Buscar

CLÍNICA MÉDICA - GABARITO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 207 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 207 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 207 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

REVALIDA 
“CLÍNICA MÉDICA”
Dra. Grasielle Melissa
2018
CLÍNICA MÉDICA
1. Mulher com 48 anos de idade, parda, comerciante, procura o posto de saúde por apresentar astenia, palidez e fadiga fácil ao realizar suas tarefas diárias. Na história da doença atual relata que esteve bem de saúde até há 15 dias, quando iniciaram estes sinais e sintomas. Nega doenças como diabetes, hipertensão, doenças da tireóide. Nega também o uso de medicamentos. Ao exame físico apresenta palidez, icterícia (2+/4+), esplenomegalia de 4 cm do rebordo costal esquerdo e hepatomegalia de 2 cm do rebordo costal direito. Exames laboratoriais realizados mostram hemoglobina = 4,2 g/ dL; hematócrito = 13 %; VCM = 110 fL (VR = 80 – 100 fL); HCM = 32 pg (VR = 26 – 34 pg); leucograma = 10.500 / mm3 com diferencial normal; plaquetas = 240.000 / mm3; reticulócitos aumentados; bilirrubina total = 4,0 mg/dL (VR=0,3 -1,2 mg/dL) com fração direta de 0,8 mg/dl (VR = 0 - 0,2 mg/dL). Qual o diagnóstico mais provável para a anemia da paciente?
A. Anemia por défi cit de produção ocasionada por defi ciência de vitamina B12.
B. Anemia do tipo regenerativa provocada por doença hemolítica adquirida.
C. Anemia arregenerativa por defi ciência quantitativa de células progenitoras associada à hepatite viral.
D. Anemia por defi ciência na síntese do heme durante a diferenciação das células eritroides.
E. Anemia por defi ciência na síntese da globina durante a diferenciação das células eritroides.
2. Homem, com 43 anos de idade, é atendido na Unidade Básica de Saúde com queixa de dispneia aos grandes esforços, há seis meses. Não relata dor precordial, síncope ou palpitações. No exame, encontra-se em bom estado geral, eupnéico, hidratado, corado. Pressão arterial = 100x70 mmHg, Frequência cardíaca = 112bpm, Frequência respiratória = 18irpm; temperatura axilar = 36,5°C. Murmúrio vesicular presente e simétrico bilateralmente. Ritmo cardíaco regular, em dois tempos, bulhas hipofonéticas, com sopro sistólico de regurgitação mitral discreto. Abdome flácido, sem visceromegalias, ruídos hidroaéreos presentes e regularmente distribuídos. Sem edema de membros inferiores. Radiografia de tórax atual mostra aumento global da área cardíaca, sem congestão pulmonar. Ecocardiograma transtorácico mostra a fração de ejeção do ventrículo esquerdo igual a 35%. Com base nas evidências científicas indique a opção terapêutica para o caso.
A. Hidroclorotiazida e carvedilol.
B. Carvedilol e digoxina.
C. Enalapril e metoprolol.
D. Espironolactona e enalapril.
E. Digoxina e hidroclorotiazida.
3. Adolescente, após tentativa de suicídio com ingestão de antidepressivo tricíclico, manifestou parada cardiorrespiratória. Durante a reanimação cardiopulmonar, observou-se o seguinte ritmo no monitor cardíaco.
A análise do monitor cardíaco permite afirmar que o traçado eletrocardiográfico demonstra ritmo de:
A. Taquicardia ventricular, que pode ser responsiva a choque e a uso de atropina.
B. Fibrilação ventricular, que pode ser responsiva a cardioversão (choque no modo sincronizado).
C. Fibrilação ventricular, que pode ser responsiva a desfibrilação (choque no modo sincronizado). 
D. Taquicardia ventricular, que pode ser responsiva a cardioversão (choque no odo sincronizado).
E. Taquicardia ventricular, que pode ser responsiva a desfibrilação (choque no modo não sincronizado).
4. Paciente, com 45 anos de idade, sexo masculino, comerciante, vem a consulta na Unidade Básica de Saúde e informa que vem apresentando dispneia progressiva a médios esforços, “inchaço” nas pernas e diminuição da diurese. Relata que, em consultas anteriores, foi orientado a realizar periodicamente medidas de sua pressão arterial, que se encontrava, na época, no limite da normalidade. Não realizou o procedimento solicitado, retornando, hoje, para consulta. História pessoal: tabagista desde os 14 anos, um maço de cigarro por dia. Dieta rica em gorduras e pobre em frutas e vegetais. Informa que não é etilista e não usa drogas. História familiar: mãe hipertensa e pai falecido de infarto agudo do miocárdio. Ao exame: Pressão arterial 165 x 110 mmHg, Frequência cardíaca: 55 bpm, Frequência respiratória 14 irpm, rítmo cardíaco regular em dois tempos, bradicárdico, sem sopros ou extrassístoles, murmúrio vesicular fisiológico, com discretas crepitações bibasais, abdome com ruídos hidroaéreos positivos, com hepatomegalia dolorosa a 2 cm do rebordo costal direito, membros inferiores com edema (++/++++). Os exames complementares demonstram que há uma sobrecarga de ventrículo esquerdo ao ECG; bloqueio atrioventricular de primeiro grau; clearance de creatinina 45 ml/min (normal 90 -139 ml/min); urina de 24 horas com microalbuminúria de 250 mg/24h. Qual o tratamento farmacológico a ser prescrito, no que se refere à pressão arterial desse paciente?
A. Captopril + losartana.
B. Propranolol + enalapril.
C. Lisinopril + espironolactona.
D. Losartana + hidroclorotiazida.
E. Alisquireno + furosemida.
5. Um homem, com 68 anos de idade, tabagista de 40 cigarros/dia, com história de dispneia, tosse produtiva e expectoração catarral abundante, chega à Unidade de Pronto Atendimento, com piora súbita da dispneia e da frequência da tosse . Na avaliação clínica você deve investigar as causas de piora, entre elas, devemos considerar como a mais frequente
A. Infecção respiratória viral.
B. A tromboembolia pulmonar.
C. A pneumonia por germes oportunistas.
D. O cor pulmonale.
E. O pneumotórax espontâneo seguido de infecção.
6. Garota, com 13 anos de idade, moradora de rua, procura atendimento na rede básica de saúde, relatando falta de apetite, perversão do hábito alimentar, com relato de ingestão frequente de terra, epigastralgia, além de prurido anal e vaginal. Ao exame físico apresenta-se emagrecida e hipocorada. O exame parasitológico de fezes para pesquisa de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários pelos métodos de Faust, Lutz e Baerman Moraes, revela: “presença de ovos de Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Ancylostoma duodenale. Presença de cistos de Entamoeba coli. Presença de larvas de Strongyloides stercoralis”. Assinale a alternativa que contem a prescrição que visa o tratamento das enteroparasitoses apresentadas pela paciente.
A. albendazol em dose única e praziquantel em dose única.
B.  levamizol em dose única e ivermectina em dose única.
C. metronidazol por sete dias e tiabendazol por dois dias.
D. albendazol por quatro dias e tinidazol em dose única.
E. albendazol em dose única e tiabendazol por dois dias
7. Trinta e cinco indivíduos, adolescentes e adultos, alimentam-se em um restaurante com buffet de comida “por quilo”. Cerca de quatro horas depois, sete integrantes do grupo apresentam diarreia com várias evacuações aquosas, sem febre, acompanhadas de cólicas abdominais e vômitos. Ao serem avaliados apresentam-se apiréticos, desidratados, alguns deles necessitando de hidratação venosa. Dois dias depois, três outros membros do grupo, que também haviam comido no mesmo buffet, apresentam quadro de diarreia, eliminação de fezes com muco, pus e sangue, acompanhado de febre e mal estar. Na avaliação clínica apresentam-se desidratados, febris e toxemiados. Quais são os agentes etiológicos que melhor explicam a epidemiologia e as características clínicas dos quadros diarreicos descritos?
A.  Staphylococcus aureus e Salmonella enteritidis.
B. Staphylococcus aureus e Escherichia coli enterotoxigênica.
C. Staphylococcus aureus e Bacillus cereus.
D. Salmonella enteritidis e Yersinia enterocolitica.
E. Shigella flexneri e Escherichia coli enteropatogênica
8. Um estudante, com 15 anos de idade, chega à Emergência informando ser portador de asma desde a infância. Relata que manteve controle da asma nos últimos meses e que apresenta piora há dois dias, quando passou a apresentar dispneia associada à tosse, expectoração mucosa e chiado no peito. Ao exame físico observa-se tórax tipo pectus carinatum, com discreta tiragem intercostal; frequência respiratória = 32 irpm;Frequência cardíaca=100 bpm; ausculta pulmonar com sibilos difusos. Na sala de Emergência, diante do paciente com crise asmática, além do quadro clínico, consideram-se como procedimentos objetivos importantes para avaliação da gravidade, a realização, quando possível, de
A. radiografia de tórax e medida do pico de fluxo expiratório ( PFE ).
B. radiografia de tórax e saturação de oxigênio no sangue arterial por gasometria ou oximetria de pulso ( SatO2 ).
C. hemograma e saturação de oxigênio no sangue arterial por gasometria ou oximetria de pulso ( SatO2 ).
D. medida do pico de fluxo expiratório ( PFE ) e saturação de oxigênio no sangue arterial por gasometria ou oximetria de pulso ( SatO2 ).
E. eletrocardiograma e medida do pico de fluxo expiratório ( PFE ).
9. Paciente, com 32 anos de idade, hígida anteriormente, deu entrada em serviço de urgência municipal com quadro clínico de febre alta, mialgia, artralgia, cefaléia, prostração, dor retroorbitária e exantema. Apresentava-se lúcida e orientada. Ao exame fisico, constatou-se desidratação, temperatura = 39,5°C, Frequência cardíaca = 102 bpm, Frequência respiratória = 20 irpm e Pressão arterial = 90 x 60 mmHg. Ausculta cardiopulmonar normal. A avaliação laboratorial mostrou: Hematócrito = 35 %; leucócitos totais = 1.900 /mm³; plaquetas = 102.000 /mm³. Diante do quadro, neste momento, qual a prioridade no manuseio da paciente?
