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Apg 09: 1. compreender a morfofisiologia dos sentidos especiais 2. citar os principais microrganismos que provocam malformacoes congenitas Sentido químico (interação de moléculas com os receptores) – propaga para sistema límbico/áreas corticais superiores – causando respostas emocionais ou memórias. ANATOMIA - HISTOLOGIA Epitélio olfatório: ocupa a parte superior da cavidade nasal, cobrindo a face inferior da lâmina cribriforme e se estendendo ao longo da concha nasal superior, apresenta 3 tipos de células: • Receptores olfatórios: são os neurônios de primeira ordem da via olfatória (neurônio bipolar com um dendrito exposto com formato de calículo e um axônio que se projeta através da placa cribriforme e termina no bulbo olfatório) **cílios olfaórios: no dendrito do receptor olfatório (transdução olfatória: conversão da energia do estímulo em um potencial graduado no receptor sensitivo). Na membrana dos cílios estão os receptores olfatórios que detectam as substancias químicas inaladas **odoríferas: substancias químicas que possuem odor e se ligam e estimulam os receptores olfatórios dos cílios. - produz um potencial gerador e inicia a resposta olfatória. • Células de sustentação: são células epiteliais colunares da túnica mucosa que reveste o nariz. Fornecem sustentação física, nutrição e isolamento elétrico para os receptores olfatórios e ajudam a destoxificar substâncias químicas que entram em contato com o epitélio olfatório • Células basais: são células-tronco localizadas entre as bases das células de sustentação. Sofrem divisão celular continuamente para produzirem novos receptores olfatórios (vivem 1 mês). Tecido conjuntivo: glândulas olfatórias (Bowman), produtoras de muco, que é transportado para a superfície do epitélio por ductos. A secreção umedece a superfície do epitélio olfatório e dissolve os odoríferos de modo que possa ocorrer a transdução **células de sustentação e glândulas inervadas por neurônios parassimpáticos dos ramos do nervo facial – estimulado por substancias químicas – nervo estimula glândulas lacrimais e mucosas nasais – lagrimas e coriza após inalação de pimenta. FISIOLOGIA Transdução olfatória: ligação de um odorante a uma proteína receptora olfatória localizada em um cílio olfatório estimula uma proteína de membrana chamada de proteína G - ativa a enzima adenilato ciclase a produzir - monofosfato de adenosina cíclico (AMP cíclico ou cAMP) - abre um canal de sódio (Na+), que permite que o Na+ entre no citosol, causando um potencial gerador despolarizante na membrana do receptor olfatório. Se a despolarização alcançar o limiar, é gerado um potencial de ação pelo axônio do receptor olfatório. **limiar baixo: apenas algumas moléculas de determinadas substâncias devem estar presentes no ar para que sejam percebidas como um odor **A adaptação (diminuição da sensibilidade) aos odores ocorre rapidamente. VIA OLFATORIA Nervos olfatórios (I): formado por 40 ramos de axônios não mielinizados dos receptores olfatórios (se estendem através de 20 forames olfatórios na lâmina cribiforme do osso etmoide) de cada lado do nariz. – Terminam no encéfalo (bulbo olfatório) Bulbo olfatório: axônios se estendem posteriormente e formam o trato olfatório – projetam axônios para a área olfatória primária (percepção consciente o cheiro) – outros axônios projetam-se para o sistema límbico e hipotálamo (respostas emocionais e memórias por cheiros) – a partir da área olfatória primária - lobo frontal (área orbitofrontal) **alcançam o córtex cerebral sem primeiro fazer sinapse com o tálamo. Sentido quimico (mais simples) - azedo, doce, amargo, salgado e umami **umami: carnoso/saboroso - receptores gustatórios estimulados por L-glutamato e por nucleotídios, glutamato monossódico (GMS), adicionado a alimentos como intensificador de sabor. **outros sabores são combinações dos sabores primários **odores podem passar para cavidade nasal (estimula receptores