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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CIÊNCIAS ECONÔMICAS O CENÁRIO DE UM RESTAURANTE EM TEMPOS DE PANDEMIA São Luís 2020 O CENÁRIO DE UM RESTAURANTE EM TEMPOS DE PANDEMIA Trabalho de apresentado à, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas: Modelos de Gestão Legislação Social e Trabalhista Métodos Quantitativos Responsabilidade Ambiental e Social Comportamento Organizacional Professores: São Luís 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 2.1 MEDIDAS TRABALHISTAS E LEGISLAÇÃO ................................................ 4 2.2 APOIO SOCIAL A EMPRESAS ....................................................................... 6 2.3 MODELO DE NEGÓCIO (delivery) ................................................................. 7 2.4 REESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA ....................................................... 9 2.4.1 Estrutura Organizacional Orgânica ................................................................ 9 2.4.2 Gestão Participativa .................................................................................... 10 2.5 MOTIVAÇÃO E ENGAJAMENTO .................................................................. 10 3 RESULTADOS ................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 13 3 1 INTRODUÇÃO Meses após o início das infeções por Covid-19 e a consequente contaminação generalizada nos países orientais, finalmente Tedros Adhanom, diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), resolveu tardiamente no dia 11 de março de 2020 declarar estado de pandemia. A moléstia já havia chegado a Europa, e estava rápida e silenciosamente se desenvolvendo nas Américas. Os fatos já se tornaram de conhecimento geral, certamente entrarão no rol histórico dos eventos geradores de infâmias contra a humanidade e nosso estilo de vida. Tendo resumidamente exposto o macro cenário dessa crise mundial, o que vamos apresentar nesse trabalho é uma visão sintetizada do que representou para inúmeros pequenos e microempresários do ramo alimentício (bares e restaurantes) as nefastas e duvidosas ações de tentativa de contenção, perpetradas por governos locais e gerais. Usando como relação o exemplo do fictício de um estabelecimento denominado “Fino Sabor”, produziremos o reflexo direto da realidade daquilo que representou para a economia da área de serviços todos esses meses de restrições que variaram entre o fechamento parcial até a proibição total de funcionamento, o famigerado lockdown. Os efeitos causados em toda cadeia econômica, as tentativas aziagas do Estado em flexibilizar as regras trabalhistas e a natural insatisfação de empregados e empregadores diante das escolhas nada amistosas que tiveram que tomar em comum acordo. Podemos dizer com limpidez que essa geração foi e ainda está sendo testada após décadas de relativo sossego, as relações de trabalho começam a tomarem outras formas, empresas modificam sua configuração de atuação no mercado e palavras antes quase que proibitivas são cada vez mais comuns: homeoffice, delivery , prestador de serviços (PJ) e licenças não remuneradas. Nesse ínterim exporemos as ações do setor de serviços, no nosso caso restaurante, que se mostrou bastante resiliente e flexível, ajustando seus modelos de negócios que apesar da pouca ou nenhuma ajuda estatal conseguiu preservar considerável parte da mão de obra, continuou produzindo riqueza para a economia, e de quebra se modernizou administrativamente promovendo inclusive programas de motivação e engajamento. 4 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 MEDIDAS TRABALHISTAS E LEGISLAÇÃO Considerada um marco nas relações do trabalho, a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas, constituída através do Decreto – Lei Nº 5.452 da incrível data de 1º de Maio de 1943, assinada pelo então Presidente Getúlio Vargas. Há controvérsias sobre a contribuição positiva dessa legislação quanto ao desenvolvimento do mercado de trabalho brasileiro, mas mediante os fatos ocorridos nos últimos meses, a pandemia, todo esse calhamaço de normas, procedimentos, decretos, portarias e burocracia estatal produzidas ainda no início do século passado, se mostrou absolutamente inadequada, antiquada para não dizer arcaica na manutenção dos empregos e negócios diretamente afetados pelas restrições sociais impostas. Foi nesse cenário de calamidade pública que surgiu uma iniciativa, por parte do atual governo federal, de tentar diminuir as infaustas consequências da quebra sistemática do ciclo de negócios na indústria, comércio e setor de serviços devido as restrições de interação social impostas por governos estaduais e confirmadas por STF – Supremo Tribunal Federal, “STF reconhece competência concorrente de estados, DF, municípios e União no combate à Covid-19” (STF,2020). Assim surgiu a Lei Federal nº14.020/2020, de 6 de julho de 2020: “ Institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda; dispõe sobre medidas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020; altera as Leis n os 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.101, de 19 de dezembro de 2000, 12.546, de 14 de dezembro de 2011, 10.865, de 30 de abril de 2004, e 8.177, de 1º de março de 1991; e dá outras providências.” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/DLG6-2020.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13979compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13979compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10101compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10101compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12546.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/L10.865compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/L10.865compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8177compilada.htm 5 Bem como o Decreto 10.422/2020, de 13 de julho de 2020: “Prorroga os prazos para celebrar os acordos de redução proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho e para efetuar o pagamento dos benefícios emergenciais de que trata a Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020.” Tais iniciativas, embora temporárias, tiveram a intenção absoluta de manter o mínimo de empregabilidade da população economicamente ativa, principalmente nos setores de maior exposição as restrições impostas. Levando em consideração que a empresa em estudo possivelmente se enquadre no regime contábil de micro e/ou pequena empresa com facturamento inferior a R$4,8 milhões por ano, a melhor solução adotada aos seus funcionários CLT sob contrato de trabalho por tempo indeterminado é a adoção da seguinte medida em destaque prevista na Lei Federal nº14.020/2020, de 6 de julho de 2020: “Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, a ser pago nas seguintes hipóteses: I - Redução proporcional de jornada de trabalho e de salário; e II - suspensão temporária do contrato de trabalho. § 1º O BenefícioEmergencial de Preservação do Emprego e da Renda será custeado com recursos da União.” “Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda terá como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito, nos termos do art. 5º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, observadas as seguintes disposições: I - na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado aplicando-se sobre a base de cálculo o percentual da redução; e II - na hipótese de suspensão temporária do contrato de trabalho, terá valor mensal: a) equivalente a 100% (cem por cento) do valor do seguro- desemprego a que o empregado teria direito, na hipótese prevista no caput do art. 8º desta Lei” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7998compilado.htm 6 Já os funcionários que se enquadram no regime CLT de contrato de trabalho intermitente, poderão ficar cobertos sob a mesma Lei: “Art. 18. O empregado com contrato de trabalho intermitente, nos termos do § 3º do art. 443 da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, formalizado até a data de publicação da Medida Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020, faz jus ao benefício emergencial mensal no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), pelo período de 3 (três) meses.” Para todos os efeitos, essas medidas visam garantir a manutenção do emprego e renda dos trabalhadores, bem como a sustentabilidade do empreendimento, sendo a situação mais favorável ao trabalhador a preferencialmente aplicada. 2.2 APOIO SOCIAL AS EMPRESAS Muito se fala em garantias do emprego, renda e proteção aos trabalhadores, mas a narrativa de separar em classes opostas funcionários e patrões nos trouxe a uma situação absolutamente insustentável contra uma crise do tamanho da que ainda enfrentamos. É preciso lembrar que não há emprego sem empregadores, bem como não se condiciona a existência de um empreendimento ao uso massivo de relações de trabalho abusivas ao prestador de serviço, seja este engajado num regime de laboro CLT, contrato temporário, PJ – Pessoa Jurídica ou afins. “Ninguém, a não ser um mendigo, opta por depender principalmente da benevolência de seus concidadãos.” (Adam Smith) A crise sanitária na qual ainda todos nós vivemos, também nos serviu para demonstrar o quanto a atuação estatal pode ser mais desastrosa que a própria adversidade, com o intuito de resolver um problema a burocracia governamental http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/mpv/mpv936.htm 7 acaba criando outro ainda maior e mais cruel, principalmente aos mais desfavorecidos. “Os piores males que a humanidade já tiveram de suportar foram infligidos por maus governos.” (Von Mises) Então, é aí que entram a auto-organização social, a criatividade humana e capacidade de gerir-se em comunidade. Em época de informação totalmente descentralizada, campanhas nos meios sociais promovendo as economias de bairro, a benevolência coletiva através do consumo quanto a valorização daqueles que a duras penas se mantiveram de pé servindo a quem precisa, e também a livre negociação entre partes que em meio a crise precisavam manter seus negócios, forma de sum importância para manutenção dos ciclos econômicos em todos os setores. Em todas as partes vimos exemplos de compreensão e auto- organização, contratos de alugueis foram renegociados, multas foram dispensadas, pagamentos de empréstimos foram postergados, empregados e empregadores entraram em mútuo acordo. No caso do setor de bares e restaurantes, pequenos empreendimentos como a “Fino Sabor” foram diretamente apoiados pelas comunidades adjacentes, e fazendo uso da rede de informações global, do uso massivo de aplicativos sociais foi possível, para muitos, foi possível expandir essa vizinhança muito além do esperado. 