Buscar

01 - Introdução ao Estudo da Prótese Parcial Removível

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução 
A prótese parcial removível possui um conector 
maior, que liga uma parte da arcada à outra, criando um 
monobloco. 
Os dentes vizinhos aos espaços protéticos são os 
retentores diretos. Além deles, são criados retentores 
indiretos, que também serão responsáveis por distribuir as 
tenções, até mesmo longe do espaço protético. É por conta 
disso que a prótese removível pode ser indicada para 
grandes espaços protéticos e a prótese fixa não. 
No caso da prótese parcial removível 
dentomucosossuportada, perde-se um pilar dessa 
“ponte”. Como é possível observar na imagem a seguir, a 
prótese fica apoiada em um dente e, no lado que 
chamamos de “extremo livre” ou “desdentado”, a prótese 
não se acopla mais a nenhum dente. Ela simplesmente se 
apoia através da gengiva artificial – chamada de sela – na 
região de mucosa ou fibromucosa. Com isso, o suporte 
passa a ser dental (porção anterior, no caso) e mucoso. 
 
 
 
 
Como acabamos de ver, uma das indicações 
clássicas da prótese parcial removível (PPR) é para o caso 
de espaços protéticos grandes, onde já não seria indicado 
uma prótese fixa. Além disso, a PPR também é indicada 
para quando se perde um pilar da prótese, passando a ser 
denominada como dentomucosossuportada. 
Em um caso onde o espaço existente fica entre dois 
pilares (dois dentes), a prótese parcial removível passa a 
ser denominada como dentossuportada. 
Neste capítulo iremos estudar os conceitos, 
indicações e contraindicações da PPR. Essas informações 
são importantes para localizar a prótese parcial removível 
entre as outras próteses. 
 
 
 
Conceitos 
Segundo Todescan, “são os aparelhos (aparelho dá 
a ideia de temporário, o que não é o objetivo da PPR) 
protéticos dentossuportados ou dentomucososuportados 
destinados a substituir em um ou ambos os maxilares 
(superior ou inferior) um ou mais dentes ausentes, 
podendo ser removidos da boca, com relativa facilidade, 
tanto pelo paciente quanto pelo próprio profissional”. 
Uma definição um pouco mais completa é a de Di 
Fiore. Segundo ele, “são próteses dentárias que têm a 
finalidade de substituir, funcional e esteticamente, os 
dentes naturais ausentes em pacientes parcialmente 
dentados, e que podem ser removidos e recolocados na 
boca, sempre que necessário, sem causar quaisquer danos 
na sua estrutura ou na dos elementos biológicos com os 
quais se relaciona diretamente”. 
 A PPR é uma prótese que pode ser retirada e 
recolocada com facilidade, diferente da prótese 
fixa, que é cimentada na região. 
 Ela necessita de dentes remanescentes (dentes 
pilares/suportes) para a sua fixação. 
 O seu objetivo é repor dentes e tecidos ósseos-
mucoso que muitas vezes são reabsorvidos. Ela não 
irá substituir o osso, mas irá repor localmente 
através da resina acrílica. 
 Ela é semelhante à prótese fixa por serem 
dentossuportadas. Porém, a PPR se distingue pelo 
fato de permitir a remoção e recolocação. 
 
Sinonímia 
 
 Pontes Móveis – Antigamente as próteses parciais 
removíveis (PPR) eram chamadas de pontes 
móveis. Mas elas não são pontes, pois para isso há 
a necessidade de dois pilares, o que não é o caso 
das próteses dentomucossuportadas. Além disso, 
essas próteses também não devem ser chamadas 
de móveis, pois elas são removíveis, mas a partir do 
momento em que ela é posta em posição ela deve 
ficar fixa na região em questão (ela pode ser 
retirada, mas ela não é móvel). 
 Aparelhos Parciais Móveis – Apesar de saber que 
as PPRs possuem um tempo útil, com a parte 
metálica estabilizando bem a prótese e a parte 
removível mantendo uma boa oclusão e estética, o 
termo “aparelho” remete à ideia de temporário, o 
que não é adequado. 
 Próteses Parciais Removíveis – Essa é a termologia 
correta, pois resume que se trata de próteses 
(caráter mais definitivo) que são parciais (pois 
Introdução ao Estudo da Prótese Parcial 
Removível 
ainda há dentes) e são removíveis (pois quando são 
postas na boca elas ficam fixas, mas é possível 
removê-las e repô-las com facilidade). 
 Perereca – De forma geral, as próteses parciais 
removíveis serão chamadas de PPRs e geralmente 
essas próteses possuem grampos (estrutura 
metálica). Mas elas também podem ser chamadas 
de “pererecas”, que são as próteses parciais 
removíveis provisórias, que não possuem essa 
estrutura metálica. O termo “perereca” decorre da 
facilidade que essas próteses possuem de ser 
movimentadas (elas não param na boca). 
 Aparelho de Roach – Roach é o autor com mais 
trabalhos publicados sobre as próteses parciais 
removíveis. 
 Aparelho de Attachments – Termo mais utilizado 
para encaixes. 
 Dentaduras Parciais. 
 