olfatórios ANATOMIA - histologia Receptores para as sensações gustatórias estão localizados nos calículos gustatórios (língua, palato mole, faringe e epiglote) Calículo gustatório consiste em três tipos de células epiteliais: • Células de sustentação: contêm microvilosidades e envolvem aproximadamente 50 células receptoras gustatórias em cada calículo gustatório. • Célula receptora gustatória: projeta microvilosidades gustatórias para a superfície externa através do poro gustatório, uma abertura no calículo gustatório. - Fazem sinapses com dendritos de neurônios de primeira ordem, que formam a primeira parte da via gustatória. Os dendritos de cada neurônio de primeira ordem se ramificam substancialmente e formam contatos com muitas células receptoras gustatórias em vários calículos gustatórios. • Células basais: células-tronco encontradas na periferia do calículo gustatório próximas à camada de tecido conjuntivo, produzem as células epiteliais de sustentação, que, então, se desenvolvem em células receptoras gustatórias (sobrevivem 10 dias) Calículos gustatórios estão localizados na língua nas papilas: • Papilas circunvaladas: circulares que formam V invertido na parte posterior. Armazena cerca de 100 a 300 calículos gustatórios. • Papilas fungiformes: formato de cogumelo espalhadas ao longo de toda a superfície da língua contendo cada uma delas cerca de cinco calículos gustatórios • Papilas folhadas: nas fossetas nas margens laterais da língua, porém a maior parte de seus calículos gustatórios degenera no início da infância. • Papilas filiformes: em toda a superfície da língua, formato de fio, contêm receptores táteis, mas nenhum calículo gustatório. Eles aumentam o atrito entre a língua e o alimento, fazendo com que seja mais fácil para a língua movimentar o alimento na cavidade oral. FISIOLOGIA Tastants: substâncias químicas que estimulam as células receptoras gustatórias Transdução do paladar: tastants dissolvida na saliva - entra em contato com as membranas plasmáticas das microvilosidades gustatórias - potencial receptor que estimula a exocitose de vesículas sinápticas a partir da célula receptora gustatória. - moléculas de neurotransmissor liberadas disparam impulsos nervosos nos neurônios sensitivos de primeira ordem que formam sinapses com as células receptoras gustatórias. • Íons sódio (Na+) em um alimento salgado entram nas células receptoras gustatórias através de canais de Na+ na membrana plasmática. O acúmulo de Na+ dentro da célula causa despolarização, que leva a uma liberação de neurotransmissor. • íons hidrogênio (H+) nos estimuladores azedos podem fluir para dentro das células receptoras gustatórias através de canais de H+. Eles também influenciam a abertura e o fechamento de outros tipos de canais iônicos - resultado é a despolarização e a liberação de um neurotransmissor • estímulo dos sabores doce, amargo e umami, não entram nas células receptoras gustatórias. Se ligam a receptores na membrana plasmática que estão ligados às proteínas G. - ativam segundos mensageiros dentro da célula receptora gustatória. - Causam a despolarização de modos variados – a liberação do neurotransmissor. **Por que sabores tem gostos diferentes? surgem a partir da ativação de grupos diferentes de neurônios gustatórios. **limiar: amargo (baixo), azedas (pouco mais alto), salgados e doces (mais altos) VIA GUSTATORIA Nervo facial (VII) - calículos gustatórios nos dois terços anteriores da língua Nervo glossofaríngeo (IX) - calículos gustatórios no terço posterior da língua Nervo vago (X) - os calículos gustatórios na garganta e na epiglote Calículos gustatórios - mpulsos nervosos são propagados ao longo desses nervos cranianos até o núcleo gustatório no bulbo. - Alguns axônios carregando os sinais gustatórios se projetam para o sistema límbicoe para o hipotálamo; outros se projetam para o tálamo. Os sinais gustatórios que se projetam a partir do tálamo para a área gustatória primária no lobo parietal do córtex cerebral