A. Solicitar sorologia para dengue.
B. Prescrever paracetamol para controle da temperatura e analgesia.
C. Instalar hidratação venosa.
D. Orientar hidratação vigorosa, em domicílio.
E. Encaminhar para unidade hospitalar do nível secundário
10. Paciente, com 49 anos de idade, sexo masculino, lavrador, vem à consulta com queixa de lesão em face que iniciou-se como uma pápula, posteriormente evoluindo com ulceração e indolor. A primeira lesão apareceu há 3 meses, sendo seguida de mais duas com as mesmas características. Associado ao aparecimento das lesões evoluiu com emagrecimento, não sabendo quantificar, porém notou que suas roupas estão mais largas que o habitual. Não apresentou quadro semelhante antes. Relata tabagismo e etilismo desde a infância. Não refere uso de medicamentos. Durante o exame físico, foram visualizadas lesões ulceradas, de bordas elevadas, com fundo granuloso em região labial inferior e mentoniana. Foi realizado raspado para exame direto e biópsia da lesão. Em ambos os exames foram encontradas formas leveduriformes com múltiplos brotamentos pequenos, em roda de leme. Reação de Montenegro negativa. Qual o diagnóstico e tratamento de escolha?
Figura I - Lesão cutânea.
Figura II - Formas leveduriformes com múltiplos brotamentos.
A. Paracoccidioidomicose e itraconazol.
B. Esporotricose e solução saturada de Iodeto de potássio.
C. Carcinoma de células escamosas e cirurgia.
D. Tuberculose cutânea e R (Rifampicina) – H (Isoniazida) – Z (Pirazinamida) – E (Etambutol).
E. Leishmaniose cutânea e glucantime.
11. Paciente, com 57 anos de idade, sexo masculino, chega ao pronto atendimento queixando-se de palpitações que se iniciaram há três dias, associadas à tontura e à dispneia. Relata fazer uso de metimazol 10 mg/dia há um mês por diagnóstico de hipertireoidismo. Faz uso ainda de enalapril 20 mg para hipertensão arterial desde os 45 anos de idade. Ao exame: Pressão arterial = 110 x 70 mmHg; Frequência cardíaca = 160 BPM; Frequência respiratória = 26 irmp; rítmo cardíaco taquicárdico, irregular, em dois tempos, sem sopros; murmúrio vesicular fisiológico com crepitações bibasais; abdome livre, indolor, ruídos hidroaéreos positivos; aparelho locomotor sem alterações. Saturação periférica de oxigênio de 87%. Solicitado ECG:
Instalada a suplementação de oxigênio e monitorização cardíaca. Assinale a alternativa que identifi ca a arritmia e a conduta a ser tomada ainda na sala de pronto atendimento
A. Flutter atrial e amiodarona.
B. Taquicardia supra ventricular paroxistica e procainamida.
C. Sindrome de Wolff-Parkinson-White e beta bloqueador.
D. Taquicardia atrial multifocal e bloqueadores de canais de cálcio.
E.  Fibrilação atrial e digitálico.
12. Paciente, com 35 anos de idade, sexo masculino, etilista, é trazido por familiares ao hospital após ter apresentado crise convulsiva generalizada e perda de consciência. Esposa relata que o paciente não fazia uso de medicamentos, tendo realizado consulta médica recente. Nega que tenham ocorrido quedas ou traumatismos antecedendo o início do quadro. Ao exame: Pressão arterial = 190 x 100 mmHg, Frequência cardíaca = 50 bpm ritmo cardíaco regular em dois tempos, sem sopros; murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios. Escala de coma de Glasgow: 7, pupilas anisocóricas (maior à direita) e fotorreagentes; hemiplégico à esquerda. Saturação periférica de oxigênio de 98 %. Qual a conduta a ser tomada para esse paciente no momento da admissão?
A. Entubação orotraqueal + hiperventilação mecânica; manitol.
B. Ventilação não invasiva; manitol e solução hipertônica.
C. Suplementação de oxigênio por máscara; manitol.
D. Entubação orotraqueal + ventilação mecânica.
E. Entubação orotraqueal + ventilação mecânica + antihipertensivo.
13. Mulher, com 19 anos de idade, procura o pronto-socorro de um hospital secundário com queixa de dor abdominal e vômitos há dois dias. Há cerca de quinze dias, apresenta tosse e coriza amarelada e, há dez dias, poliúria e polidipsia. Comenta ter emagrecido 12 kg (18% do peso) nas últimas duas semanas. Informa não ter tido febre. Não relata antecedentes mórbidos pessoais ou familiares relevantes. Ao exame clínico, aparece vigil, consciente, orientada. Pontuação na escala de coma de Glasgow = 15. Corada, desidratada 2+/4+, taquipneica. Pressão arterial = 106 x 62 mmHg, pulso = 104 bpm, frequência respiratória = 28 irpm. Abdome doloroso à palpação profunda de epigástrio, sem dor à descompressão brusca. Semiologia cardíaca, pulmonar, e de membros, normais. Saturação de oxigênio em ar ambiente: 99 %. Glicemia capilar à entrada = 364 mg/dL. Foram solicitadas dosagens séricas de eletrólitos, exame sumário de urina e gasometria venosa. Além de se considerar o início de antibioticoterapia para o quadro respiratório alto, a conduta terapêutica imediata adequada é
A. aguardar os exames, antes de outras etapas do tratamento.
B. iniciar insulinoterapia, em bolus endovenoso, a ser mantida por infusão contínua.
C. aguardar resultado da dosagem de eletrólitos (K+) e iniciar expansão com soro fisiológico.
D. preparar expansão com soro fisiológico e reposição de potássio. E introduzir expansão com soro fisiológico, reposição de potássio e insulinoterapia.
14. Mulher, com 58 anos de idade, diabética, é admitida no Pronto-Socorro com dor precordial opressiva, intensa, irradiada para membro superior esquerdo há 40 minutos, associada a sudorese fria e sensação de morte iminente. Durante o exame clínico, encontra-se em bom estado geral, eupneica, Pressão arterial = 100 x 70 mmHg, Frequência cardíaca = 92 bpm, Frequência respiratória = 20 ipm. Pulmões limpos. Ritmo cardíaco regular, dois tempos, sem sopros. Abdome fl ácido, sem visceromegalias, ruídos hidroaéreos presentes. Sem edemas de membros inferiores, panturrilhas livres. Fez uso de dinitrato de isossorbida 5 mg sublingual, tendo cessado a dor. Eletrocardiograma realizado na admissão está normal. Qual a recomendação para o acompanhamento desta paciente?
A. Acompanhamento ambulatorial, se Troponina e CKMB massa colhidas na admissão estiverem normais.
B. Internação hospitalar, monitorização cardíaca contínua, mesmo com troponina normal à admissão.
C. Acompanhamento ambulatorial especializado, com cardiologista, se Troponina colhida na admissão estiver normal.
D. Internação hospitalar, monitorização cardíaca contínua, se Troponina colhida na admissão estiver elevada.
E. Internação hospitalar, sem monitorização cardíaca contínua, se a Troponina e CKMB massa colhidas na admissão estiverem normais.
15. Em consulta médica no posto de saúde, paciente jovem relata “ferida”na genitália externa que surgiu há cerca de 30 dias. Ao exame, nota-se úlcera vulvar, única, de contornos imprecisos, fundo purulento e dolorosa ao toque, associada a linfadenopatia homolateral. O esfregaço do material da borda da úlcera, corado pelo método de GRAM, revelou bacilos Gram negativos intracelulares. A hipótese diagnóstica principal é
A. sífilis primária.
B. úlcera luética secundária.
C. cancro mole.
D. donovanose.
E.  linfogranuloma venéreo
16. Paciente, com 57 anos de idade, vai à Unidade Básica de Saúde com queixa de aparecimento, há um mês, de lesão avermelhada em braço direito. Procurou atendimento médico, quando foi prescrita nistastina creme durante 14 dias e fluconazol 150 mg em dose única, sem melhora do quadro. Relata que posteriormente apresentou dor no cotovelo direito, sendo feito diagnóstico de tendinite e prescrito anti-inflamatório. Informa não ter outra doença e não faz uso de medicamentos. O exame físico mostra mácula eritematosa com bordas eritematosas elevadas e centro atrófico. Qual a hipótese diagnóstica e a propedêutica a ser realizada?
Figura I - Lesão cutânea.
A. Psoríase e diagnóstico clínico.
B. Paracoccidioidomicose e raspado da lesão.
C. Cromomicose e biópsia.
D. Hanseníase e Intradermorreação de Mitsuda.
E. Liquen plano e biopsia
17. Mulher, com 57 anos de idade, sem acompanhamento médico regular, é atendida em ambulatório de clínica médica de hospital secundário por queixa de edema de membros inferiores e face e de urina espumosa há três meses. A paciente não refere doenças anteriores e desconhece seus antecedentes familiares. Ao exame clínico encontra-se orientada, normocorada, hidratada, afebril, com edema de face (++/4). Pressão arterial (posição deitada) = 176 x 102 mmHg com pulso = 76 bpm; pressão arterial (posição supina) = 154 x 78 mmHg com pulso = 72 bpm. Frequência respiratória = 18 irpm. Exame cardíaco normal. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular diminuído nas bases pulmonares, sem ruídos adventícios. Abdome com sinais de ascite moderada, membros inferiores com edema compressível (++/4). Fundoscopia: prejudicada por opacifi cação do cristalino. Exames complementares: Glicemia de jejum = 283 mg/dL, Creatinina = 1,8 mg/ dL, Ureia = 60 mg/dL. Colesterol total = 312 mg/dL, LDL = 230 mg/dL, HDL = 40 mg/dL, VLDL = 42 mg/dL, triglicérides = 210 mg/dL. Albumina sérica = 1,8 g/dL. Exame sumário de urina: proteinúria (++++/4), glicosúria (++/4), sem outras alterações. Proteína na urina de 24h= 5,5g. Dosagem de eletrólitos e hemograma normais. Qual a principal etiologia para o quadro apresentado por essa paciente?
A. Hipertensão arterial sistêmica.
B. Diabetes mellitus.
C. Dislipidemia.
D. Glomerulopatia por lesões mínimas.
E. Lupus eritematoso sistémico
18. Paciente do sexo masculino, com 59 anos de idade, tabagista há mais de 10 anos, hipertenso e dislipidêmico, procura a Unidade Básica de Saúde relatando o aparecimento, há um mês, de lesão ulcerada em dorso de pé esquerdo, após pequeno trauma abrasivo com sandália mal-adaptada. A lesão é seca, dolorosa, com fundo sujo e pálido. Há um discreto halo de eritema ao seu redor. Evolui há uma semana com piora do aspecto e do tamanho da lesão, com dor de repouso, edema de pé e tornozelo. Os pulsos arteriais não são perceptíveis (palpáveis) abaixo dos joelhos, bilateralmente. Qual a hipótese diagnóstica e conduta para esse paciente?
A. Doença aterosclerótica obliterante periférica( DAOP ) com isquemia crítica; referenciar para revascularização de urgência.
