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Inspeçã� d� Me� ● A região sul é a região que mais produz mel no Brasil ● Mel é o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia. ● As abelhas transformam a matéria prima em mel por meio da ação de enzimas e processos físicos, depositam nos alvéolos desidratando até a maturidade, selando o opérculo com cera. O mel maduro é aquele em que todos os opérculos estão fechados. ● Néctar (80% de água) -> ação das enzimas salivares na vesícula melífera e na glândula faringeana -> passagem entre abelhas depositando a matéria prima nos alvéolos (50% de água) -> dentro da colmeia a corrente de ar e aquecimento faz com que fique 20% de umidade e diminua a quantidade de microrganismos -> fechamento do alvéolo e formação do mel maduro (40-60 ufc por grama) -> 1 semana após o fechamento há 0 ufc por grama (sem microrganismos) ● Enzimas: invertase, diastase e glicose oxidase ● O teor de umidade e de sacarose (mel verde = mais sacarose) diz se o mel está maduro ou não -> quanto maior a umidade maior o número de microrganismos Componentes do Mel ● Invertase: pega o carboidrato presente na matéria prima e quebra a sacarose em glicose e frutose. A maturação do mel consiste nessa transformação progressiva, formando ainda outros açúcares (maltose, malturose e isômeros) ● Diastase: atua sobre o amido transformando-o em maltose. Ela é termosensível, a 60 graus ela é desnaturada ->parâmetro para detectar o aquecimento de mel ● Glicose-Oxidase: quebra a glicose formando ácido glucônico que é o principal composto ácido do mel e peróxido de hidrogênio (efeito antimicrobiano enquanto a concentração de açúcar está em um nível elevado). -> alta acidez pode caracterizar atividade microbiana (presença de espuma e bolhas no mel) ● A catalase e fosfatase facilitam a associação açúcar - álcool, auxiliando a desintoxicação alcoólica pelo mel. Dependendo da fonte floral e quantidade de pólen coletada pelas abelhas. ● Açúcares: monossacarídeos (80%) e dissacarídeos (10%) ★ Açúcares redutores: tendência de cristalização, mel com maior teor de glicose cristaliza mais fácil, poder adoçante (+ frutose) e higroscopicidade (absorção de umidade do ar) -> importante controlar a umidade relativa do ar ★ Sacarose: mel imaturo ou fraudado ★ Mel com mais umidade é mais fluido. ● Água: componente mais importante de mel ★ Fortemente ligada às açúcares ★ 17 a 20% ★ Alta umidade: fermentação por leveduras ★ Higiene inadequada (extração, manipulação e envase): pode trazer contaminantes que fermentam o mel produzindo uma acidez elevada ★ Centrifugação em locais úmidos: aumenta a área de exposição do mel à umidade que faz com que aumente a umidade do mel ★ Acondicionamento prolongado e em local inadequado: frascos mal vedados, locais úmidos demais também alteram a umidade. ● Proteína: baixa concentração. Prolina é o principal aminoácidos que vem da secreção salivar da abelha (200 mg/kg como parâmetro de maturidade) ● Ácidos orgânicos: influencia no sabor, aroma e estabilidade microbiológica. Ácido glucônico, málico, cítrico… ● Vitaminas e minerais: 0,02 a 1%. A filtração reduz as vitaminas quando retira o pólen ● Flavorizantes (aldeídos e álcoois), pigmentos e flavonóides Características Sensoriais ● Cor: interferência direta da florada, espécie de abelha e concentração de minerais ★ Mel mais escuro = maior concentração de minerais e sabor e aroma mais forte ★ Mel mais claro é mais suave com menor concentração de minerais ● Sabor e aroma: tipo de origem da matéria prima ★ Para colocar que o mel é de determinada matéria prima precisa certificar de que pelo menos 80% da região floral é desse componente -> quando não certifica = mel multifloral ou silvestre ★ Tipificação: eucalipto, silvestre, laranjeira ★ Doce: a frutose tem poder adoçante maior 2,5x do que a glicose e 1,5x do que sacarose ★ Sabor ácido = ác. orgânicos, exposição excessiva de fumaça e fermentação ● Consistência: de líquido a cremoso passando por cristalizado e granulado ● Homogeneidade: homogêneo após decantação ★ Mistura de apiários e floradas diferentes ● Higroscopicidade: alta capacidade ★ U.R de 60%: absorve ou libera ★ Não recomendado centrifugar ou envasar mel em dias de chuva (usar o desumidificador) ● Umidade ★ deve estar