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PEDIATRIA TURMA 2 2022 Gabarito comentado - 10 termo FAMEPP

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PEDIATRIA 
 
 
 
Questão Dissertativa 
 Área de conhecimento: Hematologia pediátrica + triagem neonatal + emergência 
Carolina, 7 meses, portadora de Anemia Falciforme, é trazida ao PS com história de que evoluiu há 1 dia 
com choro intenso, acompanhado de edema em mão direita, com hiperemia dos dedos e em pé esquerdo. 
A mãe nega trauma no local. Ao exame: bom estado geral, acianótica, descorada 2+/ 4+, ictérica, 
eupneica, afebril, hidratada. FR: 30 irpm, FC: 110 bpm, SatO2; 96%. Aparelho pulmonar: MV +, bilateral, 
sem ruídos. Aparelho cardiovascular: BRNF 2T, sem sopros. Abdome: ruídos hidroaéreos presentes, 
flácido, com baço palpável a 3 cm do rebordo costal esquerdo. Membros: presença de edema em mão 
direita, com hiperemia de dedo indicador e polegar, e edema em pé esquerdo com hipertermia e dor à 
palpação. 
Determine o diagnóstico atual e explique sua fisiologia. Elabore o tratamento. 
Explique a fisiopatologia da Anemia Falciforme. Cite o resultado que é encontrado no teste do pezinho e 
na eletroforese de hemoglobina desta patologia. 
 
Gabarito: 
O diagnóstico atual é Síndrome Mão Pé. A Síndrome Mão Pé, é uma das primeiras manifestações da 
Anemia Falciforme, e é consequente a primeira queda da hemoglobina fetal, ocorrendo depois do sexto 
mês. Ela se caracteriza com dactilia isquêmica, provocada por vasoclusão. Há dor e edema de 
extremidades, com ou sem febre. Está indicado medidas locais como compressas mornas e analgesia. 
A Anemia Falciforme, é uma doença hereditária que resulta da troca do ácido glutâmico por valina na 
posição 6 da cadeia beta da hemoglobina, causando diversas alterações físico-químicas na hemoglobina. 
Em situações de estresse como hipóxia, desidratação, infecções, pode sofrer polimerização, decorrendo 
em deformidade da célula, adquirindo forma de foice, causando obstrução vascular. As principais 
características fisiopatológicas envolvem anemia hemolítica crônica e fenômenos de vasoclusão. 
O teste do pezinho terá como resultado FS, já na Eletroforese de Hemoglobina teremos a hemoglobina S > 
50%, A2 normal e Fetal normal ou aumentada. 
 
Referências: Hematologia para o Pediatra / Coordenadores JosefinaAparecida Pellegrinio Braga, Luiz 
Gonzaga Tone, Sandra Regina Loggetto. - São Paulo: Atheneu, 2007. 
Hematologia pediátrica/ [ coordenador] Jorge David Aivazoglou Carneiro, -Barueri, SP: Manole, 2008.- 
(Coleção pediatria. Instituto da Criança HC-FMUSP/ editores da seleção Benita G. Soares Schvartsman, 
Paulo Taufi Maluf Jr.) 
 
 
 
 
 
 
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Questão 1 
Área de conhecimento: Reanimação neonatal 
Autor: IAMSPE (2022) 
Um recém-nascido, em sala de parto, com idade gestacional de 39 semanas e parto normal, ao 
nascimento encontra-se hipotônico e sem choro. 
A conduta imediata neste caso é: 
A) clampeamento imediato do cordão umbilical e levar ao berço aquecido para medidas de reanimação. 
B) clampeamento tardio/oportuno do cordão umbilical e levar ao berço aquecido para medidas de 
reanimação. 
C) clampeamento imediato do cordão umbilical e deixar em contato pele a pele com a mãe durante a 
primeira hora de vida. 
D) clampeamento tardio/oportuno do cordão umbilical e deixar em contato pele a com a mãe durante a 
primeira hora de vida. 
 
Gabarito: A 
Justificativa: Em um RN em apneia e/ou hipotônico, deve-se realizar clampeamento imediato do cordão e 
encaminhá-lo à mesa de reanimação 
 
Referência: 
- ALMEIDA, M. F. B.; GUISNBURG, R. Reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto: 
Diretrizes 2016 da Sociedade Brasileira de Pediatria. São Paulo, 2016. 
 