B. Trombose venosa profunda; referenciar para consulta em ambulatório de especialidades e prescrição de anticoagulantes.
C. Úlcera varicosa infectada; referenciar para internação hospitalar de urgência para antibioticoterapia e desbridamento.
D. Trombose venosa profunda; referenciar para internamento hospitalar de urgência para trombólise.
E. Microangiopatia diabética; referenciar para ambulatório especializado.
19. Paciente do sexo feminino, com 34 anos de idade, sem antecedentes patológicos pregressos significativos, procurou a Unidade Básica de Saúde com história de pirose e regurgitação há mais ou menos seis meses, e piora do quadro no último mês. Relata ganho ponderal de 10 kg nos últimos três meses (Índice de massa corpóreo atual = 36,8 kg/m2 ). Faz uso irregular de antiácido por conta própria. Trazia consigo um resultado de endoscopia digestiva alta com o seguinte laudo: “erosões lineares de até 5 mm, não confluentes, localizadas em esôfago distal”. Baseado no diagnóstico acima, você prescreve um inibidor de bomba de prótons durante oito semanas e orienta a paciente a
A. perder peso e evitar deitar-se imediatamente após as refeições.
B. evitar ingestão de café e praticar esportes. C suspender carne vermelha da alimentação e ingestão de bebidas gaseifi cadas.
C. dormir com cabeceira da cama elevada e abolir fibras na dieta.
D. aumentar a ingesta de proteínas e reduzir a ingesta de carboidratos.
20. Paciente do sexo masculino, com 26 anos de idade, procura ambulatório de Clínica Médica com queixas, há uma semana, de mal estar, febre de baixa intensidade não aferida, inapetência, vômitos ocasionais e aversão à fumaça de cigarro, evoluindo com colúria e acolia fecal há três dias. Relata que costuma alimentarse em bares com baixo nível de higiene, próximos à universidade onde estuda; e viagem, há um mês, para acampamento. Informa manter relações sexuais sem uso de preservativos, com parceiros e parceiras desconhecidos. Ao exame físico apresenta-se em bom estado geral, corado, hidratado, ictérico ++/4+, lúcido, orientado, Pressão arterial =120 x 70 mmHg , Frequência cardíaca= 64bpm. Fígado palpável a três centímetros do rebordo costal direito; baço impalpável. O restante do exame físico não mostrou alterações significativas. Foram solicitadas dosagens de aminotransferases, que se mostraram muito elevadas (>1000 UI/ml) e marcadores sorológicos virais das hepatites determinaram que o paciente era carreador crônico do vírus da hepatite B e apresentava também hepatite viral aguda pelo vírus da hepatite A. A infecção pelo vírus da hepatite C foi excluída por sorologia e técnicas moleculares. O perfil sorológico compatível com o diagnóstico do paciente é
A. anti-HAV IgG reativo e IgM não reativo; anti-HBc IgM e IgG reativos; HBsAg reativo.
B. anti-HAV IgG e IgM reativos; anti-HBc IgG e IgM não reativos; HBsAg não reativo.
C. anti-HAV IgG e IgM não reativos; anti-HBc IgG reativo e IgM não reativo; HBsAg não reativo.
D. anti-HAV IgG não reativo e IgM reativo; anti-HBc IgM e IgG não reativos; HBsAg não reativo.
E. anti-HAV IgG e IgM reativos; anti-HBc IgM não reativo e IgG reativo; HBsAg reativo.
21. Homem, com 45 anos de idade, com dor epigástrica diária, ocorrendo no período pós-prandial e à noite, e perda ponderal de 4 kg, começou uso de inibidor de bomba de próton (IBP) com alguma melhora. Informa que não usa álcool ou antinflamatórios não hormonais. Ainda na vigência da medicação realizou endoscopia digestiva alta que revelou gastrite nodosa de antro e corpo, e úlcera duodenal em fase de cicatrização. Biópsias de mucosa gástrica foram realizadas durante o procedimento, e submetidas ao teste rápido de urease em fase líquida, cujo resultado foi negativo. Quanto ao tratamento para Helicobacter pylori nesse paciente, conclui-se que
A. não há necessidade de tratamento, pois o agente etiológico não é o Helicobacter pylori.
B. não há necessidade de tratamento, pois a cicatrização da úlcera ocorre após a erradicação da bactéria.
C. o tratamento está indicado e o uso de IBP interfere no teste de urease.
D. há necessidade de tratamento profilático contra reinfecção, mesmo havendo cura.
E. há necessidade de tratamento especial para Helicobacter pylori resistente aos antibióticos.
22. Menina, com seis anos de idade, foi levada pela mãe à consulta em Unidade Básica de Sáude por apresentar, há uma semana, intensa adinamia, quadro febril intermitente (temperatura = 38o C) e dor articular, localizadainicialmente no joelho esquerdo, acompanhada de calor e rubor discreto e que, há dois dias, acomete o tornozelo direito. A mãe informa que, há cerca de seis semanas, a criança apresentou quadro de infecção de vias aéreas superiores (faringite), que regrediu com o uso de amoxicilina durante cinco dias. Ao exame físico a criança encontrava-se afebril, eupneica, hidratada, com intensa adinamia, hipocorada (+/4), Frequência cardíaca=125 bpm, Pressão arterial= 100 x 60 mmHg. A ausculta cardíaca e a ausculta pulmonar foram normais. Foi observada hiperemia, calor e dor no tornozelo direito, com limitação de movimentos e a presença de áreas eritematosas com centros esbranquiçados no tronco e na região proximal de membros superiores e inferiores. Os exames laboratoriais revelaram:
hemoglobina=10 g/dL,
hematócrito=34%,
leucócitos=14000/mm3,
velocidade de hemossedimentação = 26mm/h, 
proteína C reativa= 2,0 ng/ml (valor de referência= <0,1 ng/mL);
glicose, ureia e creatinina normais.
O eletrocardiograma mostra um prolongamento do intervalo P-R (0,20 s).
Com base no quadro clínico descrito e nos exames complementares realizados, qual o provável diagnóstico dessa criança?
A. Artrite idopática juvenil.
B. Lupus eritematoso sistêmico.
C. Febre reumática.
D. Síndrome de Reiter.
E. Espondilartrose.
23. Paciente do sexo feminino, com 14 anos de idade, recebe atendimento médico por apresentar quadro de hematúria macroscópica acompanhada de mialgia discreta, adinamia, discreta hipertermia (temperatura axilar=37.8°C). A mãe informa que a paciente apresentou infecção de vias aéreas superiores há cerca de um mês, que regrediu após tratamento com amoxicilina durante sete dias. Por ocasião dessa primeira consulta a paciente apresenta hipertensão arterial (Pressão arterial = 150x110 mmHg), o fundo de olho é normal e não há outras alterações do exame físico. A paciente é hospitalizada pois os primeiros exames laboratoriais já mostram creatinina sérica elevada (8,4 mg/dL) e ela evolui rapidamente com oligoanúria, edema e agravamento da função renal. A hematúria macroscópica regride, mas persiste hematúria microscópica, com presença de cilindros hemáticos e a paciente passa a apresentar também proteinúria (3g/24 h). A investigação clínico-laboratorial não evidencia presença de vasculite ou doença sistêmica. A dosagem de complemento sérico (C3, CH50) é normal; anticorpos antinucleares ausentes, pesquisa de fator anti-nuclear negativa. A paciente foi submetida à biópsia renal - fragmento com 30 glomérulos, com proliferação das células epiteliais da cápsula de Bownan e infiltração por macrófagos e linfócitos, configurando a presença de crescentes epiteliais em 70% dos glomérulos, alguns com aspecto fibrocelular. A imunofluorescência da biópsia renal, reproduzida abaixo, evidencia deposição linear de IgG - não há depósitos mesangiais; imunofluorescência negativa para IgM, IgA e C3.
Com base na história clínica, evolução e na biópsia renal e imunofluorescência, pergunta-se qual o mecanismo responsável pelo dano glomerular?
A. Reação antígeno-anticorpo in situ ao longo da membrana basal glomerular.
B. Deposição de complexos imunes circulantes ao longo da membrana basal glomerular.
C. Alterações da imunidade celular, notadamente de macrófagos e linfócitos T auxiliares.
D. Deposição de anticorpo antiantígeno citoplasmático de neutrófilos.
E. Deposição de anticorpos antiantígenos estreptocócicos ao longo da membrana basal glomerular.
24. Mulher, com 20 anos de idade, branca, é recebida no pronto-socorro com queixa de edema há uma semana. Inicialmente, o edema era nos membros inferiores, porém, agora, nota a face edemaciada. Relata, ainda, diminuição do volume urinário, astenia, hiporexia, mal-estar e febre baixa. Quanto aos antecedentes patológicos, artralgia de interfalangeanas proximais há cerca de oito meses. Na ocasião, fez uso de prednisona com desaparecimento do quadro. Não usa nenhuma medicação no momento. O exame clínico demonstra estado geral regular, hipocorada (++/4), edema de membros inferiores (++/4) e de face. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca com ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, sem sopros, Pressão arterial = 160 x 110 mmHg, Frequência cardíaca = 120 bpm. Abdome flácido, sem visceromegalias. Exames no pronto-socorro:
Hemoglobina = 8,0 g/L, Hematócrito 24,0 %, Leucócitos totais = 2.400 /mm3
(Segmentados= 84%, Bastões= 2%, Linfócitos = 8%, Eosinófilos = 2%, Monócitos = 2%),
Plaquetas = 100.000 /mm3 (Valor de Referência = 150.000 – 300.000 /mm3 ).
Ureia = 140 mg/dL, (Valor de Referência: 15-40 mg/dL),
Creatinina = 2,0 mg/dL (Valor de Referência: 0,6-1,2 mg/dL),
Potássio = 5,5 mEq/L (Valor de Referência: 3,5-5,0 mEq/L).
Qual a hipótese diagnóstica para o caso?
A. Endocardite infecciosa.
B. Dengue.
C. Pielonefrite.
D. Insuficiência renal crônica.
E. Lupus Eritematoso Sistêmico.
25. Homem, com 65 anos de idade, tabagista, internado com suspeita de trombose venosa profunda, realizou tomografia de tórax e angiotomografia de membro inferior com contraste. Dois dias após o procedimento, houve redução de volume urinário para 400mL, em 24 horas. Exames solicitados em caráter de urgência evidenciam creatinina = 2,5 mg/dL, K = 5,7 mEq/L e Ureia = 112 mg/dL. O eletrocardiograma realizado mostra hemibloqueio de ramo esquerdo e alterações inespecíficas da repolarização ventricular. Para o caso, considerando os níveis de potássio sérico, a intervenção apropriada, neste momento é
A. furosemida EV.
B. gluconato de cálcio EV.
C. resina trocadora de potássio oral.
D. betaadrenérgico inalatório.
E. insulina com glicose EV
26. Homem, com 25 anos de idade, solteiro, procura atendimento na unidade básica de saúde, queixando-se de ferida genital. Ao exame clínico, foi observada lesão peniana ulcerada, eritematosa, com diâmetro de 1 cm, sem secreção, base endurada, limites nítidos, bordas a pique, não dolorosa, nem pruriginosa. Qual o diagnóstico clínico principal?
