DESIGN INSTRUCIONAL_laços e nós no uso do Design Thinking na EaD

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Inovações em Tecnologia da In�ormação e Design Instrucional: debates e refexões 178
Capítulo 11
Design Instrucional: 
laços e nós no uso do Design Thinking na EaD
Lídia Martins SILVA1
Mirian Barreto LELLIS2
Custódio Gastão da SILVA JÚNIOR3
Resumo
Considerando as contribuições do design instrucional no contexto de EaD e o 
modo em que ele inter�ere no processo de ensino-aprendizagem, especialmente 
no ambiente virtual da plata�orma pré-con�gurada4, observamos a necessidade de 
aper�eiçoar o uso da plata�orma propondo a aplicação de uma nova visão de design 
à modalidade EaD que contribuirá para o aprendizado autônomo do aluno de uma 
�orma mais colaborativa. Nesse sentido, objetivamos identi�car as características em 
que o design clássico está inter�erindo no contexto educacional EaD da plata�orma 
moodle na disciplina de Mediação Pedagógica do IFM�, a �m de propor melhorias 
às �uncionalidades e navegação a partir do Design Tinking, para que haja maior 
aproveitamento e aprendizagem do curso. Para tanto, propomos utilizar os conceitos 
inovadores e �erramentas do Design Tinking no ambiente virtual na disciplina de 
Mediação Pedagógica em cursos online do curso de Design Instrucional para EaD do 
IFM� – Instituto Federal de Mato Grosso, a �m de melhorar e articular a interação do 
aluno com os conteúdos preparados para o curso e também sua relação com os outros 
participantes do processo como os tutores, pro�essores e os próprios estudantes. Desse 
modo, �oi possível observar e identi�car a �orma como o design tradicional é usado no 
ambiente virtual da disciplina em questão, e assim, articular as características habituais 
com as inovadoras do Design Tinking de �orma a compreender que as mudanças 
propostas no desenvolvimento do curso no ambiente virtual podem ser de grande 
valia para o aprimoramento das �erramentas do ensino à distância.
Palavras-chave: Design Instrucional. Design Tinking. Ambiente Virtual.
1 Mestre em Ciência da Computação: Universidade Metodista de Piracicaba – Brasil, 
Coordenadora do Núcleo de Execução de Cursos EAD convênios UFM�/�CE. Aluna no curso 
Design Instrucional do IFM�. E-mail: lidiamartins10@gmail.com.
2 Doutoranda em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFM�. Aluna no curso Design 
Instrucional do IFM�. E-mail: mirian.lellis@gmail.com. 
3 Mestre em Ciência da Computação: Ponti�ícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 
Pro�essor do Ensino Básico, �écnico e �ecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e 
�ecnologia do Mato Grosso. E-mail: gastaojunior@gmail.com.
4 A re�erência diz respeito ao �ato da sala do ambiente virtual ser pré-con�gurada pela equipe de 
suporte Moodle do IFM�, de acordo com um modelo padrão de layout (cores, �ontes, barra de 
�erramentas, seções e �ormato/espaços para conteúdo de texto, áudio e vídeo).
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Design Instrucional: laços e nós no uso do Design Thinking na EaD
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Abstract
Considering the contributions o� instructional design in the context o� EAD 
and the way in which it inter�eres in the teaching-learning process, especially 
in the virtual environment o� the precon�gured plat�orm, we observed the need 
to improve the use o� the plat�orm by proposing the application o� a new vision 
�rom the design to the distance learning modality that will contribute to the 
student›s autonomous learning in a more collaborative way. In this sense, we aim 
to identi�y the characteristics in which classical design is inter�ering in the EaD 
educational context o� moodle plat�orm in the academic discipline o� Pedagogical 
Mediation �rom IFM�, in order to propose improvements to the �unctionalities 
and navigation based on Design Tinking, hence improving the learning process 
in the course. In order to do so, we propose to use the innovative concepts and 
tools o� Design Tinking in the virtual environment o� Pedagogical Mediation, 
which is a discipline available on the Instructional Design online course provided 
by IFM� Ead courses. Our goal is to improve and articulate student interaction 
with the contents prepared �or the course and also its relation with the other 
participants o� the process, such as the tutors, teachers and the students themselves. 
Tere�ore, it was possible to observe and identi�y the way in which the traditional 
design is used in the virtual environment o� the mentioned discipline, thus to 
articulate the usual characteristics with the innovators o� Design Tinking in 
order to understand that the proposed changes in the course development in the 
environment can be o� great value �or the improvement o� distance learning tools.
Keywords: Instructional Design. Design Tinking. Virtual Environment.
1. De onde partimos - Introdução
A educação teve uma grande mudança na �orma de ensinar e aprender, 
sobretudo a partir da década de 90 com o advento da Internet. Esse 
período marca a Educação a Distância (EAD) que tem como principal 
característica a separação �ísica entre pro�essor e alunos, possibilitando 
a esta modalidade de ensino maior rapidez e interação no processo de 
ensino-aprendizado, con�orme preconiza Aretio:
[...] nesta modalidade de ensino não há dependência 
direta e supervisão sistemática do docente, mas o 
aluno recebe o apoio de uma equipe multidisciplinar 
que é responsável pelo planejamento do material, 
seu desenvolvimento, produção e distribuição, além 
de guiar a aprendizagem dos estudantes através das 
diversas �ormas existentes de tutoria, que garante uma 
comunicação �uida em duas vias, ao contrário da 
comunicação de sentido único, suposta por alguns. 
