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Gestão de Pessoas e Liderança RECURSOS HUMANOS Líder ❖ Pessoa que exerce influência sobre o comportamento, pensamento ou opinião dos outros. ❖ Pessoa ou entidade que lidera ou dirige. Gestão Gestão é um conjunto de princípios relacionados às funções de planejar, organizar, dirigir e controlar uma companhia. Pessoas Substantivo feminino Ser humano; quem pertence à espécie humana; criatura. [Jurídico] Indivíduo a quem se atribuem deveres e direitos. [Gramática] Classe gramatical que determina quem fala (primeira pessoa), com quem se fala (segunda pessoa), e sobre o que se fala (terceira pessoa). Gestão de Pessoas Gestão de pessoas é um conjunto de técnicas de RH que tem como objetivo o desenvolvimento do capital humano nas organizações. Ou seja, a gestão de pessoas é um processo que visa melhorar o desempenho dos colaboradores e da empresa. A Gestão de pessoas busca estruturar, estabelecer e zelar pela cultura organizacional da empresa. Acompanhar todos os processos dentro da empresa e estar sempre em busca de simplificar as formas de desempenhar as funções e aumentar a produtividade. Gestor de Pessoas No cargo de Especialista em Gestão de Pessoas se inicia ganhando R$ 4.044,00 de salário e pode vir a ganhar até R$ 7.109,00. A média salarial para Especialista em Gestão de Pessoas no Brasil é de R$ 6.130,00. O profissional que se forma em gestão de pessoas pode atuar em diferentes segmentos da área de recursos humanos: gestão, recrutamento e seleção de equipe, treinamento e desenvolvimento de funcionários e administração de benefícios e salários. Tipo de Funcionários De acordo com os conceitos da Gestão de Pessoas, o maior patrimônio da empresa não é o seu capital (dinheiro) e nem mesmo a sua tecnologia, mas o seu quadro de funcionários. Desta maneira, podemos dividir os funcionários em 3 categorias: ❖Funcionários Alpha: Correspondem, em geral, a 20% do quadro de empregados. São os mais competentes e motivados dentro da empresa, apresentam liderança, alta capacidade para resolução de problemas, uma excelente capacidade de adaptação e um alto comprometimento. Seu objetivo é “crescer junto com a empresa”. ❖Funcionários Comuns: Correspondem, em geral, a 70% do quadro de empregados. São esforçados, porém, sem muita motivação. Têm o perfil de liderados, preferem estabilidade ao invés de mudança e têm um bom nível de comprometimento com a empresa. Seu objetivo é “trabalhar e cumprir com o seu dever”. ❖Funcionários Sem Compromisso: Correspondem, em geral, a 10% do quadro de empregados. São adeptos do mínimo esforço e fazem somente o que é explicitamente designado. Têm um nível mínimo de comprometimento com a empresa. Seu objetivo é “manter o emprego”. Líder servidor A liderança servidora está sempre trabalhando para atender às expectativas e necessidades dos membros do time. Ela busca entender do que as pessoas realmente necessitam e, mais importante, com mecanismos de escuta, o que elas não sabem que precisam. Por isso, esse líder também é conhecido por sua grande capacidade de empatia. Colocar-se no lugar dos outros para entender o que eles realmente precisam, bem como quais são suas dificuldades e seus recursos, é um verdadeiro trabalho contra o próprio ego. Por isso, muitas vezes, esse líder não é reconhecido como tal. É preciso ter muita paciência para praticar esse tipo de liderança com times numerosos. Líder liberal O líder liberal atua como um consultor, oferecendo liberdade para que as pessoas decidam como, quando e em que prazos realizar seus trabalhos. Para que isso dê certo, é preciso que os profissionais liderados saibam que tarefas precisam cumprir e quais são seus papéis para a geração de resultados. Portanto, mesmo que o líder aja de maneira liberal, ele precisa estar atento ao andamento de tudo, conduzindo boas decisões, e ser muito organizado. Caso contrário, ele passa a ser visto como desnecessário. Se você se identifica nesse papel, tenha em mente que objetivos claros são essenciais para qualquer perfil de liderança. Líder autocrático Para entender esse perfil, lembre-se de alguns filmes, como “Whiplash” e “O