A. Sífilis primária.
B. Sífilis secundária.
C. Cancro mole.
D. Cancro misto.
E. Linfogranuloma venéreo.
27. Um paciente, com 55 anos de idade, etilista crônico, procurou um pronto-atendimento com hematêmese e alteração do nível de consciência. Ao exame físico, observou-se indivíduo emagrecido, agitado, com pressão arterial de 80 x 50 mmHg, pálido, taquipneico, com moderada ascite. Após internação, os exames laboratoriais revelaram dosagem de albumina de 2,6 g/dL, bilirrubina de 3,5 mg/dL, INR (International Normalized Ratio) = 2,0 e sorologia positiva para vírus da hepatite C. As enzimas hepáticas encontravam-se elevadas e a razão entre AST/ALT duas vezes maior que o normal. A dosagem de GGT estava elevada. Qual a causa principal de descompensação clínica deste paciente?
A. Baixo débito cardíaco.
B. Ingestão elevada de álcool.
C. Hipoalbuminemia.
D. Intoxicação medicamentosa.
E. Reativação da hepatite crônica.
28. Em relação à osteoporose, é correto afirmar que
A. São considerados fatores de risco de osteoporose não modificáveis: idade, pequena estrutura corporal, origem étnica, história familiar de osteoporose.
B. São considerados fatores de risco de osteoporose modificáveis: tabagismo, consumo excessivo de alcóol, terapia de reposição hormonal estrogênica.
C. Nas mulheres com antecedentes familiares de osteoporose, a avaliação diagnóstica da densidade mineral óssea deve ser recomendada a partir de 40 anos.
D. O uso de reposição de cálcio e vitamina D aliada ao uso de bifosfonatos deve ser considerado apenas nos casos de ocorrência de fraturas prévias.
E. Os efeitos de depleção óssea, induzidos pelo uso prolongado de corticóides, no hipotireoidismo e na doença renal crônica podem ser evitados pela ingesta complementar de cálcio.
29. No atendimento do Pronto-Socorro é admitido um jovem de 19 anos, de origem indígena, que narra ter sido vítima de uma picada de cobra na mão direita, há aproximadamente 30 minutos, relatando dor local. Você constata edemae equimose local. Outros habitantes da aldeia onde reside o rapaz trouxeram a cobra sem vida ao hospital na esperança de que isso pudesse ajudar na identificação da espécie da cobra que o havia picado. À observação, nota-se que a cobra tem fosseta loreal e cauda lisa. Considerando o quadro clínico, as características da cobra e a epidemiologia brasileira dos envenenamentos por animais peçonhentos, que tipo de soro antiofídico deverá ser administrado?
A. Soro antilonômico.
B. Soro anticrotálico.
C. Soro antibotrópico.
D. Soro antilaquético.
E. Soro antielapídico.
30. Um homem de 40 anos de idade é atendido na Unidade Básica de Saúde (UBS) com quadro de anorexia, perda de peso e adinamia, associados a tosse e discreta falta de ar, iniciado há 30 dias. Ao exame físico foi constatado: paciente emagrecido, IMC 16 kg/m2 , PA = 110 x 70 mmHg, FC = 88 bpm, FR = 20 irpm, sopro cavitário no ápice pulmonar esquerdo. Que exames são indicados para a elucidação diagnóstica nesse caso?
A. Hemograma completo, anti-HIV 1 e 2 e radiografia de tórax.
B. Pesquisa de BAAR no escarro e radiografia de tórax.
C. Pesquisa de BAAR no escarro, cultura do escarro pelo método Ogawa-Kudoh e radiografia de tórax.
D. Baciloscopia do escarro, radiografia de tórax e técnica molecular de reação em cadeia mediada pela polimerase.
E. Cultura do escarro pelo método Löwestein-Jensen e técnica molecular e reação em cadeia mediada pela polimerase.
31. Uma mulher de 25 anos de idade procurou o ambulatório com queixa de febre e diarreia há mais de um mês, com cerca de seis evacuações por dia, seguidas por sangramento, dor abdominal e perda de peso de aproximadamente 10 quilos. Ao exame físico, apresentava-se emagrecida, com pele e mucosas descoradas ++/4+ e temperatura = 38,5°C. Foi observada a presença de fissuras perianais.
Exames laboratoriais mostraram Hb = 8,2 g/dL (valor de referência = 11,3 a 16,3 g/dL), volume corpuscular médio = 70 fL (valor de referência = 79 a 93,3 fL), leucócitos = 15 000/mm³ (valor de referência = 3 800 a 10 600/mm3 ), plaquetas = 520 000/mm3 (valor de referência = 165 000 a 415 000/mm3 ), velocidade de hemossedimentação = 70 mm/h (valor de referência: < 20 mm/h). 
Imediatamente, o médico decidiu encaminhar a paciente para um serviço especializado devido à suspeita diagnóstica de doença inflamatória intestinal grave. Os critérios de inclusão nessa categoria de gravidade devem considerar
A. A leucocitose, o número de plaquetas, a perda de peso, a febre e a anemia.
B. O número de evacuações com sangue por dia, a febre, a anemia e a VHS elevada.
C. O número de plaquetas, a febre, a perda de peso, as fissuras perianais e a anemia.
D. A idade, o número de evacuações com sangue por dia, a leucocitose e a VHS elevada.
E. A idade, a dor abdominal, o número de evacuações com sangue por dia e a VHS elevada.
32. Uma mulher de 23 anos de idade, casada, do lar e nuligesta, iniciou atividade sexual há 3 anos, após casamento. No momento, essa mulher está em tratamento para condilomatose vulvar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e apresenta boa evolução. Ela não mantém relações extraconjuguais, seu marido é saudável e não tem histórico de doença sexualmente transmissível (DST) e (ou) uso de drogas injetáveis. Após aconselhamento, realizou sorologia para HIV e o resultado foi positivo. Diante disso, foi solicitada pesquisa sorológica para HIV em nova amostra sanguínea. A paciente retorna hoje à UBS para conhecer o resultado. Ambas as amostras foram processadas no mesmo laboratório e seus resultados são apresentados nas figuras a seguir.
Nessa situação, que conduta deve ser adotada para a paciente?
A. Solicitar contagem de linfócitos T-CD4+.
B. Solicitar contagem de linfócitos T-CD4+ e a quantificação da Carga Viral do HIV.
C. Encaminhar a paciente para o Serviço de Assistência Especializada em DST/AIDS.
D. Solicitar análise sorológica para HIV, em uma nova amostra sanguínea, pela técnica de Western Blot.
E. Solicitar análise sorológica para HIV, em uma nova amostra sanguínea, pela técnica de Imunofluorescência indireta.
33. Uma mulher de 22 anos de idade procurou atendimento de urgência, apresentando falta de ar, chegando a ter dificuldade para completar frases. Informou a ocorrência de episódios prévios semelhantes. Ao exame: acianótica, padrão respiratório com uso da musculatura acessória, tiragem intercostal e supraesternal. Pressão arterial = 110 x 80 mmHg, frequência cardíaca = 115 bpm e frequência respiratória = 28 irpm; ausculta pulmonar com sibilos expiratórios difusos. A oximetria digital em ar ambiente evidenciou saturação de oxigênio (SaO2 ) = 91%. Foi administrado beta-agonista inalatório e oxigênio por cateter nasal. Reavaliada após 30 minutos, a paciente apresentou melhora parcial do quadro: frequência respiratória = 24 irpm, SaO2 = 94%, frequência cardíaca = 110 bpm, ausculta pulmonar com sibilos expiratórios. Qual a conduta terapêutica mais adequada a ser tomada após essa reavaliação?
A. Nebulização com beta-agonista – até 3 doses em uma hora, prednisolona oral e suspensão do oxigênio.
B. Nebulização com beta-agonista e ipratrópio – 3 doses sequenciais, aminofilina venosa e manutenção do oxigênio.
C. Beta-agonista em spray, com espaçador, até 3 doses em uma hora; hidrocortisona venosa e suspensão do oxigênio.
D. Nebulização com beta-agonista e ipratrópio a cada 30 minutos, aminofilina venosa e manutenção do oxigênio.
E. Associação de beta-agonista e ipratrópio em spray, com espaçador, a cada 30 minutos; prednisolona oral e manutenção do oxigênio.
34. Um homem de 55 anos de idade, portador de infecção pelo HIV, diabético do tipo II, hipertenso, em terapia antiretroviral, estável há 6 anos, com contagem de linfócitos CD4 de 980 células/mm3 (valor de referência < 1 000 células/mm3 ) e carga viral indetectável (< 25 cópias/mL), apresentou quadro de perda súbita e transitória da consciência, com queda da própria altura e recuperação espontânea. Na semana seguinte ao episódio, procurou o médico clínico que o acompanha; a hipertensão arterial e o diabetes mellitus mantinham-se controlados. O paciente relatou que, desde o episódio mencionado, sente “palpitações” e “pulso acelerado”. O médico observou no exame cardiovascular: frequência cardíaca = 105 bpm; pressão arterial = 140 x 90 mmHg, ritmo cardíaco irregular, achados que não haviam sido até então documentados em 10 anos de seguimento ambulatorial do paciente. O eletrocardiograma realizado naquela ocasião mostra ausência de ondas P e intervalos RR muito irregulares. A conduta imediata mais adequada é
A. Monitorizar o paciente por 48 horas, para observar a possibilidade de reversão espontânea da arritmia.
B. Encaminhar o paciente para a emergência cardiológica, para ser submetido à cardioversão elétrica.
C. Solicitar ecocardiograma transesofágico, para avaliar a presença de trombos em átrio esquerdo.
D. Iniciar heparinização plena e warfarina, para minimizar o risco existente de doença tromboembólica.
E. Administrar antiarrítmicos intravenosos, para induzir reversão farmacológica da arritmia.
35. Um mulher de 55 anos de idade procura o médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) para realizar uma consulta. A paciente está assintomática. Durante o exame físico, o médico identificou nódulo palpável no lobo esquerdo da tireóide. Solicitou ultrassonografia, que mostrou nódulo bem circunscrito de 1,8 cm em seu maior diâmetro, localizado no pólo superior esquerdo da tireóide e ausência de linfonodomegalia. Indicou, então, punção aspirativa com agulha fina. O exame histopatológico revelou alterações celulares sugestivas de carcinoma papilífero de tireoide. A paciente foi submetida a tireoidectomia e o exame anátomo-patológico confirmou o diagnóstico de carcinoma papilífero de tireoide, de 1,8 cm, sem invasão capsular, bem diferenciado, sem extensão local ou intratireoideana. Além da reposição hormonal, a conduta nessa paciente implica a
A. Aplicação de radioterapia.
B. Aplicação de quimioterapia.
C. Aplicação de Iodo131.
D. Associação de radioterapia e quimioterapia.
E. Associação de Iodo 131 e quimioterapia.
36. Um homem de 65 anos de idade, com diabetes e hipertensão arterial não controladas, é trazido à Emergência de um hospital terciário com hemiplegia direita e afasia iniciadas há 2 horas. Ao exame, encontra-se sonolento, acorda ao estímulo verbal, obedece aos comandos. Apresenta afasia de expressão, pupilas isocóricas e fotorreagentes, hemiplegia do dimídio direito. Pressão arterial = 190 x 120 mmHg, frequência cardíaca = 100 bpm, saturação de oxigênio de 96% em ar ambiente, auscultas cardíaca e pulmonar normais. A tomografia computadorizada de crânio sem contraste, realizada na Emergência, foi normal. Qual a melhor conduta a ser realizada na sequência do atendimento?
