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Modelo Recurso Apelação cível

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Núcleo de Prática Jurídica 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA 1.ª VARA 
DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE NOVO HAMBURGO/RS. 
 
 
 
PROCESSO: 019/1.18.0011441-6. 
 
 
 
JOÃO BATISTA KONRAD KOCH, já devidamente 
qualificado nos autos do processo em epígrafe, em que 
litiga com XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, por seus 
procuradores signatários, nos autos da ação de 
exoneração de alimentos, vem, perante Vossa 
Excelência, com base no artigo 1.009 do Código de 
Processo Civil, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, pois 
irresignado com a sentença de folhas 81/83. 
 
Diante do exposto, requer a Apelante que seja recebido, 
processado e, ao final, provido o presente recurso. 
 
Deixa-se de acostar o comprovante de preparo, já que o 
recorrente é beneficiário da gratuidade de justiça. 
 
PEDE DEFERIMENTO. 
Novo Hamburgo, 07 de outubro de 2019. 
 
 
JONATHAN IOVANE DE LEMOS 
OAB/RS 68.718 
 
 Núcleo de Prática Jurídica 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMOS DESEMBARGADORES 
 
COMARCA DE NOVO HAMBURGO/RS 
1ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES 
 
APELANTE: JOÃO BATISTA KONRAD KOCH 
APELADO: DANIEL ALBERTO KOCH 
 
NATUREZA: AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS 
PROCESSO Nº: 019/1.18.0011441-6 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
 
Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
Colenda Câmara Cível. 
 
Eminentes Desembargadores. 
 
 
1. SÍNTESE DA DEMANDA 
 
Trata-se de ação de Redução de Alimentos, em que a parte ré, 
ora apelante, requer a modificação da sentença que julgou procedente o 
pedido formulado pelo recorrido, Daniel Alberto Koch, exonerando-o da 
obrigação alimentar. 
 
Todavia, o apelante não se conforma com a sentença, razão pela 
qual apresenta está recurso. 
 
 
 Núcleo de Prática Jurídica 
 
 
 
2. DAS RAZÕES PARA REFORMA DA DECISÃO 
 
Analisando o pedido formulado na exordial, entendeu o juízo a 
quo em julgá-lo procedente, tendo em vista que a maioridade civil do apelante 
acabaria por afastar o dever alimentar do apelado, já que não demonstrada a 
necessidade do recorrente. Todavia, merece reforma a decisão. 
 
Ora, como se sabe, a Constituição Federal garante o direito à 
dignidade da vida humana, restando o dever alimentar como densificação de 
tal direito. 
 
Assim, embora não se desconheça que os alimentos devem ser 
ofertados vislumbrando uma possível emancipação, em certo momento, do 
alimentando, não há como se olvidar que permanece o dever de assistência 
fundado no parentesco sanguíneo, considerando os entendimentos doutrinários 
e julgados que pressupõem que o filho não perderá automaticamente o direito 
de alimentos ao atingir a maior idade, simplesmente por tal termo. 
 
No código civil, a obrigação alimentar dos artigos 1.694 e 
seguintes estabelece que “são devidos alimentos quando quem os pretende 
não tem bens suficientes, para viver de modo compatível com a sua condição 
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação”. 
 
E no caso concreto, compulsando os autos, verifica-se que o 
apelado não comprovou as alegações relacionados a problemas financeiros 
que detém, não demonstrando, portanto, dificuldades para realização do 
pagamento da pensão alimentícia do apelante. 
 
Ao contrário, o Recorrente, no processo, demonstrou que, apesar 
de ser maior de idade, ainda necessita de manutenção material por parte de 
seu genitor, ora recorrido, tendo em vista que se encontra desempregado e 
 Núcleo de Prática Jurídica 
 
 
 
iniciará curso de graduação na Universidade Feevale, no próximo semestre. 
 
Com efeito, acerca do tema em vertente lecionam Cristiano 
Chaves de Farias e Nelson Rosenvald que: 
 
Não raro, entrementes, os alimentos podem continuar 
sendo devidos, quando o filho precise da participação 
material dos pais para a sua mantença. É o caso do filho 
maior que não trabalha, estando em período de formação 
intelectual, frequentando curso de ensino superior. Em 
casos assim não uma transmudação da natureza dos 
alimentos: deixam de ser devidos como expressão do 
poder familiar, passando a se submeter às regras de 
parentesco. 
 
Ademais, o alimentado necessita de ajuda financeira paterna, 
para assim dar início ao curso de graduação, alimentação, vestuário, etc. Além 
disso, existem diversos outros gastos corriqueiros para sobrevivência, que não 
necessitam de prova, por serem notórios. 
 
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já consolidou o 
entendimento de que o alimentante deve arcar com a pensão alimentícia até o 
filho consiga se sustentar de maneira digna. Nesse sentido: 
 
AÇÃO DE DIVÓRCIO. ALIMENTOS. FILHA MENOR. 
FIXAÇÃO PROVISÓRIA. PEDIDO DE MAJORAÇÃO. 
DESCABIMENTO. 1. A obrigação de prover o sustento da 
prole comum é de ambos os genitores, devendo cada qual 
concorrer na medida da própria disponibilidade e, enquanto 
o guardião presta alimento in natura, o outro deve prestar o 
sustento in pecunia, através de uma pensão alimentícia. 2. 
Os alimentos devem ser estabelecidos em valor certo, de 
forma a atender as necessidades do filho, mas dentro da 
capacidade econômica do alimentante e sem sobrecarregá-
lo, não merecendo reparo a fixação quando está afeiçoada 
ao binômio possibilidade e necessidade. 3. Cuidando-se da 
fixação de alimentos provisórios, o valor poderá ser revisto a 
qualquer tempo, bastando que venham aos autos elementos 
de convicção que justifiquem a revisão. Recurso desprovido. 
 Núcleo de Prática Jurídica 
 
 
 
(Agravo de Instrumento, Nº 70077943603, Sétima Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando 
de Vasconcellos Chaves, Julgado em: 31-10-2018). 
 
Por todas essas razões, merece reforma a sentença atacada, a 
fim de julgar improcedente o pedido formulado no presente processo, 
mantendo hígida a obrigação alimentar anteriormente fixada. 
 
Pelo exposto, requer-se seja recebido e admitido o 
presente recurso, a fim de ser dado provimento à 
apelação, para reformar a Sentença a fim de julgar 
improcedente o pedido formulado no presente processo, 
mantendo hígida a obrigação alimentar anteriormente 
fixada. 
 
PEDE DEFERIMENTO. 
Novo Hamburgo, 10 de outubro de 2019. 
 
 
JONATHAN IOVANE DE LEMOS 
OAB/RS 68.718

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