Diabo Veste Prada”. O líder autocrático toma as decisões de maneira autônoma, sem envolver quaisquer outros membros do time. Por centralizar todas as ações em si, exerce um dos tipos mais ineficientes de gestão, pois costuma amedrontar outros membros da equipe, traz muitas barreiras para o processo criativo e gera impactos diretos sobre a performance de todos. É comum que, em equipes com liderança autocrata, haja um grande volume de trabalho, pois as pessoas ficam apreensivas para pedir ajuda e delegar tarefas. Exercer a autoridade é importante, mas, sem a colaboração de seus colegas, você não colhe bons frutos. Líder democrático O líder democrático considera fundamental ouvir a opinião de todos, independentemente de qual seja a situação a ser resolvida. Por isso, ele faz com que o ambiente se torne fértil para o engajamento natural das pessoas, que se sentem parte do todo e motivadas para pensar em novas maneiras de resolver questões e para inovar. Os resultados, consequentemente, são bem melhores, especialmente se comparados aos de uma equipe liderada por alguém autoritário. É importante lembrar que esse tipo de liderança também tem seus problemas, e vale a pena se conscientizar deles para que sejam resolvidos coletivamente. No início, algumas pessoas podem ficar um pouco confusas com a dinâmica do grupo, já que boa parte das empresas não opera assim. É essencial que elas tenham, então, oportunidades de assistir às interações e ser treinadas para oferecer seus pontos de vista. Vale considerar também que algumas pessoas confundem democracia com autonomia e atropelam decisões coletivas. Dialogue e faça com que elas entendam que as diretrizes do grupo precisam ser respeitadas. Líder técnico O líder técnico tem e demonstra ter um conhecimento elevado, com muita capacidade técnica, referências a serem compartilhadas e habilidade para ensinar. Suas decisões são respeitadas e, especialmente nos momentos críticos, todos se sentem seguros por contar com ele. Essas características geram alguns problemas. Algumas pessoas se acomodam diante de um líder muito capacitado, dependendo dele para absolutamente todas as decisões e tarefas. Também é comum que, propositalmente ou não, a liderança técnica torne-se autoritária pela centralização das decisões. É preciso, portanto, que o conhecimento seja difundido e que as pessoas se sintam capacitadas para exercer seus papéis. Líder motivador Os líderes motivadores enxergam as capacidades das pessoas e encontram meios para extrair o máximo potencial delas. Eles têm uma atuação de grande apelo emocional e são naturalmente capazes de unir indivíduos, o que é fundamental em tempos de crise. Líder paternal Ele preza pelo relacionamento com a equipe por meio de relações mais fraternais. Proporciona um bom ambiente de trabalho, mas não se dá bem com retornos negativos, o que pode ser muito difícil para o aprimoramento dos colaboradores. Ele não está tão ligado ao resultado: seu principal foco é o emocional. Esse perfil é indicado para a resolução de conflitos. Contudo, ele apresenta desafios no momento de julgar decisões e no desenvolvimento da equipe, o que requer que ele trabalhe junto a outros perfis de liderança. O que é cultura? Cultura é o modelo de pressupostos básicos que um grupo assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação externa e integração interna. Por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação àqueles problemas. A cultura de uma empresa pode ser definida como um conjunto de suposições e atitudes básicas compartilhadas por um grupo de pessoas. Ela envolve o conhecimento de como resolver seus problemasde adaptação externa e integração interna, e funciona o suficientemente bem para ser imposta. Da mesma forma, ela é assimilada pelos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação aos problemas. A cultura pode influenciar os colaboradores nas direções e decisões em relação à empresa, por isso é preciso que os valores, visão e metas fiquem claras para que os colaboradores tenham a mesma perspectiva. Valores expostos São os princípios e valores articulados e publicamente anunciados, que o grupo proclama