A.  Indicação de trombólise intravenosa, por estar na janela terapêutica.
B. Prescrição de ácido acetilssalicílico, por via oral, como antiagregante plaquetário.
C. Prescrição de heparina de baixo peso molecular para anticoagulação.
D. Prescrição de dexametasona para prevenir edema cerebral.
E. Administração de nitroprussiato de sódio, por via endovenosa.
37. Um homem de 78 anos de idade procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) por ter acordado com febre e mal-estar. A médica que o atendeu indagou se ele estava gripado e ele informou que não. O paciente ressaltou ainda que tinha recebido a vacina contra a gripe no dia anterior. Ao exame físico foi observado que o paciente estava com bom estado geral, eupneico, acianótico, anictérico, hidratado, com FR = 18 irpm, FC = 98 bpm, PA = 130 x 90 mmHg, temperatura axilar = 39 ºC, sem ruídos respiratórios adventícios e sem linfonodos palpáveis. Qual é a conduta mais adequada nesse momento?
A. Prescrever dipirona injetável e orientar repouso e hidratação em domicílio.
B. Solicitar hemograma completo e Raio-X de tórax, por se tratar de idoso.
C. Internar em unidade hospitalar para elucidação diagnóstica e tratamento.
D. Prescrever paracetamol, orientar repouso e hidratação em domicílio e fazer a notificação compulsória.
E. Encaminhar o paciente para o ambulatório de Geriatria e fazer a notificação compulsória.
38. Um homem de 22 anos de idade desenvolveu escoriações de pele que se infectaram, melhorando com o uso de pomada de antibiótico (sic). Cerca de uma semana após o aparecimento das lesões de pele, passou a apresentar cefaleia, edema periorbitário matinal e urina escura, "cor de coca-cola" (sic). O volume urinário diminuiu para menos de 1 000 mL/dia. Em consulta médica, foi verificada pressão arterial = 150 x 110 mmHg, bem como edema de membros inferiores (++/4). O achado no exame do sedimento urinário característico do processo que acomete o paciente é a presença de
A. Pigmentos hemáticos.
B. Cilindros hemáticos.
C. Proteinúria (++++/4+).
D. Células epiteliais com lesões de bordos.
E. Hemácias bem conservadas em número superior a 10/campo.
39. Mulher de 48 anos de idade, obesa, procura ambulatório de Clínica Médica, acompanhada da irmã, com queixas de sentirse cansada, sem ânimo e interesse para suas atividades corriqueiras e sociais, apresentando constante vontade de dormir, sem conseguir concentrar-se nas suas atividades. Seu peso aumentou de 75 para 82 kg em um mês. A irmã relata que a paciente "está fazendo as coisas de maneira lenta", passa os dias em um quarto escuro e verbalizou vontade de morrer. Exame físico: IMC = 31 kg/m2(valor de referência < 25 Kg/m2 ), sem outras alterações. A paciente tem histórico de arritmia cardíaca. Avaliação recente de função tiroideana revelou resultados normais para TSH, T3 e T4. No caso descrito acima, qual a conduta terapêutica mais adequada?
A. Indicação de psicoterapia de apoio e de antidepressivo tricíclico.
B. Indicação de psicoterapia cognitivo-comportamental e inibidor da mono-amino-oxidase.
C. Prescrição de antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de dopamina.
D. Indicação de psicoterapia e antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de serotonina.
E. Prescrição de associação de antidepressivo inibidor de serotonina e antipsicótico.
40. Uma mulher de 72 anos de idade foi encaminhada para o ambulatório com queixa de astenia e perda ponderal de quatro quilos em dois meses. Não refere febre ou tosse. Informa alimentação regular e caloricamente adequada, porém pobre em frutas e legumes. Nega dores. Tem vida sedentária. Relata ritmo intestinal de, em média, 1 dejeção a cada 3 a 4 dias, necessitando eventualmente de uso de laxantes. Nega tabagismo ou etilismo. Nega hipertensão ou diabetes; não tem antecedentes cirúrgicos. Ao exame físico, apresenta índice de massa corpórea = 18 kg/m2 (valor de referência < 25 kg/m2 ); pressão arterial = 140 x 86 mmHg; mucosas hipocoradas; ausência de linfadenomegalias; tireoide de tamanho e consistência normais. Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações. Abdome flácido, sem visceromegalias, ruídos hidroaéreos presentes. Hemograma realizado no mês atual revela Hb = 10g/dL (valor de referência: 13,8 ± 2,5 g/dL), Ht = 30% (valor de referência: 42 ± 6%), volume corpuscular médio = 71fL (valor de referência: 80 a 96fL). Na investigação diagnóstica complementar do caso, o exame mais indicado, considerando a relação custo-benefício, é
A. Colonoscopia.
B. Enema com bário.
C. Retossigmoidoscopia.
D. Pesquisa de sangue oculto nas fezes.
E. Tomografia computadorizada de abdome.
41. Homem de 48 anos de idade, agricultor, procedente de zona rural, vem à consulta no ambulatório com queixa de ferida na perna surgida há cinco semanas. Nega traumatismo no local e relata já ter feito curativos com pomadas de vários tipos nesse período, sem sucesso. Ao exame físico, encontra-se em bom estado geral, corado e hidratado. Presença de lesão ulcerada e única em membro inferior direito, medindo aproximadamente dois centímetros no maior diâmetro, com bordas elevadas e hiperemiadas, fundo granuloso, úmido e com fibrina, levemente dolorosa ao toque. Com base no quadro acima, qual a principal suspeita diagnóstica e a conduta para o caso?
A. Úlcera cutânea traumática; prescrever curativo diário em Unidade Básica de Saúde.
B. Úlcera varicosa; encaminhar a um especialista cirurgião vascular para tratamento médico.
C. Infecção por bactéria resistente; colher cultura e antibiograma para antibioticoterapia dirigida.
D.  Leishmaniose cutânea; realizar pesquisa de parasita através de raspado/curetagem ou de biópsia da lesão.
E. Hanseníase em sua forma virchowiana; investigar presença de bacilos álcool-ácido-resistentes por pesquisa direta ou biópsia da lesão.
42. Na diferenciação entre as hepatites virais deve-se considerar que
A. Todas as hepatites virais podem evoluir para a cronicidade.
B.  A persistência do vírus da hepatite C por mais de seis meses define a cronicidade.
C. A frequência de sintomatologia na hepatite pelo vírus A é semelhante entre os grupos etários.
D. Os índices de endemicidade da hepatite pelo vírus B, no Brasil, são mais elevados nos grandes centros urbanos.
E. Os vírus A, D e E, do tipo RNA, têm transmissão entérica e as infecções ocorrem nas formas esporádica e epidêmica.
43. Uma mulher de 47 anos de idade encontra-se em tratamento de longa data para transtorno do humor. Comparece ao ambulatório com queixa de astenia, sonolência, alteração na fala, intolerância ao frio, constipação intestinal e déficit de memória. Ao exame, nota-se frequência cardíaca = 55 bpm, pele seca e descamativa, reflexos tendinosos diminuídos bilateralmente. O quadro clínico apresentado está relacionado a efeito adverso do tratamento com
A. Lítio.
B. Fluoxetina.
C. Paroxetina.
D. Amitriptilina.
E. Inibidores da mono-amino-oxidase.
44. Uma mulher de 29 anos iniciou tratamento para tuberculose pulmonar cavitária há duas semanas, com o esquema Rifampicina + Hidrazida + Pirazinamida + Etambutol. Durante a consulta para avaliação dos exames solicitados, o médico observa que o teste confirmatório para detecção do HIV é positivo. Nesse contexto, além do aconselhamentoda paciente e testagem de parceiros, a conduta mais adequada para a paciente é
A. Manutenção do tratamento para tuberculose e encaminhamento para serviço de referência, mantendo o acompanhamento à paciente.
B. Suspensão do tratamento para tuberculose e encaminhamento para serviço de referência, mantendo o acompanhamento à paciente.
C. Suspensão temporária do esquema terapêutico para a tuberculose, início da terapia antirretroviral; retomada do tratamento para tuberculose após 30 dias.
D. Alteração do tratamento, com prolongamento da duração para 9 meses: Rifampicina + Hidrazida + Pirazinamida + Etambutol por 2 meses e Rifampicina + Hidrazida por 7 meses.
E. Substituição do esquema terapêutico da tuberculose para Estreptomicina + Etambutol + Linesolida + Pirazinamida + Terizidona por 2 meses e Etambutol + Linesolida + Terizidona por 4 meses.
