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PATOLOGIA BLOCO 3 INFLAMAÇÃO CRÔNICA CARACTERÍSTICA: · Migração de leucócitos (linfócitos, plasmócitos e macrófagos). · Destruição de tecido · Proliferação de fibroblastos · Neoformação de vasos (angiogênese) · Fibrose monoonuclear – tem uma longa duração. Se a causa não for removida, causa fibrose (deposição de fibras de colágeno). · Quando há persistência de microrganismos no local (tuberculose por exemplo, com formação de granulomas no pulmão). · Exposição continuada a agentes tóxicos: silicose · Inflamação aguda recorrente (gastrite) · Doenças autoimunes. Célula e mediadores da inflamação crônica: · Macrófagos Via clássica: o macrófago mantém a inflamação Via alternativa: efeitos anti-inflamatórios, macrófagos tenta reduzir o edema inflamatório. Os macrófagos tem função de: · Ingerir e eliminar micróbios e tecidos mortos · Iniciar o processo de reparação tecidual · Secretar mediadores da inflamação · Expor antígenos ao linfócito T e responder aos sinais dos linfócitos T. · Linfócitos T · Os linfócitos T recrutam os leucócitos com objetivo de manter o foco inflamatório, ativar macrófagos por via clássica (Th1). · Recrutam eosinófilos e ativam macrófagos pela via alternativa (Th2). · Recrutam neurófilos e monócitos (Th17). · Função dos linfócitos B · Plasmócitos – produção de Ig · Células de memória. · Eosinófilos: processos alérgicos e parasitários · Mastócitos: produção de citocinas · Neutrófilos (persistência de bactérias e células necróticas) – “lesão aguda em crônica”. INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA Agregados de macrófagos ativados e linfócitos esparsos. Estados patológicos específicos: facilita o diagnóstico, tem uma melhor noção do prognóstico e tratamento. · Granulomas em estados patológicos específicos: · Respostas persistentes de células T a certos microrganismos (tuberculose) – ativação crônica do macrófago. · Doenças inflamatórias imunomediadas (Doença de Crohn) – íleo e cólon (todas as camadas intestinais) · Sarcoidose – etiologia desconhecida (autoimune): pulmões e linfonodos · Corpos estranhos inertes (farpa, sutura) – granulomas de corpo estranho Morfologia da inflamação granulomatosa: · Macrófagos ativados com citoplasma róseo com limites celulares indistintos – células epitelioides. · Macrófagos fusionados: grande massa de citoplasma com muitos núcleos – células gigantes (de Langhas/de corpo estranho). Múltiplos granulomas pulmonares (TBC). Granulomas pulmonares Consequências da inflamação granulomatosa: · Isolamento do “agente” agressor – mecanismo de defesa. · Eliminação do agente? · Fibrose como grave consequência. REPARAÇÃO TECIDUAL Inicia antes do término do processo inflamatório – proliferação e diferenciação de vários tipos celulares e depósito de tecido conjuntivo. Envolve dois processos distintos: · Regeneração: só acontece em tecidos capazes de sofrer mitose. Reparo feito por células do mesmo tipo das que se perderam, voltando o órgão a sua estrutura e função normal. · Cicatrização: tecidos que não regeneram, ou seja, não são capazes de sofrer mitose, reparação por fibroplasia. Quando o estroma também é destruído e o reparo é feito por tecido conjuntivo – cicatriz. · Regeneração Depende da capacidade proliferativa dos tecidos (órgãos – limitada) · Fígado: 40-60% pode ser removido Fatores de crescimento produzidos por células do parênquima, estroma, macrófagos e linfócitos. Matriz extracelular íntegra. · Cicatrização (regeneração por fibroplasia Ocorre em: · Pele: derme e hipoderme · Miocárdio · Músculo esquelético · Órgãos com perda de parênquima e estroma Fases do processo de cicatrização: · Inflamação · Remover tecido lesado; depositar matriz extracelular · Proliferação (granulação e fibroplasia). · Macroscopicamente: rosado, edematoso (exsudativo), aspecto granular. É exsudativo por conta do aumento da permeabilidade e é rosado por conta dos novos vasos, sangra facilmente porque os vasos são muito imaturos, ele termina em fundo cego por isso tem o nome de granulação, pois parece várias bolinhas. · Quanto maior a lesão, maior o tecido de granulação. · Microscopicamente: edema, proliferação de fibroblastos, angiogênese, células inflamatórias (macrófagos). O fibroblasto que produz o colágeno. · Fibroplasia: · Produção e deposição de colágeno. · Remodelação (maturação e contração). · Colágeno tipo III – tipo I. · Miofibroblastos redução em 50 a 70% do tamanho da lesão. Ou seja, quanto menor a lesão melhor será a recuperação, quanto mais a lesão for reduzida, mais a recuperação será melhorada. Reparação de ferimento externos: Primeira intenção: As bordas da ferida estão próximas, ou foram aproximadas pelo fio de sutura ou a lesão foi pequena. Segunda intenção: as bordas da ferida estão afastadas. Complicações: Cicatrização deficiente: deiscência e excesso de tecido de granulação. Queloide: excesso de colágeno depositado de forma desorganizada. FIBROSE EM ÓRGÃOS PARENQUIMATOSOS · Deposição excessiva de colágenos e outros constituintes da MEC em doenças crônicas. · Caracteriza-se por estímulo nocivo persistente – disfunção e insuficiência do órgão (fibrose pulmonar na silicose). FATORES QUE MODIFICAM A QUALIDADE DA RESPOSTA REPARATIVA · Gerais · Diabetes · Leucopenia: facilita infecções · Desnutrição: especialmente proteínas, vitamina C e zinco (inibe síntese de colágeno) · Corticosteroides: inibe todas as fases (deposição de colágeno) · Quimioterápicos: reduzem a mitose · Tabagismo: vasoconstrição · Locais · Isquemia local (lesão vascular ou compressão): falta nutrientes e O2, aumenta concentração de catabólicos · infecções e corpos estranhos (fios de sutura, fragmentos ósseos, tecidos desvitalizados): exacerbam a inflamação · antissépticos: tóxicos para fibroblastos · remoção da crosta (casquinha do machucado). Lília Mendes
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