no máximo em 20% ★ mel verde = 25-30% ★ mel maduro = 17-25% ★ operculação e evaporação e desdobramento da sacarose: diminui a umidade ★ o mel das abelhas nativas (Melipona) tem um teor de umidade maior do que o que a legislação permite. ★ Fermentação (leveduras osmofílicas): maiores níveis de fermentação se a umidade estiver maior que 20% e menor fermentação se a umidade for menor que 17%. Quando a umidade estiver entre 17 e 20% vai depender da contagem de leveduras ★ Umidade é determinada pela temperatura do armazenamento, umidade e contaminação de leveduras. ● Cristalização: processo natural de separação da glicose. Todo mel cristaliza ★ Mais glicose = rápida cristalização ★ depende também da origem florada, temperatura e umidade ★ 12 e 15 C: granulação (crisais grosseiros) ★ 20 a 25 C: cristalização (cristais finos) ★ 35 a 40 C: dissolver cristais Processamento do Mel ● Apiário ★ O alimento para as abelhas deve estar em um raio de 2km e fonte de água em um raio de 100 m. ★ Deve ser protegido dos ventos ★ Distância mínima de 3 km de outros apiários, aterros, usinas e outras fontes de contaminação. ★ O apiário é a unidade de extração de produtos de abelhas ● Entreposto de mel e cera de abelhas: entreposto de beneficiamento de produtos de abelhas e derivados ● Fluxograma básico de produção de mel: 1. Recepção ★ Feita em uma plataforma ou área fechada que deve ser telada ★ Não pode colocar o material no chão, por isso deve ter estrados ★ O mel vem nas melgueiras próprias ou caixas da indústria: o processo de higiene é facilitado quando é feita com as caixas da indústria ★ Seleção, organização e limpeza prévia das melgueiras ★ Óculo para área de manipulação,extração -> passa a melgueira pelo óculo. Isso é importante para que as pessoas que estão na área suja não entrarem na área suja 2. Desoperculação ★ Retirada da cera dos alvéolos (dos quadros) ★ Feita na mesa com um garfo desoperculador ★ Pode ser feito com a faca elétrica ou com um aparelho automatizado 3. Centrifugação ★ Retirada de mel dos quadros desoperculados ★ A retirada do mel também pode ser feita de outras formas, como o mel espremido 4. Filtração ★ Peneiras em cima de baldes ★ Não permitidos: coadjuvantes (carvão ativado, argila) ★ O filtro deve ser de malha (80 mesh) ou de linha (indústrias mais automatizadas) ★ Feito com um material que facilite a limpeza e seja resistente 5. Decantação ★ Coloca o mel em tanques verticais e deixa por um tempo para que as sujidades (bolhas, partículas não filtradas…) subam pelo processo de decantação e possa ser retiradas do mel ★ 48 a 72 horas 6. Homogeneização* ★ É uma etapa opcional para os casos em que se mistura méis de produtores diferentes e grandes volumes de mel ★ Pode ser manual ou mecanizada 7. Envase, rotulagem, estocagem e expedição ★ O envase e a rotulagem devem ser feitos de forma que evite a formação de bolhas ★ A estocagem e expedição pode ser feita a granel (em baldes de 25 ou 300 kg) ou fracionado (direto pro consumidor…bisnaguinhas, sachês…) ★ Deve ser estocado em estrados, organizar de acordo com a produção, tipo de mel…, em um local protegido de luz, com baixa umidade e temperatura controlada (em torno de 20-25 graus), que tenha controle de insetos, ventilado, telado e que facilite a organização dos produtos. ★ Quanto mais tempo de estocagem mais chances o mel tem de alterar suas propriedades físico-químicas. ● Banho maria (40-45 graus - não desnatura a diastase): descristalizaro mel ● Desumidificador: usado em áreas com umidade alta Classificações: rtiq do mel ● Quanto à origem: ★ Floral ➢ Uni ou monofloral: de uma só espécie de flor ➢ Multi ou polifloral: de várias espécies de flor ★ Melato: mel das excreções de insetos sugadores de plantas ● Quanto à obtenção do mel ★ Escorrido ★ Prensado ★ Centrifugado ★ O método adotado deve ser mantido ● Quanto à apresentação ou processamento do mel ★ Mel líquido ou cristalizado ★ Mel em favos ou seções ★ Mel com pedaços de favo ★ Mel cristalizado o granulado ★ Mel cremoso ★ Mel filtrado Cera de Abelhas ● É o produto de consistência plástica, de cor amarelada, muito fusível (derrete e solidifica facilmente), secretado pelas abelhas para a formação dos favos nas colméias ● Classificação: ★ Cera de abelhas bruta ★ Cera de abelhas branca ou