(ARE�IO, 1997, p. 15, tradução nossa).
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Sendo assim, a internet tem trans�ormado a realidade de muitas áreas 
do conhecimento e a educação está se bene�ciando imensuravelmente 
dela, ganhando espaço como �erramenta de ensino e aprendizagem e, 
assim, tornando-se aparato tecnológico de, estudantes, pro�ssionais, 
pesquisadores e educadores, como in�erem Costa (1995), Lévy (1999), 
Recuero (2009c), entre outros.
Nesse sentido, entendemos que a internet gera inúmeras 
possibilidades de interatividade, evidenciando uma relação ensino-
aprendizagem muito pretendida por pro�essores (FRÓES e PIRES, 
2008). Ainda sobre isso, Lévy (1999) propõe uma mudança na atual 
�orma de educar e levanta a possibilidade de a educação se realizar a partir 
da troca generalizada de saberes. No entanto, essas oportunidades trazem 
consigo desa�os tanto para os pro�ssionais que desenvolvem materiais 
quanto para os usuários - pro�essores e alunos - dentre as provocações 
podemos citar a necessidade de desenvolver novas habilidades técnicas 
que ajudam na adaptação a linguagem digital e social, a �m de se 
construir novas �ormas de inter-relações/relacionamentos. Desse modo, 
o surgimento e a evolução de novas tecnologias da in�ormação e da 
comunicação e a crescente utilização dessas tecnologias nos processos de 
ensino-aprendizagem, nos remetem a pensamentos e ações sobre novas 
estratégias didáticas para cursos presenciais e a distância.
Segundo Filatro e Piconez (2008) as novas tecnologias exigem o 
desenvolvimento de modalidades e estratégias didáticas para o ensino 
a distância, projetando, assim, um novo cenário para a educação, 
avançando cada vez mais para a aprendizagem virtual, e isso se dá devido 
a globalização e sua �exibilidade de tempo e espaço. Essa nova �orma de 
aprender possibilita ao aluno estudar em outros ambientes que não seja 
apenas a sala de aula, ou seja, ampliando e �exibilizando o espaço �ísico 
usado (seja em casa, trabalho, parques e bibliotecas), desde que estejam 
interligados a uma rede em um ambiente de aprendizagem. Contudo, 
para pensarmos em uma educação a distância e�caz e (trans)�ormadora 
�az-se necessário pensar não só no espaço-tempo e conectividade, 
devemos especialmente re�etir sobreos materiais didáticos, os ambientes 
virtuais de aprendizagem, os pro�ssionais envolvidos para dar suporte 
aos alunos e os tipos de avaliações.
Nesse sentido, segundo Moran (2000), o uso da Internet, como 
nova �erramenta de aprendizado, criou um novo espaço para o 
desenvolvimento do ensino onde a valorização das experiências 
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pessoais se aliam à transmissão de in�ormações e conhecimento, o 
que proporciona, como já dito anteriormente, mudança na relação 
pro�essor-aluno, na qual o mesmo autor de�ende que “ensinar e aprender 
exigem hoje muito mais �exibilidade espaço-temporal, pessoal e de 
grupo, menos conteúdos �xos e processos mais abertos de pesquisa e de 
comunicação” (MORAN, 2000, p.29).
A escolha de uma abordagem ou metodologia �az muita di�erença 
no processo de ensino-aprendizagem, haja vista que a aplicação de uma 
pedagogia �exível pode �ortalecer a autonomia do estudante, permitindo 
que a construção do saber tenha conexões e inter-relações mais abertas. 
Sobre isso Moran (2000) explica: 
Aprendemos melhor quando vivenciamos, experi-
mentamos, sentimos. Aprendemos quando relacio-
namos, estabelecendo vínculos, laços, entre o que 
estava solto, caótico, disperso, integrando-o em 
um novo contexto, dando lhes signi�cado, encon-
trando um novo sentido (MORAN, 2000, p.23). 
Diante disso, compreendemos que no contexto EaD a �ala de 
Moran (2000) explicita a necessidade de diálogo, das inter-relações 
e experienciações entre todos os envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem, especialmente os alunos, de modo essas vivências 
proporcionem sentidos e signi�cados contribuindo para sua instrução.
O Brasil possui inúmeras universidades e instituições que promovem 
pesquisa e que o�erecem produção acadêmica de qualidade. Observa-
se, portanto, que a disseminação desses conhecimentos ainda não são 
alcançadas por toda população, apesar do avanço das tecnologias da 
in�ormação e da comunicação. Para suprir essas necessidades, nota-se um 
crescimento de materiais educacionais disponibilizados gratuitamente 
na rede, materiais que não dão a necessária atenção a alguns aspectos 
importantes do processo de aprendizagem como a interação com o 
conteúdo do curso na plata�orma pré-moldada. Desse modo, na EaD 
o material didático ou instrucional é �erramenta imprescindível para 
organizar a dinâmica do ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, compreendemos que os pro�ssionais que atuam 
nessa modalidade precisam produzir materiais com uma dinamicidade 
maior e mais re�exivos, haja vista que estamos na era da conectividade 
e in�ormação. Sendo assim, entendemos que essa produção, para ser 
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mais e�caz, deve contar com o apoio do Design Tinking - D�, uma 
metodologia ativa que versa sobre a inovação e a criatividade, com �oco 
no trabalho colaborativo, no usuário e na resolução de problemas.
