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A importância da Formação continuada de professores completo

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11
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA BAHIA- FACIBA 
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
HYAGO BARBOSA BRAZ
 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
FEIRA DE SANTANA
2021
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Hyago Barbosa Braz[footnoteRef:1] [1: hbraz.arq@gmail.com] 
Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO - O presente trabalho trata-se de um artigo fruto de uma pesquisa bibliográfica. Apresenta como objetivo geral analisar a importância da formação continuada do professor para o trabalho docente e, como específicos, discutir a formação continuada enquanto ferramenta para promoção do conhecimento e mostrar a importância do professor manter-se em constante formação para mudar a realidade educacional. A questão tratada, muitas vezes, foge do conhecimento dos próprios docentes e, diante disso, surgiu o seguinte questionamento: qual a importância da formação continuada do professor para o trabalho docente? Como hipótese apresenta-se que é possível que a formação continuada apresente uma importância consubstancial entre a prática docente e a promoção do saber dos estudantes, pois se presume que tenha muito a colaborar nesse processo. Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo, numa abordagem qualitativa, que descrevem e citam as contribuições dos autores quanto à temática. Os resultados mostraram que a formação continuado do professor é de extrema importância, pois possibilita a renovação de suas práticas, proporcionando aos educando um leque de conhecimentos voltados à sua realidade. Concluiu-se com a pesquisa que os professores precisam estar em constante formação, uma vez que a sua inicial não lhes oferece subsídios suficiente para lidar com as diversas realidades, além de que o professor necessita acompanhar as transformações sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Formação continuada; Professor; Ensino; Estudantes. 
1 INTRODUÇÃO 
Nos últimos tempos a formação do professor está sendo objeto de discussões e reflexões, isso porque o pensamento das práticas docentes capazes de mudar uma realidade está sendo posto em evidência e abraçado pelos docentes e gestores. 
Presentemente a informação e o conhecimento estão sendo partilhados de modo muito rápido, de maneira que se conservar atualizado é condição imprescindível para qualquer profissional. Ainda assim, é importante observar que a informação só se torna conhecimento quando é unificada a algum significado, ou seja, a informação puramente por ela não é capaz de ser transformada em um conhecimento, visto que não estará associada a realidades.
Diante disso, é imperioso salientar que o papel das instituições de ensino, seja básica ou superior, é possibilitar esse conhecimento aos estudantes, uma vez que as mídias, livros, internet trazem apenas as informações não associadas às realidades dos alunos. 
É neste sentido que a formação do professor deve entrar enquanto suporte essencial para a transmissão do conhecimento. A formação continuada tem muito a proporcionar nesse processo, já que auxilia o professor a aprimorar cada vez mais suas práticas pedagógicas e, com isso, amparar os educandos na constituição de conhecimentos, e não exclusivamente na acumulação de informações.
Muito tem falado sobre a formação continuada do professor, no entanto é uma questão que, muitas vezes, foge do conhecimento dos próprios docentes. Diante disso, surge o seguinte questionamento: qual a importância da formação continuada do professor para o trabalho docente? 
É possível que a formação continuada apresente uma importância consubstancial entre a prática docente e a promoção do saber dos estudantes, pois se presume que tenha muito a colaborar nesse processo, haja vista que permite ao o docente adicionar conhecimentos adequados de determinar mudança no cenário educacional.
Assim, o presente trabalho apresenta como objetivo geral analisar a importância da formação continuada do professor para o trabalho docente e, como específicos, discutir a formação continuada enquanto ferramenta para promoção do conhecimento e mostrar a importância do professor manter-se em constante formação para mudar a realidade educacional.
A escolha do tema justifica-se pela necessidade em se propor investigações teóricas que agreguem conhecimentos sobre o assunto. Embora exista um acervo extenso de material acerca do tema, reflexões sobre o objeto de estudo podem contribuir ainda mais para o enriquecimento desse material teórico.
Acredita-se que o assunto é de grande importância para toda área social, sobretudo a de Educação uma vez que busca promover uma reflexão essencial acerca da formação continuada do professor e sua importância para o trabalho docente.
O trabalho torna-se relevante para toda comunidade acadêmica, pelo fato de que na academia encontra-se lugar para discussão de temas relevantes, como aqui apresentado, pode se constituir como um rico material de embasamento teórico para toda academia.