dão origem à percepção consciente do paladar. Radiação eletromagnética é a energia na forma de ondas que é irradiada pelo sol Espectro eletromagnético é a variação de radiação eletromagnética (raios gama, raios X, raios UV, luz visível, radiação infravermelha, micro-ondas e ondas de rádio) Comprimento de onda é a distância entre dois picos consecutivos de uma onda eletromagnética Olhos são responsáveis pela detecção da luz visível, a parte do espectro eletromagnético com comprimentos de onda variando entre 400 e 700 nm. (exibe cores: depende do comprimento de onda) **400 nm é violeta e a luz com comprimento de onda de 700 nm é vermelha. **Se um objeto consegue absorver determinados comprimentos de onda da luz visível e refletir outros, esse objeto parecerá ter a cor do comprimento de onda refletido (branco porque ele reflete todos os comprimentos de onda da luz visível. Preto porque ele absorve todos os comprimentos de onda da luz visível) ESTRUTURAS ACESSORIAS DO OLHO • PALPEBRAS Cobrem os olhos durante o sono, protegem os olhos da luz excessiva e de objetos estranhos e espalham as secreções lubrificantes pelos bulbos dos olhos Pálpebra superior: mais móvel (músculo levantador da pálpebra superior) Fissura palpebral: espaço entre as pálpebras Ângulos: comissura lateral e comissura medial (carúncula lacrimal – glândulas sebáceas e sudoríferas) cada pálpebra consiste em epiderme, derme, tela subcutânea, fibras do músculo orbicular do olho, tarso, glândulas tarsais e túnica conjuntiva **tarso: prega espessa de tecido conjuntivo que dá forma e sustentação às pálpebras (glândulas tarsais – sebáceas – ajudam manter pálpebras aderidas **túnica conjuntiva é uma túnica mucosa protetora fina composta por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado sustentada por tecido conjuntivo areolar e com numerosas células caliciformes • CILIOS E SOBRANCELHAS Cílios (a partir da margem de cada pálpebra) e as sobrancelhas (atravessam transversamente e em formato de arco a parte superior das pálpebras) ajudam a proteger o bulbo do olho de objetos estranhos, da transpiração e da incidência direta dos raios solares. Glândulas sebáceas na base dos folículos pilosos dos cílios, chamadas de glândulas ciliares sebáceas, liberam um líquido lubrificante para os folículos. • APARELHO LACRIMAL grupo de estruturas que produzem e drenam o líquido lacrimal/lágrimas na lacrimação glândulas lacrimais: secretam o líquido lacrimal, que é drenado em 6 a 12 dúctulos excretores, que removem as lágrimas para a superfície da conjuntiva da pálpebra superior – bulbo do olho – pontos lacrimais – canalículos lacrimais – saco lacrimal – ducto lacrimonasal. **inervados pelas fibras parassimpáticas dos nervos faciais **liquido lacrimal: solução aquosa contendo sais, um pouco de muco e a lisozima. O líquido protege, limpa, lubrifica e umedece o bulbo do olho • MUSCULOS EXTRINSECOS DO BULBO DO OLHO Olhos estão nas orbitas - músculos extrínsecos do bulbo do olho se estendem das paredes da órbita até a esclera ocular e são circundados na órbita por volume significativo de gordura do corpo adiposo da órbita. reto superior, o reto inferior, o reto lateral, o reto medial, o oblíquo superior e o oblíquo inferior - inervados pelos nervos oculomotor (NC III), troclear (NC IV) ou abducente (NC VI) - movem o bulbo do olho lateralmente, medialmente, superiormente e inferiormente ANATOMIA DO BULBO DO OLHO área superficial total: apenas o sexto anterior encontra- se exposto; o restante está coberto e protegido pela órbita, onde ele se encaixa. Anatomicamente, a parede do bulbo do olho consiste em três camadas: (1) túnica fibrosa, (2) túnica vascular e (3) retina (túnica interna). • Túnica fibrosa: camada superficial, consiste na córnea anterior e na esclera posterior **esclera protege o bulbo do olho e proporciona a forma e um local de fixação resistente para os músculos extrínsecos do olho **córnea transparente, através da qual a luz entra no olho. Tem