Em virtude disso, questionamos se a construção de materiais e 
plata�ormas �ocados no usuário �nal (estudante) pode ser mais e�caz se 
unirmos e adaptarmos elementos do D� às estratégias didáticas? 
A partir do exposto, este estudo expõe e debate sobre a adequação 
e aplicabilidade da metodologia do D� como estratégias didáticas no 
desenvolvimento de materiais no ambiente virtual de aprendizagem 
da disciplina de Mediação Pedagógica em cursos online do curso de 
especialização em Design Instrucional - DI para EaD do IFM� – Instituto 
Federal de Mato Grosso. Para tanto, propomos usar os elementos do 
D� e do DI no desenvolvimento e desenho da disciplina de mediação 
pedagógica em cursos online no ambiente virtual. Assim, �zemos um 
estudo bibliográ�co re�erencial sobre o assunto para nos apoiar nas 
teorias e conceitos já consagrados. Posteriormente, �aremos uma re�exão 
sobre o modo como as novas tecnologias de in�ormação e comunicação 
podem contribuir com o aper�eiçoamento do ensino-aprendizagem por 
meio dos elementos do DI e D�. Buscamos aqui um ambiente virtual 
que o�ereça ensino e�ciente e e�caz  e que leve o usuário a desenvolver 
habilidades e sentir-se estimulado em utilizar as diversas �erramentas 
que estão disponíveis no ambiente e que possam ajudá-los a desenvolver 
novas competência. Isso nos leva a pensar no desenvolvimento de 
ambientes com inter�aces inteligentes que possam contribuir na criação 
de espaços virtuais de �ácil acessibilidade e usabilidade, nos quais os 
usuários (aluno, pro�essor, tutor) possam construir o conhecimento de 
maneira cooperativa e satis�atória. 
Com o avanço da tecnologia, principalmente com a internet, a �orma 
de pensar no ensino a distância �oi alterada, possibilitando a criação de 
espaços interativos que integram variados tipos de mídias, tais como: 
vídeo, som, �V, rádio, imagens e textos. Mídias que proporcionam 
novas experiências ao aluno.
Por �m, desenhamos o curso de Mediação Pedagógica em cursos 
online no ambiente virtual utilizando na plata�orma Moodle (Modular 
Object-Oriented Dynamic Learning Environment) as estratégias didáticas 
do D� que melhor contribuem com o processo de ensino-aprendizagem.
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2. Práticas de Designer Instrucional (DI)
Para Smith e Ragan (1999), o Design Instrucional é o processo 
sistemático e re�exivo de traduzir princípios de cognição e aprendizagem, 
para o planejamento de materiais didáticos, atividades, �ontes de 
in�ormação e processos de avaliação, ou seja, tudo que envolve o 
planejamento, o desenvolvimento e a aplicação de métodos e técnicas em 
situações educacionais.
Ao pensarmos sobre o modelo de designer instrucional, podemos 
observar, de acordo com Filatro (2008), a existência de três modelos (�xo, 
aberto e contextualizado) que podem contribuir no desenvolvimento e na 
implementação de cursos a distância.
Para Filatro (2008) o designer �xo apresenta uma estrutura 
sem �exibilidade, rígida, inalterável, as atividades e os recursos são 
repetitivos, com pouca interação e pouco atrativo, as decisões sobre os 
conteúdos, regras de estruturação e as interações sociais são adotadas 
com antecedência e não so�rem alterações durante o curso. Esse modelo 
adota conteúdos estruturados, produtos �echados, mídias especí�cas e 
respostas automatizadas.
O curso com designer instrucional aberto de acordo com Filatro (2008), 
possuem uma organização mais �exível, atividades mais dinâmicas e a 
construção do conhecimento é realizada de �orma colaborativa. Di�erente 
do modelo �xo, esse modelo bene�cia mais os processos de aprendizagem 
do que os produtos, requer participação de um educador, por meio de 
interações entre tutores, de �orma individual ou mesmo coletiva.
Já o modelo de designer contextualizado, segundo Filatro (2008), 
está presente em cursos de instituições/organizações educacionais que 
utilizam de �orma continuada a tecnologia e as �erramentas da web 2.0 
(segunda geração de comunidades e serviços o�erecidos na internet, tendo 
como conceito a Web e através de aplicativos baseados em redes sociais 
e tecnologia da in�ormação). Este modelo é baseado em um modelo de 
aprendizado eletrônico imersivo e busca o equilíbrio entre a automação 
dos processos de planejamento e a personalização e contextualização na 
situação didática.
Diante do exposto sobre os modelos de designer instrucional, 
concluímos que o melhor modelo para ser adotado neste curso é o 
contextualizado, pois este admite estruturas de e�etiva contextualização 
que são caracterizados por:
 
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[...] maior personalização aos estilos e ritmos individuais 
de aprendizagem; adaptaçãoàs características 
institucionais e regionais; atualização a partir de 
�eedback constante; acesso a in�ormações e experiências 
externas à organização de ensino; possibilidade de 
comunicação entre os agentes do processo (pro�essores, 
alunos, equipe técnica e pedagógica, comunidade); e 
monitoramento automático da construção individual 
e coletiva de conhecimentos.  (FILA�RO; PICONEZ, 
2004. p.3).
 
Vale também salientar que neste modelo as �ases de design e 
desenvolvimento são menos detalhadas e mais aceleradas e as �ases de 
implementação e avaliação são mais longas e as adaptações poderão 
ocorrer durante a execução do curso. Podemos observar, neste modelo, 
que a interação entre alunos, tutores e educador é muito valorizada, 
ele reconhece a necessidade de alterações durante a execução, devido a 
constante comunicação entre os envolvidos.
