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Resumo - Aula 05 - Técnicas Exodônticas

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1 Ana Catarina Rios – Odontologia - UFAL 
Técnicas Exodônticas 
 
O que é exodontia? 
É o conjunto de procedimentos cirúrgicos que 
objetivam fazer a remoção ou extração de um ou 
mais dentes que se encontram no alvéolo ou no 
interior do osso. 
 
O que acontece em uma exodontia? 
Na exodontia ocorre o rompimento das fibras do 
ligamento periodontal e do feixe vasculo-nervoso, 
descolamento do periodonto de proteção (gengiva), 
a dilatação das paredes do alvéolo, remoção do osso 
alveolar (quando necessário) e seccionamento 
dental. Tais acontecimentos geram um sangramento 
que preenche o alvéolo. 
Assim, a exodontia consiste na remoção do dente por 
meio de uma via de saída (alveolar ou não alveolar). 
 
Quais são os objetivos da exodontia? 
1. Remover todo o dente ou raiz; 
2. Promover uma cicatrização local 
adequada; 
3. Limitar ou tratar o dano causado por uma 
patologia ou traumatismo; 
4. Contribuir ou propiciar condições para 
demais reabilitações (ex: próteses e 
implantes) ou tratamentos restauradores. 
 
Indicações para uma exodontia? 
• Cárie, necrose pulpar e lesão na furca; 
• Doença periodontal e raízes residuais; 
• Dentes mal posicionados; 
• Indicações ortodônticas ou protéticas; 
• Dentes fraturados ou envolvidos em 
fraturas de face; 
• Dentes inclusos e supranumerários; 
• Dentes associados a patologias (infecção, 
cisto e tumor); 
• Terapia antineoplásica (quimio e 
radioterapia); 
• Dentes não restauráveis (fatores 
socioeconômicos). 
 
Contraindicações relativas 
• Danos excessivos a estruturas vizinhas; 
• Áreas submetidas a radioterapia; 
• Dentes associados a lesões malignas; 
 
• Inflamação aguda (ex: pericoronarite 
grave); 
• Infecções (ex: trismo severo); 
• Co-morbidades; 
• Uso de medicação anticoagulante. 
 
Como conduzir o caso clínico? 
Fazer o exame clinico e avaliar o (a); 
• Paciente; 
• Coroa clínica do dente; 
• Aparência clínica do osso; 
• Presença de próteses, restaurações ou 
aparelhos ortodônticos; 
• Mobilidade dental; 
• Acesso ao dente. 
 
Objetivos do exame radiográfico 
• Avaliar a forma e o tamanho das raízes; 
• Avaliar fatores relativos à estrutura óssea; 
• Espessura do espaço periodontal; 
• Proximidade de estruturas anatômicas 
importantes ou patologias. 
 
 
 
Além disso, o exame radiográfico tem como objetivo 
verificar o (as): 
• Regiões de retenção; 
• Eixo de saída do dente. 
 
Técnicas que podemos utilizar para realizar 
uma exodontia 
Quais são as denominações? 
GIETZ (1946): extração com fórceps e com alavanca; 
extração fracionada por odontotomia ou 
odontossecção; extração por osteotomia e, por 
alveolectomia ou a retalho. 
 
 
 
THOMA (1963): método aberto (com retalho) e pelo 
método fechado (sem retalho). 
OBS: NUNCA realizar uma exodontia sem fazer 
uma radiografia! 
Tomia = corte 
Tectomia = corte e remoção 
 
 
2 Ana Catarina Rios – Odontologia - UFAL 
RIES CENTENO (1964): extração de dentes 
permanentes normalmente implantados; extração 
de raízes permanentes; extração por alveolectomia; 
extração por seccionamento; extração de dentes com 
anomalias de direção ou de posição; e extração de 
dentes retidos. 
GRAZIANI (1968): técnica primeira, segunda e 
terceira. 
SANTOS PINTO e MARZOLA (1960): via alveolar e 
não alveolar; utilizada atualmente. 
 
 
 
 
 
Tipos de Vias 
Existem dois tipos de vias: alveolar e não alveolar. 
 
Via Alveolar: 
Segue o longo eixo do dente, ou 
seja, o eixo natural de implantação 
do dente dentro do alvéolo. 
Na via alveolar, geralmente, 
utiliza-se os fórcepses para fazer a 
exodontia. 
 