É relevante anda, pois há uma necessidade em refletir a respeito da formação continuada, pois a partir dela realidades poderão se transformadas. É nesta perspectiva que o tema torna-se relevante, pois embora seja muito discutido, ainda há uma necessidade de sensibilização acerca do tema aqui discutido.
Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo, numa abordagem qualitativa, que descrevem e citam as contribuições dos autores quanto à temática. Foi feito um estudo bibliográfico, através de material da área de educação em revistas eletrônicas, documentários, livros e artigos sobre o assunto.
Os dados para investigação foram coletados em base de dados virtuais como revistas eletrônicas, na Constituição Federal, sobretudo na Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Foram utilizados ainda para revisão bibliográfica autores que discutem a temática abordada.
Estabeleceu-se como critérios de inclusão artigos de pesquisa publicados em português, que contemplem a temática sugerida e reflita o objetivo do estudo. Como critérios de exclusão foram utilizados as referências que não houver acesso gratuito ao texto e outras línguas que não atendam as citadas nos critérios de inclusão. 
É neste sentido que a pesquisa visou coletar os dados presentes em artigos acadêmicos publicados em revistas e periódicos eletrônicos, livros e demais materiais que possa responder ao problema da pesquisa.
A avalição dos dados foi feita ainda por meio da seleção de material previamente analisado, discutidos os mais pertinentes ao estudo aqui proposto, por meio de uma reflexão concreta, que aponta os aspectos essenciais do tema proposto. Avaliaram-se também os pontos convergentes e divergentes dos autores sobre o assunto.
Para sustentar a análise, foram evocados autores como Freire (1996, 2011) para falar sobre questões da reflexão do professor acerca de suas práticas e necessidade de formação continuada; Mororó (2017) discutindo a formação nas últimas décadas no Brasil. Junges et al. (2018) mostrando que a formação continuada deve ser pensada, além dos espaços formais, mas a partir da interação entre os docentes; Silva e Santos (2020) falando sobre “reciclagem” do professor, entre outros autores que discutem a temática.
2 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
É fato que o sistema educacional do Brasil vem passando por grandes modificações, sobretudo no que se refere à formação docente. Observa-se quea formação do professor precisa ir além das universidades, é necessária que perpasse por práticas e que seja um processo contínuo, isto é, o professor necessita ter uma formação continuada, para que seus conhecimentos sejam atualizados e suas práticas sejam refletidas.
Para Mororó (2017), as reflexões acerca da formação do professor tem ganhado uma roupagem diferente e significativa nas últimas décadas no Brasil. Diante disso, percebe-se que em uma breve análise acerca da temática, será possível conferir esse fenômeno às novas demandas sociais e econômicas, que direcionam para um padrão de ensino diferente do atual e, por conseguinte, pelas pesquisas, cada vez mais desenvolvidas nesse campo, que vêm entusiasmando as decisões nas diferentes instâncias acadêmicas a respeito do tipo de formação a ser oferecido ao professor.
O professor em sua formação inicial não se apreende de todos os saberes imprescindíveis para que acolha todas as necessidades de uma sala de aula, visto que esta se transforma considerando cada realidade, diante disso, é indispensável que o professor continue pesquisando, estudando e realizando, assim, uma formação continuada, com a finalidade de reaprender ou ressignificar suas práticas diárias, procurando aperfeiçoar seus conhecimentos e seus métodos (RODRIGUES; et al., 2017).
É importante ressaltar que a formação continuada do professor é de extrema importância não somente para o próprio professor, mas especialmente para os alunos, uma vez que receberão todo conhecimento adquirido pelo docente, inerente à sua formação enquanto sujeito ativo na sociedade.
É nessa perspectiva que Junges et al. (2018) mostram que a formação continuada deve ser pensada, além dos espaços formais, mas a partir da interação entre os docentes, pois possibilitará a troca de experiências entre si. 