3. Plata�orma Moodle na Disciplina de 
Mediação Pedagógica em cursos online
Com o crescimento vertiginoso da internet e de cursos na 
modalidade EaD e, consequentemente, a ampliação do mercado de 
trabalho para o Designer Instrucional, percebemos que em muitos cursos 
o bem-estar do usuário �nal não é um �ator relevante. No entanto, essa 
perspectiva é bastante considerada na metodologia do D� que, neste 
trabalho, é conceituado como “uma abordagem �ocada no ser humano, 
utilizada para a resolução de problemas complexos por meio de uma 
perspectiva que combina o trabalho em equipe, com a colaboração e a 
experimentação na busca por soluções” (VIANNA et al, 2012, p. 12). 
Os métodos e �erramentas utilizados no desenho dos cursos em 
EaD podem ter várias �inalidades de acordo com a vontade e intenção 
do pro�essor e Designer Instrucional. Não cabe aqui explicarmos sobre 
cada tipo de metodologia, contudo, veri�icamos os aspectos positivos 
e negativos da �erramenta Moodle no ambiente virtual da disciplina 
de Mediação Pedagógica em cursos online do Instituto Federal de 
Mato Grosso sob perspectivas de desenho e interação do curso na 
Plata�orma. A partir disso, apontaremos direcionamentos e propostas 
baseadas no D�.
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Segundo Pereira (2007, p.18) “[...] a idealização, o desenvolvimento 
ou a customização de um AVA e a sua inter�ace deve seguir 
aspectos pedagógicos, �uncionais, ergonômicos e estéticos”. Assim, 
compreendemos que a �erramenta moodle, para ser mais e�caz em sua 
aplicação deve se ater na transparência e comunicação com os usuários, 
especialmente nos quesitos navegabilidade e interação.
Nesse sentido, tomamos o entendimento de Preece (2005) sobre 
design de interação na qual a relação humano-máquina é o centro do 
processo, investigando, assim, o uso e aplicações da inter�ace a partir de 
uma abordagem de desenvolvimento centrada no usuário.
O ambiente virtual deve ser planejado e construído com o intuito 
de conciliar os variados recursos tecnológicos com o pedagógico 
propiciando uma aprendizagem e�etiva através de uma inter�ace 
interativa e mediações entre aluno e pro�essores no processo educacional.
A disciplina de Mediação Pedagógica em cursos online na Plata�orma 
Moodle é pouco estimulante e com poucas oportunidades de interação, 
acessibilidade limitada, arquitetura da in�ormação é �xa entre outras 
comparações. A navegabilidade é pouco usual, sendo praticamente 
composto por 10 ações, como passamos a descrevê-las.
Imagem da plata�orma Moodle do IFMT.
O curso �oi desenhado sob um molde, obedecendo um padrão de 
layout, cor, �orma, disposição de conteúdo e �onte. 
1. Uma �aixa verde é o destaque na página. Nela estão dispostas o per�l 
do usuário e atalhos que sinalizam mensagens e alertas dos pro�essores 
e tutores do curso. 
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2. O ano e nome do curso aparecem em destaque no centro da página 
por uma letra com tamanho bem maior do que o que é utilizado no 
restante da página.
3. uma barra de �erramentas com atalhos para as principais �unções usadas 
pelo usuário - no entendimento do desenvolvedor da plata�orma - 
segue logo abaixo na indicação do curso, onde é possível rapidamente 
acessar a “página inicial”, “painel”, “Eventos” (compõe o cronograma 
do curso com a data das entregas das atividades, �óruns virtuais e 
presenciais e vídeo con�erências), “Meus cursos” (acessa todos os 
cursos em que o usuário está matriculado), “Este curso” (proporciona 
ao usuário ver suas notas, contactar os colegas de curso, acessar as 
atividades/tare�as das unidades).
4. Identi�cação do curso para posterior descrição do curso - conceito, 
justi�cativa e objetivos - e orientações primárias, como por exemplo 
duração do curso.  
5. Espaço para apresentar o pro�essor do curso e atalhos para currículo 
Lattes e contato.
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6. Neste espaço central da tela �icam disponibilizados a mensagem 
de boas-vindas aos alunos, link de acesso a biblioteca, materiais, 
atividades avaliativas, roteiro de estudo para cada semana, link 
para web con�erência, vídeo, cronograma da disciplina divididos 
por semana e mensagens in�ormativas sobre cada semana.
7. Bloco de navegação - �ica ao lado direito da tela e possui acesso a 
página principal, acesso a página do site onde �icam disponíveis 
os blogs do site, emblemas, marcadores, calendário, mural do 
estudante do curso de Design Instrucional, bem como dos outros 
cursos disponíveis no ambiente virtual, também disponibilizam as 
mesmas opções que estão na barra de �erramentas (3) e no centro 
da tela (6).
8. Neste bloco o usuário tem acesso a todas as disciplinas do curso.
9. Espaço que dá acesso ao mural do estudante do curso em questão 
e acesso a pesquisa de satis�ação do estudante.