Via Não Alveolar: 
Esta via é utilizada quando 
alguma coisa impede a saída 
do dente pelo longo eixo 
natural (ex: impactação), não 
sendo possível removê-lo 
seguindo o eixo de 
implantação no alvéolo. 
Assim, cria-se uma via colateral/paralela/acessória 
através de uma alveolectomia parcial ou total para 
remover o dente. 
Na via não alveolar, geralmente, utilizam-se os 
elevadores e as brocas. 
Nesta via, obrigatoriamente, o profissional terá que 
fazer um retalho. 
 
Tipo de Instrumental 
Os principais instrumentais utilizados em uma 
exodontia são: 
• Fórceps 
• Elevadores 
• Bisturi 
• Instrumentos rotatórios/brocas 
 
Tipo de Técnica 
Ostectomia: procedimento que envolve a remoção 
do osso para ter acesso ao dente e, posteriormente, 
removê-lo. Esta técnica é muito utilizada em casos 
de dentes semi-inclusos 
Alveolectomia: procedimento que envolve a 
remoção do osso alveolar para, em seguida, realizar 
a exodontia. Geralmente, é feita a remoção da 
tábua óssea alveolar da face vestibular. A 
alveolectomia pode ser total (remoção do osso que 
envolve toda a raiz do dente) ou parcial. 
Odontosecção: procedimento que envolve o 
seccionamento dental, ou seja, partir o dente em 
duas partes. 
Apicectomia: procedimento que envolve a remoção 
apenas do ápice dental. 
 
Etapas da Exodôntica 
Com fórceps: 
1. Anestesia 
2. Sindesmotomia 
3. Adaptação do fórceps ao dente 
4. Luxação do dente com fórceps 
5. Remoção do dente do alvéolo 
6. Cuidados com o alvéolo 
7. Sutura 
 
Com Elevadores: 
1. Anestesia 
2. Sindesmotomia 
3. Luxação do dente com elevadores 
4. Remoção do dente do alvéolo com 
elevadores 
5. Cuidados com o alvéolo 
6. Sutura 
 
Posicionamento do Paciente 
Via Alveolar
Sem 
odontosecção
Com 
odontosecção
Via Não Alveolar
Por alveolectomia 
total
Por alveolectomia 
parcial
Por ostectomia 
(dentes inclusos)
por apicectomia
 
3 Ana Catarina Rios – Odontologia - UFAL 
• Dente maxilar: cadeira mais elevada e 
mais inclinada (≤45°). 
• Dente mandibular: cadeira mais baixa e 
menos inclinada (≤90°). 
 
 
Posicionamento do Dentista 
Normalmente, o dentista deve ficar na posição de 9-
12 h. 
Colocar a radiografia no negatoscópio. 
Fazer a antissepsia intra-oral do paciente com 
bochecho de clorexidina 0,12% e extra-oral com 
clorexidina a 2%. 
 
Posicionamento do Instrumental 
Colocar os instrumentais e materiais na sequência em 
que devem ser usados para se realizar uma 
exodontia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anestesia 
• Terminal infiltrativa 
• Bloqueio 
 
Sindesmotomia 
Consiste no descolamento do tecido gengival ao 
redor dos dentes, ou seja, do periodonto de proteção 
e desinerção do periodonto de inserção (fibras do 
ligamento periodontal) para ter acesso ao dente. 
Para melhor visualização, faz-se o descolamento das 
duas papilas adjacentes. 
A sindesmotomia permite a adaptação do fórceps o 
mais apical possível sem lacerar a gengiva. 
Para realizar a sindesmotomia, podemos utilizar o: 
• Sindesmótomo ou espátula nº7 
• Descolador de periósteo tipo Molt nº9 
• Descolador freer (menos usado) 
• Lâmina nº15 (para fazer incisão 
intrasulcular prévia) 
O descolador de Molt é o instrumental mais utilizado 
para realizar a sindesmotomia. 
O descolador de Molt tem uma afiada extremidade 
pontiaguda e uma ponta arredondada mais ampla. 
A extremidade pontiaguda é utilizada para iniciar a 
elevação do periósteo e rebater papilas entre os 
dentes, e a ampla extremidade arredondada é 
usada para continuar o descolamento do periósteo 
do osso. 
 
