E VÓLVULO 
Em dilatações simples, o piloro permanece em sua 
posição normal no lado direito. 
 
A e B: dilatação gástrica simples após anestesia. C: 
Torção gástrica 
A dilatação faz com que a curvatura maior do 
estômago se mova ventralmente e para a direita, 
produzindo um estiramento e eventual frouxidão 
do ligamento gastro-hepático. O piloro então se 
move dorsalmente, cranialmente e para a 
esquerda. 
• Quando a curvatura maior traciona para o 
lado direito pode ocasionar torção do baço 
SINAIS RADIOGRÁFICOS 
1. Um estômago grande, distendido e repleto 
de gás é observado em radiografias 
simples. O estômago pode estar tão 
dilatado que parece preencher quase todo 
o abdome. 
2. 2. Os segmentos intestinais mostram-se 
deslocados caudalmente. 
3. Geralmente pode-se ver uma dobra da 
parede do estômago na projeção lateral 
cruzando o estômago distendido. Essa 
dobra representa a divisão entre os 
compartimentos do estômago torcido — 
“compartimentalização” (Fig. 2-21, C). 
4. O piloro mostra-se deslocado 
dorsalmente, cranialmente e para a 
esquerda. Seu reconhecimento nessa 
posição anormal ajuda a distinguir torção 
de uma simples dilatação. Pode ser 
identificado na projeção em decúbito 
lateral direito. 
5. O duodeno e o intestino delgado podem 
conter grandes quantidades de gás. 
6. O baço apresenta-se aumentado e 
deslocado em graus variados para a direita. 
Frequentemente, isto é difícil de 
identificar. 
7. O fígado e a veia cava aparecem menores 
que o normal, devido ao 
comprometimento do retorno venoso. 
8. Em alguns pacientes com dilatação gástrica 
e vólvulo, a necrose da mucosa gástrica 
permite que o gás passe para os tecidos 
submucosos. Pode-se observar dentro da 
parede do estômago uma sombra gasosa 
fina e curvilínea, separando as camadas 
mucosa e muscular 
9. Gás também pode ser visto no fígado. 
Aparece como uma sombra gasosa linear 
semelhante a broncogramas aéreos. Isto 
pode representar gás dentro das veias 
portais ou dos ductos biliares intra-
hepáticos. Esse é um sinal de prognóstico 
ruim. 
NEOPLASIAS 
SINAIS RADIOGRÁFICOS 
1. 1.Ausência ou distorção grosseira do 
padrão normal das pregas rugosas. 
2. Espessamento da parede gástrica. 
3. Presença de uma massa intraluminal, 
ocasionalmente delineada por gás dentro 
do estômago 
 
 
Medicina Veterinária Diagnóstico Por Imagem Rebeca Meneses 
5 
 
4. Falha em delimitar totalmente o estômago 
em exames contrastados com bário — a 
denominada falha de preenchimento. 
5. Ulceração da mucosa gástrica. O bário 
pode preencher a úlcera e manter-se ali, 
com contorno inalterado após diversas 
radiografias. 
6. Rigidez localizada da parede do estômago. 
Uma falha em propagar as ondas 
peristálticas pode ser notada em 
radiografias sequenciais como uma parte 
da parede estomacal que não sofre 
alterações, ou pode ser observada 
fluoroscopicamente. Mudanças 
observadas devem ser demonstradas em 
diversos filmes para se excluir a 
possibilidade de confundir características 
normais associadas às contrações do 
estômago com anormalidades. 
7. Perda da distensibilidade do estômago. 
8. O resultado negativo de uma avaliação 
radiográfica do estômago não exclui a 
possibilidade de neoplasia 
 
REFERÊNCIAS 
Thrall, D. Diagnóstico de Radiologia Veterinária. 
Grupo GEN, 2019 
Kealy, Hester e Graham. Radiografia e 
Ultrassonografia do Cão e do Gato. Elsevier. 
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4. Coronavírus Canino 
5. PIF 
6. Cinomose Canina 
7. Herpesvírus Felino 
8. Leptospirose 
9. Micoplasma Felino 
10. Panleucopenia Felina 
11. Parainfluenza 
12. Parvovirose Canina 
13. Raiva 
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