10. Neste espaço pode-se veri�icar os usuários que se encontram online.
Observando o espaço da disciplina Mediação Pedagógica em 
cursos online, podemos notar um espaço poluído, com muito textos, 
links desnecessários que prejudicam a visualização dos elementos 
disponibilizados na página da disciplina. A partir disso, propomos 
deixar a página da disciplina de Mediação Pedagógica em cursos 
online mais organizada, de �ácil entendimento e acesso, valorizando, 
especialmente, a interação e layout, com ícones coloridos em destaque 
que indicam tópicos e atividades que merecem maior atenção por 
parte do cursista. A exemplo disso criamos o ícone da web con�erência, 
pois veri�icamos nesses dois itens grande di�iculdade por parte do 
aluno em localizar os links para acesso à con�erência virtual, assim, 
imaginamos que uma indicação �acilitaria o acesso e entendimento do 
que e quando acessá-lo.
Nesse sentido, desenvolvemos, com a ajuda de conceitos e 
elementos do design thinking, um novo layout. Contudo, antes de 
adentrarmos na parte prática da proposta, �aremos uma re�lexão 
sobre o D� e os caminhos que ele aponta para cooperar com a 
�unção do Designer Instrucional no desenho de curso/material para 
a modalidade EaD.
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4. Perspectivas e novos caminhos: Design Thinking em �oco
O D� de acordo com Filatro (2004) é considerado uma abordagem/
metodologia centrada no ser humano e orientada a ação, �undamental 
para a execução do projeto e criação do objeto; possibilita o colaboração 
e uso da inteligência coletiva e inovação, já o DI trata de um conjunto de 
técnicas, métodos e recursos que podem ser utilizados em um processo de 
aprendizagem.
De acordo com Brown (2010) as metodologias não são �xas e 
�nitas, elas requerem �ormas de (re) interpretações, buscando soluções 
alicerçadas na participação criativa. Concernente à essa ideia, portanto, 
compreendemosque o D� emerge na EaD como um elemento que intenta 
atender às necessidades dos usuários como um �acilitador do processo de 
aprendizagem. Desse modo, o D� analisa situações sob diversos ângulos 
procurando resolver os problemas por meio do trabalho colaborativo 
com vários pro�ssionais que �ormam a equipe multidisciplinar. Para 
tanto, o D� subentende três princípios básicos: empatia, colaboração e 
experimentação, pois “[...] é �undamental compreender o ser humano de 
�orma pro�unda (empatia), cocriar com esse ser as soluções (colaboração) e 
experimentar essas soluções (experimentação) ” (BROWN, 2010, p. 47).
Nesse sentido, o D� também é considerado uma estratégia �ocada 
na identi�cação dos problemas. O D� busca através de pesquisas, 
brainstorms, teste e prototipagem, alternativas criativas e inovadoras para 
todos os problemas propostos, gerando �eedbacks valiosos principalmente 
no ambiente de cursos virtuais que ajudam na percepção do que realmente 
precisa ser melhorado no processo de ensino e aprendizagem.
Ainda �alando em D�, ele tem muito a contribuir quando o assunto 
é a educação �ocada em “estimular a resolução de problemas, a inovação e 
a adoção de estratégias de ensino-aprendizagem centradas nos estudantes” 
(CAVALCAN�I; FILA�RO, 2016, p. 16). 
Considerando a perspectiva de melhorias e o aprimoramento do 
ambiente virtual utilizado pela disciplina Mediação Pedagógica em 
cursos online do curso de especialização em Design Instrucional da IFM� 
- Instituto Federal de Mato Grosso, pensamos em ações com vistas a 
inovação da “sala virtual” utilizada, haja vista que a investigação realizada 
demonstrou que o design utilizado no curso está aquém do que podem 
representar em inovação, pois, em via de regra, não re�etem o equilíbrio 
necessário entre os aspectos pedagógicos e tecnológicos que a EaD propõe.
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De acordo com Moran; Masseto e Behrens (2013), os ambientes 
virtuais são considerados tecnologias organizadas e estruturadas que 
permitem um certo controle dos usuários e do que é possível realizar no 
ambiente. Para Anjos, (2015), o ambiente virtual é um espaço provido de 
aparatos tecnológicos embutidos de signi�cados pedagógicos que torna 
possível práticas educacionais em decorrência de interações, interatividade 
e mediação entre os agentes do processo educacional.
Diante deste contexto, o ambiente virtual deve ser planejado com o 
intuito de integrar os aparatos tecnológicos com relevância pedagógica, 
o�erecendo uma aprendizagem e�etiva aos alunos da disciplina Mediação 
Pedagógica em cursos online.
O IFM� já possui uma in�raestrutura e um sistema adequado para 
atender a demanda citada. O sistema utilizado pela instituição é o 
Moodle, �erramenta muito popular, considerada um dos ambientes mais 
utilizados em cursos virtuais (Moodle, 2017). Por ser livre e de código 
aberto, possibilita realizar várias alterações e customizações adequando-o a 
diversas situações educacionais.
A identidade visual e a estrutura de conteúdos são itens que merecem 
destaques no processo de construção da sala virtual, diante disso, a junção 
dos elementos do D� e DI se �azem necessários.