Indicações 
 
Todescan descreve que “os limites para a indicação 
das PPRs são muito amplos, não possíveis de sujeição a 
regras, já que a medida que a via de suporte dental vai se 
escasseando, os recursos propiciados pelo suporte mucoso 
vão sendo recrutados no planejamento do aparelho, com o 
intuito de poupar os dentes remanescentes em boca. 
Entre as principais indicações, temos: 
 Espaços edentados sem pilar posterior, ou seja, 
em extremidade livre. 
Se torna exceção para a esta indicação quando 
houver a ausência dos molares, houver presença de pré-
molares com boas condições periodontais e o arco 
oponente é composto por: 
1. Prótese total; 
2. Ou segundo molar ausente e substituição não 
inclusa no planejamento; 
3. Ou segundo molar contido por uma prótese fixa. 
 
 
 
Existe essa indicação clássica, que é para quando se 
perde os pilares posteriores (parte esquerda da primeira 
imagem), produzindo-se uma prótese 
dentomucosossuportada. 
Mas existem algumas situações que são 
denominadas de oclusão reduzida (oclusão que vai até os 
pré-molares). Os critérios para se fazer uma oclusão 
reduzida são, por exemplo, quando o antagonista é uma 
prótese total ou uma prótese fixa onde um pré-molar já se 
apoia no dente. Esse tipo de oclusão deixa de ser indicado 
quando se é possível observar o espaço desdentado no 
sorriso do paciente, assim como quando não se obtêm uma 
oclusão estável e nos casos de problemas funcionais, ou 
seja, problemas gastrointestinais (o paciente tem que 
conseguir mastigar bem).. 
Também existe a indicação para uma prótese 
chamada de em cantiléver (indicada para a região mais 
anterior), que consiste em uma prótese fixa apoiada em 
dois dentes, criando um dente suspenso. Mas esse tipo de 
prótese pode deslocar um pilar anterior com muita 
facilidade durante a mastigação, pois se cria uma espécie 
de gangorra quando uma força é exercida sobre o dente 
suspenso. 
 
 
 
 Espaços edentados extensos. 
Embora hajam dentes limitando a brecha protética, 
sua extensão é fator absoluto para a contraindicação das 
PPFs. 
A prótese parcial fixa não pode ser grande. Assim, 
a opção de reabilitação recai sobre a PPR. 
No caso a seguir, o espaço protético presente entre 
canino a canino já é consideravelmente grande. Com isso, 
o somatório do ligamento periodontal desses dentes 
perdidos pode ser maior do que os dentes suportes, o que 
é um indicativo para a prótese parcial removível. 
 
 
 
 Dentes suportes com sustentação periodontal 
reduzida. 
Ao utilizar a lei de Ante, observa-se que se trata de 
um espaço periodontal reduzido. Dentes de suporte com o 
ligamento periodontal bastante reduzidos implicam em um 
mau prognóstico para sua inclusão no planejamento de 
uma prótese fixa. 
A lei de Ante afirma que: 
" a área total da membrana periodontal dos dentes 
pilares deve ser igual ou superior à dos dentes a serem 
substituídos ." 
Posteriormente, foram feitas afirmações de que: 
“ o comprimento da fixação da membrana 
periodontal do dente pilar deve ser de pelo menos metade 
a dois terços do comprimento da fixação normal da raiz ”. 
Nesses casos, a prótese fixa teria a necessidade de 
envolver diversos elementos de suporte ou a necessidade 
https://stringfixer.com/pt/Periodontal_ligament
de ter uma barra de contenção. A solução simplificada é 
encontrada através daPPR. 
 
 
 
Antes indicar um dente para suporte ele deve 
passar por um tratamento de dentística e periodontal. 
Dentes com sustentação reduzida muitas vezes não são 
utilizados como suporte de prótese, seja removível ou fixa. 
Para facilitar o entendimento pensemos no caso de 
um espaço protético grande com dente com problema 
periodontal (retração gengival). A soma do suporte desses 
dentes seria menor do que a soma do ligamento 
periodontal dos dentes perdidos. Por conta disso, é mais 
aconselhável que se faça uma PPR e não uma PF. 
 Considerável perda de tecido ósseo. 
Se uma região anterior, por exemplo, tivesse uma 
considerável perda de tecido ósseo, a prótese fixa iria repor 
somente os dentes, o que não é estético. 
 