 
Posicionamento das Mãos do Dentista 
Uma mão faz o procedimento, enquanto a outra 
delimita o campo ou protegendo a região lingual 
com uma gaze. 
 
Seleção e emprego do fórceps 
Os fórceps de extração são instrumentos utilizados 
para remoção do dente do osso alveolar. 
O ideal é que os fórceps sejam usados para auxiliar a 
alavanca na luxação dos dentes dos alvéolos, em vez 
de puxar os dentes de suas bases. Eles também 
podem ajudar a expandir o osso quando usados 
corretamente. 
Os fórceps são projetados em muitos estilos e 
configurações para se adaptar à variedade de 
dentes para os quais são usados. 
 
Componentes do Fórceps: 
Os componentes básicos de um fórceps de extração 
dentária são o cabo, dobradiça e a ponta ativa. 
 
 
 
 
 
A
fa
st
a
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or
 
C
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P
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gu
lh
a 
Te
so
u
ra
 
Seringa de 
irrigação 20 
mL 
Cuba c/ 
soro 
Cuba c/ 
clorexidina 
2% 
Gaze 
Fórceps utilizados para 
remover dentes 
superiores são 
segurados com a 
palma da mão sob o 
cabo 
Segura-se os fórceps 
utilizados para 
remover os dentes 
mandibulares com a 
palma da mão em 
cima dele 
 
4 Ana Catarina Rios – Odontologia - UFAL 
As pontas ativas dos fórceps de extração variam 
muito. Elas são projetadas para se adaptarem à raiz 
do dente próximo à junção da coroa e da raiz. 
Deve-se lembrar que as pontas dos fórceps são 
projetadas para sempre adaptadas à estrutura da 
raiz do dente, e não para a coroa. 
Nesse sentido, diferentes pontas foram projetadas 
para os dentes uni, bi ou tri radiculares. 
 
 
Fórceps Maxilares: 
Fórceps n° 150 
Incisivos, caninos e pré-
molares superiores 
Fórceps n° 18 L Molares superiores esquerdos 
Fórceps n° 18 R Molares superiores 
direitos 
Fórceps n° 69 Restos radiculares 
Fórceps n° 65 Restos radiculares 
 
Fórceps Mandibulares: 
Fórceps n° 151 Incisivos, caninos e pré-molares inferiores 
Fórceps n° 16 Molares inferiores 
Fórceps n° 17 Molares inferiores 
Fórceps n° 44 Restos radiculares 
 
 
 
 
Adaptação do Fórceps ao Dente: 
• Ponta ativa nas faces vestibular e 
lingual/palatina. 
• Mordente do fórceps paralelo ao longo eixo 
do dente. 
• Posicionar primeiro por lingual/palatina e 
depois por vestibular. 
• Posicionar a ponta ativa o mais apical 
possível. 
 
Movimentos: 
Importante salientar que os fórceps devem ser usados 
somente em casos de exodontia de dentes hígidos. 
Em caso de dentes hígidos, realiza-se todos os 
movimentos da exodontia. Entretanto, em dentes 
não hígidos, não devemos realizar todos os 
movimentos. 
1º: Impulsão: 
• “Empurra” o dente contra o alvéolo, isto é, 
no sentido apical. 
• Melhora a adaptação da ponta ativa do 
fórceps ao dente. 
• Desloca o centro de rotação do dente para 
apical, melhorando a transmissão da força. 
2º: Lateralidade: 
• “Jogar” o dente para vestibular e para 
palatina/lingual, de maneira semelhante 
ao movimento pendular. 
• Esse movimento deve ser realizado de 
forma lenta e gradual de maneira que 
haja o aumento progressivo da força, 
ampliando o movimento lenta e 
gradativamente. 
• Deslocar mais para o lado da tábua óssea 
mais fina. 
3º: Rotação: 
• Este movimento é feito APENAS em dentes 
unirradiculares, com raízes cônicas e sem 
dilacerações apicais. 
• Este movimento assemelha-se ao de uma 
maçaneta. 
• assim, este movimento consiste em rodar o 
dente e puxá-lo para fora do alvéolo. 
• Promove pouca dilatação das paredes do 
alvéolo. 
• Gera o rompimento das fibras do 
ligamento periodontal. 
• Não se deve fazer a rotação em dentes 
multirradiculares (pré-molares superiores e 
molares). 
4º: Tração/Extração: 
• É o movimento final, ou seja, a extração 
propriamente dita. 
• Movimento contra o sentido do alvéolo. 
• Consiste em puxar o dente para fora do 
alvéolo. 
 