estar tentando atingir, tais como liderança em preço e qualidade de produto. Portanto, as estratégias e metas compartilhadas pela organização também podem ser vistas dessa forma. Ritos No sentido geral, é uma sucessão de palavras e atos que, repetidos, compõem um hábito. Cerimônias que regularmente acontecem na organização, comemorações de final de ano por exemplo. Mitos Figuras imaginárias usadas para reforçar crenças na organização, por exemplo: “nossa empresa é uma grande família”. Clima A atmosfera psicológica da organização, sentimento que é gerado num grupo pelo layout físico e o modo que os membros da organização interagem uns com os outros, com clientes ou possíveis clientes. Clima Organizacional De acordo com um dos maiores especialistas em administração e recursos humanos, o professor e escritor Idalberto Chiavenato, o clima organizacional envolve uma visão mais ampla e flexível da influência ambiental sobre a motivação. É a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que os membros da empresa percebem e experimentam, influenciando em seu comportamento. Refere-se ao ambiente interno existente entre as pessoas que convivem no meio organizacional e está relacionado com o grau de motivação de seus participantes. Dessa forma, é por meio da pesquisa de clima organizacional que é possível medir o nível de relacionamento entre os funcionários da empresa. Além disso, outros fatores que podem influenciar diretamente o clima organizacional de uma empresa, pode ser pautado nos seguintes indicadores: ❖Estado de tensão: Descreve o quanto as ações das pessoas são dominadas por lógica e racionalidade antes do que por emoções. ❖Ênfase na participação: Envolve quanto a empresa consulta pessoas e as envolve nas decisões. ❖Proximidade da supervisão: Descreve o quanto a administração deixa de praticar um controle cerrado sobre as pessoas. ❖Consideração humana: Descreve o quanto as empresas tratam os membros como seres humanos; quanto recebem de atenção em termos humanos; ❖Autonomia presente: Descreve o quanto as pessoas se sentem como seus próprios patrões; ❖Prestígio obtido: Descreve a percepção das pessoas sobre sua imagem no ambiente externo pelo fato de pertencerem a organização; Tolerância Existente: Descreve o grau com que a empresa trata os erros das pessoas de forma suportável e construtiva antes que punitiva; Clareza percebida: Descreve o grau de conhecimento das pessoas relativamente aos assuntos que lhes dizem respeito; o quanto a organização informa as pessoas sobre as formas e condições de progresso; Justiça predominante: Descreve o grau que predomina nos créditos de decisão; Condições de progresso: Descreve a ênfase com que a organização provê a seus membros oportunidades de crescimento e avanço profissional; Apoio logístico proporcionado: Descreve o quanto a organização provê as pessoas as condições e os instrumentos de trabalho necessários para um bom desempenho; Reconhecimento proporcionado: Descreve o quanto a organização valoriza uma atuação acima do padrão. Forma de controle: Descreve o quanto a organização usa custos, produtividade e outros dados de controle para efeito de auto orientação e solução de problemas antes do policiamento. Medição sobre o clima organizacional Pessoas satisfeitas, pessoal e profissionalmente, são mais produtivas e engajadas. Quem está feliz com a vida profissional chega no horário, cumpre com suas obrigações, está disposta a enfrentar novos desafios e contribuir para os resultados da organização. Mas como saber se a motivação de colaboradores está nesse nível? Pesquisa de clima organizacional A grau de satisfação dos seus colaboradores é um importante instrumento para medir a satisfação de colaboradores. Nela, você faz uma série de perguntas qualitativas e quantitativas para mensurar a percepção das pessoas em relação ao ambiente de trabalho. Desde a satisfação com salários e benefícios, até o relacionamento com lideranças pode ser perguntado em uma pesquisa de clima organizacional. Para que as pessoas fiquem à vontade para responder, é preciso que ela seja anônima. O intuito deve ser o de coletar informações para melhorar o ambiente