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Cicatrização de feridas

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Cicatrização de feridas
Pele:
· 1ª barreira de proteção contra agentes externos;
· Sujeita a constantes agressões;
· Capacidade de recuperação muito importante para sobrevivência dos animais.
Cicatrização 
· Processo pelo qual um tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado;
· Reestabelece a homeostase tecidual;
· Conjunto de eventos bioquímicos (mediadores).
Fases da reparação tecidual
· Hemostasia – cascata de coagulação;
· Inflamatória – aporte de cels inflamatórias no local da lesão (neutrófilos, macrófagos) – dura em e media 2 semanas;
· Formação de tecido de granulação – aproxima os bordos da ferida; 
· Remodelação – fechamento da ferida – a partir da 4ª semana. 
Hemostasia
· Inicia após o surgimento da ferida;
· Depende da cascata de coagulação e atividade plaquetária;
· Vasoconstrição imediata.
OBS.: ENQUANTO HOUVER HEMORRAGIA, NÃO HAVERÁ CICATRIZAÇÃO 
Fase inflamatória
· Cels inflamatórias no tecido cicatricial;
· Dependente de mediadores e cels inflamatórias;
· Vasodilatação de vênulas (migração celular) e capilares (extravasamento AC, complemento e proteínas;
· Leucócitos polimorfonucleares – fagocitose de bactérias entre 3 a 5 dias;
· Macrofagos – fagos, apresentadores de antígeno, fonte de FC que sustentam a cicatrização. Removem colágeno e coágulo de fibrina.
Formação de tecido de granulação com deposição de matriz extracelular
· Reparação do tecido conjuntivo e do epitélio;
· Formação do tecido de granulação – proliferação endotelial e de fibroblastos;
· Fibrinogênio -> fibrina (rede para deposição de fibroblastos, secretam os componentes proteicos do tecido cicatricial);
· Angiogênese: tecido conjuntivo (tecido de granulação- granular e capilares);
· Contração das paredes marginais – fibroblastos ativados: se diferenciam em miofibroblasos – aproximam as bordas da ferida;
· Epitelização – migração das cels da camada basal da epiderme para repor o tecido epitelial.
Remodelação
· Ocorre no colágeno e na matriz;
· Aumento da força de tensão e diminuição do tamanho da cicatriz;
· Diminui atividade celular e de vasos;
· Aumente síntese e produção de colágeno tipo 1;
· Maturação do colágeno = lesão mais resistente;
· Apoptose de fibroblasto e cels endoteliais;
· Tecido cicatricial.
Processo de cicatrização
Tipos de cicatrização
· Primeira intenção/primaria:
· União imediata das bordas da ferida;
· Evolução asséptica;
· Cicatriz linear;
· Ex.: ferida cirúrgica. 
· Segunda intenção ou secundaria:
· As bordas não contatam entre si;
· Espaço preenchido por tecido de granulação;
· Leva mais tempo para cicatrizar;
· Posteriormente superfície reepteliza;
· Ex.: feridas abertas.
· Terceira intenção
· Limpeza, desbridamento e formação de tecido de granulação saudável;
· Coaptação das bordas da lesão;
· Pequenos animais – uso de telas, membranas biológicas.
Fatores que interferem na cicatrização
· Movimento e resíduo na ferida;
· Deficiência de vit C, MG e ZN (função das metaloproteinases);
· Temperatura – diminuição – vasoconstrição;
· AIES – restringem fase inflamatória;
· Coleção de líquidos: hematomas, seromas;
· Espaço morto;
· Tecido necrosado\isquêmico – não tem vascularização (deve ser debridado para conseguir aporte circulatório);
· Hepatopatia – fatores de coagulação (pedir função renal e hepática).
Classificação das feridas
Conforme a densidade microbiana:
· Limpa - produzida pelo cirurgião -> assepsia;
· Baixa contaminação – ocorreu menos de 4hrs;
· Contaminada – trauma recente, inflamação purulenta;
· Suja – mais de 12hrs, contaminação bacteriana aguda.
Obs.: nenhuma ferida pode ser suturada após 12 horas - proliferação de bactérias anaeróbias.
Conforme a apresentação
· Fechadas – abrasão ou contusão : pele e mucosas lesadas, porem integras ex.: trauma com hematoma;
· Abertas (corte\laceração);
· Incisa-linear;
· Lacerada- bordas irregulares;
· Punctória – elemento perfurante;
· Penetrante – alcança as cavidades.
Tecido de granulação exuberante em equinos
· Comum em feridas de equinos;
· Fator desconhecido que inibe a cicatrização normal da ferida e gera desordem fibroproliferativa;
· Grande massa que não é recoberta por epitélio.
Abordagem terapêutica
· Histórico e anamnese;
· Exame físico;
· Soro antitetânico;
· Cultura fúngica ou bacteriana;
· Exame histopatológico;
· Hemograma;
· Perfil bioquímico – função renal, função hepática;
· US;
· Raiox – feridas próximas a articulações podem causar sinovite podendo evoluir para osteomielites;
· Tratamento cirúrgico – respeitar o tempo decorrido entre o ferimento e o tratamento (6-8 horas);
· Higiene diária: limpeza da ferida, retirada do tecido morto, proteção, hidratação;
· De acordo com as fases da cicatrização;
· Analgésico;
· Soro antitetânico; 
· Desbridamento;
· Desbridamento hidrocirurgico – equipamento eletrônico versajet – acoplado a solução salina;
· Lavagem: retirar detritos e reduzir carga bacteriana (solução não irritantes)
· Iodo povidona 1ml\100ml diluente;
· Clorexidina 2,5mL\100mL;
· Solução salina isotônica.
· Uso de AIES aplicado até 3 dias do ferimento na dosagem de 40 mg de prednisona ou superior, causa inibição da cicatrização de feridas;
· Os AINES não tem seus efeitos na cicatrização de ferinas;
· Deve-se usar ATB de amplo espectro até o resultado da cultura;
· ATB tópicos são ácidos com efeito toxico para o tecido.
Bandagens
· Mantém o equilíbrio de umidade, desbridamento autolitico, acelera cicatrização;
· Aumentam a tendencia e produção de TG;
· Importantes em regiões abaixo do jarrete – não usar bandagem:
· Elasticidade da pele;
· Mobilidade da ferida;
· Falta de tecido muscular adjacente.
· Cirurgia criogênica ou agentes cáusticos não indicado (necrose);
· Laser de baixa intensidade: regeneração do tecido, redução da inflamação, dor e acelera a cicatrização;
· Ligaduras de pressão para fibroplasia excessiva: não impede TG;
· Enxerto de pele para tratar TGE: diminui TGE e acelera cicatrização;
· Ultrassom terapêutico – reduz o tempo de cicatrização e acelerar epitelização;
· Cels estaminais e membranas biológicas:
· Bons resultados;
· Condutor de substancias q interferem na cicatrização;
· Ozonioterapia:
· Elimina bactérias e fungos que acometem a ferida;
· Tratamento de habronemose e Ptiose;
· Reduz muito o tempo de cicatrização.
· PRP:
· Centrifugação do sangue total;
· Adição de trombina e cálcio;
· Acelera cicatrização, reduz inflamação, estimula regeneração de tecidos, diminui atividade de fibroblastos e evita tecido cicatricial não funcional.
· Fitorerapicos:
· Desinfecção, desbridamento e ambiente adequado para cura;
· Ex.: Calêndula, barbatimão, óleo de girassol.
· Açúcar - Bactericida, bacteriostático e estimula reconstituição tecidual

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