terminações nervosas (dor) • Túnica vascular: ou úvea, é a camada média. Composta por corioide, o corpo ciliar e a íris **corioide: vascularizada, nutrientes para a retina, contem melanócitos que produzem o pigmento melanina – cor marrom escura – corioide se torna o corpo ciliar ** corpo ciliar, um anel de tecido espesso que circunda a lente, músculo liso chamado músculo ciliar, que age para focar a lente **íris: é a parte colorida do bulbo do olho, quantidade de melanina na íris determina a cor do olho, regula a quantidade de luz que entra no bulbo do olho através da pupila (sua abertura). Apresenta músculos esfíncter e dilatador da pupila, que agem variando o tamanho da pupila • Retina/túnica interna: mais interna, é o início da via visual **disco óptico é o local em que o nervo óptico (II) deixa o bulbo do olho. Acompanhando o nervo óptico encontram-se a artéria central da retina, um ramo da artéria oftálmica, e a veia central da retina **estrato pigmentoso é uma lâmina de células epiteliais contendo melanina localizadas entre a corioide e a parte neural da retina. (absorve os raios de luz dispersos). suporta as células fotorreceptoras removendo as partes danificadas dessas células, mantendo a concentração iônica adequada no fluido que as circunda, reciclando o derivado de vitamina A utilizado para detecção da luz e transportando nutrientes dos vasos corioides para as células fotorreceptoras **estrato nervoso (sensorial) da retina é uma parte do encéfalo com múltiplas camadas que processa substancialmente os dados visuais antes de enviar impulsos nervosos para os axônios que formam o nervo óptico. Três camadas distintas de neurônios retinais – a camada fotorreceptora, a camada celular bipolar e a camada celular ganglionar › Quando estimulados pela luz, os neurônios fotorreceptores sinalizam as células bipolares, que, por sua vez, sinalizam as células ganglionares para que gerem potenciais de impulsos nervosos. Os axônios das células ganglionares seguem ao longo da superfície interna da retina e convergem posteriormente, formando o nervo óptico, que vai do olho até o encéfalo **interneurônios (células amácrinas e células horizontais) que processam e modificam a informação visual antes de ser enviada para centros superiores no encéfalo para processamentos posteriores. › fotorreceptores (cones e bastonetes) são células especializadas na camada fotorreceptora que começam o processo pelo qual os raios de luz são convertidos em impulsos nervosos **bastonetes: enxergar em ambientes de pouca luz (não fornece visão colorida) **cones: produzem visão colorida (azul, verde e vermelho) **Ambos possuem um segmento externo unido a um segmento interno por um cílio de conexão. Em ambos os tipos celulares, o corpo celular é contínuo com uma fibra interna que forma sinapses com a célula bipolar **segmentos externos são as regiões receptoras dos bastonetes e cones (cílios formado por discos, onde estão os pigmentos visuais que absorvem a luz – gera o potencial de ação) › Especializações regionais da retina: **parte anterior do olho, o estrato neural termina na margem posterior do corpo ciliar (ora serrata) **mácula lútea é o centro exato da parte posterior da retina, no eixo visual do olho **fóvea central: depressão no centro da mácula lútea, contém apenas cones. área de maior acuidade visual ou resolução **disco óptico/ponto cego: no centro da fóvea, elevação circular onde os axônios das células ganglionares se convergem e saem do olho como nervo óptico. Não possui fotorreceptor e a luz focalizada nele não pode ser interpretada. › Câmaras e fluidosinternos: lente e a sua zônula ciliar dividem o olho nos segmentos posterior e anterior **O segmento posterior é preenchido com o corpo (humor) vítreo transparente, uma substância gelatinosa que contém fibrilas de colágeno e uma substância fundamental que se liga a imensas quantidades de água. Tem funçoes de transmitir a luz, sustentar a superfície posterior da lente e manter o estrato