Ainda de acordo com Junges et al. (2018)
O uso comum do conhecimento entre as áreas afins pode ser considerado um agente transformador, ajudando nas diferenciações da formação para melhorar os modelos pedagógicos já existentes nos cursos de formação continuada. Em função dos novos tempos contemporâneos, que estão sempre em constantes mudanças, considerando ainda as não poucas dificuldades educacionais, dois dos fatores que deveriam ser preponderantes na prática docente são a compreensão e a flexibilização dos modelos pedagógicos, com a finalidade de inserir o indivíduo na sociedade, preparando-o para a autonomia e cidadania, com condições de agir e modificar o meio em que vive (JUNGES, et al., 2018, p. 90).
Diante disso, se considerarmos a ideia de que a formação docente ainda pautada num tecnicismo e em currículos que contemplem o indivíduo e a sociedade enquanto estáticos, é preciso que se reflita numa formação docente que enxergue as demandas com urgência, que permita ver os sujeitos como seres capazes de mudar a sua realidade e a transformar a sociedade.
Assim, é importante salientar ainda a precisão de concretas revisões epistemológicas e metodológicas no campo educacional e formativo para instituir probabilidades objetivas para uma situação de formação interdisciplinar e ressignificadora a partir dos princípios de uma sociedade igualitária (JUNGES, et al., 2018). 
Isso significa abrir espaços para dizer que diante dos inúmeros problemas educacionais, intensamente ligados às dificuldades de ordem social, não se pode tolerar que as poucas perspectivas educacionais estejam dependentes de julgamentos de dominação política.
Pensar na importância da formação continuada do professor é, sobretudo, possibilitar espaços de mudanças sociais, ressignificando ao ato de ensinar e aprender em todos os níveis e etapas da educação. 
De tal modo, são múltiplos os padrões têm sido indicados para a formação de professores, na acepção de pensá-los enquanto sujeitos sociais de suas atuações, por isso rompendo com um modelo transmissor e impositivo, além disso, focados nos tipos de métodos de mudança e na própria dinâmica formativa (JUNGES, et al., 2018).
Para Silva e Santos (2020) é importante compreender a formação continuada enquanto um processo que se configura como uma conotação de evolução e continuidade, estimada em equidade das múltiplas e novas provocações que mundo contemporâneo oferece e requerem dos professores novos métodos para a edificação de conhecimentos.
Embora seja sempre discutidas questões de formação docente, sobretudo a continuada, Silva e Santos (2020) mostram que ainda é possível perceber alguns exemplos que tem como foco a “reciclagem” do professor. Esse método de formação é clássico, isto é, comum seu aproveitamento em programas dos estados e/ou municípios com intuito de ofertar ao professor cursos, aperfeiçoamento e encontros em um local diferente do seu ambiente de trabalho.
O desmerecimento de tal processo não pode ser colocado em pauta, uma vez que ainda fornece subsídios aos professores no que concerne à sua formação, no entanto, são eventos em que a formação docente é restringida somente um processo comum de atualização para oferecer novas metodologias, técnicas ou inserir projetos, sem considerar a realidade de trabalho do docente (SILVA; SANTOS 2020).
De acordo com Amorim, Carlos e Thebas (2016) “a formação continuada torna-se relevante quanto á capacitação do professor, pois os cursos auxiliam a adequar sua formação as necessidades do aluno e da escola. Por isso, é necessário que ele esteja em constante formação” (AMORIM; CARLOS; THEBAS, 2016, p. 633).
Assim a formação continuada do docente torna-se essencial para determinar a qualidade de ensino. A formação contínua não carece desenrolar-se, fundamentalmente, apenas no quadro do sistema educativo ou nas chamadas “reciclagens”, mas ainda em um sistema que coopere para o desenvolvimento dos sujeitos e façam os professores repensarem em suas práticas.
É nessa perspectiva que Freire (1996) afirma que na formação constante dos docentes, o período essencial é a reflexão crítica sobre a prática, ou seja, pensar criticamente essas práticas de hoje ou de ontem, é poder aperfeiçoar as práticas futuras. Diante disso, é imprescindível que os docentes saiam do “comodismo” de uma rotineira, técnica e inflexível, e planejem de forma nova suas atuações dentro da sala de aula para que abranjam os alunos.
Assim, “faz-se necessário que estes sujeitos formadores, reconheçam e internalizem em si a importância e a proporção que atinge o seu papel na vida dos sujeitos em formação, para que também se sintam tanto mais motivados na realização das atividades que lhe competem” (RODRIGUES et al., 2017, p. 31).