45. Um paciente de 51 anos de idade, do sexo masculino, procura ambulatório de atenção secundária com queixa de pirose intermitente, frequentemente deflagrada por ingestão de alimentos gordurosos e álcool, por prática de exercícios físicos e por deitar-se após alimentação. Relata ainda eventuais episódios de regurgitação. Nega vômitos, náuseas, disfagia ou odinofagia. Não faz uso de medicamentos em sua rotina diária. Além de sobrepeso, nada foi encontrado de anormal no exame físico. A abordagem mais custo-efetiva e benéfica para esse paciente é
A. Proceder estudo manométrico de esôfago.
B. Solicitar endoscopia digestiva alta com biópsia.
C. Prescrever inibidores de bomba de prótons por via oral.
D. Administrar antiácidos por via oral nos intervalos das refeições.
E. Realizar teste não invasivo para detecção de Helicobacter Pylori.
46. Um homem de 75 anos de idade é trazido pela filha com história de comportamento anormal há sete dias. Havia chegado da fazenda, onde administra suas propriedades; dormiu e acordou desorientado. Passou a perambular pela casa sem reconhecer pessoas, dirigindo-se à porta da rua para sair. Apresentou evacuações e diurese sem ir ao banheiro e dificuldade para despir-se, necessitando ser higienizado pela filha. Morando no andar superior da casa, passou a apresentar algum grau de dificuldade ao descer as escadas, tendo de ser ajudado. Come com lentidão, necessitando que o alimento lhe seja dado. É hipertenso e toma medicações há 13 anos. Teve retenção urinária há 10 dias, por hipertrofia prostática, necessitando de sondagem de alívio. Não refere febre. Ao exame físico: paciente vígil, porém desatento, sem alterações aparentes de humor, responde com lentidão às perguntas, hesita ao deambular e sentar. Temperatura = 37,5 °C, pulso radial = 110 bpm, pressão arterial = 140 x 80 mmHg. Exame neurológico: hesitação aos movimentos e tremores finos, ausentes em repouso e desencadeados pelo movimento. Sem rigidez. Marcha hesitante. Reflexos osteotendíneos sem alterações. Demais aspectos do exame físico inalterados. O diagnóstico mais compatível com o quadro é
A. Demência vascular.
B. Doença de Alzheimer.
C. Doença de Parkinson.
D. Estado confusional agudo.
E. Demência por déficit de Vit B12.
47. Uma mulher de 37 anos de idade vem à consulta com queixa de febre (temperatura axilar = 38°C), náuseas, vômitos, mialgia, dor nos braços, pernas e nas articulações dos pés e mãos há cerca de dez dias. Refere já ter tido esse quadro há cerca de um mês, tendo obtido melhora com o uso de analgésicos e antiinflamatórios. Atualmente, refere piora do quadro clínico. Ao exame físico, evidencia-se que a paciente se encontra em regular estado geral, descorada, anictérica, com dificuldade à deambulação – tem sinais clínicos de polineurite, artralgia e artrite de pequenas e médias articulações. Apresenta nódulos cutâneos de vários tamanhos e estádios evolutivos diferentes, róseo-eritemato-edematosos, violáceos, acastanhados, isolados e confluentes, manchas acastanhadas, pústulas, vesículas hemorrágicas e nódulos necrótico-ulcerativos, em especial nas coxas e pernas. Apresenta, ainda, cicatrizes de lesões anteriores e hepato-esplenomegalia dolorosa. Qual o diagnóstico mais provável nesse caso?
A. Farmacodermia.
B. Lúpus eritematoso sistêmico.
C. Leishmaniose tegumentar americana.
D. Eritema nodoso por doença reumática.
E. Reação por imunocomplexos da hanseníase.
48. Uma mulher branca de 22 anos vem à consulta ambulatorial com queixa de inchaço há uma semana, inicialmente nos pés, com piora progressiva. Atualmente, percebe até o rosto inchado. Há cerca de um mês refere astenia, náuseas, falta de apetite e malestar, bem como dores nos punhos e articulações interfalangeanas proximais. Ao exame, encontra-se em regular estado geral, hipocorada (++/4+), hidratada, temperatura axilar = 37,7ºC. Murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos adventícios; ritmo cardíaco regular em 2 tempos, sem sopros, PA = 160 x 110 mmHg, FC = 120 bpm. Abdome flácido, sem visceromegalias. Edema de MMII ++/4+. Trouxe exame de sangue realizado no pronto socorro há três dias, de acordo com o quadro a seguir.
Considerando a principal hipótese diagnóstica, a conduta no caso será solicitar
A. Sumário de urina, avaliação de função renal e pesquisa de autoanticorpos específicos (anti-Sm e anti-DNA nativo). Iniciar enalapril 10 mg/dia para controle da pressão arterial.
B. Avaliação do oftalmologista para investigação de uveíte, sumário de urina, proteína C reativa e VHS. Iniciar dieta hipossódica, com acompanhamento semanal da artrite.
C. Ecocardiograma bidimensional, radiografia de tórax e avaliação de função renal. Iniciar dieta e exercício físico, com retorno em um mês para reavaliar a pressão arterial.
D. Radiografia das mãos e punhos e auto-anticorpos como antipeptídeos citrulinados (anti-CCP) e fator reumatóide. Iniciar anti-inflamatórios não hormonais.
E. Radiografia de tórax, cultura de orofaringe e anticorpo antiestreptolisina O. Iniciar anti-inflamatório não esteroide para controle da febre e artrite.
49. Um homem de 39 anos de idade é trazido à Unidade de Pronto Atendimento por familiares, com história de febre há quatro dias, que cedeu nas últimas doze horas, bem como cefaleia, astenia e vômitos. Refere sangramento gengival ao escovar os dentes. Entre os exames solicitados, o resultado do hematócrito é 47% (valor de referência: 47 ± 7%) e a prova do laço é positiva. Frente a esse quadro, a conduta mais adequada é
A. Proceder à hidratação oral vigorosa, pois há fortes indícios de dengue com complicação.
B. Pesquisar sinais de alerta como dor abdominal intensa e contínua, hipotensão postural, hipotensão arterial, pressão diferencial < 20 mmHg (PA convergente), hepatomegalia dolorosa, extremidades frias, cianose, pulso rápido e fino e, se presente algum, instalar hidratação com solução de reidratação oral copiosa supervisionada.
C. Indicar tratamento ambulatorial com hidratação oral, antitérmicos e analgésicos, se necessários, orientar sobre sinais de alerta para o retorno, a fim de repetir exames laboratoriais.
D. Manter o paciente em leito de observação, iniciar hidratação oral supervisionada e repetir exames laboratoriais após quatro horas de hidratação.
E. Notificar a Vigilância Epidemiológica e indicar tratamento ambulatorial com hidratação oral, antitérmicos e analgésicos, pois se trata de caso grave de febre hemorrágica da dengue.
50. Uma mulher solteira, de 20 anos de idade, procurou atendimento médico em um Centro de Atenção Especializada por apresentar, há três semanas, o que chamou de “ferida” na região genital externa. Ao exame, observa-se lesão ulcerada, não dolorosa, com bordos endurecidos, fundo liso e brilhante, medindo 0,8 cm de diâmetro, localizada em pequeno lábio direito. Foram solicitados exames que evidenciaram VDRL = 1:32, FTA - Abs (+), Elisa - HIV = (-), HBsAg = (-). Diante desse quadro, qual o medicamento mais adequado?
A. Ceftriaxona.
B. Norfloxacina.
C. Ciprofloxaxina.
D. Penicilina benzatina.
E. Sulfametoxazol/Trimpetropim.
51. Um homem de 39 anos de idade vem, há três anos, em tratamentoambulatorial para doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), em uso contínuo de inibidores de bomba de prótons (IBP). Sempre que tenta fazer desmame dos IBP, volta a apresentar graves sintomas da DRGE. Esofagogastroduodenoscopia com biópsia realizada há dois anos evidenciou esofagite, pequena hérnia de hiato (< 3 cm) e estômago normal. O paciente interrompeu o uso de IBP há quatro meses e, devido ao quadro de pirose e dor retroesternal, foi submetido a nova endoscopia digestiva, que revelou processo inflamatório grave e úlceras no terço distal do esôfago. O estômago apresenta-se normal e o teste da urease é positivo. Não foi visualizada hérnia hiatal. Devido ao intenso processo inflamatório, não foi realizada biópsia. O paciente, que não apresenta outras queixas ou co-morbidades, é etilista social, tabagista (média de 1,5 maços/dia há 22 anos) e apresenta obesidade leve. Não há outras alterações ao exame físico. O que deve ser feito para encaminhar corretamente o caso acima descrito?
A. Reiniciar o tratamento com IBP, utilizando o dobro da dose. Após seis semanas de tratamento, repetir endoscopia com biópsia.
B. Manter o tratamento com IBP na dose habitual e encaminhar, de imediato, o paciente para ambulatório especializado de Cirurgia Laparoscópica.
C. Solicitar imediatamente nova endoscopia, já que a biópsia é indispensável, e encaminhar o paciente para ambulatório especializado de Cirurgia Laparoscópica.
D. Reiniciar o tratamento com IBP, utilizando o dobro da dose, associado ao tratamento do H.Pylori. Em seguida, tratamento de manutenção com IBP por tempo indefinido.
E. Reiniciar tratamento com IBP, utilizando o dobro da dose por seis semanas. Após esse período, tratamento de manutenção com IBP por tempo indefinido.
52. Uma mulher de 24 anos de idade vem apresentando dispneia progressiva aos esforços, tosse seca, expectoração com eventuais raios de sangue. Nega episódio febril. Ao exame físico, apresentou pressão arterial = 110 x 70 mmHg; pulso radial = 110 bpm; estase de jugulares. Na ausculta pulmonar, evidenciaramse crepitações finas em bases pulmonares; ausculta cardíaca com hipofonese de B1, desdobramento e hiperfonese de B2, sopro diastólico suave em rebordo esternal esquerdo e sopro em ruflar diastólico em foco mitral. Ao exame do abdome, o fígado era palpável a 4 cm do rebordo costal direito e o baço impalpável. Nas extremidades foi detectado edema perimaleolar. A paciente realizou radiografia de tórax em incidência póstero-anterior que está ilustrada abaixo.
O achado assinalado pela seta na radiografia de tórax é indicativo de
A. Dilatação aórtica.
B. Tromboembolismo pulmonar.
C. Linfadenomegalia hilar esquerda.
D. Hipertrofia de átrio esquerdo.
E. Hipertrofia de ventrículo esquerdo.
53. Um homem de 47 anos de idade é internado para investigação de icterícia e prurido que se iniciou há 3 semanas. Nega doenças anteriores, perda de peso ou qualquer outra queixa. É etilista crônico (3 a 5 doses de bebida alcoólica destilada/dia há 30 anos). Ao exame físico, encontra-se em bom estado geral. Apresenta icterícia de escleras; o restante do exame físico é normal. A ultrassonografia do abdome revelou dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas. A vesícula está dilatada e não foram identificados cálculos em seu interior. Considerando a relação custo-efetividade, qual o exame complementar que deve ser solicitado na sequência da ultrassonografia com vista ao diagnóstico do caso?
A. Dosagem de CA19 - 9 sérico.
B. Tomografia computadorizada contrastada do abdome.
C. Ressonância magnética do abdome.
D. Laparoscopia diagnóstica do abdome.
E. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.