 
Questão 2 
Área de conhecimento: Emergências pediátricas 
Autor: (Hospital estadual Dirceu Arcoverde – 2019) 
Um menino de doze anos de idade, asmático com crises não controladas, apresentou quadro de tosse e 
cansaço há um dia, sem febre. Iniciou, nesse dia, em casa, salbutamol e prednisona, mas manteve quadro 
de tosse importante e piora da dispneia. Depois de uma hora desse quadro, sua mãe chamou o SAMU. 
Durante o transporte, apresentou parada respiratória, iniciando ventilação bolsa-valva-máscara com 
oxigênio a 100%. À entrada na emergência, foi realizada intubação orotraqueal com cânula 6,5 com Cuff, 
sem intercorrências. Foi colocado em ventilação pulmonar mecânica, modo assistido/controlado (PINSP 
30 cmH2O, PEEP 5 cm H2O, FR 16 ipm e FiO2 100%), apresentando saturação de O2 de 85%, ausculta 
com diminuição de murmúrio vesicular à direita e sibilos difusos à esquerda. Evoluiu, após 10 minutos, 
com parada cardiorrespiratória em atividade elétrica sem pulso. 
Nesse caso hipotético, além das manobras de ressuscitação e epinefrina, deve-se considerar, na tentativa 
de reversão do quadro: 
A) desfibrilação com 2 J/Kg. 
B) punção de provável pneumotórax. 
C) administração de bicarbonato de sódio se a reanimação for prolongada. 
D) troca de cânula orotraqueal por uma de maior tamanho, sem Cuff. 
Gabarito: B 
Justificativa: Paciente com broncoespasmo (patologia obstrutiva e de hiperinsuflação pulmonar), ao ser 
intubado não apresentou melhora da saturação e ao exame físico apresentou diminuição do MV a direita 
com parada cardiorrespiratória logo após a IOT. A PCR é não chocável, a cânula tem tamanho adequado 
e por ser patologia respiratória deve ter cuff, além das manobras de RCP, pensando no exame físico, na 
patologia e nos 5H e 5T, deve ser feita a hipótese diagnóstica de pneumotórax e realizada a punção 
torácica. 
Referências: 
 
 
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AMERICAN HEART ASSOCIATION. Identificação e Tratamento de PCRs. In: Suporte de vida avançado 
em pediatria: Manual do Profissional. Guarulhos: Artes Gráficas e Editora Sesil LTDA – Gráfica 
Bandeirantes, 2012. P.141-162. 
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Identificação e Tratamento de PCR. In: Suporte de vida avançado em 
pediatria: Manual do Profissional. Guarulhos: Artes Gráficas e Editora Sesil LTDA – Gráfica Bandeirantes, 
2017. P.69-104. 
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Suporte básico e avançado de vida pediátrico. In: Destaques das 
Diretrizes de RCP e ACE de 2020 da American Heart Association. 7272 Greenville Avenue, Dallas, Texas 
75231-4596, USA. P.18-32. 
Carvalho P.R.A., Silva A.P.P., Muller H. Diagnóstico e tratamento de lesões de vias aéreas superiores em 
unidade de terapia intensiva pediátrica. In: Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade 
Brasileira de Pediatria; Piva JP, Carvalho WB, organizadores. PROTIPED Programa de Atualização em 
Terapia Intensiva Pediátrica: Ciclo 8. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2016. p. 11-44. (Sistema de 
Educação Continuada a Distância, v. 1). 
 
Questão 3 
Área de Conhecimento: Neonatologia 
 
RN, 37 semanas, nascido de parto cesáreo, na ausência de trabalho de parto, apresentando desde o 
nascimento, taquipneia (FR:85 ipm), gemência e cianose. Mãe primigesta realizou pré-natal sem 
intercorrências. 
A principal hipótese diagnóstica e os principais achados radiológicos incluem, respectivamente: 
A) pneumonia neonatal – infiltrado em vidro moído com aerobroncogramas. 
B) taquipneia transitória do RN – aumento da trama vascular peri-hilar e cisurite. 
C) síndrome de desconforto respiratório – infiltrado reticulogranular difuso. 
D) síndrome de aspiração meconial – infiltrado algodonoso grosseiro e pneumotórax. 
 