Para Silva e Santos (2020), a necessidade que o professor tem em rever as suas práticas e formação, parte do pressuposto de que através dos saberes adquiridos por eles e suscitados nos alunos são capazes de transformar o ato de educar. A realidade e os saberes do professor são, por conseguinte, desconsiderados para seguir metodologias prontas e organizadas por outros sujeitos que, muitas vezes, ignoram as particularidades do contexto escolar. 
A formação continuada que possibilita a construção a partir dos próprios desafios e coloca o professor como sujeito do processo, permite a troca de experiências, dinâmicas reflexivas e a construção de conhecimentos, se caracterizando por uma lógica de ação na qual formação e prática se articulam por um problema real (SILVA; SANTOS, 2020, p. 4).
Os autores mostram que a prática docente se integra à concepção de que a educação ocorre num ambiente no qual os indivíduos, o tempo, a informação e o espaço apresentam características que a formação continuada é capaz de potencializar, sendo provável a valorização dos saberes do professor, que se sustentam no trabalho habitual e no conhecimento do meio. 
Rodrigues et al. (2017) deixam claro que a formação continuada de professores se torna uma importante estratégia para colaborar com o procedimento de desenvolvimento e oportuniza práticas sugestivas as metodologias educacionais, bem como aos métodos obtidos para as práticas desenvolvidasem sala de aula e em sociedade. Deste modo, nesse processo de formação, os professores procuram, cada vez mais, ocasiões de novas táticas de ensino.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) estabelece que a formação continuada do professor precisa ser concretizada constantemente para qualificar a educação. Assim, o Art. 62 em seus incisos 1º e 2º assegura que:
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério. 
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância (BRASIL, 1996).
Assim, como estabelecido por Lei, a formação continuada é de extrema importância para dar segmento às políticas públicas de educação, que visam a modificação do sujeito e, por conseguinte, da sociedade. Diz respeito ao incremento e ampliação dos horizontes profissional docente, um procedimento consecutivo que abrange todas as aprendizagens decorrentes da atualização constante, dos conhecimentos profissionais vivenciados e associados ou não aos cursos de formação continuada, que expandem a formação inicial (SILVA; NUNES, 2020).
É importante salientar que a formação continuada docente abrange um universo heterogêneo de atividades, cujo caráter transforma, desde modos mais institucionalizados, como cursos concretizados posteriormente à formação inicial, que têm organização formal, permanência prevista e certificados, até ações menos formais que apresentam a finalidade de colaborar para o desenvolvimento profissional do professor, como, por exemplo, as reuniões pedagógicas, trabalho coletivo na escola, participação na gestão escolar e outros (SILVA; NUNES, 2020).
Diante disso, percebe-se que está plenamente ligada ao desenvolvimento profissional e apresenta propriedades de aprendizagem ininterrupta, em que seu início está nos cursos de licenciatura, possibilitando aos docentes reflexões teóricas e práticas que os põem atualizados em relação aos aspectos educacionais. Daí a importância da formação continuada do professor, pois colabora para as transformações que se fazem imprescindíveis para o progresso das práticas pedagógicas na instituição de ensino e, consequentemente, na educação (SILVA; NUNES, 2020).
De acordo com Silva e Nunes (2020), destaca-se que, por meio da atividade continuada formativa, é proporcionado ao professor o exercício da reflexão crítica a respeito de sua prática e o dirige à compreender a substância do seu trabalho e da implicação para o enfrentamento das alterações na direção da superação das práticas de teorias descontextualizadas e disciplinares.
No que se refere à reflexão crítica do seu exercício, Freire (2011) corrobora dizendo que é uma prática fundamental para o processo de formação continuada, uma vez sendo utilizada pelo professor promoverá a sua formação permanente. Assim sendo, a formação continuada é um processo constante de aprendizagem docente, como afirmado por Rodrigues et al. (2017) e Silva e Nunes (2020). Está ligado a própria composição do sujeito, ser incompleto, que está em constante processo de transformação. 