2.3 MODELO DE NEGÓCIO (delivery) Então o que outrora era considerado arrojado ou arriscado demais, agora se tornou meio de sobrevivência e em certos casos, uma oportunidade de crescimento através da mudança ou adequação do modelo de negócio. A “Fino Sabor” também aproveitou esse gap de mercado e lançou seu serviço delivery. Comida boa, barata, entregue no conforto e segurança da casa dos clientes. Tudo isso por sobre um investimento mínimo e praticamente nenhum grande custo operacional, já que as maquininhas de cartão de crédito são absolutamente móveis, os aplicativos de entregas são abundantes e provém toda logística, desde os entregadores até a distribuição de comissões. 8 Com base no novo serviço, faremos cálculos qualitativos envolvendo o básico, ou seja, o cardápio planejado para o serviço: Delivery - Fino Sabor Prato 01 R$ 27,00 Prato 02 R$ 27,50 Prato 03 R$ 28,00 Prato 04 R$ 27,00 Prato 05 R$ 19,00 Prato 06 R$ 20,50 Prato 07 R$ 22,00 Prato 08 R$ 23,00 Prato 09 R$ 27,00 Prato 10 R$ 26,00 Tabela de preços brutos dos pratos oferecidos no serviço de Delivery. Considerando: ∑ 𝑥𝑖 Média Aritmética = 𝑛 Moda = 𝐵𝐿 + ( 𝑑1 𝑑1+𝑑2 ) ⋅ ⅈ Mediana = 𝐿𝑖 𝑛 + [2 −𝐹𝑎𝐶 ] ⋅ ℎ 𝐹𝑖 𝐵𝐿 = Fronteira inferior classe modal 𝑑1 = Diferença entre frequência de classe modal x precedente 𝑑2 = Diferença entre frequência de classe modal x seguinte ⅈ = Amplitude do intervalo 𝐿𝑖 = Limite inferior classe mediana 𝑛 = Numero de elementos 𝐹𝑎𝐶 = Frequência anterior a classe mediana 𝐹ⅈ = Frequência simples da classe mediana ℎ = Amplitude da classe mediana R$ 26,50 Me: R$ 27,00 Mo: R$ 24,70 Ma: 9 básicos: Para pesquisas qualitativas, devemos considerar dois conceitos • A amostragem aleatória simples onde todos elementos da população estudada tem a mesma probabilidade de serem escolhidos. É um procedimento de fácil utilização e mais exato. • Já a amostragem aleatória estratificada é proporcional ao subgrupo escolhido com mais homogêneo dentro de uma população. 2.4 REESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA 2.4.1 Estrutura Organizacional Orgânica Exigências de uma alta capacidade de adaptação as constantes mudanças de mercados, fez surgir uma necessidade de sobrevivência das empresas dentro de um ambiente nada estável e bastante competitivo. Com isso surgiu o Modelo de Organização Orgânica, sob um sistema de hierarquia flexível, decisões descentralizadas e consequente desenvolvimento profissional. São predominantes nesse modelo o bom relacionamento entre partes, comunicação mais confiável e a preferências entre relações mais lateralizadas. É importante salientar que cada empresa tem suas características e necessidades próprias, sendo a organização orgânica mais voltada a organização que precisam de extrema agilidade as exigências de mudanças de mercado. Na maioria das vezes, as empresas são metodologicamente um mix entre o mecanicismo e o modelo orgânico, adaptando pequenos níveis pontuais de demanda. “Não existe nada mais desmotivador que trabalhar com o propósito de gerar mais retorno para os acionistas, estando submetido a uma estrutura hierárquica, sendo geridos como peças de uma máquina e tendo que cumprir planos definidos por superiores” (Renan Carvalho) Esse tipo de mentalidade empresarial não pode simplesmente ser implantada, precisa ser cultivada, incentivada e com o tempo passa a ser parte da 10 cultura organizacional de uma companhia. 2.4.2 Gestão Participativa Considerando analogamente que qualquer organização é um corpo movido por células, funcionários, não há nada que defina uma empresa do que seus colaboradores, estes são parte essencial do negócio, executam e conhecem todos os processos diariamente, com isso estão diretamenteinteirados das fortalezas bem como possíveis fraquezas num sistema. A gestão participativa eleva de meros executantes a gestores todos que fazem parte do quadro organizacional, o que de primeira via parece arrojado em demasia, mas ao rever as relações de hierarquia rígidas e troca-las por mais flexíveis, os gestores podem ampliar sua visão estratégica não só em relação aos processos, mas também ao planejamento para futuras adequações. Parte importante desse processo, é a clareza quanto ao objetivo comum, e a divisão do bônus perante a um resultado positivo. 2.5 MOTIVAÇÃO E ENGAJAMENTO A teoria das hierarquias de necessidade de Maslow define como cinco categorias as forças que movem um individuo a realizar ações, mediante desejos concretos: Resultados pessoais/profissionais positivos. De si mesmo e alheios. Afiliação e amor. Proteção, ordem e estabilidade. Alimentação/Necessidades básicas. https://psicoeduca.