Gabarito: 
Justificativa: 
Trata-se de um caso típico de taquipneia transitória ou síndrome do pulmão úmido. Em geral os pacientes 
portadores desta condição são recém-nascidos a termo por parto cesáreo na ausência de trabalho de 
parto. A ausência de trabalho de parto retarda a absorção do líquido pulmonar e esta circunstância justifica 
a fisiopatologia desta doença. A doença se expressa clinicamente por um quadro de desconforto 
respiratório quase sempre leve e de rápida resolução. A radiografia sela o diagnóstico, o padrão 
encontrado é o de hiperinsuflação pulmonar consequente ao edema bronquiolar e aprisionamento de ar,congestão vascular pelo líquido em processo de reabsorção e, por vezes, um discreto derrame pleural ou 
intercisural por transudação de líquido para o interior do espaço pleural. Na grande maioria dos casos, a 
doença é leve, autolimitada. A conduta terapêutica indicada, e por vezes a única necessária, é a 
administração de oxigênio inalatório ou através de CPAP nasal enquanto se aguarda a resolução 
espontânea da doença. 
Bibliografia: SEGRE, Conceição A. M. Perinatologia: fundamentos e prática. São Paulo: Servier, 3.ed, 
2015. 
 
 
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Questão 4 
Área de Conhecimento: CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA 
 
Paciente de 3 anos de idade, sexo feminino, vem em consulta de rotina com pediatra apresentando tosse 
seca, cansaço, limitação para as atividades de esforços intensos e não aceitando alimentação 
adequadamente nas últimas semanas. A paciente mora em zona rural e faz poucas consultas de rotina 
pelo difícil acesso. Criança ativa durante a consulta, peso abaixo do P3, pálido 1+, saturação periférica de 
O2 98%, taquipneia leve, FC 42ipm, ausculta pulmonar sem ruídos adventícios. 
As cardiopatias que podem evoluir com os sintomas descritos acima são: 
A) Transposição dos grandes vasos e comunicação interatrial. 
B) Comunicação interatrial e persistência do canal arterial. 
C) Persistência do canal arterial e coarctação da aorta. 
D) Comunicação interventricular e tetralogia de Fallot. 
 
Gabarito: B 
 
Justificativa: os sintomas descritos do paciente são cansaço, taquipneia, saturação O2 normal (acima de 
92%), baixo ganho ponderal, são sintomas de cardiopatias com hiperfluxo pulmonar. As principais 
cardiopatias de hiperfluxo pulmonar com saturação normal são: comunicação interatrial, comunicação 
interventricular, persistência do canal arterial, conexão anômala parcial de veia pulmonar. 
 
Bibliografia: MARCONDES, Eduardo et al. Pediatria Básica. 9º edi. São Paulo: Ed. Sarvier.. 2002 
 
Questão 5 
Área de Conhecimento: Hebiatria 
PROVA DE RESIDÊNCIA MÉDICA USP – 2020 
Um adolescente de 14 anos é trazido à consulta e seus pais queixam-se de que ele mudou 
completamente o modo de relacionar-se em casa. Não aceita mais os padrões vigentes na família, não 
mantém mais suas coisas arrumadas e passa muitas horas ouvindo música com o som excessivamente 
alto. Na escola, o padrão de comportamento de Pedro é normal, não havendo qualquer queixa dos 
professores. É um aluno bastante responsável com suas obrigações escolares. 
Ao orientar a família, qual a explicação que o médico deve fornecer à família sobre o comportamento do 
filho? 
a) Está apresentando a Síndrome da Personalidade Dupla. 
b) Está vivenciando um evidente conflito e deve ser encaminhado à psicoterapia. 
c) Está apresentando características normais, assumindo identidades circunstanciais. 
d) Está vivenciando um intenso conflito e a melhor abordagem é a farmacológica. 
Gabarito: C 
Justificativa: É importante que o médico pediatra esteja atento sobre a “síndrome da adolescência normal”, 
que é um conceito psicanalítico sobre o desenvolvimento do ser humano, durante sua fase de 
adolescência, sendo um processo evolutivo considerado “normal” e comum à maioria dos indivíduos, 
podendo apresentar algumas das seguintes fases: 
1. Busca de si mesmo e da identidade adulta; 
 