A construção do ambiente virtual deve ser idealizado com uma 
identidade visual clara, limpa e sua  estrutura de conteúdo, seguindo os 
conceitos do D�, centrado no estudante deve seguir 3 (três) etapas, de 
acordo com Cavalcante e Filatro (2016): Ouvir -  entender a expectativas, 
os desejos e as necessidades; Criar - ser capaz de sintetizar e interpretar as 
in�ormações, de�nir o problema, compreender e selecionar as melhores 
soluções, prototipar, testar todas as possibilidades e implementar a melhor 
solução; e por �m, Entregar - nesta etapa, as soluções testadas são executadas 
e monitoradas, nesta etapa também deve-se realizar a implementação de 
soluções piloto que deverão ser testadas e a prototipação que inicia-se 
na etapa criar deve ser continuada de �orma mais estruturada. É notório 
que as etapas do D� é um processo sistêmico e interativo, que pode ser 
revisitado quando se �zer necessário, pois existem articulações entre as 
etapas e as ideias podem ser lapidadas/exploradas na medida que surgem 
novas direções/direcionamentos.
A comunicação através de recursos tecnológicos é considerada um 
�ator primordial dentro de um ambiente virtual, com a intenção de 
aprimorar essa prática, propõe-se o desenvolvimento de uma solução de 
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comunicação, ou seja, a criação de um chat interativo, disponível na página 
principal da disciplina que possa ampliar os processos de comunicação 
e interação entre o pro�essor e seus alunos por ser uma �erramenta de 
atendimento síncrono, ou seja, em tempo real. Esta mesma �erramenta 
poderá ser utilizada de modo assíncrono, através de e-mail ou mensagens.
Além de melhorias e customizações da sala de aula virtual, deve-
se considerar a importância de se avaliar não apenas os   aspectos de 
�uncionalidade e navegabilidade, mas, também os aspectos didático-
pedagógicos, e isso poderá ser realizado no �nal da disciplina através de 
questionários que possam coletar in�ormações, tais como: o atendimento dos 
pro�essores  e do suporte técnico, as disposições dos conteúdos e atividades, 
o material didático, a organização do ambiente virtual, as di�culdades 
encontradas durante a realização da disciplina, a qualidade do sistema 
de tutoria que busca avaliar a percepção do aluno sobre o conhecimento 
do tutor sobre a temática do estudo, do processo comunicacional entre o 
aluno e o tutor e as discussões, bem como apresentar críticas e sugestões 
que poderão servir de parâmetros para subsidiar melhorias na disciplina, 
promoção de novas estratégias de ensino e do próprio ambiente virtual.
5. Desenho da disciplina de 
Mediação Pedagógica em cursos online
A disciplina Mediação Pedagógica em cursos online �az parte do curso 
de especialização em Design Instrucional promovido pelo Instituto Federal 
de Educação Ciência e �ecnologia de Mato Grosso – IFM� na modalidade 
a distância e destina-se aos pro�ssionais da educação básica, técnica e 
tecnológica e aos pro�ssionais em geral, portadores de curso superior 
completo, que tenham como interesse o planejamento e desenvolvimento de 
conteúdo especí�co para o�erta e implantação de projetos de cursos online. 
A disciplina citada tem carga horária de 30h, dividida em 03 (três) 
semanas e tem como objetivos: - Caracterizar a EaD como um processo 
composto por duas mediações, a mediação humana e a mediação 
tecnológica e discutir perspectivas e dilemas na EaD; conhecer e re�exionar 
a respeito das várias estratégias e metodologias para a docência em EaD e 
conhecer o conceito e uso de sistemas tutoriais e sobre o papel da tutoria 
presencial e online.
Após análise na disciplina de Mediação Pedagógica em cursos online do 
curso de Design Instrucional do IFM�, observou-se um ambiente poluído 
Inovações em Tecnologia da In�ormação e Design Instrucional: debates e refexões
Design Instrucional: laços e nós no uso do Design Thinking na EaD
 191
e desestimulante, apresentando muitos textos e de di�ícil navegação, que 
prejudica o aprendizado do aluno. Diante desse contexto, apresentamos 
um protótipo mais limpo, interativo e de �ácil navegação
Para o desenvolvimento deste protótipo não serão necessárias 
mobilizações relevantes de in�raestrutura �ísica, tendo em vista que a 
disciplina será o�erecida no ambiente virtual moodle que já é utilizado pela 
instituição, necessitando apenas de pessoal técnico para a implementação 
das soluções de tecnologias da in�ormação.
Quanto ao layout, o mesmo será uma sala de aula con�gurada no 
ambiente virtual utilizando plata�orma Moodle. A estrutura do conteúdo 
terá visual limpo e moderno, de �ácil navegabilidadee mais interatividade, 
con�orme pode-se observar na imagem a seguir:
Observando o protótipo da sala virtual na imagem apresentada, nota-
se que a disciplina �oi idealizada pensando no bem-estar do aluno e no 
processo de ensino-aprendizagem, buscando tirar o máximo proveito das 
soluções tecnológicas disponíveis atualmente, com a �nalidade de motivar 
os alunos para o desenvolvimento de suas atividades, levando-os a uma 
Inovações em Tecnologia da In�ormação e Design Instrucional: debates e refexões 192
Design Instrucional de Cursos a Distância
aprendizagem mais e�caz e signi�cativa. Foram analisadas estruturas de 
conteúdo que auxiliam tantos aos alunos ditos tecnológicos, quanto aos 
alunos sem muitas experiências, promovendo o interesse e motivação 
pelo conteúdo e o uso da tecnologia, obtendo excelente aproveitamento 
do ambiente virtual de aprendizagem.
Em vez de um texto explicativo a respeito da disciplina, optou-se por 
apresentar um vídeo onde o pro�essor explica com mais clareza de detalhes 
como será o desenvolvimento da disciplina e o conteúdo que será apresentado.