nervoso da retina firmemente contra o estrato pigmentoso e ajudar a manter a pressão intraocular **Segmento anterior dividido em câmara anterior entre a córnea e a íris e uma câmara posterior entre a íris e a lente. O segmento anterior inteiro é preenchido com humor aquoso (mantem a pressão intraocular constante, que sustenta internamente o bulbo do olho e fornece nutrientes para a lente e a córnea) › Lente **é um disco biconvexo espesso e transparente que muda de forma para permitir a focalização precisa da luz sobre a retina **Atrás da pupila e da íris, dentro da cavidade do bulbo do olho. Nas células da lente, proteínas chamadas de cristalinas, organizadas como camadas de uma cebola, compõem o meio refrativo da lente. Ajuda a focar imagens na retina para facilitar a formação de uma visão nítida **Epitélio da lente, confinado na superfície anterior, consiste em células cuboides. O subconjunto de células epiteliais em volta da margem do disco da lente transforma-se continuamente em fibras da lente OLHO COMO DISPOSITIVO OPTICO Os raios de um ponto distante são paralelos entre si quando chegam ao olho, enquanto os raios de um ponto próximo convergem na retina em um único ponto focal Deflexão de luz: córnea, a lente e os humores Acomodação: focalizar objetos próximos **visão a distancia é o normal Pontos próximos precisam sofrer uma deflexão mais acentuada para haver foco na retina. Para isso, a lente torna-se arredondada: o músculo ciliar contrai de uma maneira complexa que libera a maior parte da tensão na zônula ciliar. Sem estar mais estirada, a lente torna-se arredondada em consequência do seu próprio recuo elástico. A acomodação é controlada pelas fibras parassimpáticas que sinalizam o músculo ciliar para contrair **uma imagem duplamente invertida (vertical e horizontal) do campo visual é projetada em cada retina. O córtex cerebral “desvira” a imagem de modo que vemos as coisas com a sua orientação real. VIAS VISUAIS A informação visual sai do olho e segue para o encéfalo a fim de sofrer processamento complexo VIAS VISAUAIS PARA O CORTEX CEREBRAL Os axônios das células ganglionares saem do olho no nervo óptico. No quiasma óptico em forma de X, situado na região anterior ao hipotálamo, os axônios da metade medial de cada olho decussam e depois continuam em um trato óptico. ** os axônios da área da retina lateral à fóvea não cruzam no quiasma óptico; eles continuam até o trato óptico ipsolateral. O par de tratos ópticos faz uma volta em torno do hipotálamo e envia a maior parte dos seus axônios para o núcleo geniculado lateral do tálamo, onde formam sinapses com neurônios talâmicos. Os axônios desses neurônios projetam--se pela cápsula interna e formam a radiação óptica na substância branca do cérebro. Essas fibras chegam ao córtex visual primário no lobo occipital, onde ocorre a percepção consciente das imagens visuais. **decussação parcial dos axônios no quiasma óptico está relacionada à percepção de profundidade/visão estereoscópica ou tridimensional. Apenas os axônios das metades mediais das duas retinas trocam de lado no quiasma óptico. O resultado é que todas as informações da metade esquerda do campo visual são direcionadas pelo trato óptico direito para serem percebidas pelo córtex cerebral direito. Do mesmo modo, a metade direita do campo visual é percebida pelo córtex visual esquerdo. Cada córtex cerebral recebe uma imagem da metade do campo visual, conforme visualizadas pelos dois olhos diferentes a partir de ângulos ligeiramente diferentes. Depois o córtex compara essas duas imagens parecidas, porém diferentes, e ao fazê-lo cria a percepção de profundidade VIAS PARA OUTRAS PARTES DO CEREBRO axônios dos tratos ópticos enviam ramificações para o mesencéfalo - colículos superiores (núcleos reflexos que controlam os músculos extrínsecos do olho) e para os núcleos pré-tectais, que medeiam os reflexos de luz pupilares. Outros ramos dos tratos ópticos seguem para o núcleo supraquiasmático do