 Impulsão Lateralidade Lateralidade 
O fórceps n°16 também é chamada de “chifre de 
touro” e, por possuir esse formato, adapta-se na 
região de furca dos molares inferiores. 
 
5 Ana Catarina Rios – Odontologia - UFAL 
 
 
 
 
 
Luxação do dente com fórceps: 
• Expansão e dilatação das paredes do 
alvéolo. 
• Rompimento das fibras do ligamento 
periodontal. 
• Movimentos progressivos, aumentando a 
força lenta e gradualmente. 
• Forçar mais para o lado da tábua óssea 
mais fina (normalmente é para a 
vestibular. 
• Recolocar o fórceps mais apicalmente e 
continuar os movimentos de luxação. 
• Cuidado para não machucar o lábio do 
paciente. 
 
Seleção e emprego dos elevadores 
Os 3 tipos básicos de alavanca são os tipos: 
• Apical 
• Seldin 
• Potts 
 
Elevadores Apicais: 
Os elevadores apicais podem ser retos ou curvos. 
Possuem uma superfície côncava (calha) de um lado. 
Eles são usados para adaptar a nível apical. 
• 301: reto; frequentemente 
utilizado para iniciar a 
luxação de um dente 
erupcionado antes do uso 
do fórceps. 
• 302: curvado para a 
direita; 
• 303: curvado para a 
esquerda. 
 
Elevadores Seldin: 
São os mais utilizados. 
• 1-L: “bandeirinha”/curvo 
para a esquerda. 
• 1-R: “bandeirinha” 
/curvo para a direita. 
• 2: reto; superfície ampla; 
pontiagudo. 
 
Elevadores Potts: 
São os elevadores mais fortes que 
existem no mercado. 
• Ex: 14L, 14R, 11L, 11R, 1R e 1L. 
 
Empunhadura dos elevadores: 
A empunhadura do elevador é dígitopalmar. 
A parte inferior do cabo adapta-se na palma da 
mão, enquanto o dedo indicador é apoiado na 
ponta ativa, a fim de garantir precisão no 
movimento. 
 
Princípio do uso de elevadores: 
• A lâmina da parte ativa é voltada para o 
dente a ser extraído. 
• Força aplicada preferencialmente na distal 
e na mesial (evitar a vestibular e 
palatina/lingual) de forma controlada. 
• Inserir o elevador no espaço do ligamento 
periodontal. 
• Evitar usar o dente vizinho como apoio. 
 
 
 
 
 
 
Alavanca Tipo I: 
• Aplicação da força em um dos lados. 
• Do lado contra-lateral tem-se a 
contraforça. 
• Assim, força e a contra-força ficam na 
extremidade. 
Rotação Extração 
Luxação é o nome dado ao conjunto dos 
movimentos de lateralidade e de rotação. 
OBS: podemos criar um nicho. Através de umaa 
ponta ativa faz-se o desgaste seletivo de uma 
parte da estrutura dental, a fim de promover um 
apoio para os elevadores. Esse artifício multiplica 
a força da movimentação. 
 
6 Ana Catarina Rios – Odontologia - UFAL 
• O eixo de rotação (fulcro) localiza-se no 
centro, entre a força e a contra-força. 
• Mesmo padrão da gangorra. 
 
 
 
 
 
 
Alavanca Tipo II: 
• O eixo de rotação (fulcro) localiza-se na 
extremidade. 
• A força é aplicada no centro e a contra-
força na extremidade. 
• Utiliza-se um ponto de rotação, lançando 
o dente no sentido contrário. 
 