pré-beneficiada: descolorida pela luz, ar ou processo químico ● Pode ser usada para a confecção de novos favos ● Utilizada com o pólen para vedar a colmeia contra a ação dos predadores e microorganismos ● Matéria prima na indústria de cosméticos e velas ● Composição de uma mistura de ácido gordurosos, álcool e hidrocarbonetos de alto peso molecular Pólen apícola ● É o resultado da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no ingresso da colméia ● Classificação: ★ Pólen apícola ★ Pólen apícola desidratado (42 C e umidade até 4%) ● Coletado e transportado pelas abelhas para a colmeia, numa estrutura localizada no terceiro par de pernas e denominada corbícula ● Utilizado pelas abelhas na produção de alimento (geleia real) ● Pode ser comercializado acondicionado junto com o mel in natura Própolis ● É o produto oriundo de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas colhidas pelas abelhas, de brotos, flores e exsudados de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para elaboração final do produto ● A produção do extrato de própolis é feito por meio da extração em álcool neutro ● Classificado de acordo com o teor de flavonóides: ★ Baixo (até 1% m/m) ★ Médio (> 1 a 2% m/m) ★ Alto (> 2% m/m) ● As abelhas utilizam a própolis para protegê-las contra os insetos e microorganismos empregando-a no reparo de fresas ou danos à colmeia ● Possui ação antimicrobiana e propriedades anti-inflamatórias Geleia Real ● É o produto da secreção do sistema glandular cefálico (glândulas hipofaringeanas e mandibulares) das abelhas operárias, coletada até 72 horas ● Geleia real liofilizada ● Classificação (quanto ao processo de obtenção) ★ Fresca: coletada da célula real, retirada a larva e filtrada ★ In natura: mantida e comercializada na célula real, retirada a larva Testes Físico-Químicos (RTIQ) ● Maturidade: avaliado pelo nível de transformação da sacarose e umidade ★ Maior umidade = menos maduro ★ Muita sacarose = menos maduro ● Análises: ★ Umidade (refratometria): máx. 20% ★ Açúcares redutores (titulometria): mín. 65g/100g (floral); 60g/100g (melato) ★ Sacarose (titulometria): máx. 6g/100 g (floral); 15g/100g(melato) ● Pureza: determina a qualidade do produto pelo processo (ex.: prensado) ou tipo de mel (floral ou melato) ● Análises: ★ Sólidos insolúveis em água (gravimetria): máx. de 0,1g/100g (o prensado permite ter até 0,5g/100g) ★ Minerais ou cinzas (incineração): máx. 0,6g;100g (floral) e 1,2g;100g (melato) ★ Pólen (microscopia): mel deve apresentar grãos de pólen ● Deterioração: para verificar a qualidade final do produto ● Análises: ★ Fermentação: o produto final deve estar sem indícios de fermentação (cheiro, espuma e acidez) ➢ As leveduras usam os açúcares como forma de alimento formando álcool, ácido acético e gás carbônico ➢ Temperatura, umidade e contagem inicial de leveduras influencia na ocorrência da fermentação ★ Acidez máx. 50 mEq;kg (titulometria): analisa a estabilidade microbiológica (teste da fenolftaleína) ★ Atividade diastásica (espectrofotometria): mín. 8 na escala Gothe ➢ Reduzida por aquecimento acima de 60 C ➢ Adição de açúcar (fraude) ➢ Armazenamento maior de 6 meses ★ Hidroximetilfurfural (espectrofotometria): reação dos açúcares com ácidos orgânicos (máx. 60 mg;kg) ➢ alto teor = baixa qualidade do mel. Devido a aquecimento ou estocagem prolongada e por fraude por adição de açúcar (xarope de milho, beterraba, xarope invertido) Parâmetros Limites Umidade Máx. 20% Sacarose Máx. 6% ou 15% Pólen Presença Acidez Máx. 50 mEq/kg pH 3,3 a 4,6 Cinzas Máx. 0,6% ou 1,2% Açúcares redutores Mín. 65% ou 60% Sólidos insolúveis 0,1% ou 0,5% Atividade Diastásica Mín. 8 na escala de Goethe Hidroximetilfurfural Máx. 60 mg/kg Testes Qualitativos (complementares) ● Reação do Lugol ★ Iodo/iodeto de potássio ★ Detecta a alteração no mel: presença de amido e dextrinas ★ Mel alterado = coloração azul ● Prova de Lund ★ Analisa a presença de substâncias albuminóides, normais do mel natura -> ácido tânico ★ Normal: 0,6 a 3 ml precipitado ★ Adulterado ou artificial: mínimo ou não ocorre ● Prova de Fiehe: analisa a presença de hidroximetilfurfural ★ Vermelho = positivo ● Teor de Brix (refratometria): analisa o teor de sólidos solúveis ★ Analisa o total de açúcar (%) por meio do refratômetro ● Viscosidade (viscosimetria): relacionado a água e temperatura. É um parâmetro sensorial ● Cor (espectrofotometria): influência da origem, clima, temperatura e composição ● pH (pHmetro): <4 (floral) e >4,5 (melato) ● Análise polínica: identificação da origem floral pelos grãos de pólen ● Elementos químicos (cromatografia): bioindicadores de contaminação ambiental e CCD (morte de várias abelhas) ● Condutividade elétrica (condutometria): analisa a adulteração e origem do mel - relaciona-se com a presença de cinzas, pH, acidez e teor de proteína ● Índice de formol (titulometria): compostos aminados e adulteração (baixo indica xaropes e alto indica alimentação suplementar protéica) ● Compostos fenólicos (espectrofotometria):metabólitos secundários com função antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana Microbiologia do Mel ● Microbiota natural do mel = bolores e leveduras ★ Vem do pólen, do aparelho digestivo das abelhas, do pó, do ar, do solo e do néctar ● Microbiota secundária (devido de condições higiênico-sanitárias) ★ Proveniente de manipuladores, contaminação cruzada, instalações (ventos, insetos, animais domésticos), equipamentos e utensílios ★ Coliformes totais (< 3,0 NMP/g) ★ Clostridium botulinum (por isso o mel é contraindicado para crianças com menos de 1 ano) Legislação - riispoa art. 264 - 268 ● Art. 264: a inspeção de produtos de abelhas e derivados abrange a verificação da extração, do acondicionamento, da conservação, do processamento, da armazenagem, da expedição e do transporte dos produtos de abelhas. ● Art. 265: as análises de produtos de abelhas devem abranger as características sensoriais e as análises determinadas em normas complementares, além da pesquisa de indicadores de fraudes que se façam necessárias. ★ Parágrafo único: quando detectada qualquer não conformidade nos resultados das análises de seleção de matéria-prima, o estabelecimento receptor será responsável pela destinação adequada do produto. ● Art. 266: o mel e o mel de abelhas sem ferrão, quando submetidos ao processo de descristalização, pasteurização ou desumidificação, devem respeitar o binômio tempo e temperatura e o disposto em normas complementares ● Art. 267: os estabelecimentos de produtos de abelhas são responsáveis por garantir identidade, a qualidade e a rastreabilidade dos produtos, desde sua obtenção na produção primária até a recepção no estabelecimento, incluído o transporte ★ § 1: os estabelecimentos que recebem produtos oriundos da produção primária devem possuir cadastro atualizado de produtores ★ § 2: os estabelecimentos que recebem produtos da produção primária são responsáveis pela implementação de programas de melhoria da qualidade da matéria-prima e de educação continuada dos produtores ● Art. 267 - A: a extração da matéria-primapor produtor rural deve ser realizada em local próprio, inclusive em unidades móveis, que possibilite os trabalhos de manipulação e acondicionamento da matéria-prima em condições de higiene. ● Art. 268 - os produtos de abelhas sem ferrão devem ser procedentes de criadouros, na forma de meliponários autorizados pelo órgão ambiental competente. Legislação - riispoa art. 22 ● Art. 22 § 2: entende-se por unidade de beneficiamento de produtos de abelhas o estabelecimento destinado à recepção, à classificação, ao beneficiamento, à industrialização, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de produtos e matérias-primas pré-beneficiadas provenientes de outros estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados, facultada a extração de matérias-primas recebidas de produtores rurais Legislação - riispoa art. 413-426 ● Art. 413: produtos de abelhas são aqueles elaborados pelas abelhas, delas extraídos ou extraídos das colmeias, sem qualquer estímulo de alimentação artificial capaz de alterar sua composição original, classificando-se em: 1. produtos de abelhas do gênero Apis, que são o mel, o pólen apícola, a geleia real, a própolis, a cera de abelhas e a apitoxina 2. produtos de abelhas sem ferrão ou nativas, que são o mel de abelhas sem ferrão, o pólen de abelhas sem ferrão e a própolis de abelhas sem ferrão P.U: os produtos de abelhas podem ser submetidos a processos de liofilização, de desidratação, de maceração ou a outro processo tecnológico