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/9-hierarquia-de-necessidades-de-maslow https://psicoeduca.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/9-hierarquia-de-necessidades-de-maslow 11 Cada vez mais as empresas vêm percebendo que o ser humano é a chave de todo resultado positivo ou negativo para uma organização. Pessoas satisfeitas produzem mais e melhor (Universidade da California, 2018), como seres sociais somos movidos por forças que variam desde impulsos básicos como comer, beber e fazer sexo, desde a sentimentos complexos que envolvem satisfação em realizar projetos com ganhos significativos. A Teoria da Hierarquia das Necessidades foi criada em 1950, mas apesar de longa data, muitos gestores e organizações só estão se atentando para compreender as essências que regem o comportamento motivacional humano ainda na atual data. Para uma pequena empresa como o restaurante “Fino Sabor”, identificar esse processo de motivação humana e aplicar de forma correta se tornou uma questão de sobrevivência perante a aguda crise que se abateu em todo setor de serviços. O correto esclarecimento dos objetivos da companhia, bem como a abertura para novas ideias e soluções de negócio são fundamentais para que todos os colaboradores se sintam parte da organização de forma positiva. Iniciativas que demandam pouco ou nenhum custo, são extremamente interessantes para manter o espírito de equipe, a motivação interna e o foco nos resultados. Comemoração de aniversários, benevolência quanto a problemas pessoais, estabelecimento de metas curtas (semanais) em favor de bonificação e valorização da figura humana do funcionário, são técnicas básicas e fonte de motivação pessoal para muitos. Contanto, vale ressaltar que todos nós temos desejos reais que geram problemas concretos, por isso, esse tipo de iniciativa não deve ser abstrato ou ilusório, sob pena de causar descredito a quem se propõe. “Nada pode ser um problema intelectual, sem antes ter sido um problema real.” (Maria Minário) 12 3 RESULTADOS Todos concordam, são tempos difíceis como nunca enfrentados por essa geração, estando preparado ou não para o enfrentamento teremos que nos responsabilizar por todas atitudes tomadas agora, e que por consequência refletirão no futuro. Acima de tudo, e mais além da responsabilidade social existe uma responsabilidade de sustentabilidade econômica sobre trabalhadores e empreendedores, como vimos os governos não ajudam muito, somente se dobram ao pensamento de manada e pioram uma situação que por si já se mostra dramática. Somente iniciativas individuais e sensatas poderão nos salvar da moléstia que atualmente enfrentamos, e suas funestas consequências. “Só aquele que, na solidão, sabe ser rigoroso e justo consigo mesmo – e contra si mesmo – é capaz de julgar os outros com justiça, em vez de se deixar levar pelos gritos da multidão, pelos estereótipos da propaganda, pelo interesse próprio disfarçado em belos pretextos morais.” (Albert Scheitzer) Porém nem tudo é drama, a certeza é que empresas, pessoas e o próprio sistema social em que vivemos sairá modificado dessa atual crise. As mudanças nas relações trabalhistas e sociais foram substancialmente transformadas, onde antes havia uma barreira estatal regulamentadora, agora há diálogo direto entre empreendedores e colaboradores sobre planejamento e execução de estratégias de sobrevivência do negócio, onde antes haviam lados opostos, agora estão todos unidos numa intercambia idade de interesses mútuos e comuns. Óbvio que estamos longe da perfeição, e creio que a natureza humana nunca permitirá, porém fica cada dia mais claro sobre os benefícios da eliminação de intermediários (Estado) nos processos produtivos da economia e interações sociais como um todo. Sim, o papel do Estado é e sempre foi emergencial, para tal inúmeras iniciativas de socorro aos menos favorecidos são louváveis, mas quando se ultrapassa a linha da racionalidade e toda estrutura social é obrigada a se submeter a um controle central em suas questões absolutas (saúde, educação e economia), podemos constatar como se torna custoso, demorado e por vezes errôneo. 13 REFERÊNCIAS AAKER, David A. Administração Estratégia de Mercado. 7ª Edição. Porto Alegre : Bookman, 2007. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1997. OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de prática trabalhista. 38. ed. São Paulo: Atlas, 2005. RUSSOMANO, Mozart Victor. Direito do trabalho: pronunciamentos inéditos. Curitiba: Juruá, 2009. ROSENTAL, Claude. & FRÉMONTIER-MURPHY, Camille. Introdução aos Métodos Quantitativos em Ciências Sociais. Editora Instituto Piaget. Lisboa – Portugal, 2001. ASHLEY, Patrícia (org). Ética e Responsabilidade social nos negócios. São Paulo, Editora Saraiva, 2002. SEIFFERT, Peter Quadros. Modelo de gestão humana para empresas intensivas em capital intelectual: um ensaio na Embraer S.A. Florianópolis, UFSC, 2002. Tese de Doutorado.
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