�odos os tipos de materiais utilizados na disciplina poderão ser 
acessados clicando em ícones especí�cos:
• Orientações – o aluno terá acesso ao Projeto Pedagógico do curso, 
ao cronograma, in�ormações sobre as aulas presenciais, eventos, etc.
• Roteiro de Estudo Semanal – São disponibilizadas as in�ormações 
sobre o conteúdo da semana, tais como: os objetivos, atividades de 
aprendizagem, evidências de aprendizagem, etc.
• Materiais Didáticos – Através deste ícone o aluno terá acesso aos 
materiais didáticos da disciplina.
• Fórum – Espaço de comunicação assíncrona reservado para momentos 
re�exivos, apresentação e dúvidas sobre o conteúdo programático.
• Biblioteca – Neste ícone o pro�essor poderá disponibilizar materiais 
de apoio para o desenvolvimento da disciplina.
• Vídeos – neste ícone o aluno terá acesso aos vídeos produzidos pelo 
pro�essor re�erente a disciplina. Os recursos audiovisuais (vídeos 
e áudios explicativos e expositivos) têm a �nalidade de �acilitar e 
demonstrar o tema abordado.
• Web Con�erência – Ao clicar neste ícone o aluno será direcionado a 
sala virtual de web con�erência.
• Chat – Ícone de acesso a �erramenta de comunicação síncrona que 
poderá ser utilizada pelo pro�essor para debates rápidos com todos 
os alunos ou pequenos grupos sobre determinado assunto agendado 
previamente.
• Saiba mais – Espaço para o pro�essor disponibilizar materiais, vídeos, 
links, etc., que não são produzidos por ele, mas que poderá auxiliar 
no processo de aprendizagem do aluno.
• Atividades Avaliativas – Através deste ícone o aluno poderá realizar 
todas as atividades da disciplina.
Inovações em Tecnologia da In�ormação e Design Instrucional: debates e refexões
Design Instrucional: laços e nós no uso do Design Thinking na EaD
 193
Nesta proposta, utilizaremos elementos do D� na identi�cação dos 
problemas que poderão ocorrer no desenvolvimento da disciplina pois, 
segundo Choh� (2015) o D� é considerado uma metodologia utilizada 
na detecção de problemas gerando �eedbacks que ajudarão a veri�car se a 
disciplina atingiu o objetivo proposto, se a metodologia é e�caz, o que pode 
ajudar a melhorar tanto no material didático, no aspecto metodológico e 
no aspecto técnico do ambiente virtual proporcionando ações que podem 
ajudar a maximizar o aprendizado do aluno.
Diante disso, ao �nal da disciplina, disponibilizaremos uma avaliação 
que possa realizar esse diagnóstico. Serão avaliados os procedimentos 
metodológicos, a disciplina como um todo e o ambiente virtual, através 
de questões categorizadas como:
a. Procedimentos Didático-Pedagógicos 
• A linguagem empregada no material didático �oi clara e objetiva?
• O conteúdo da disciplina �oi adequado ao alcance dos objetivos propostos?
• A quantidade de horas para a realização da disciplina �oi adequada?
• As orientações para a realização das avaliações �oram su�cientes? 
• As orientações para a realização das atividades �oram de �ácil 
compreensão?
• O pro�essor/tutor demonstrou conhecimento sobre os temas 
abordados na disciplina?
• O pro�essor/tutor promoveu comunicação adequada com os 
participantes?
• O pro�essor/tutor esteve disponível e acessível nos debates e na 
sanação de dúvidas?
O pro�essor/tutor esclareceu as dúvidas sobre o conteúdo da disciplina 
quando solicitado?
O pro�essor/tutor estimulou a discussão e o debate sobre questões 
relativas à disciplina?
b. Avaliação geral da disciplina
• A disciplina possibilitou melhorar a compreensão sobre o que signi�ca 
“mediação pedagógica”?
• A disciplina contribuiu para sua �ormação pro�ssional e o para o 
desempenho do seu trabalho?
Inovações em Tecnologia da In�ormação e Design Instrucional: debates e refexões 194
Design Instrucional de Cursos a Distância
c. Avaliação geral do ambiente virtual de aprendizagem
• O AVA apresentou-se de �ácil operacionalização? 
• As �uncionalidades e o layout do AVA satis�zeram as necessidades da 
disciplina?
• Sobre a disposição dos materiais dentro do AVA (textos, vídeos, material 
didático, in�ormações, etc.) e atividades dentro do AVA (�órum, 
atividades, etc.) você teve alguma di�culdade para localizá-las?
Além dessas questões, o aluno também poderá deixar suas Dúvidas, 
elogios e sugestões de melhoria para a disciplina, em especial sobre o 
Ambiente Virtual de Aprendizagem levando sempre em conta a experiência 
do usuário/aluno como a parte mais importante. 
Para responder a avaliação, basta clicar no ícone “feedback da 
Disciplina” disponibilizado no AVA.
 
É muito importante o envolvimento de pro�essores, alunos, técnicos, 
etc., nos diálogos de melhorias, tanto nos ambientes virtuais quanto nos 
aspectos educacionais, essas práticas pedagógicas enriquecem as práticas 
educacionais promovendo o senso crítico, possibilitando questionamentos 
e despertando a curiosidade do aluno. 