específico. ● Art. 414: mel é o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre as partes vivas das plantas que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam maturar nos favos da colmeia. ● Art. 415: mel para uso industrial é aquele que se apresenta fora das especificações para o índice de diastase, de hidroximetilfurfural, de acidez ou em início de fermentação, que indiquem alteração em aspectos sensoriais que não o desclassifica para o emprego em produtos alimentícios. ● Art. 416: pólen apícola é o produto resultante da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no ingresso da colmeia. ● Art. 417: geleia real é o produto da secreção do sistema glandular cefálico, formado pelas glândulas hipofaringeanas e mandibulares de abelhas operárias, colhida em até setenta e duas horas. ● Art. 418: própolis é o produto oriundo de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas de brotos, flores e de exsudatos de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para a elaboração final do produto. ● Art. 419: cera de abelhas é o produto secretado pelas abelhas para formação dos favos nas colmeias, de consistência plástica, de cor amarelada e muito fusível. ● Art. 420: apitoxina é o produto de secreção das glândulas abdominais ou das glândulas do veneno de abelhas operárias, armazenado no interior da bolsa de veneno. ● Art. 421: mel de abelhas sem ferrão é o produto alimentício produzido por abelhas sem ferrão a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam maturar nos potes da colmeia. P.U: não é permitida a mistura de mel com mel de abelhas sem ferrão ● Art. 422: pólen de abelhas sem ferrão, é o produto resultante da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias sem ferrão, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido dos potes da colmeia. P.U: não é permitida a mistura de pólen com pólen de abelhas sem ferrão ● Art. 423: própolis de abelhas sem ferrão é o produto oriundo de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas sem ferrão de brotos, de flores e de exsudatos de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para a elaboração final do produto P.U: não é permitida a mistura de própolis com própolis de abelhas sem ferrão Dos ����va��� d� ��od���� de ����ha ● Art. 424: derivados de produtos de abelhas são aqueles elaborados com produtos de abelhas, com adição ou não de ingredientes permitidos, classificados em: 1. composto de produtos de abelhas sem adição de ingredientes 2. composto de produtos de abelhas com adição de ingredientes ● Art. 425: composto de produtos de abelhas sem adição de ingredientes é a mistura de dois ou mais produtos de abelhas combinados entre si, os quais devem corresponder a cem por cento do produto final ● Art. 426: composto de produtos de abelhas com adição de ingredientes é a mistura de um ou mais produtos de abelhas, combinados entre si, com adição de ingredientes permitidos. ★ § 1: o composto de produtos de abelhas com adição de ingredientes deve ser constituído, predominantemente, em termos quantitativos, de produtos de abelhas ★ § 2: é proibido o emprego de açúcares ou de soluções açucaradas como veículo de ingredientes de qualquer natureza na formulação dos compostos de produtos de abelhas com adição de outros ingredientes. Portaria 06/1985 - higiene das dependências, dos equipamentos e do pessoal ● Devem ser instalados depósitos para o lixo, providos de tampa, afastados do corpo do prédio industrial, os quais devem ser descarregados diariamente tantas vezes quantas forem necessárias. ● Objetivando a manutenção da higiene geral do estabelecimento, a Inspeção Federal, sempre que necessário, determinará a raspagem, pintura, reformas e substituição de pisos, paredes, portas, equipamentos, utensílios e outros materiais e objetos. ● Higiene das dependências: ★ Os depósitos de matéria-prima, embalagem, rotulagem, produto final e almoxarifado devem apresentar-se sempre limpos e ordenados ★ A limpeza deve ser mantida durante a execução dos trabalhos, na medida do possível. ★ Para as instalações sanitárias, os utensílios de limpeza serão de uso exclusivo. ● Higiene dos Equipamentos e Utensílios: ★ Deverão estar adequadamente limpos ao início dos trabalhos e no decorrer das operações. ★ Pelas peculiaridades