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1 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck Embriologia da audição ↠ As orelhas são compostas de três partes: (MOORE, 10ª ed.). ➢ A orelha externa é formada pela orelha (pavilhão), pelo meato acústico externo (conduto) e pela camada externa da membrana timpânica (tímpano). ➢ A orelha média é formada por três pequenos ossículos de audição (ossos do ouvido) e a camada interna da membrana timpânica, que se conecta à janela do vestíbulo (janela oval) da orelha interna por meio dos ossículos. ➢ Orelha interna é formada pelo órgão vestibulococlear, que atua na audição e no equilíbrio. ↠ As partes externa e média da orelha estão envolvidas na transferência das ondas sonoras para a orelha interna, que converte essas ondas em impulsos nervosos e registra as alterações no equilíbrio (MOORE, 10ª ed.). DESENVOLVIMENTO DA ORELHA INTERNA ↠ A orelha interna é a primeira das três partes da orelha a se desenvolver. No início da quarta semana, um espessamento do ectoderma de superfície, o placoide ótico, aparece em um campo pré-placoide de neurônios precursores de cada lado do mielencéfalo, a parte caudal do rombencéfalo (MOORE, 10ª ed.). ↠ Cada placoide ótico logo se invagina e se aprofunda no ectoderma da superfície até o mesênquima adjacente. Ao fazer isso, forma uma fosseta ótica. As bordas da fosseta se aproximam e se fundem formando uma vesícula ótica, que é o primórdio do labirinto membranoso (MOORE, 10ª ed.). ↠ A vesícula logo perde sua conexão com o ectoderma da superfície, e a partir da vesícula cresce um divertículo que se alonga para formar o ducto e o saco endolinfáticos (MOORE, 10ª ed.). ↠ Duas regiões da vesícula ótica são reconhecíveis: (MOORE, 10ª ed.). ➢ A parte utricular dorsal, da qual os pequenos ductos endolinfáticos, utrículos, e ductos semicirculares se originam. ➢ A parte sacular ventral, que dá origem ao sáculo e ao ducto coclear ↠ A cápsula ótica cartilaginosa mais tarde se ossifica para formar o labirinto ósseo da orelha interna. A orelha interna atinge seu tamanho e formato adulto na metade do período fetal (20-22 semanas) (MOORE, 10ª ed.). DESENVOLVIMENTO DA ORELHA MÉDIA ↠ Se desenvolve a partir de uma estrutura chamada de primeira bolsa faríngea (branquial), um brotamento revestido por endoderma da faringe primitiva. Dessa bolsa origina-se o recesso tubotimpânico (MOORE, 10ª ed.). ↠ A parte proximal do recesso tubotimpânico forma a tuba faringotimpânica (tuba auditiva). A parte distal do recesso se expande e torna-se a cavidade timpânica, que gradualmente envolve os pequenos ossos da orelha média (ossículos da audição [martelo, bigorna e estribo]), seus tendões e ligamentos, e o nervo corda do tímpano (MOORE, 10ª ed.). 2 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck DESENVOLVIMENTO DA ORELHA EXTERNA ↠ O meato acústico externo, que é a passagem da orelha externa que conduz à membrana timpânica, desenvolve se da parte dorsal do primeiro sulco faríngeo (MOORE, 10ª ed.). Histologia da Audição OUVIDO EXTERNO ↠ Compreende o pavilhão da orelha, o meato acústico externo e a membrana timpânica (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ O pavilhão da orelha auxilia a captação do som, tem forma irregular e é constituído essencialmente por uma placa de cartilagem elástica coberta por uma fina camada de pele. Esta contém glândulas sebáceas e poucas glândulas sudoríparas (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ O meato acústico externo é um tubo situado entre o pavilhão e a membrana timpânica. O terço externo da parede do canal apresenta cartilagem elástica, continuação da cartilagem do pavilhão da orelha. O arcabouço dos dois terços internos é constituído pelo osso temporal. O meato acústico é revestido internamente por pele rica em pelos e glândulas sebáceas e ceruminosas (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ As glândulas ceruminosas são glândulas sudoríparas modificadas (tubulosas enoveladas). Ao produto de secreção dos dois tipos glandulares do meato dá-se o nome de cerume, que é uma substância pastosa marrom (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ A membrana timpânica é recoberta externamente (na superfície voltada para o meato) por uma delgada camada de pele e internamente (na superfície voltada para a cavidade do ouvido médio) por epitélio simples cúbico. Entre as duas camadas epiteliais se encontram duas camadas de fibras colágenas e fibroblastos. Na camada externa, essas fibras se encontram orientadas radialmente, ao