hipotálamo, que é o“temporizador” que rege nossos biorritmos diários e requer estímulos visuais para mantê-lo em sincronia com o ciclo de luz- escuridão. a orelha externa e a orelha média (audição) e a orelha interna (audição e equilíbrio) ORELHA EXTERNA • Aurícula: orelha/ projeção em forma de concha que circunda a abertura do meato acústico externo. Contem a helige (margem) e o lóbulo da orelha (sem cartilagem) A função da orelha é reunir e afunilar (amplificando, assim) as ondas sonoras que entram no meato acústico externo. Além disso, a maneira como o som rebate nas suas cristas e cavidades fornece pistas para o encéfalo quanto à direção do som. • Meato acústico externo: tubo curto que segue medialmente, da orelha até o tímpano. Perto da orelha apresenta cartilagem elástica e no terço medial forma um túnel através do osso temporal. **revestido com pele contendo pelos, glândulas sebáceas e sudoríferas apócrinas/glândulas ceruminosas que secretam cerume/cera que aprisiona o pó e repele os insetos, mantendo-os fora do canal auditivo Membrana timpânica/tímpano: onde entram as ondas sonoras que vem do meato acústico externo. Forma o limite entre as orelhas externa e média. **As ondas sonoras que viajam pelo ar fazem que o tímpano vibre, e este, por sua vez, transfere as vibrações para ossos minúsculos na orelha média ORELHA MEDIA – CAVIDADE TIMPANICA Espaço pequeno e cheio de ar dentro da parte petrosa do osso temporal, revestido por uma membrana mucosa fina Limite lateral: membrana timpânica Limite medial: parte do osso que o separa da orelha interna (orifícios - janela do vestíbulo (oval) superior e uma janela da cóclea (redonda) inferior) Projeta-se superiormente para formar o recesso epitimpânico Limite superior: teto da parte petrosa do osso temporal Parede posterior: abre para o antro mastóideo, um canal que leva às células mastóideas (que contêm ar), utilizando o antro como passagem Parede anterior: atrás da artéria carótida interna, e também contém a abertura da tuba auditiva Limite inferior: assoalho ósseo fino, sob o qual se situa a importante veia jugular interna • Tuba auditiva: liga a orelha média à faringe. Normalmente achatado e fechado pode ser aberto brevemente pela deglutição ou bocejo, de modo que a pressão do ar na orelha média equalize com a pressão do ar externa **tímpano não vibra livremente, a menos que a pressão em ambas as suas superfícies seja a mesma • Cavidade timpânica: ossículos da audição (menores ossos do corpo) que transmitem as vibrações do tímpano através da cavidade para um fluido na orelha interna – martelo, bigorna e estribo **O cabo do martelo conecta-se ao tímpano e a base do estribo vibra contra a janela do vestíbulo ** Concentrando as vibrações do tímpano na janela do vestíbulo, que é muito menor, os ossículos amplificam a pressão das vibrações sonoras em aproximadamente 20 vezes. Sem os ossículos, as pessoas só conseguiriam ouvir sons altos • Músculos: tensor do tímpano (insere-se no martelo) e estapédio (estribo) **Quando as orelhas são invadidas por sons muito altos, esses músculos contraem reflexivamente para limitar a vibração dos ossículos e, assim, evitar danos aos receptores auditivos ORELHA INTERNA – LABIRINTO Situa-se dentro das paredes protetoras espessas da parte petrosa do osso temporal • Labirinto ósseo: é uma cavidade na parte petrosa do ossotemporal que consiste em um sistema de canais tortuosos que possuem três partes (canais semicirculares, o vestíbulo e a cóclea) • Labirinto membranáceo: é uma série contínua de sacos e ductos com paredes membranosas que se encaixam com folga no labirinto ósseo e acompanham mais ou menos o seu contorno. Parede lateral com tecido conjuntivo revestido por epitélio escamoso simples (contêm os receptores para o equilíbrio e audição) - Ductos semicirculares: um dentro de cada canal semicircular, contêm os receptores sensitivos para os movimentos de virar a cabeça. - Utrículo e o sáculo: ambos no vestíbulo. Os receptores sensitivos