Inovações em Tecnologia da In�ormação e Design Instrucional: debates e refexões
Design Instrucional: laços e nós no uso do Design Thinking na EaD
 195
5.1 Avaliação 
Sgarbi, Fernandes, Josgrilberg e Lima (2012) expõem que a avaliação 
é um processo �undamental para que seja veri�cado se o conteúdo �oi 
aprendido, aguçando re�exões a partir das in�ormações e dos dados 
coletados, partindo do entendimento de que o aluno possui autonomia e 
autoria para construir seu conhecimento. 
Nesse sentido, entendemos que avaliar é um processo necessário para que o 
pro�essor possa traçar onde se quer chegar. E na metodologia EAD, a avaliação 
conta com di�erentes elementos que �ormam o conceito sobre o aprendizado 
do estudante. Sobre isso, os autores a�rmam que “as avaliações são �eitas por 
disciplina, sob a �orma de trabalhos semanais, enviados por port�ólios, além do 
uso de �óruns, chats, tele e vídeos con�erências e, é claro, das provas presenciais” 
(SGARBI, FERNANDES, JOSGRILBERG e LIMA, 2012, p. 1834). 
Devemos considerar as avaliações como elementos chaves de todos os 
sistemas de educação, desempenhando papel �undamental no processo de 
aprendizagem dos alunos. 
A avaliação ajuda os alunos a aprender, o pro�essor consegue veri�car 
as lacunas e os administrados a decidir onde gastar os recursos. 
Nesta disciplina, estaremos utilizando as avaliações diagnóstica, 
�ormativa e somativa. A diagnóstica servirá para avaliar o aluno através 
dos seus pontos �ortes, �racos, habilidades e conhecimentos que trouxeram 
como bagagem. A avaliação será realizada no início da disciplina, por meio 
de videocon�erência ou avaliação escrita. A avaliação �ormativa servirá 
para avaliar regularmente o desempenho do aluno durante a execução da 
disciplina. Será realizada através de trabalhos, chats e �óruns e a somativa 
para avaliar o nível de conhecimento adquirido será realizada no �nal da 
disciplina, observando se os objetivos propostos �oram alcançados.
Considerações fnais
O estudo mostrou conceitos de elementos importantes que suportam a 
modalidadede Ensino à Distância, contribuindo para o seu entendimento e 
de�nição. Com o crescimento vertiginoso na Educação a Distância (EAD) 
nas últimas duas décadas - especialmente por causa do desenvolvimento 
das novas �ecnologias de In�ormação e Comunicação – compreendemos 
a necessidade dessa modalidade de estar sempre se aper�eiçoando e 
reinventando, �ocando na relação dos alunos com os ambientes virtuais 
de aprendizagem.
Inovações em Tecnologia da In�ormação e Design Instrucional: debates e refexões 196
Design Instrucional de Cursos a Distância
Percebemos que a relação mais importante existente na modalidade 
EaD é a interação social, por meio dela que se dá a aprendizagem e o 
desenvolvimento do indivíduo que adquire novos saberes a partir de suas 
várias relações com o meio. Portanto, a mediação entre pro�essor-aluno-
material é primordial na construção do conhecimento.
Pensando nisso, o presente estudo propôs apresentar re�ormulações no 
desenho do curso de Mediação do IFM�, a �m de utilizarmos um misto 
de conceitos do design instrucional com o design thinking para inovar o 
ambiente da disciplina. Desse modo, o protótipo da sala virtual apresentado 
�oi idealizado pensando no bem-estar do aluno e na �acilitação do processo 
de ensino-aprendizagem, para que o aluno consiga tirar o máximo proveito 
das soluções tecnológicas disponíveis, motivando-os para o desenvolvimento 
de suas atividades levando-os a uma aprendizagem mais e�caz e signi�cativa.
Algumas das considerações levantadas nesse estudo ajudam a 
compreender que o processo de ensino e aprendizagem em cursos a distância 
não pode ser entendido apenas como um repassador de conteúdos, a�nal 
esse processo acontece pela discussão, pela conversa, pelo debate crítico, 
pelo diálogo, pela interação aluno-pro�essor-material. Assim, ao romper 
com a prevalência da estrutura engessada e pré-con�gurada da sala do curso 
de Mediação por meio do uso dos elementos do D�, o ensino à distância 
inicia um processo de renovação e inovação, valorizando e possibilitando 
a criticidade, a criatividade, a autonomia, a cooperação e a a�etividade, ou 
seja, o estudante se sentirá envolvido no sistema educacional e criará laços 
a�etivos que o auxiliarão no complexo processo de construção cooperativa 
do conhecimento em parceria com o pro�essor, o tutor e os colegas, mesmo 
que �sicamente distante.
Outros apontamentos poderiam ser destacados, mas nosso intuito, neste 
estudo, �oi apresentar uma breve de�nição e caracterização da EaD, conceituar 
design thinking e seus caminhos para que a partir desse conhecimento prévio 
pudéssemos desenvolver um protótipo de desenho de curso utilizando 
elementos de D� servindo, assim, como prelúdio para �utura aplicação e 
re�exões sobre a experiência no novo layout e suas �uncionalidades.
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REFERÊNCIA deste artigo:
SILVA, L. M.; LELLIS, M. B.; CUSTÓDIO JÚNIOR, G.; DESIGN INSTRUCIONAL: laços e nós no uso do Design Thinking na EaD. IN:Inovações em Tecnologia da Informação e Design Instrucional: debates e reflexões. Clodoaldo Nunes; Pedro Clarindo da Silva Neto; Rothschild Alencastro Antunes (Orgs). Cuiabá- MT: Editora Sustentável, 2020.