passo que, na camada interna, são circulares (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ No quadrante anterossuperior da membrana timpânica não existem fibras. Essa região é relativamente flácida e recebe o nome de membrana de Shrapnell (JUNQUEIRA, 13ª ed.). OUVIDO MÉDIO ↠ Localiza-se no interior do osso temporal, em forma de uma cavidade chamada de cavidade timpânica, situada entre a membrana timpânica e a superfície óssea da cóclea (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ A cavidade do ouvido médio, em sua porção anterior, comunica-se com a faringe por meio da tuba auditiva, antigamente denominada trompa de Eustáquio (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ A cavidade do ouvido médio é revestida por epitélio simples pavimentoso, cuja lâmina própria adere ao periósteo do osso. Próximo ao orifício da tuba auditiva, o epitélio torna-se prismático ciliado, e, à medida que se aproxima da faringe, há uma transição gradual para epitélio pseudoestratificado ciliado (JUNQUEIRA, 13ª ed.). OUVIDO INTERNO ↠ O conjunto de cavidades e canais inseridos no tecido ósseo do osso temporal chama-se labirinto ósseo. Em seu interior, encontram-se canais cujas paredes são membranas conjuntivoepiteliais, as quais ocupam parcialmente as cavidades ósseas. O conjunto de canais e bolsas delimitados pelas membranas constitui o labirinto membranoso (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ Existe, pois, um espaço entre o labirinto membranoso e o labirinto ósseo. Esse espaço é uma continuação do espaço subaracnóideo das meninges e é preenchido por um fluido chamado de perilinfa, de composição semelhante à do líquido cefalorraquidiano (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ O interior do labirinto membranoso é preenchido por um líquido, a endolinfa, de composição e origem diferentes da perilinfa. Ele é formado principalmente por epitélio de revestimento simples pavimentoso, circundado por uma delgada camada de tecido conjuntivo (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ O estudo de uma secção transversal da cóclea mostra que a sua porção membranosa, denominada escala média 3 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck ou canal coclear, tem a forma de um triângulo, com um dos lados apoiados sobre a lâmina espiral óssea e o vértice apontado para o modíolo. A base desse triângulo é voltada para o osso da cóclea, adere a essa parede e forma uma região com células diferenciadas, chamadas de estria vascular (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ O lado superior do triângulo é formado pela membrana vestibular (ou membrana de Reissner), e o lado inferior, pela membrana basilar ou lâmina espiral membranosa. Sobre a membrana basilar há um complexo conjunto de células que compõe o órgão de Corti, onde se situam as células receptoras da audição (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ O triângulo descrito divide o espaço ósseo da cóclea em três túneis, que se enrolam como uma espiral em torno do modíolo helicoidal: (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ➢ Um túnel superior chamado de escala vestibular; ➢ Um túnel médio delimitado pela parede do labirinto membranoso, a escala média ou ducto coclear; ➢ Um túnel inferior ou escala timpânica. ↠ A membrana vestibular é formada por epitélio pavimentoso simples apoiado sobre delgada camada de tecido conjuntivo. A estria vascular é constituída por epitélio estratificado (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ O órgão de Corti repousa sobre uma camada de material extracelular, a membrana basilar ou lâmina espiral membranosa,produzida pelas células do órgão de Corti e pelas células mesoteliais que revestem a escala timpânica. A membrana basilar se continua lateralmente com o tecido conjuntivo do periósteo que fica abaixo da estria vascular (JUNQUEIRA, 13ª ed.). ↠ A membrana tectória, que é acelular e rica em glicoproteínas. Está disposta sobre as células sensoriais do órgão de Corti e encosta nos estereocílios dessas células. Além disso, a membrana tectória forma o teto de um espaço denominado túnel espiral interno, em cuja parede lateral estão as células pilosas internas, que são células pilosas do tipo I. Após o túnel observa-se uma série de células de sustentação, formando as células pilares, e, finalmente, três fileiras de células pilosas externas, que são células pilosas do tipo II 4 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck
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