 
 
 
 
 
Alavanca Tipo III: 
• O eixo de rotação (fulcro) localiza-se na 
extremidade. 
• A força é aplicada na extremidade e a 
contra-força no centro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Movimento de cunha: 
Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no 
espaço. 
Assim, à medida que introduzimos o elevador a nível 
apical, este cria um espaço, forçando a raiz no 
sentido contrário. 
Este movimento consiste na inserção em sentido 
apical e em movimentos rotatórios. 
Este movimento é muito usado com os elevadores 
apicais curvos. 
 
 
Retalho 
Retalho é o que se obtém através de incisões. 
Através do retalho é possível acessarmos a região 
coronal ou apical do dente, sendo utilizada na via 
não alveolar. A partir do acesso, faz-se uma 
alveolectomia parcial ou total. 
Nem toda cirurgia necessita de retalho. 
A incisão pode ser do tipo: 
• Envelope ou intrasucular 
• Triangular 
• Trapezoidal 
O retalho é feito através de uma incisão linear e, mais 
ou menos, uma incisão relaxante. 
Para realizar os retalhos, utiliza-se a lâmina nº 15 e o 
cabo de bisturi nº 3. 
 
Envelope: 
Também chamado de intrasulcular, pois é necessário 
realizar uma incisão intrasulcular. 
Indicada para analisar a porção cervical do dente, 
mas não a região apical. 
Para observarmos a região apical dos dentes em um 
retalho envelope, é necessário progredir 
lateralmente/entender o retalho. Entretanto, este 
aumento lateral do retalho não é o ideal. 
Neste tipo de retalho não é feita nenhuma incisão 
relaxante. 
 
 
Triangular: 
A incisão também é intrasulcular. 
Este retalho é interessante, pois é possível ter acesso a 
toda região apical sem progredir lateralmente. 
Força Contra-força 
Contra-força Força 
Força Contra-força 
OBS: a força SEMPRE é para baixo e a contra-
força é para cima! 
 
7 Ana Catarina Rios – Odontologia - UFAL 
Neste tipo de retalho faz-se apenas uma incisão 
relaxante. 
 
 
Trapezoidal: 
A incisãotambém é intrasulcular. 
Neste tipo de retalho faz-se 2 incisões relaxantes. 
 
 
Odontosecção 
Alta rotação + irrigação com soro fisiológico. 
Broca carbide multilaminada 
cirúrgica (esférica nº 6; cilíndrica nº 
701, 702, 703 ou tronco-cônica 
ZECRYA 23/28 mm). 
Elevadores. 
A odontosecção é muito indicada para molares 
superiores. 
 
Cuidados 
Observação do dente, cuidados com o alvéolo 
(curetagem) e compressão. 
 
Cuidados com o alvéolo: 
• Inspeção do alvéolo com a cureta (não 
ficar raspando as paredes do alvéolo e 
remover fibras do ligamento periodontal). 
• Curetagem de lesões periapicais e/ou 
periodontais. 
• Regularização de espículas ósseas com lima 
para osso ou pinça goiva. 
• Remoção do tecido mole em 
excesso/papilas. 
• Irrigação com soro fisiológico (limpeza do 
alvéolo, remoção de corpos estranhos e 
irrigação abundante para diminuir o risco 
de alveolite). 
• Colocar uma gaze embebida em 
clorexidina 0,12%. 
• Manobra de Chompret: compressão digital 
das paredes do alvéolo dilatadas. 
• Formação do coágulo: preenchimento 
total do alvéolo com sangue. Não deixar o 
alvéolo seco ou preenchido com soro ou 
saliva. 
• Sutura 9fio de sedo 3-0/4-0). 
• Compressão com gaze (promove a 
estabilização do coágulo/hemostasia). 
• Remover a sutura após 5 a 7 dias. 
 
 
 
Pós-operatório 
• Limpar o rosto do paciente. 
• Descartar perfurocortantes na caixa 
adequada 
• Descartar materiais contaminados com 
sangue e saliva no lixo branco. 
• Descartar materiais não contaminados no 
lixo comum. 
• Colocar o material sujo no depósito com 
detergente enzimático. 
• Orientar o paciente a ficar deitado e não se 
levantar bruscamente. 
• Erguer o encosto da cadeira lentamente. 
• Fazer as orientações pós-operatórias 
(orientar verbalmente e entregar a ficha 
escrita ao paciente). 
• Fazer a terapêutica medicamentosa 
(orientar verbalmente e entregar o 
receituário ao paciente).

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