Buscar

Direito Processual do Trabalho - Inquérito Judicial para Apuração de falta Grave

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 1 
INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE 
Fundamento legal: artigos 494 e 853 a 855 da Consolidação das Leis Trabalhistas. 
 
INTRODUÇÃO 
Conceito: o inquérito judicial é a ação de conhecimento de rito especial, de natureza 
desconstitutiva (constitutivo-negativa) que visa a resolução do contrato individual de trabalho de 
um empregado estável, mediante comprovação judicial de falta grave por ele cometida. Isso 
consubstancia uma dupla proteção ao empregado, isto porque além da estabilidade, ele terá a 
seu favor uma ação judicial que busca comprovar se há de fato uma falta grave, sendo possível 
o contraditório e da ampla defesa. Falta grave/justa causa são expressões sinônimas, a falta 
grave possibilita a demissão por justa causa. A maioria das hipóteses de falta grave, possuem 
previsão no artigo 482 da Consolidação das Leis Trabalhistas. A justa causa deve atender 
requisitos cumulativos, requisitos estes que são objetivos; subjetivos e circunstanciais. 
Sendo que, segundo a doutrina majoritária, o ônus da prova é do empregador, conforme ainda, 
súmula 212 do TST, atendendo ao princípio da continuidade na relação de emprego. 
Prazo: trata-se de um prazo decadencial de 30 dias contados da data da suspensão do 
empregado estável, neste sentido temos as súmulas 403 do STF e 62 do TST. 
Partes: A. polo ativa: empregador/requerente (demandante); B. polo passivo: 
empregado/requerido (demandado). 
Competência funcional e territorial da justiça do trabalho: quanto a competência funcional, 
temos que será do primeiro grau de jurisdição trabalhista (vara do trabalho e/ou juiz do trabalho 
ou juiz de direito investido). Quanto a competência territorial, há a aplicação do artigo 651 da 
Consolidação das Leis Trabalhistas, na qual são fixadas as regras de competência territorial da 
justiça do trabalho, dentre elas, a regra da prestação de serviço, estando o empregado no polo 
passivo ou ativo. 
Número máximo de testemunhas: dispõe o artigo 821 da Consolidação das Leis Trabalhistas. 
Sendo o máximo de 6 testemunhas para cada parte. 
Observação: este número não se aplica ao juiz do trabalho, tendo ele, liberdade para condução 
do processo, sendo ele a maior ou menor, seguindo o princípio da verdade real. Toda essa 
ação é direcionada aos empregados estáveis, mas nem todo empregado estável tem direito a esta 
ação, vejamos: Empregados estáveis: Exemplo: dirigente sindical (artigo 8º, VIII da Constituição 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 2 
Federal + artigo 543, §3º da Consolidação das Leis Trabalhistas + Súmulas 369 e 379 do TST + 
OJ's 365 e 369 da SDI-1 do TST). 
Observação: empregados estáveis que não gozam da proteção do inquérito judicial: 
A. gestante (artigo 10, II, b do ADCT + Súmula 244 do TST+ artigo 391-A da Consolidação das 
Leis Trabalhistas); 
B. cipeiro (representante dos empregados membro da cipa - comissão interna de preveção de 
acidentes) (artigo 10, II, a do ADCT + artigos 164 e 165 da Consolidação das Leis Trabalhistas e 
Súmula 339 do TST); 
C. acidentado (artigo 118 da Lei 8.213/91 + Súmula 378 do TST). 
Efeitos da sentença: A. procedência: houve o reconhecimento judicial da falta grave do 
empregado estável, isto leva a resolução do respectivo contrato individual de trabalho, com 
efeitos retroativos ao dia da suspensão. 
B. improcedência: a justiça do trabalho não reconheceu a falta grave do empregado estável, 
ocorrendo a sua reintegração com o pagamento do salário e demais direitos correspondentes 
ao período de afastamento (pedido no bojo da própria contestação, chamado de pedido 
contraposto) (artigo 495 da Consolidação das Leis Trabalhistas).

Outros materiais