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Relação entre Produtos e Marcas Existem variáveis que auxiliam o consumidor a decidir por um produto ao invés de outro e, em mercados cada vez mais competitivos e diversificados, as empresas precisam estar empenhadas em fixar e diferenciar seus produtos ou serviços no ponto de venda, nas lojas, feiras e eventos. Essa diferenciação pode ser realizada através da criação de uma marca de sucesso que confere uma vantagem competitiva sustentável ao seu proprietário. De acordo com a AMA¹, uma marca é “um nome, termo, sinal, símbolo ou design, ou ainda uma combinação de todos esses elementos, destinada a identificar os bens ou serviços de um fornecedor ou de um grupo de fornecedores para diferenciá-los dos de outros concorrentes”. • É um bem ou serviço que acrescenta a grandeza que, de algum modo, a diferencia de outros produtos desenvolvidos para atender as expectativas do consumidor. → As marcas apontam qual é a origem ou o fabricante de um produto e, assim, os consumidores, sejam empresas ou indivíduos, atribuem um compromisso pela atuação de uma determinada empresa ou distribuidor. Dessa maneira, o consumidor consegue avaliar produtos similares de formas diferenciadas, dependendo de como essa marca foi estabelecida na mente do consumidor. A presença de uma marca é um elemento imprescindível em toda ação comercial e sem ela a comunicação não tem sentido – é anônima. → Mesmo que exista um tipo de campanha publicitária que se apoia no anonimato inicial para criar um interesse e discussão – essa técnica é conhecida como teaser – é uma ação temporária e, depois desse primeiro momento, a marca será explicitada para a confirmação do público que ficou curioso por essa ação. As marcas também podem ser caracterizadas pela finalidade ou proteção legal, então existem: 1. Marca comercial: é o nome legal que uma organização usa para exercer suas atividades. 2. Marca registrada: é a marca que foi legalmente depositada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com a finalidade de assegurar o uso exclusivo ao seu proprietário e bloquear a sua utilização por outras empresas que queiram gerar vantagem comercial. Existem também outras funções da marca que podem ser subdivididas em: 1. Marca do fabricante: utilizada de forma generalizada pelo fabricante do produto. 2. Marca própria: são as marcas que pertencem e são utilizadas por empresas atacadistas ou varejistas. 3. Marcas genéricas: são produtos caracterizados por meio de sua classe ou categoria de produtos e um exemplo fácil e muito usado no país são os medicamentos genéricos. O Poder das Marcas A construção da imagem de uma marca forte é motivo de produtos e serviços que geram receitas constantes, tendo como explicação principal a fidelidade do consumidor. O anseio de todas as organizações é elaborar marcas que consigam gerar no consumidor o desejo por suas marcas, criando assim, lealdade. Etapas do Desenvolvimento da Marca 1. Identificação da Marca = relaciona um tipo de produto específico á marca; 2. Aceitação da Marca = considera esta marca em análise como dentro de um universo de alternativas a serem consideradas; 3. Preferência pela Marca = considera a marca como a melhor e vai comprar, a menos que não a encontre no ponto de venda ou apareçam ofertas especiais; 4. Lealdade a Marca = o consumidor percebe a marca como sua melhor opção, não compra de outra marca. Uma maneira de medir a reputação de uma marca é mensurar em que medida ela se associa à categoria do produto que representa. Exemplo disso é quando uma marca é a primeira a ser lembrada pelo consumidor, em uma determinada categoria de produtos, por exemplo, quando o consumidor é questionado qual a marca de sabão em pó que lhe vem à mente, a resposta é OMO – para essa situação se diz que a marca é top of mind (encontra-se no topo da mente) do consumidor. Assimile: Top of mind: é o quanto uma marca é conhecida e a sua capacidade de o consumidor perceber a marca como complemento de uma categoria. Este indicador revela a força que uma marca possui – marcas fortes conseguem praticar preços mais elevados, dessa forma, conseguindo mais espaço no ponto de venda. Embalagem A marca é um compromisso de valor e ela se torna o ponto de vista organizador para todas as atividades de algumas empresas. Como uma ferramenta do marketing, a embalagem pode cumprir as seguintes ações: 1. Tornar o produto mais competitivo. • Ajudando-o a obter vantagem no ponto de venda com um visual mais atrativo. • Ressaltando alguma qualidade do produto que o coloque em vantagem. • Melhorando e aumentando o valor percebido do produto. • Incorporando significado ao produto que o torne interessante e almejável, algo que não foi ofertado pelo concorrente. Uma pesquisa realizada pela Research Internacional, para a Associação Brasileira de Embalagens (Abre), apontou que o consumidor leva em conta os aspectos estéticos (aparência, cor e formato), assim como os aspectos funcionais (praticidade, conservação, proteção, comodidade e facilidade de uso) de uma embalagem. A simples embalagem de um produto possui uma abrangência muito maior do que imaginamos. A sua função primária é envolver, proteger e transportar o produto para onde você quiser. Numa embalagem também está envolvido inovação e tecnologia para a conservação dos produtos – muitos produtos ficam acondicionados por meses, no mesmo estado de conservação e validade. Elas também têm uma função mercadológica de chamar a atenção do consumidor, transmitir informações e despertar o desejo de compra. Posicionamento de marca As estratégias de marketing desenvolvidas pelas empresas são baseadas na criação de uma segmentação, seleção do público-alvo e posicionamento de produtos e serviços. Uma organização identifica as diferentes necessidades e públicos específicos e, assim, consegue ser capaz de atender melhor e, então, posiciona seus produtos de uma maneira que o mercado-alvo reconheça as promessas e imagem singular da empresa. → Posicionamento é uma atividade que projeta a oferta e a imagem da corporação para que ela conquiste um lugar diferenciado na mente do consumidor. → O resultado do posicionamento é o início bem-sucedido de uma proposta de valor focada no cliente, fazendo com que esse veja um motivo convincente para comprar determinado produto/marca. Estratégias de marca A estratégia de marca de uma empresa reflete o número e a natureza tanto dos elementos dos diferentes produtos comercializados, quanto dos que são característicos de determinados produtos específicos. A decisão sobre como utilizar uma marca para novos produtos é especificamente crítica e deve ser bem avaliada pela organização. Uma empresa tem três opções principais: 1. Desenvolver novos elementos de marca para o novo produto. 2. Aplicar alguns de seus elementos de marca preexistentes. 3. Utilizar uma combinação de elementos de marca novos e preexistentes. Então, quando uma organização decide lançar novos produtos no mercado, existem quatro possíveis estratégias, que podem ser consideradas a marca e em qual categoria de produtos ela pertence. A matriz de estratégias de marca poderá ajudar na compreensão do assunto. Quadro 1.2 - Matriz de Estratégias de Marca → Uma das possibilidades é lançar na marca existente um novo produto pertencente a uma categoria já trabalhada pela empresa. → Há também a possibilidade de trabalhar com uma marca existente e entrar em novas categorias de produtos. → Algumas organizações dentro das suas estratégias mercadológicas trabalham em dois ou mais mercados e, por esse motivo, operam com várias marcas. → Por último, as organizações entram em novas categorias de produtos com novas marcas, entretanto, é necessário verificar se o negócio é suficientemente grande, se precisará de estímulo, qual o custo de estabelecer umanova marca e se as vendas e lucratividade vão conseguir cobrir todas as despesas. Referência: Composto mercadológico - Rita Regiani Benito Miccoli e Maria Isabel de Campos
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