que apresenta o mel, a higienização de vasilhames, equipamentos e utensílios poderá ser feita com uma solução de hidróxido de sódio em água na concentração de 3 a 5%, recomendando-se seu aquecimento à temperatura de 40-45°C para facilitar a solubilização dos resíduos de mel, seguindo-se de enxaguagem com água limpa. ★ Na limpeza dos equipamentos não poderão ser utilizados utensílios tais como escovas, vassouras, rodos e outros de uso na limpeza de pisos, paredes e teto. ● Higiene do Pessoal: ★ Devem ser afastados dos trabalhos aqueles acometidos de enfermidades infecto-contagiosas ou portadores de ferimentos que prejudiquem a execução normal de suas tarefas. ★ Uniforme: calça e avental ou macacão; gorro, boné, touca ou capacete e botas ou sapatos impermeáveis, todos em cor branca. Permite-se o uso de macacões azuis ou cinzas para os operários que trabalham na seção de beneficiamento da cera de abelhas e própolis e seções auxiliares, tais como caldeira e sala de máquinas. ★ Não é permitido a saída de funcionários trajando seus uniformes de trabalho. ★ Antes de entrar nas seções de elaboração de produtos e à saída dos sanitários deve-se fazer a lavagem das mãos e antebraço com água e sabão inodoro e depois secar com toalhas apropriadas. Portaria 06/1985 - critérios de inspeção ● Mel de Abelhas: 1. resíduos estranhos que traduzam falta de escrúpulos na extração, transporte, beneficiamento e envase = condenação 2. impurezas próprias do mel ou oriundas de defeitos na sua manipulação = mel de abelhas industrial, após o conveniente tratamento ou condenado 3. acidez acima de 40 mg/kg = mel de abelha industrial 4. fermentação= mel de abelha industrial 5. acidez corrigida = condenação 6. presença de edulcorantes naturais ou artificiais = condenação 7. presença de substâncias aromatizantes = condenação 8. presença de amido, gelatina ou quaisquer outros espessantes = condenação 9. presença de conservadores ou corantes de qualquer natureza = condenação 10. reação de Fiehe positiva forte ou índice de hidroximetilfurfural acima de 40 mg/kg: ★ mel de abelhas industrial, desde que não ultrapasse o limite de 60 mg/kg , no que se refere ao índice de hidroximetilfurfural ★ condenado, desde que fique comprovada a fraude por adição de outros açúcares ou índice de HMF acima de 60 mg/kg 11. reação de Lund positiva = condenado, quando caracterizada a fraude 12. ausência de diastase: ★ mel de abelhas industrial, desde que o índice de HMF não ultrapasse a 60 mg/kg ★ condenado quando o índice de HMF ultrapassar o limite de 60 mg/kg 13. emprego de clarificantes e coadjuvantes da filtração = mel de abelhas industrial 14. obtido exclusivamente a partir de alimentação artificial = mel de abelha industrial ● Geleia real 1. presença de substâncias estranhas à sua composição = condenação ● Pólen 1. presença de substâncias estranhas à sua composição = condenação ● Própolis 1. presença de substâncias estranhas à sua composição = condenação ● Mel de abelhas com favos 1. favos escuros, com larvas ou desoperculados = o mel pode ser aproveitado como mel de abelhas industriais e os favos são inutilizados 2. embalagem rompida = centrifugação e aproveitamento do mel como de mesa, desde que este seja o único defeito 3. sujidades, cor escura = centrifugação ou prensagem e aproveitamento como mel de abelhas industrial 4. presença de larvas = desoperculação e centrifugação em, condições higiênicas, destinando o mel à utilização industrial ● Mel de abelhas com geléia real ou com pólen 1. presença de substâncias estranhas à mistura = condenação 2. inobservância dos percentuais mínimos declarados na rotulagem = reaproveitamento como matéria - prima para mel de abelhas ● Cera de abelhas 1. mistura a outros tipos de cera, bem como parafina, breu, estearina e outras substâncias: ★ destinação e aproveitamento industrial, não podendo ser classificada como cera de abelhas ★ inutilização não seja possível dar aproveitamento condicional 2. presença de corpos sólidos ★ fusão e limpeza, quando houver possibilidade de separação dos elementos ★ inutilização, quando não for possível dar aproveitamento condicional ● Hidromel 1. com acidificação acética ★ vira vinagre de mel de abelhas ★ inutilização, quando não for possível dar aproveitamento condicional 2. outros