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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS A. C. SIMÕES BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA ELETROSTÁTICA Amanda Constantino Monteiro MACEIÓ 2022 ELETRÓSTATICA Amanda Constantino Monteiro 1- INTRODUÇÃO A eletrostática é dedicada ao estudo do campo elétrico originado por cargas em repouso. Começa-se por considerar o campo gerado por uma única carga, generalizando- se, depois a um número arbitrário de cargas, distribuídas continuamente ou uma colecção discreta [1]. As cargas elétricas são uma propriedade inseparável das partículas fundamentais da qual se tem a matéria, ou seja; é uma propriedade associada à própria existência das partículas, por isso são as responsáveis por todos os fenômenos elétricos. As cargas podem ser descritas como sendo positivas (com as linhas de campo direcionadas para fora da carga), e negativas (com as linhas de campo direcionadas para o centro da carga). Quando as quantidades dos dois tipos de cargas são diferentes, a carga total do objeto é diferente de zero e dizemos que o objeto está eletricamente carregado [2], fenômeno que pode ser facilmente ocasionado pelo atrito que consiste em esfregar dois corpos, de materiais diferentes e inicialmente neutros; nisso, entre os pontos de contato entre os dois objetos haverá uma pequena transferência de cargas entre os materiais, rompendo a neutralidade de ambos. E, nesse momento, os objetos podem exercer uma força sobre outros objetos, de repulsão ou de atração. Outra característica dos materiais e que está relacionada com a carga elétrica é a capacidade de transferir cargas elétricas. Os materiais podem ser classificados de acordo com a facilidade com a qual as cargas elétricas se movem no seu interior [2]. Os materiais classificados como condutores, há movimento das cargas. Já nos não condutores, também conhecidos como isolantes, as cargas não se movem. Os semicondutores, possuem propriedades elétricas intermediárias entre as dos condutores e as dos não condutores. Os supercondutores são condutores perfeitos, e as cargas se movem sem encontrar qualquer resistência. Para melhor observar o fenômeno da força que objetos eletricamente carregados exercem sobre outros foram feitas uma série de experimentos, visando também não só a visualização, mas também a experimentação de princípios físicos relacionados a eletrostática. Para os experimentos, foram separados os materiais a serem utilizados e foram montadas as devidas estruturas. No primeiro experimento, referente a eletrização por atrito, cujo objetivo era entender e observar as características de um corpo eletrizado, foram utilizados canudos e folhas de papel áspero, secas. No experimento referente aos efeitos da força elétrica cujo objetivo era verificar as forças que atuam entre hastes de polipropileno e hastes acrílicas quando atritadas com papel, foram utilizados: base do eletroscópio, duas hastes de polipropileno (cinza), haste acrílica (transparente), grampo para hastes redondas e também folhas de papel áspero, secas. Já para os experimentos relacionados a descargas elétricas, cujo objetivo era observar as diferentes naturezas de iteração entre cargas e as causas e efeitos das descargas elétricas, foram utilizados: gerador eletrostático (fonte de alta-tensão), duas esferas condutoras com suporte isolante, placas condutoras com suporte isolante, dois fios para ligações, caneco condutor e tela metálica, dois condutores pontiagudos (alfinete), Vela, Fiapos de algodão e Canudo plástico. E o último experimento foi realizado com o gerador de Van der Graaf, que é capaz de transformar energia mecânica em energia eletrostática. Nesse experimento foi utilizado motor, dois cilindros, conjunto de correias, conjunto de escovas, terminal de saída e a coluna de sustentação isolante. 2- RESULTADOS O primeiro experimento se trata da eletrização de um canudo por meio de uma folha de papel. Inicialmente, o canudo foi aproximado da parede e, quando solto, logo caiu. Em seguida, realizamos o atrito entre o canudo e a folha de papel por um tempo e depois ao colocarmos o canudo em contato com a parede, observamos que o canudo se fixou a parede durante um longo período. Na segunda série de experimentos, temos a observação dos efeitos da força elétrica a partir do sistema denominado de balança eletrostática. Para começar o experimento, depois de montada a estrutura com a base de eletroscópio e o grampo, prendemos uma das hastes de polipropileno no grampo e aproximamos tanto a outra haste restante de polipropileno quanto a haste acrílica a haste suspensa que não se movimentou. Em seguida a haste de polipropileno foi atritada com a folha de papel e novamente aproximada da haste suspensa e observou-se que a haste suspensa foi atraída pela haste que foi eletrizada pelo atrito, acompanhando-a a qualquer movimento próximo feito. O mesmo ocorreu com haste acrílica quando essa foi eletrizada. Depois a haste que estava suspensa também foi eletrizada em uma parte e novamente aproximou-se as outras hastes eletrizadas e o resultado foi uma força repulsiva pelas hastes; à medida que se aproximavam da parte eletrizada da haste suspensa, essa se movimentava afastando-se das outras hastes eletrizadas. Por fim na ultima série de experimentos, temos de início o experimento que trata das linhas de campo elétrico, com o objetivo de observar o campo elétrico em torno de corpos eletrizados. Nessa primeira parte, ligou-se um polo da fonte (monopólio elétrico) a uma esfera condutora isolada e foi aproximado um fiapo de algodão. Ao realizar a aproximação, observamos que o fio foi atraído pela esfera condutora isolada e essa aproximação do fiapo com a espera o fez ficar perpendicular a superfície da espera e paralelo as suas linhas de campo. Na segunda parte desse experimento, foram ligadas duas esferas condutoras isoladas em polos diferentes (dipolo elétrico) e colocado o fiapo entre as duas. O resultado foi que o fiapo ficou reto, tocando a esfera positiva