 
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2. Tendência grupal; 
3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar; 
4. Crises religiosas; 
5. Deslocação temporal; 
6. Evolução sexual; 
7. Atitudes sociais reivindicatórias; 
8. Contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta; 
9. Separação progressiva dos pais; 
10. Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo. 
Podemos considerar que o garoto representado na questão busca um afastamento dos pais e sua própria 
identidade. Não há evidências de qualquer patologia. Não há indício de uso de drogas e o desempenho 
escolar está mantido adequadamente. 
Bibliografia: Maakaroun, MF. Síndrome da Adolescência Normal. Disponível em: 
http://www.janehaddad.com.br/new/artigos-indicados/198-mauricio-knobel-e-a-sindrome-normal-da-
adolescencia [último acesso Abr 2022] 
 
 
Questão 6 
Área de Conhecimento: Hebiatria 
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP (HOSPITAL DE BASE DE SÃO 
JOSÉ DO RIO PRETO - HB – 2019) 
Paciente de 14 anos, sexo feminino, 1 ano após a menarca, comparece à consulta de rotina, 
acompanhada da mãe. Após entrevista com a mãe e adolescente juntas, o médico pede para que a mãe 
aguarde na sala de espera e entrevista individualmente a adolescente. Durante a entrevista individual, a 
adolescente refere ao pediatra estar tendo relações sexuais com o namorado. 
A melhor conduta a ser tomada pelo médico neste caso seria orientar a adolescente: 
A) para que exija do parceiro o uso do preservativo, sugerir que a adolescente converse a respeito com a 
mãe, prescrever anticoncepcional oral, oferecer orientações sobre anticoncepção de emergência e 
doenças sexualmente transmissíveis e encaminhar ao ginecologista. 
B) para que exija do parceiro o uso do preservativo, conversar a respeito com a mãe da adolescente, 
encaminhar ao ginecologista e não prescrever anticoncepcional. 
C) sobre os riscos de uma vida sexual nesta faixa etária, sugerir que a adolescente postergue sua vida 
sexual e termine o ensino médio, encaminhar ao ginecologista e orientar retorno breve. 
d) para que exija do parceiro o uso do preservativo, oferecer orientações sobre anticoncepção de 
emergência, aguardar 2 anos após menarca para introdução do anticoncepcional oral devido efeitos 
indesejáveis do uso contínuo hormonal nesta fase de crescimento, encaminhar ao ginecologista e orientar 
retorno breve. 
Gabarito: A 
Justificativa: Para menores de 14 anos, a presunção de estupro deixa de existir quando o profissional 
possui informação de sua não-ocorrência e pode e deve prescrever anticoncepcionais. Quando menor de 
 
 
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14 anos, a prescrição de anticoncepcional deve ser criteriosa, não constituindo ato ilícito ao médico, desde 
que não haja situação de abuso ou vitimização. 
Correta alternativa “a”: Está correto. Os adolescentes tem direito à orientação sexual e também tem direito 
ao sigilo quanto ao início da vida sexual, podendo o profissional sugerir que conte a mãe, mas nunca ele 
mesmo contar para a mãe. A adolescente tem direito ao acesso à informação sobre contracepção, 
inclusive com prescrição de anticoncepcional oral, que pode ser prescrito independentemente da idade. O 
médico deve orientar sobre doenças sexualmente transmissíveis e sua prevenção, dando ênfase no uso 
do preservativo do parceiro. A contracepção de emergência também deve ser orientada, faz parte da 
orientação sexual. Lembra que esses medicamentos não são considerados abortivos. A adolescente deve 
ser encaminhada ao ginecologista para iniciar exames ginecológicos periódicos. 
Incorreta alternativa “b”: Nessa alternativa tem alguns erros, além de enfatizar o uso do preservativo do 
parceiro, o profissional pode e deve prescrever anticoncepcional oral para a adolescente. O médico nesse 
caso não pode conversar com a mãe, isso seria quebra de sigilo médico sem um justificativa aceitável. 
Incorreta alternativa “c”: Não cabe ao médico julgar a idade de início da vida sexual, é uma decisão da 
própria pessoa, desde que não seja caracterizado estupro, nem violência. Cabe ao médico acolher a 
paciente, orientar quando doenças sexualmente transmissíveis, contracepção e encaminhar ao 
ginecologista para exames periódicos. 
Incorreta alternativa “d”: Nessa alternativa o que está errado é que não precisa aguardar 2 anos após a 
menarca introduzir do anticoncepcional oral. Ele pode ser iniciado em qualquer idade, principalmente se 
com vida sexual ativa. 
Bibliografia: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Adolescência. Azevedo AEBI et 
al. Consulta do Adolescente: Abordagem Clínica,Orientações Éticas e Legais como 
Instrumentos ao Pediatra. Manual de Orientação Nº 10. Janeiro de 2019. Disponível em: 
http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21512c-MO_-_ConsultaAdolescente_-
_abordClinica_orientEticas.pdf [último acesso Abr 2022] 
World Health Organization Department of Reproductive Health and Research. Johns Hopkins Bloomberg 
School of Public Health Center for Communication Programs Knowledge for Health Project. United States 
Agency for International Development Bureau for Global Health Office of Population and Reproductive 
Health. Family Planning. A Global Handbook for Providers. Updated 3rd Edition 2018. Disponível em: 
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260156/9780999203705-
eng.pdf;jsessionid=4D9BA80B26253F318EA624A31DFBA5A8?sequence=1 [último acesso Abr 2022] 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Adolescência. Guia Prático de Atualização. 
Anticoncepção na Adolescência. Nº7, Fevereiro de 2018. Disponível em: 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/20290c-GPA_-_Anticoncepcao_na_Adolescencia.pdf [último 
acesso Abr 2022] 
 