tipos de fermentação (lática, butírica) ★ vira álcool industrial ★ inutilização, quando não for possível dar aproveitamento condicional 3. característica organoléptica anormal ★ vira vinagre de mel de abelhas ou álcool industrial ★ inutilização, quando não for possível dar aproveitamento condicional ● Vinagre de mel de abelhas 1. outros tipos de fermentação (lática, butírica) = condenação 2. características organolépticas anormais = condenação ● Composto ou xarope de açúcares 1. inobservância do percentual mínimo de mel de abelhas declarado na rotulagem = panificação, confeitaria; produtos não comestíveis 2. índice de hidroximetilfurfural acima de 60 mg/kg = produtos não comestíveis 3. caracteres organolépticos anormais = produtos não comestíveis 4. presença de espessantes, conservadores, substâncias aromatizantes e corantes artificiais = produtos não comestíveis 5. Obs.: o mel de abelhas industrial não poderá ser utilizado como ingrediente na fabricação deste produto ● Vinagre de mel de abelhas e hidromel não poderão ser produzidos nas instalações do apiário ● Para trabalhar com própolis e cera de abelhas o apiário deverá possuir dependência própria Portaria 06/1985 - Particularidades da produção Mel �� A��l�a� ● Mel de abelhas obtido por processo de prensagem = mel de abelhas industrial ● Se o teor de hidroximetilfurfural ultrapassar o índice de 40 mg/kg o mel será desclassificado como mel de mesa. ● Para alguns processos tecnológicos é necessário aquecer o material a mais de 50°C. Assim que for executada todas as fases dependentes desse aumento de temperatura, esta deverá ser rapidamente rebaixada ao limite máximo de 50°C. ● Os recipientes destinados ao transporte de mel de abelhas in natura devem ter abertura que permita seu rápido esvaziamento e ser revestidos internamente com vernizes sanitárias e compatíveis com o produto. ● Em estabelecimentos de grande produção é recomendado o emprego de sistemas rápidos de aquecimento e arrefecimento de méis em trocadores de calor a placas ou de feixe tubular, com vistas a não depreciar a qualidade do produto. ● Na filtração do mel de abelhas não será permitido o uso de elemento filtrante com malha superior a 80 mesh, bem como o emprego de clarificantes e coadjuvantes de filtração, tais como: carvão ativo, argilas, terra diatomácea e outros…só pode usar se for no caso de mel industrial ● Não pode usar utensílios de madeira na manipulação do mel de abelhas e derivados. Mel �� A��l�a� �m F��o� �� co� F���s ● Para o mel de abelhas em favos, estes deverão ser: limpos, claros, sem larvas, operculados e de primeiro uso ● Para o produto mel de abelha com favos, a proporção ocupada pelo favo em relação ao volume de mel não poderá ser inferior a 30%. Mel �� A��l�a� c�� G��éi� R�al ● A geleia real só pode ser veiculada em mel de abelhas e na proporção mínima de 0,2% ● A geléia real deve ser estocada ao abrigo da luz e em temperatura entre 2-4 °C ● Quando adicionar a geleia ao mel, o mel deve estar em temperatura ambiente e não pode ser aquecido depois dessa adição ● Pólen: deve ser conservado sob refrigeração e pode ser comercializado de 3 formas: adicionado ao mel em proporção mínima de 5%, in natura e desidratado ● Própolis: só pode ser comercializado se no rótulo de identificação não constarem quaisquer indicações medicamentosas que induzem o consumidor a adquiri-lo com fins terapêuticos ● Hidromel: graduação alcoólica máxima de 14° Gl. Classificado em seco, licoroso, doce e espumoso. Portaria 06/1985 - transporte ● Geleia real e pólen in natura deverão ser transportados sob refrigeração, sendo aceitável para tanto seu acondicionamento em caixas térmicas com gelo. ● Quando a matéria-prima for transportada de um estabelecimento para outro, deverá estar embalada e rotulada de acordo com os critérios estabelecidos. ● Proteger os produtos de sol, chuvas e poeiras ● No caso específico de apiário, a recepção da matéria-prima deverá ser feita na forma de mel em quadros, para extração. Admite-se a recepção de mel em outros continentes apropriados, desde que seja extraído em unidades móveis de extração no local de produção, no caso de apicultura migratória ou quando existirem colméias distantes do estabelecimento.
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