 
 
Com a utilização da PPR se ganha um suporte labial, 
o que faz com que o paciente não fique com a boca murcha. 
Esse suporte também pode ser feito no caso da 
prótese fixa, por meio de uma gengiva de porcelana, que é 
muito mais difícil de higienizar. Além disso, também pode-
se fazer um enxerto de tecido ósseo ou gengival (mucoso) 
(muitas vezes são vários procedimentos de enxerto). 
Mas a alternativa mais simples continua sendo a 
PPR. Ao pensar em questões estéticas, é evidente que a 
primeira opção não é a PPR, visto que há a presença de 
grampos. Mas muitas vezes o paciente não quer fazer 
outros procedimentos cirúrgicos, como implantes e 
enxertos, e acaba recorrendo à PPR, que também pode ser 
uma prótese estética. 
 Necessidade de recolocação imediata de dentes 
anteriores. 
Em casos, por exemplo, em que os dentes 
anteriores estão condenados, pode-se programar a 
extração dos dentes e fazer anteriormente, através da 
moldagem e preparo protético, uma prótese para uso 
imediato. 
 
 
 
Essa prótese seria uma PPR provisória (a perereca), 
que não possui estrutura metálica (pode ter alguns 
grampos de ortodontia). Ela é utilizada durante o período 
de cicatrização. 
 Próteses bucodentoalveolares e 
bucomaxilofaciais. 
Quando o paciente possui uma comunicação buco-
sinusal, o cirurgião pode realizar procedimentos cirúrgicos 
de correção ou confeccionar uma PPR que irá vedar a 
região, de forma que, ao tomar água, por exemplo, ela não 
invada a região do nariz e do trato respiratório do paciente. 
 
 
 
 
 
 Auxiliar para a contenção de fraturas maxilares. 
 
 
 
Quando o paciente recebe uma fratura, muitas 
vezes é necessário deixa-la fixa. Com isso, proporciona-se 
uma contenção que não e totalmente fixa, visto que o 
paciente precisa deglutir. 
Portanto, esse tipo de prótese proporciona a 
imobilização dos maxilares para casos de traumas 
acidentais e cirurgias ortognáticas, o que possibilita a 
reparação óssea em correta oclusão. 
 Pequenas movimentações ortodônticas. 
Essa utilização é feita para desinclinar dentes 
(colocar dentes girovertidos na posição correta). 
No entanto, essa aplicação é limitada. Hoje em dia 
existem vários outros recursos que podem ser utilizados, 
como os mini implantes. 
 
 
 Caráter transitório. 
Em alguns casos o paciente precisa passar por um 
período enfermo ou acamado. Ao entrar em um centro 
cirúrgico, todas as próteses removíveis são retiradas, mas 
no quarto, para o convívio com outros entes, é importante 
proporcionar esse tipo de prótese provisória para reerguer 
a autoestima do paciente. 
Essa PPR é feita com o preparo em boca o mais 
simples possível, visando somente aguardar o período em 
que o paciente está acamado. 
 Aparelhos temporários e orientadores nas 
reabilitações bucais. 
Em casos de próteses sobre implantes ou de 
grandes reabilitações orais, necessita-se criar uma 
condição onde o paciente possa vislumbrar uma prótese 
futura definitiva. Nesses casos, a PPR possui caráter 
provisório. 
 Protetor para implantes dentários. 
Ao colocar os implantes, essas estruturas passam 
primeiro por uma faze de osteointegração ou cicatrização. 
Para passar por essa fase, indica-se a utilização de uma 
prótese parcial removível. 
 
 
 Uso na odontopediatria. 
Na odontopediatria a utilização de PPRs se dá 
principalmente na região anterior. Pode-se utilizar uma 
PPR para ocupar o espaço dos dentes decíduos perdidos 
enquanto os dentes permanentes não erupcionam. 
Esse tipo de prótese é indicado para perda precoce 
de dentes decíduos, servindo como um mantedor de 
espaço. 
 
 
 
 Limitação econômica. 
Hoje em dia o valor de uma prótese fixa já diminuiu 
bastante, mas como o custo ainda é maior do que o da PPR, 
o paciente pode optar por ela. 
 
Contraindicações 
 
 Problemas motores. 
Para pacientes com problemas motores fica difícil 
utilizar a PPR, demandando que o cuidador a coloque, visto 
que ocorre a perda da capacidade de manipulação. 
Além disso, esses pacientes apresentam uma má 
higiene em decorrência de suas limitações. Por conta disso, 
é importante que o cuidador seja muito bem treinado. 
 Deficiência intelectual. 
Para esses pacientes uma PPR pode até mesmo ser 
uma arma, visto que ele pode removê-la e utilizar o seu 
grampo como uma arma perfurocortante. 
 Pacientes negligentes com a sua saúde bucal. 
Ao fazer a indicação de uma PPR deve-se fornecer 
os recursos para que o paciente à higienize e higienize a 
boca e deve-se informar ao paciente que ele deve 
intensificar a higienização da prótese e dos dentes para que 
não sirva como fonte de acúmulo de bactérias. Além disso, 
deve-se fazer os acompanhamentos posteriores do 
paciente.

Outros materiais