 
Questão 7 
Área de conhecimento: Alergia e Imunologia 
De acordo com as diretrizes, a urticária é definida como uma condição determinada pelo surgimento de 
urticas, angioedema ou ambos. A urtica é caracterizada por uma lesão com edema central de tamanho 
variável, quase sempre circundada por eritema, sensação de prurido ou queimação, e natureza fugaz, com 
a pele voltando a normalidade entre 30 minutos e 24 horas. 
Sobre esse tema, julgue as seguintes afirmações: 
 
 
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I – A urticária é classificada de acordo com o tempo decorrido desde o início das manifestações clínicas, 
sendo considerada aguda quando os sinais e sintomas persistem por menos do que 3 semanas. 
II – Não é recomendada qualquer medida diagnóstica de rotina na urticária aguda. 
III – Em nosso meio, alimentos e veneno de insetos himenópteros são causas relevantes de urticária IgE 
mediada. 
IV- Os AINEs podem provocar urticária por mecanismos imunológicos ou não imunológicos, sendo o último 
o mais frequente. 
É correto o que se afirma em: 
A) Apenas II. 
B) Apenas II e III. 
C) Apenas II, III e IV. 
D) Apenas I e III. 
Gabarito: C. 
Justificativa: Afirmação I está incorreta pois urticária é classificada de acordo com o tempo decorrido 
desde o início das manifestações clínicas, sendo considerada aguda quando os sinais e sintomas 
persistem por menos do que 6 semanas, ou crônica nos casos em que se manifesta diariamente ou quase 
diariamente por mais do que 6 semanas. Já as demais afirmações encontram-se corretas. 
Referências: 
- Solé, D. et al. Compêndio de Alergia e Imunologia Clínica – do básico a prática clínica. Ed dos editores, 
São Paulo, 2022. 
- Ensina LF, Valle SOR, Campos RA, Agondi R, Criado P, Bedrikow RB, et al. Guia prático da Associação 
Brasileira de Alergia e Imunologia para o diagnóstico e tratamento das urticárias baseado em diretrizes 
internacionais. Arq Asma Alerg Imunol. 2019;3(4):382-392 
 
Questão 8 
Área de conhecimento: Alergia e Imunologia 
Marcha atópica pode ser definida como a história natural das manifestações alérgicas, sendo 
caracterizada pela sequência típica de progressão dos sinais clínicos de doença atópica, com alguns 
sintomas tornando-se mais proeminentes enquanto outros diminuem. 
Em relação a essa sequência e a sua importância, julgue as afirmativas a seguir: 
I – Existem semelhanças em relação à fisiopatogenia das doenças alérgicas, tais como: elevação de IgE 
sérico, eosinofilia e elevação de citocinas Th1. 
II – O prognóstico de asma em pacientes sem história de dermatite atópica é melhor. 
III – De um modo geral, a dermatite atópica precede o desenvolvimento da rinite alérgica e da asma, 
sugerindo que as manifestações cutâneas sejam a porta de entrada para o desenvolvimento subsequente 
das doenças alérgicas. 
IV- Existem medidas muito bem estabelecidas cientificamente para que possamos interromper a marcha 
atópica. 
É correto o que se afirma em: 
 
 
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A) Apenas II. 
B) Apenas II e III. 
C) Apenas II, III e IV. 
D) Apenas I e III. 
 