que monitoram a posição e a aceleração linear da cabeça estão situados nessas porções do labirinto membranáceo - Ducto coclear, situado dentro da cóclea, contém os receptores sensitivos para a audição. **O labirinto membranáceo é preenchido por endolinfa e o labirinto ósseo é preenchido c perilinfa (contínua com o fluido cerebrospinal). CÓCLEA é uma câmara em espiral localizada na parte inferior do labirinto ósseo Modíolo: onde enrola-se (a partir de sua conexão ao vestíbulo). Tem uma projeção óssea espiralada chamada lâmina espiral óssea ** Passando pelo núcleo ósseo do modíolo encontramos o nervo coclear, que é a divisão coclear do nervo vestibulococlear (VIII) Ducto coclear: parte espiralada do labirinto membranáceo dentro da cóclea Cheio de endolinfa, situa-se entre a rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano **A rampa do vestíbulo e a rampa do tímpano são contínuas entre si no ápice da cóclea, em uma região chamada helicotrema DUCTO CÓCLEAR é a parte do labirinto membranáceo que contém os receptores sensitivos para a audição teto: membrana vestibular parede externa: é a estria vascular, um epitélio incomum contendo capilares e que secreta a endolinfa da orelha interna assoalho: membrana basilar, sustenta o órgão espiral – epitélio receptor para a audição **Esse epitélio consiste em células de sustentação colunares e uma fileira de células ciliadas internas e duas fileiras de células ciliadas externas, que são células receptoras. No ápice da célula, as pontas dos cílios, os estereocílios, estão incorporadas em uma membrana tectória gelatinosa; em sua base, as células ciliadas formam sinapse com as fibras sensitivas do nervo coclear cujos corpos celulares ocupam um gânglio espiral na lâmina espiral óssea e no modíolo e cujas fibras centrais se projetam para o encéfalo. **As células ciliadas internas e externas possuem três estereocílios de tamanho crescente que se estendem da superfície do ápice da língua de cada célula. Os estereocílios das células ciliadas internas estão dispostos linearmente; os das células ciliadas externas formam um padrão em W MECANISMO DA AUDIÇÃO • células ciliadas internas são os verdadeiros receptores que transmitem as vibrações da membrana basilar para o nervo coclear. • células ciliadas externas estão envolvidas no ajuste permanente da cóclea e na amplificação do sinal. Recebem fibras eferentes do encéfalo que provocam estiramento e contração dessas células, aumentando a capacidade de resposta dos receptores das células ciliadas internas (o amplifica os sons em 100 vezes) MÁCULAS utrículo e o sáculo abrigam um ponto de epitélio sensitivo chamado mácula. contêm células receptoras que monitoram a posição da cabeça quando ela é mantida imóvel (equilíbrio estático) **Essas células receptoras também monitoram as mudanças em linha reta na velocidade e na direção dos movimentos da cabeça — ou seja, aceleração linear —, mas não os movimentos de rotação da cabeça. Contem células de sustentação colunares e receptores espalhados, chamadas células ciliadas. As células ciliadas formam sinapse com as fibras sensitivas do nervo vestibular, que é a divisão vestibular do nervo vestibulococlear (VIII) Cada célula ciliar possui Esterocílios e um único cinocílio, a ponta desses pelos estão embutidas em uma membrana dos estatocônios sobrejacente, que na realidade é um disco gelatinoso que contém cristais pesados de carbonato de cálcio chamados estatocônios ou otólitos. **Equilíbrio estático: A mácula e o utrículo possuem uma orientação horizontal dentro da orelha. Quando uma pessoa mantém a cabeça inclinada, a pesada membrana dos estatocônios puxa para baixo, curvando os cílios receptores e sinalizando ao nervo vestibular para que avise ao encéfalo que a cabeça está inclinada. A mácula do sáculo, por outro lado, possui uma orientação vertical dentro da orelha, então seus estatocônios pesados puxam os cílios para baixo sempre que a cabeça estiver ereta, sinalizando ao encéfalo que