54. Uma mulher de 64 anos de idade, obesa, diabética do tipo II há 10 anos, faz uso de metformina em dose alta (2 g/dia), sem obter controle glicêmico adequado. Em consulta ambulatorial de controle, realizada há dez dias, apresentava: peso = 70 kg; glicemia de jejum = 197 mg/dL (valor de referência: 99 mg/dL); hemoglobina glicada = 7,9% (valor de referência: 4 a 6,4% Hb); microalbuminúria. Naquela ocasião, foi negociada com a paciente a suspensão da metformina e o início de insulina NPH - 14 UI antes do café da manhã e 7 UI antes do jantar. Retornando à consulta hoje, a paciente traz controles de glicemias capilares > 200 mg/dL em cada três de quatro dosagens diárias, realizadas durante uma semana. Qual a conduta mais adequada em relação às doses de insulina?
A. Trocar a insulina NPH por insulina lispro antes do café da manhã.
B. Trocar a insulina NPH por insulina glargina antes do café da manhã.
C. Acrescentar insulina regular antes das refeições e meia dose às 22h.
D. Aumentar a dose da insulina NPH da manhã e acrescentar dose extra às 22h.
E. Aumentar as doses da insulina NPH antes do café da manhã e antes do jantar.
55. Um paciente com 50 anos de idade, morador de zona rural, em condições precárias, sem banheiro na residência e sem rede de água e esgoto na localidade, procura a Unidade Básica de Saúde (UBS) por apresentar dor abdominal de leve intensidade em epigástrio, que piora com a alimentação, associada a náuseas. Refere também urticária. Realizou exame parasitológico de fezes, que foi negativo. Qual o diagnóstico mais provável nesse caso?
A. Ancilostomíase.
B. Ascaridíase.
C. Giardíase.
D. Estrongiloidíase.
E. Esquistossomose.
56. Uma mulher de 45 anos, com queixas de dores articulares há 5 meses, comparece ao ambulatório para mostrar resultado de exames. Seu quadro começou com dores em mãos e pés, pela manhã, com melhora durante o dia. Evoluiu há um mês com um surto de dor em articulações interfalangeanas proximais, punhos, cotovelos e joelhos, com sinais de flogose, que melhorou com o uso de indometacina por 10 dias. Ao exame, apresenta hipocromia de mucosas, edema e sinais de flogose discretos em mãos, com presença de nódulos justa-articulares e ausência de deformidades. Traz exames complementares solicitados na consulta anterior: hemograma com Hb = 11,0 g/dL (valor de referência: 13,8 ± 2,5 g/dL), VHS = 56 mm na primeira hora (valor de referência: ≤20 mm/h), prova do látex para fator reumatoide positiva, e radiografia das mãos que mostram redução da densidade óssea periarticular em articulações interfalangeanas proximais e punhos. A paciente, costureira, teme não poder trabalhar mais. Qual a medicação que poderia impedir a progressão da doença?
A. Aspirina.
B. Colchicina.
C. Metotrexate.
D. Indometacina.
E. Metilprednisona.
57. Um paciente do sexo masculino, 30 anos de idade, procedente do Rio de Janeiro, foi admitido na Emergência hospitalar referindo febre, dor de cabeça, diarreia e dor articular, iniciados há 6 dias. Informa que a febre cessou há dois dias e, há um dia, passou a apresentar dor abdominal contínua de forte intensidade, sem melhora com o uso de paracetamol. O paciente nega doenças prévias. Ao exame físico, apresenta estado geral regular, eupneico, hidratado, corado, consciente e orientado; ausculta respiratória e cardíaca normais; pressão arterial = 120 x 80 mmHg; prova do laço negativa; abdome depressível, doloroso à palpação em hipocôndrio direito, sem visceromegalias. Nesse caso, a melhor conduta a ser tomada é
A. Dar alta após solicitação de hemograma e sorologia viral e orientar o paciente a retornar após seis horas para avaliar o resultado do hemograma.
B. Colocar o paciente em observação por 12 horas na unidade de emergência e administrar medicamentos sintomáticos e hidratação oral.
C. Transferir o paciente para unidade de cuidados semiintensivos para monitorização contínua e realização de exames.
D. Dar alta com orientações para acompanhamento ambulatorial na unidade de atenção primária.
E. Internar o paciente por 48 horas para observação e realização de exames complementares.
58. Uma mulher de 57 anos de idade, em acompanhamento na Unidade Básica de Saúde, apresenta-se com PA = 150 x 100 mmHg, circunferência abdominal de 100 cm, glicemia = 115 mg/dL (valor de referência < 99 mg/dL), triglicérides= 200 mg/dL (valor de referência < 150 mg/dL), HDL = 35 mg/dL (valor desejável > 60 mg/dL). Na terapia medicamentosa hipotensora, a droga que potencialmente apresenta efeitos metabólicos antagônicos às medidas para redução de peso e de controle da glicemia é
A. Captopril.
B. Clonidina.
C. Losartana.
D. Amlodipina.
E. Propranolol.
59. Um paciente do sexo masculino, 55 anos de idade, tabagista 60 maços/ano, com tosse crônica há mais de 10 anos, relata que há cerca de três meses observou a presença de sangue na secreção eliminada com a tosse. Refere ainda perda de cerca de 15% do peso habitual nesse mesmo período, anorexia, adinamia e sudorese noturna. A radiografia de tórax realizada por ocasião da consulta é mostrada abaixo.
Qual a hipótese diagnóstica mais provável nesse caso?
A. Aspergilose pulmonar.
B. Carcinoma pulmonar.
C. Tuberculose cavitária.
D. Bronquiectasia com infecção.
E. Doença pulmonar obstrutiva crônica.
60. Um homem de 48 anos, hipertenso, obeso, chega à Emergência com queixa de episódios de dor torácica precordial, sem irradiação, iniciada nos últimos dois dias, com piora há 24 horas. A dor dura de 5 a 15 minutos, sendo precipitada por esforços intensos, como subir escadas, e é aliviada pelo repouso. O paciente informa não sentir a dor no momento da anamnese. Usa captopril e hipoglicemiante oral de forma regular. Nega antecedentes de doença coronariana e um eletrocardiograma foi considerado normal pelo seu cardiologista na última consulta, há 6 meses. Ao exame, mostra-se ansioso, mas em bom estado geral, pulso = 85 bpm, regular, cheio, PA = 140 x 80 mmHg, pulsos periféricos palpáveis e simétricos, extremidades bem perfundidas. As auscultas pulmonar e cardíaca estão dentro da normalidade. O seu eletrocardiograma à admissão mostra os seguintes achados.
Qual a abordagem mais adequada ao paciente?
A. Realizar tratamentos anti-isquêmico e antitrombótico administrados de modo imediato e simultâneo.
B. Observar em Unidade Coronariana e administrar medicamentos sintomáticos até realização de cateterismo cardíaco.
C. Observar na Emergência por 12 horas e encaminhar ao cardiologista para teste ergométrico se persistir assintomático.
D. Realizar tratamento anti-isquêmico imediato, seguido de terapia antitrombótica em caso de alterações do segmento ST no ECG nas próximas 12 horas.
E. Realizar tratamento antitrombótico imediato, seguido de terapia anti-isquêmica em caso de elevação de troponina sérica e/ou CK-MB nas próximas 12 horas.
61. Um homem de 45 anos de idade, previamente hígido, comparece à Unidade Básica de Saúde queixando-se de dor, edema e vermelhidão (eritema) surgidos há dois dias, inicialmente no pé e estendendo-se rapidamente para toda a extensão da perna, com aumento de intensidade da dor. Relata também febre alta e calafrios associados à adinamia e anorexia. Ao exame físico: paciente obeso, frequência cardíaca = 110 bpm, PA = 120 x 70 mmHg, temperatura axilar = 39,8 ºC. Membro inferior direito apresentando edema desde o pé até próximo ao joelho, hiperemia brilhante, pele com aspecto de casca de laranja, calor intenso, hiperalgesia, ausência de bolhas. Presença de linfadenomegalia dolorosa inguinal ipsilateral ao membro acometido. Foi transferido para avaliação de um cirurgião, que internou o paciente para iniciar antibioticoterapia parenteral. Qual o antimicrobiano de escolha para ser prescrito para esse paciente?
A. Gentamicina.
B. Amoxicilina.
C. Oxacilina.
D. Vancomicina.
E. Ticarcilina.
62. Um homem de 40 anos de idade apresentou úlcera duodenal com biópsia positiva para Helicobacter Pylori. Fez tratamento durante 7 dias com omeprazol, amoxicilina e claritromicina, em doses padrão. Endoscopia de controle repetida após oito semanas de tratamento revela persistência de H. Pylori na biópsia. Qual a conduta mais adequada para o tratamento desse paciente?
A. Omeprazol, amoxicilina e furazolidona por 10 dias.
B. Omeprazol, levofloxacina e amoxicilina por 10 dias.
C. Pantoprazol, amoxicilina e claritromicina por 14 dias.
D. Pantoprazol, sais de bismuto, furazolidona e claritromicina por 10 dias.
E. Pantoprazol, sais de bismuto, levofloxacina e claritromicina por 10 dias.
63. Homem com 26 anos de idade procura atendimento na Unidade Básica de Saúde por apresentar, há três dias, febre alta, mialgia, astenia e náuseas. O paciente não relata comorbidades e nega uso de qualquer medicação. O paciente nega viagens recentes, contato com vetores ou com água potencialmente contaminada. O calendário vacinal está em dia. Exame físico: temperatura axilar = 38 ºC, estado geral bom, acianótico, anictérico, normocorado, pressão arterial sentado e deitado = 120x80 mmHg, frequência cardíaca = 106 bpm e peso = 70 kg. Apresenta exantema com padrão maculopapular, associado a prurido cutâneo generalizado, sem comprometimento da região palmar. Prova do laço apresenta resultado negativo. A região em que reside o paciente teve epidemia de dengue no ano anterior. A conduta mais adequada para esse paciente é:
A. Solicitar coleta de sangue para realização de hemograma e para sorologia, com isolamento viral no momento do atendimento.
B. Mantê-lo em observação na Unidade de Saúde para repetir a prova do laço após seis horas, a fim de afastar dengue hemorrágica, e realizar hidratação oral de 2,5 litros de líquidos por dia.
C. Encaminhá-lo para internação por um período mínimo de 48h. Colher hemograma completo, realizar dosagem de albumina sérica e transaminases. Fazer reposição volêmica endovenosa. Notificar imediatamente o caso e orientar retorno após a alta.
D. Orientá-lo a realizar tratamento em regime ambulatorial, com reavaliação clínica diária na Unidade de Saúde e hidratação oral de 2 litros de líquidos por dia. Preencher cartão de acompanhamento de dengue; prescrever sintomáticos e repouso; notificar o caso e orientar retorno.