Gabarito: B 
Afirmação I está incorreta, pois nas doenças alérgicas temos predomínio de citocinas Th2 (interleucinas 4, 
5, 6 e 13). 
Afirmações II e III estão corretas. 
Afirmação IV incorreta, pois vem sendo estudados mecanismos de prevenção de doenças alérgicas, mas 
eles não são tão bem estabelecidos. Manipulações da dieta materna, aleitamento materno exclusivo, uso 
de fórmulas hipoalergênicas, retardo na introdução de alimentos sólidos, ingestão de probióticos, 
imunoterapia e controle ambiental também têm sido citadas como intervenções potencialmente capazes 
de modular a marcha atópica. 
Referências: 
- Solé, D. et al. Compêndio de Alergia e Imunologia Clínica – do básico a prática clínica. Ed dos editores, 
São Paulo, 2022. 
- BOECHAT JL, FRANÇA AT. Marcha Atópica. Rev. bras. alerg. Imunopatol. 2008; 31(4):139-145 
Questão 9 
Área de Conhecimento: atendimento ambulatorial 
O agendamento de seguimento conforme a idade no ambulatório de Pediatria deve ser organizado 
obedecendo-se os protocolos do Ministério da Saúde. 
A organização recomendada é: 
A) de 0 a 5 meses, intervalo bimestral. 
B) de 12 a 23 meses, intervalo semestral. 
C) de 6 a 11 meses, intervalo bimestral. 
D) de 2 a 5 anos, intervalo trimestral. 
 
Gabarito: C 
Justificativa: 1º semestre mensal; 2º semestre bimestral e de 12 a 24 meses trimestral 
 
Bibliografia: 
Programática Estratégia 2013- Ministério da Saúde 
Questão 10 
Área de Conhecimento: Fluidoterapia 
Paciente com peso de 30 kg será submetido a apendicetctomia; o volume (em ml) e a quantidade de sódio 
(em mEq) do soro manutenção a ser prescrito serão, respectivamente: 
a) 1700 e 231. 
b) 1360 e 231. 
c) 1360 e 189. 
d) 1700 e 189. 
Gabarito C. 
 
 
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Justificativa: Pela regra de Holiday- Segar uma criança com 30 kg necessita 1700 calorias diariamente e o 
soro de manutenção para repor as perdas normais seria composto por 1700 ml e 213 mEq de sódio. 
Porém, o paciente será submetido a cirurgia e, por esse motivo, recomenda-se soro de manutenção 
isotônico com 80% de volume e 80% da quantidade de sódio. 
Referência: Ferreira, Luciene G.B. Terapia de hidratação venosa. Disponível em 
http://bjhbs.hupe.uerj.br/WebRoot/pdf/108_pt.pdf 
Área de conhecimento: Pediatria Geral – Cálculo de soro de manutenção. 
 
Questão 11 
Área de conhecimento: Fluidoterapia 
Paciente cardiopata grave pesando 20 kg é internado apresentando sódio = 152 mEq/l e K = 4,8 mEq/l. 
O soro de manutenção inicial é: 
A) Isotônico com 1500 ml de volume. 
B) Isotônico com 1200 ml de volume. 
C) Hipotônico com 1200 ml de volume. 
D) Hipotônico com 1500 ml de volume. 
 
Gabrito: C. 
Justificativa: Contra indicações para soro de manutenção isotônico são: recém-nascido, hipernatremia 
>150 mEq/l, diabetes insipidus, hipertensão arterial e nefropatia grave. Diante de pacientes cardiopatas 
graves, recomeda-se diminuir o volume do soro para 80%. 
 
Referência: Sociedade de Pediatria de São Paulo – Departamento Científico SPSP. Atualização de 
Condutas em Pediatria – Recomendações n78, setembro 2016. 
 