e a esfera negativa. No experimento do rompimento de rigidez dielétrica do ar, cujo objetivo era observar as diferentes naturezas de interação entre cargas e as causas e efeitos das descargas elétricas, as duas esferas já ligadas foram aproximadas e em consequência disso, houve uma descarga elétrica entre elas, formando pequenos raios no espaço entre elas. Depois, aproximou-se as pontas metálicas das duas esferas e o mesmo ocorreu, uma descarga elétrica ocasionada devido à ruptura de rigidez dielétrica do ar. Na segunda parte do experimento foi utilizado placas condutoras ao invés das esferas, repetiu-se as mesmas ações, mas agora com duas placas eletrizadas e o mesmo resultado foi observado. No experimento de vento elétrico, as duas esferas condutoras, com suporte isolante, foram ligadas e aproximou-se sua pontas metálicas, a uma distância suficiente para não ser capaz de formar raios. Em seguida foi colocada uma vela acesa entre elas e observou-se que uma descarga elétrica nas pontas metálicas foi formada, similar ao que tinha ocorrido no experimento anterior quando as esferas estavam mais próximas. Em seguida, foi realizado o experimento do copo de Faraday, cujo objetivo era verificar a distribuição de cargas no copo. Com o sistema já montado, aproximou-se um fiapo de algodão em torno do copo e o fiapo foi atraído pelo copo, mas o fio que se encontra dentro do copo não é afetado pela carga geradora apenas o fio que é aproximado da superfície do copo. E por fim o último experimento com o gerador de Van der Graaf, cujo objetivo era observar a eletricidade estática produzida pelo gerador. Nesse experimento, temos o movimento das correias que se atritam com uma escova metálica eletrizando-a. Na parte superior do gerador, a correiatoca outra escova que está em contato com a parte esférica do gerador. Quando uma pessoa colocava as mãos sobre a superfície metálica do sistema, com os pés na base, os cabelos levantavam-se levemente, ficando em estado semelhante aos fiapos de algodão quando aproximados da esfera eletricamente carregadas. 3. DISCURSSÃO Com base nos resultados obtidos, podemos fazer algumas interpretações acerca desse estudo. Observando os resultados do experimento da eletrização por atrito, podemos inferir que quando o canudo é encostado na parede acontece a atração de suas cargas negativas com as cargas positivas da parede, por isso ele permanece fixo. O resultado do experimento da balança eletrostática, propõe nós a interpretação de que corpos com carga elétrica iguais se repelem enquanto corpos com cargas de sinais diferentes se atraem. Do experimento das linhas de campo, temos que o estado ao qual o fiapo ficou ao ser aproximado das esperas representa as linhas de campo, ou linhas de força que são causadas por uma carga pontual que nesse caso é a espera eletricamente carregada. A partir dos experimentos feitos para testar o rompimento da rigidez dielétrica do ar, tanto com as esferas, como com as placas; podemos inferir que os raios formados pela aproximação das estruturas ocorrem por conta do campo elétrico formado entre as esferas de polos opostos, que foi suficientemente forte para que o sistema deixe de ser um meio isolante para ser um meio condutor, fazendo com que os elétrons possam ser conduzidos pelo ar, formando então os raios. Pelo experimento do vento elétrico, podemos explicar a ocorrência dos raios entre as esferas não tão próximas quando a chama da vela está entre elas pelo fato de que as cargas positivas atraem os elétrons das partículas de ar que estão próximas. Alguns elétrons, ficando livres, se deslocam e arrastam as partículas de ar. E assim, a chama da vela inclina-se para um polo, assoprada pelo vento elétrico. Do experimento do copo de Faraday, temos que o fio de dentro do sistema permanece sem ser afetado pois dentro do copo há uma blindagem eletrostática, e toda a carga se concentra na superfície que atraí o outro fio que tenta se aproximar. Tal fato ocorre devido ao elevado número de elétrons livres que tende a se repulsar e se afastar do centro do copo em direção à superfície, o que torna o campo elétrico dentro do copo nulo. E do último experimento, temos que os fios de cabelo ficam espalhados e levantados pois quando uma pessoa toca a carga negativa do sistema, gerada pelo atrito, é transferida para a pessoa, e assim os fios de cabelos são carregados pelo mesmo potencial e se repelem gerando o efeito notado. 3. CONCLUSÃO A partir dos experimentos realizados e dos conhecimentos referentes a teoria dos princípios da eletrostática, podemos inferir que o atrito entre corpos desencadeia a eletrização desses e a perda de elétrons por parte de um dos corpos enquanto o outro ganha essa parte de elétrons, tendo ambos o mesmo módulo em carga, mas com sinais opostos e propensos a forças atrativas ou repulsivas, dependendo do sinal da carga. Dos experimentos relacionados as linhas de campo, pudemos observar a existência das linhas de campo ao redor de uma carga pontual, que foi criado em torno das esferas condutoras. Pudemos também, por meio das experimentações e observações feitas, comprovar o rompimento da rigidez dielétrica do ar e os fenômenos subsequentes; o fenômeno do vento elétrico que assopra a chama da vela para o sentido oposto da ponta positiva; a atração do fio de algodão que se dá devido ao vetor campo elétrico que sempre aponta para a carga geradora e por fim foi observado que o gerador de Van de Graaff funciona por meio da geração de cargas eletrostáticas acumuladas numa esfera condutora, e essa carga pode ser transferida para uma pessoa que esteja tocando no sistema. 4. REFERÊNCIAS [1] LAGE, E. Eletrostática. Revista de Ciência Elementar, 30 mar. 2021. v. 9, n. 1. Disponível em: <https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2021/015/>. Acesso em: 18 abr. 2022. [2] WALKER, J.; HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de física volume 3: eletromagnetismo. [S.l.]: Rio De Janeiro LTC, 2013.
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