E. Liberá-lo para o domicílio, com orientação de ingerir 5 a 6 litros de líquidos/dia, sendo 1/3 com solução salina e os 2/3 restantes de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco etc.). Prescrever sintomáticos e repouso; notificar o caso e orientar retorno.
64. Homem com 49 anos de idade apresenta, há um ano e meio, quadro recorrente de monoartrite aguda, durando cada episódio cerca de três a cinco dias. Inicialmente foi acometido o joelho esquerdo, posteriormente o direito, em seguida o tornozelo direito e, há três semanas, houve recorrência do quadro no joelho esquerdo. Refere alívio dos sintomas com o uso de diclofenaco, que toma por conta própria. Notou que o intervalo entre os episódios, que inicialmente era de até seis meses, é agora mais reduzido, sendo o intervalo entre os dois últimos episódios, de apenas um mês. Apresentase na consulta após dois dias do início da última crise. O joelho esquerdo tem sinais flogísticos (calor, rubor, aumento de volume), limitação para flexão, o que causa dificuldade na deambulação. Relatou um episódio febril ontem (37,6 ºC). O paciente é hipertenso e diabético há dez anos, em uso de hidroclorotiazida 25 mg/dia e glibenclamida 10 mg/dia. Refere tabagismo (5 cigarros/dia) e etilismo (cerveja, especialmente nos finais de semana). O diagnóstico do paciente e a conduta inicial a ser adotada são, respectivamente:
A. gota não tofácea; realizar artrocentese e iniciar o uso de alopurinol imediatamente.
B. artrite séptica; realizar artrocentese e aguardar a análise laboratorial do líquido sinovial.
C. gota não tofácea; não realizar artrocentese e manter o uso de anti-inflamatório não hormonal.
D. osteoartrite; solicitar radiografia dos joelhos e iniciar o uso de anti-inflamatório não hormonal.
E. artrite séptica; não há necessidade de exames complementares e deve-se iniciar antibioticoterapia imediatamente.
65. Mulher com 72 anos de idade vem fazendo tratamento e acompanhamento por anemia ferropriva no Posto de Saúde há cerca de um ano e meio. Relata que, nos últimos quatro meses, perdeu 5 kg, está se sentindo mais fraca e apresentou vários episódiosde diarreia, que cessaram espontaneamente, seguidos de vários dias sem evacuar, quadro que vem se alternando desde então. O diagnóstico mais provável e a investigação adequada são, respectivamente:
A. câncer de cólon; colonoscopia.
B. colite ulcerativa; colonoscopia.
C. câncer de reto; retossigmoidoscopia.
D. diverticulose colônica; enema opaco.
E. angiodisplasia de cólon; cintilografia.
66. Homem com 35 anos de idade, obeso, com hérnia de hiato, é acompanhado clinicamente há cerca de dez anos. Sua última endoscopia de controle mostrou esofagite com esôfago de Barret em uma extensão de cerca de 5 cm. Foram colhidas biópsias cujo resultado foi metaplasia de Barret. A conduta inicial para o seguimento deste paciente é:
A. Indicação imediata de cirurgia antirrefluxo.
B. Indicação imediata de esofagectomia parcial.
C. Orientações higienodietéticas e o uso de antiácidos orais.
D. Uso de inibidores de bomba de prótons - 60 a 80 mg/dia - por três meses.
E. Erradicação de H. pylori com amoxicilina - 2,0 g/dia e claritromicina - 1,0 g/dia.
67. Mulher com 28 anos de idade foi internada por apresentar quadro de confusão mental progressiva e rebaixamento do nível de consciência. Os familiares informam que ela apresenta perda progressiva de peso (de aproximadamente 10 kg), além de episódios febris (até 38,5 ºC) nos últimos três meses. Negam a ocorrência de tosse ou diarreia; relatam o uso de drogas endovenosas há pelo menos cinco anos, além do consumo excessivo de álcool e cigarros. Há uma semana iniciou quadro de confusão mental e há dois dias evolui com rebaixamento do nível de consciência, apresentando-se torporosa no momento da internação. Foi iniciada, empiricamente, ceftriaxona. Os exames iniciais demonstraram leucócitos = 3.600/mm3, com 70% de neutrófilos, 20% de linfócitos e 10% de eosinófilos; anemia hipocrômica, microcítica, com anisocitose; plaquetas normais; VHS = 102 mm na primeira hora; ureia, creatinina, TGO/AST, TGP/ALT e eletrólitos normais; a tomografia computadorizada de crânio foi normal. Após a realização dos exames e 48h de antibioticoterapia, a paciente apresentava-se sem melhora do quadro clínico. Foi então realizada uma punção lombar diagnóstica evidenciando: 220 leucócitos/mm3, com 70% de linfócitos, níveis elevados de proteína e baixos níveis de glicose. O diagnóstico da paciente é:
A. Meningite viral.
B. Encefalite viral.
C. Meningite tuberculosa.
D. Meningite estafilocócica.
E. Meningite por bacilo gram-negativo.
68. Mulher com 22 anos de idade vem à consulta ambulatorial com diarreia há seis meses. Apresenta cerca de seis evacuações ao dia, com fezes pastosas volumosas, de odor fétido, amareladas e espumosas, sem muco ou sangue. Nega tenesmo ou febre. Piora com a ingestão de leite. Tem cólicas eventuais e distensão abdominal gasosa. Teve perda ponderal de 5 kg desde o início do quadro. É solteira, sem atividade sexual. Nega uso de drogas ou álcool. Nega cirurgias prévias. Ao exame físico apresenta-se com índice de massa corpórea de 22 kg/m2 . Mucosas hipocrômicas. Evidente perda de massa muscular. Abdome discretamente distendido por gases, sem ascite, visceromegalias ou tumorações. Presença de lesões de pele, de aspecto herpetiforme, em tronco. No relatório, para justificar o encaminhamento da paciente para o especialista, deverá ser especificada a necessidade de que a paciente seja submetida a:
A. Tomografia computadorizada de abdome total.
B. Retossigmoidoscopia com biópsia de mucosa retal.
C. Colonoscopia com biópsia de mucosa de sigmóide.
D. Estudo radiológico de trânsito do intestino delgado.
E. Endoscopia digestiva alta com biópsia de duodeno.
69. Mulher com 48 anos de idade, durante investigação laboratorial de rotina em Ambulatório de Clínica Médica, é surpreendida com achado de aminotransferases cerca de duas vezes o limite superior da normalidade. Na investigação de órgãos e sistemas, a paciente relata apenas “cansaço frequente”. Foram solicitados marcadores virais de hepatites, os quais revelaram: Anti-HAV IgG não reativo; HBsAg não reativo, Anti-HBc IgG não reativo, Anti-HCV reativo. Diante dos resultados, foram adicionados à investigação a solicitação de PCR quantitativo para HCV, genotipagem do HCV, ultrassonografia abdominal e indicada vacinação para hepatite A e B. No encaminhamento para hepatologista, o conjunto de resultados que indicaria a maior probabilidade de resposta virológica sustentada para tratamento antiviral com ribavirina e peg-interferon é:
A. RNA do HCV indetectável e fígado com evidências de cirrose.
B. RNA do HCV indetectável e fígado sem evidências de fibrose.
C. RNA do HCV detectável com < 2.000.000 cópias/ml, genótipo 4 e fígado com esteatose.
D. RNA do HCV detectável com > 2.000.000 cópias/ml, genótipo 1 e fígado com fibrose avançada.
E. RNA do HCV detectável com < 2.000.000 cópias/ml, genótipo 2 e fígado com evidência de fibrose.
70. Homem com 60 anos de idade, obeso, procurou Setor de Emergência de um hospital público com queixas de dor na panturrilha esquerda e edema de membros inferiores, após uma viagem de ônibus de doze horas de duração. Evoluiu com dispneia súbita, sem melhora com a mudança postural, além de hemoptise e taquicardia. A ausculta pulmonar revelou presença de crepitações no terço médio de ambos os pulmões. A hipótese diagnóstica principal e a opção terapêutica recomendada são, respectivamente:
A. Tromboembolismo pulmonar agudo; heparina de baixo peso molecular associada a trombolítico.
B. Pneumotórax hipertensivo; drenagem torácica fechada associada a pressão negativa.
C. Infarto agudo do miocárdio; trombolítico associado a angioplastia percutânea de resgate.
D. Pneumonia bacteriana; oxigenoterapia associada a antibioticoterapia de amplo espectro.
E. Derrame pleural; drenagem torácica fechada associada a exame de cultura do líquido pleural.
71. Homem com 54 anos de idade, com antecedentes de dislipidemia, hipertensão arterial e histórico de doença familiar cardiovascular precoce (pai teve infarto do miocárdio aos 50 anos), deu entrada na Emergência de um hospital com história de dor em região epigástrica há cerca de cinco horas, em aperto, de forte intensidade, sem relação com a alimentação e sem fatores de melhora, acompanhada de náuseas e vômitos. Havia recebido 200 mg de AAS no hospital de origem. Ao exame, encontrava-se pálido, sudoreico e sonolento. Temperatura axilar = 35,8 ºC, pressão arterial = 80x50 mmHg, frequência cardíaca = 118 bpm, frequência respiratória = 16 irpm. Perfusão periférica diminuída. A ausculta cardíaca revelava bulhas normofonéticas, sem sopros. Havia turgência jugular a 45.º. A ausculta pulmonar não revelava estertores. O eletrocardiograma da admissão é apresentado abaixo.
Diante do quadro clínico do paciente, a hipótese diagnóstica, a provável causa do choque e o tratamento inicial recomendado são, respectivamente:
A. Infarto do miocárdio com supra de ST de parede inferior; tamponamento cardíaco; pericardiocentese.
B. Infarto do miocárdio com supra de ST de parede anterior; resposta inflamatória sistêmica; noradrenalina.
C. Infarto do miocárdio com supra de ST de parede inferior; infarto de ventrículo direito; hidratação com solução salina.
D. Infarto do miocárdio com supra de ST de parede anterior; ruptura de músculo papilar; colocação de balão intraaórtico.
E. Infarto do miocárdio com supra de ST de parede ântero-septal; ruptura do septo interventricular; cirurgia cardíaca de emergência.
72. Homem com 48 anos de idade procura o ambulatório de Clínica Médica para avaliação. Não apresenta história de comorbidades conhecidas prévias, mas é tabagista (20 maços-ano) e tem histórico familiar de hipertensão arterial sistêmica (HAS) importante. Nega diabetes, dislipidemia, etilismo, drogadição, acidente vascular cerebral, doença renal prévia, doenças da tireoide, doença arterial coronariana e uso crônico de medicações. No momento, encontra-se assintomático, com pressão arterial (PA) = 145x95 mmHg (medida duas vezes na consulta) e índice

Outros materiais