Questão 12 
Área de conhecimento: Pneumologia pediátrica 
Lactente de 32 dias, nascido de parto normal, apresenta quadro subfebril, tosse paroxística, dispneia 
discreta, anorexia, tiragem subcostal e intercostal baixa. História materna de vulvovaginite materna. 
Radiografia de tórax: infiltrado intersticial. 
A conduta indicada é: 
A) Internar / macrolídeo. 
B) Internar / aminoglicosídeo. 
C) Tratar ambulatorialmente / penicilina. 
D) Tratar ambulatorialmente / cefalosporina. 
 
Gabarito: B 
Justificativa: Caso sugestivo de pneumonia por C. trachomatis: sinais e sintomas sugerindo necessidade 
de hospitalização. Antibióticoindicado é um macrolídeo. Os principais sinais e sintomas da PAC são febre, 
tosse, frequência respiratória elevada (taquipneia) e dispneia, de intensidades variáveis. Dentre os 
principais agentes etiológicos nessa idade (até 2 meses) temos Estreptococo do grupo B, enterobacterias, 
Listeria monocytogenes, Chlamydia trachomatis, Staphylococcus aureus e vírus. 
Referências (conforme as normas da ABNT): 
 
 
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https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Pneumologia_-_20981d-DC_-
_Pneumonia_adquirida_na_comunidade-ok.pdf 
 
Questão 13 
Área de conhecimento: Pneumologia pediátrica 
Lactente 5 meses, procura a Unidade de Saúde devido a baixo ganho ponderal, fezes com cheiro forte e 
oleosas. Tem de histórico de uso de antibióticos por quadro respiratório. Apresenta teste do pezinho 
alterado, segundo a mãe, mas não sabe relatar qual especificamente está alterado. 
Diante dos dados clínicos, o exame mais adequado para ser solicitado é: 
A)Tomografia de tórax. 
B) Ige específica para leite de vaca. 
C) Cloro no suor. 
D) Coprocultura. 
 
Gabarito:C 
Justificativa: 2 manifestações clinica e provavelmente o IRT alterado no teste do pezinho 
Referências (conforme as normas da ABNT): 
J Bras Pneumol. 2017;43(3):219-245- 
 
Questão 14 
Área de conhecimento: nefrologia pediátrica 
Hospital das Clínicas Teresópolis Costantino Ottaviano-2021 
 
Na glomerulonefrite difusa aguda pós–estreptocócica, deve-se considerar a hipertensão arterial como 
decorrente de: 
A) Inibição do hormônio antidiurético com aumento da reabsorção tubular de água. 
B) Diminuição da filtração glomerular com estimulação da aldosterona. 
C) Diminuição da pressão oncótica por perda renal de proteínas. 
D) Expansão do volume extracelular por retenção de sódio e água. 
 
Gabarito: D 
Justificativa: A fisiopatologia do surgimento da HAS no contexto da GNPE é a hipervolemia. Na GNPE 
ocorre redução da superfície capilar disponível para o processo de filtração, causando retenção renal de 
sódio e água. 
Referência: 
- TRATADO DE PEDIATRIA: Sociedade Brasileira de Pediatria - 4ª Edição. Barueri-SP. Manole, 2017. 
 
Questão 15 
Área de Conhecimento: Gastroenterologia pediátrica 
 
O Refluxo Gastroesofágico fisiológico é caracterizado pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago 
sem repercussões clínicas e a Doença do Refluxo Gastroesofágico é caracterizada quando causa 
manifestações clínicas de gravidade variável associadas ou não a complicações. Existem condições 
associados à Doença do Refluxo Gastroesofágico que podem favorecer a evolução da doença de forma 
crônica ou de difícil controle como: 
 
 
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A) Fibrose cística, doenças neurológicas, obesidade e prematuridade. 
B) Diabetes, uso de dieta vegana, doenças neurológicas. 
C) Obesidade, Alergia alimentar, Doença renal crônica. 
D) Mucoviscidose, diabetes, obesidade. 
 
Gabarito: A 
Justificativa –fibrose cística pode evoluir de forma refratária ao tratamento devido ao quadro pulmonar 
crônico associado ao aumento da pressão abdominal devido tosse crônica, doenças neurológicas devido 
uso de medicações, dieta pastosa ou liquida e prematuridade devido imaturidade da barreira anti refluxo. 
Bibliografia: DOCUMENTO CIENTÍFICO - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA -REFLUXO 
GASTROESOFÁGICO FISIOLÓGICO E DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁFICO EM PEDIATRIA. 
NÚMERO 8, outubro de 2021.

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