a cabeça está em uma posição não inclinada ** Aceleração linear: sempre que o corpo balança para a frente, para cima ou para os lados em uma linha reta, a pesada membrana dos estatocônios fica para trás, mais uma vez curvando os cílios e avisando ao encéfalo. **As máculas são inervadas por dois ramos do nervo vestibular. Os neurônios sensitivos nesse nervo são neurônios bipolares, com os corpos celulares localizados nos gânglios superior e inferior. Esses gânglios situam- se no meato acústico interno, na parte petrosa do osso temporal CANAIS SEMICIRCULARES E DUCTOS SEMICIRCULARES os canais semicirculares abrigam os receptores para a aceleração rotacional da cabeça. situam-se no lado posterior e lateral ao vestíbulo canais semicirculares anterior e posterior situam-se nos planos verticais em ângulos retos entre si, enquanto o canal semicircular lateral se situa quase horizontalmente **Parte do labirinto membranáceo, o ducto semicircular, esgueira-se através de cada canal semicircular. Cada ducto semicircular possui uma intumescência chamada ampola membranácea dentro da ampola óssea correspondente CRISTAS AMPULARES Cada ampola membranácea abriga uma pequena crista chamada crista ampular. As três cristas ampulares contêm células receptoras que medem a aceleração rotacional (angular) da cabeça Cada crista possui um epitélio em seu topo que, como a mácula, contém células de sustentação e células ciliadas receptoras. Os “pelos” dessas células ciliadas projetam-se em uma massa gelatinosa que lembra um boné pontudo, a cúpula ampular; as partes basais das células ciliadas formam sinapses com as fibras do nervo vestibular. Quando a cabeça começa a girar, a endolinfa no ducto semicircular fica para trás, empurrando a cúpula e curvando os cílios. À medida que seus cílios inclinam, as células ciliadas despolarizam e mudam o padrão dos impulsos transmitidos pelas fibras do nervo vestibular para o encéfalo. VIAS DA AUDICAO E DO EQUILIBRIO • Via auditiva ascendente transmite informações principalmente auditivas dos receptores cocleares das células ciliadas internas para o córtex cerebral Impulsos passam pelo nervo coclear para os núcleos cocleares no bulbo. A partir dali, alguns neurônios projetam-se para os núcleos olivares superiores, que se situam na junção do bulbo e da ponte. Além desse ponto, os axônios sobem no lemnisco lateral (um trato de fibras) para o colículo inferior (o centro reflexo auditivo no mesencéfalo), que se projeta para o núcleo geniculado medial do tálamo. Os axônios dos neurônios talâmicos projetam-se para o córtex auditivo primário, que proporciona a percepção consciente do som. **A via auditiva é incomum pelo fato de que nem todas as suas fibras cruzam para o outro lado do encéfalo. Portanto, cada córtex auditivo primário recebe impulsos de ambas as orelhas **Núcleos olivares superiores e colículo inferior participam na localização dos sons. • Via do equilíbrio: transmite informações sobre a posição e os movimentos da cabeça através do nervo vestibular para o tronco encefálico. (informação vai para os centros encefálicos inferiores – reflexos primarios) Os núcleos vestibularesno bulbo e no cerebelo são os principais centros encefálicos para processar as informações sobre equilíbrio. Uma via menos importante para o córtex cerebral proporciona percepção consciente da posição e dos movimentos da cabeça. Nessa via menos importante, as fibras do nervo vestibular projetam-se para os núcleos vestibulares, depois para o tálamo e então para a parte posterior da ínsula do cérebro. TORTORA, Gerard J. Principios de anatomia e fisiologia . 14 ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019 ELAINE N. MARIEB, Patricia Brady Wilhelm e Jon Mallatt. Anatomia humana,. 7ed.. Editora Pearson, 204 STEFANI, Rodrigo R. MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS: PRINCIPAIS ETIOLOGIAS CONHECIDAS, IMPACTO POPULACIONAL E NECESSIDADE DE MONITORAMENTO
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