de trabalho e favorecer a retenção de talentos, nunca para identificar pessoas descontentes e penalizá-las por isso. Receber críticas neste processo é natural, saiba analisar cada opinião de forma neutra e aplicar o conhecimento obtido para implementar mudanças positivas. Meça o índice de felicidade no trabalho (IFT) Inspirado no FIB (Índice de Felicidade Interna Bruta), idealizado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), esse indicador pode revelar o nível de felicidade interna da sua empresa. Sabemos que a felicidade é de suma importância para o bem-estar de todos, especialmente no trabalho, onde passamos 2/3 do dia. Então, você pode fazer uma pergunta simples a todos colaboradores: numa escala de 0 a 10, quão feliz você se sente ao trabalhar nesta empresa? Some as respostas e divida pelo número total de colaboradores. Assim você terá seu Índice de Felicidade no Trabalho. Aplique o Happiness Canvas O Happiness Canvas foi inspirado no Business Model Canvas e tornou-se também um importante instrumento para medir a satisfação de colaboradores, pois identifica o que deixa as pessoas felizes ou tristes no ambiente laboral. A dinâmica da ferramenta consiste em, primeiramente, identificar como as pessoas se sentem, numa escala de cinco estados de ânimo: ❖Muito triste; ❖Triste; ❖Nem triste nem feliz; ❖Feliz; ❖Muito feliz. Em seguida, são listadas as situações que provocam esses sentimentos: o que deixa a equipe feliz e o que deixa a equipe triste. Feito isso, faz-se um brainstorming para identificar o que a empresa pode fazer para aumentar a satisfação de colaboradores. Avalie os indicadores de gestão de pessoas Outra forma de identificar como está a satisfação dos colaboradores é analisar os indicadores de gestão de pessoas, como absenteísmo, turnover e retenção de talentos. Um índice de absenteísmo elevado (funcionários faltando muito) pode indicar problemas com lideranças, insatisfação ou doenças causadas por estresse, por exemplo. Quando um colaborador se ausenta muitas vezes, o mais indicado é chamá-lo para uma conversa para saber o que está acontecendo. O turnover (indicador que mensura a quantidade de funcionários que deixam uma empresa durante um determinado período) é outro indicador de que as coisas não vão bem. Se a empresa contrata bons profissionais e logo eles saem, existe algum gap entre o processo de recrutamento e seleção e a prática do dia a dia. No momento do desligamento, é fundamental fazer uma análise dos motivos que levaram o profissional a sair da empresa. Nesse caso, também é importante verificar se a organização está oferecendo a valorização adequada. Planos de carreira, possibilidade de crescimento, salários e benefícios compatíveis com o mercado. Turnover Turnover é um indicador que mensura a quantidade de funcionários que deixam uma empresa durante um determinado período. Essa métrica fornece uma avaliação abrangente da cultura empresarial, assim como indica se a seleção de pessoal está sendo realizada da maneira adequa Exercícios As empresas com foco em alta produtividade direcionam suas atenções para entender quais fatores em relaçãoaos líderes, salários e infraestrutura estão de acordo com as expectativas dos seus colaboradores. A compreensão da satisfação pode ser realizada de diferentes formas, como por exemplo: reuniões, questionários e até reflexões ou discussões. A Diretoria da empresa Gessy está muito preocupada com o elevado número de colaboradores que pedem demissão e, quando entrevistados na saída, reportam que o relacionamento com a liderança e o salário são os pontos- chave de descontentamento. A empresa fechou vários negócios e não pode mais perder seus colaboradores por pedidos de demissão. Você é o gestor do Departamento de Gestão de Pessoas e decide aplicar a Pesquisa de Clima Organizacional. 1. Crie duas perguntas para mensurar o relacionamento com a liderança justificando quais indicadores serão interpretados com as respostas. 2. Crie duas perguntas para mensurar a satisfação com a remuneração justificando quais indicadores serão interpretados com as respostas.
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