A formação continuada é essencial para que os professores reflitam a respeito dos modelos educacionais e na desvalorização ou valorização profissional dos professores. Sabe salientar que essa reflexão é compreendida como um fator determinante para uma educação de qualidade, visto que a formação de professores continua ainda tendo como base os limites da lógica da reprodução capitalista, no entanto com a formação continuada, as práticas pedagógicas serão inovadas e repensadas, no intuito de ressignificar o ato de aprender no estudante.
3 CONCLUSÃO 
Diante do exposto foi possível concluir que a formação continuada tem se constituído enquanto um processo constante de aprimoramento dos saberes imprescindíveis às atividades dos docentes, realizadas posteriormente a formação inicial, ou seja, à graduação em nível de licenciatura, tem como finalidade garantir um ensino de qualidade aos alunos.
Durante as discussões foi confirmada a hipótese de que a formação continuada apresenta uma importância indiscutível para a prática docente e ainda a promoção do saber dos estudantes, uma vez que tem muito a colaborar com o processo de ensino e aprendizagem seja em qual nível for, permite também que docente acrescente cada vez mais conhecimentos, adaptados para produzir mudança no cenário educacional.
Foi possível inferir ferir ainda que a formação continuada docente apresenta uma demanda bastante complexa e problemática no contexto educacional brasileiro, pois existe um conjunto de fatores sociais, políticos, econômicos e pessoais abarcados nesse processo, que se propagem nas práticas pedagógicas e na qualidade da educação.
Assume, nesse sentido, uma importante ferramenta de atualização de conhecimento e, sobretudo, de práticas voltadas à mudança e ao acesso aos saberes. É, assim, uma possibilidade para gerar novos estudos e ressignificar os conhecimentos. Isso denota ponderar que somente a formação inicial não satisfaz à prática cotidiana em sala de aula, mas é indispensável à ininterrupta atualização, principalmente, quando se encontra alinhada aos interesses da realidade da qual faz está incluso, recebendo às próprias necessidades.
Por fim, torna-se importante pelo fato de ser compreendida enquanto uma possibilidade para agenciar novos conhecimentos e ressignificações, configurando-se como um procedimento que se concretiza através da mediação pela prática em sala de aula e envolve de modo complementar os princípios educacionais, relação com o mundo de trabalho, formação crítica dos sujeitos, domínios dos conhecimentos e outros. 
4 REFERÊNCIAS
AMORIM, Lucyelen Lu Costa; CARLOS, Mayara May Cazadini; THEBAS, Adriana Adri Medeiros Marcolano. A importância da formação continuada na prática docente. Revista Univap, v. 22, n. 40, p. 633, 2017.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. Ministério da Educação: Brasília, 1996.
FREIRE, Paulo. Paulo. Pedagogia do oprimido, v. 17, 1996.
FREIRE, Pualo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
JUNGES, Fábio César; KETZER, Charles Matin; DE OLIVEIRA, Vânia Maria Abreu. Formação continuada de professores: saberes ressignificados e práticas docentes transformadas. Educação & Formação, v. 3, n. 9, p. 88-101, 2018.
MARTINS, Angela Maria; SILVA, Cristina de Cássia Mabelini. Formação Continuada. Interacções, v. 14, n. 49, p. 25-47, 2018.
MORORÓ, Leila Pio. A influência da formação continuada na prática docente. Educação & Formação, v. 2, n. 4jan/abr, p. 36-51, 2017.
RODRIGUES, Maria José; VIEIRA, Rui Marques. Formação continuada para a mudança de práticas didático-pedagógicas de educadoras. III Encontro Internacional de Formação na Docência (INCTE): livro de atas, p. 474-482, 2018.
RODRIGUES, Polyana Marques Lima; LIMA, W. S. R.; VIANA, M. A. P. A importância da formação continuada de professores da educação básica: a arte de ensinar e o fazer cotidiano. Saberes Docentes em Ação, v. 3, n. 1, p. 28-47, 2017.
SILVA, Claudia Maria Bezerra da; SANTOS, Edlamar Oliveira dos. Formação continuada do professor do ensino médio integrado: concepções e importância. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, v. 1, n. 18, p. 9281, 2020.
SILVA, José Moisés Nunes; NUNES, Vandernúbia Gomes Cadete. Formação continuada docente: uma análise a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996) e das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica (Resolução CNE-CP 2/2015). Research, Society and Development, v. 9, n. 8, p. e353985150-e353985150, 2020.

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