Buscar

RAM reação adversa medicamentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ASSISTÊNCIA 
FARMACÊUTICA
Carolina Passarelli 
Gonçalves 
Reações adversas aos 
medicamentos: conceito, 
classificação e interações 
medicamentosas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Compreender as bases conceituais das reações adversas.
  Descrever a classificação das RAMs.
  Reconhecer as interações medicamentosas.
Introdução
O aumento do número de medicamentos disponíveis no mercado, o 
envelhecimento populacional, impressões negativas em relação aos 
médicos, a tendência ascendente à automedicação e à polifarmácia 
são fatores que contribuem ativamente para a ocorrência das reações 
adversas aos medicamentos em todo o mundo. Desde 1994, estudos 
estatísticos mostram que, no Brasil, os medicamentos ocupam o primeiro 
lugar em relação às substâncias que mais causam intoxicação segundo 
um estudo epidemiológico do Sistema Nacional de Informações Tóxico-
-Farmacológicas (Sinitox), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 
Entre 2002 e 2012, foram pelo menos 304,6 mil casos no país segundo 
os dados mais atualizados do Sinitox.
Neste capítulo, você vai estudar as bases das reações adversas a me-
dicamentos (RAM), além de aprender a classificá-las e a reconhecer as 
interações medicamentosas. 
Bases conceituais das reações adversas
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), reação adversa ao medica-
mento (RAM) é defi nida como “[...] qualquer efeito prejudicial ou indesejado 
que se apresente após a administração de doses normais de medicamento 
utilizadas no ser humano para a profi laxia, o diagnóstico ou o tratamento de 
uma enfermidade” (ORGANIZAÇÃO..., 1972 apud CONTI, 1979). As RAMs 
são frequentemente confundidas com os eventos adversos a medicamentos, 
que, segundo a ANVISA, são “[...] qualquer ocorrência médica desfavorável 
que pode ocorrer durante o tratamento com um medicamento, mas que não 
possui, necessariamente, relação causal com o tratamento” (AGÊNCIA..., 
2013, documento on-line). 
Muitas vezes, a utilização dessas duas definições está diretamente relacio-
nada à preferência do autor, dificultando a interpretação em muitos casos, já 
que o tema comum nas definições aborda eventos indesejado e não intencionais. 
Assim, identificar, administrar adequadamente e prevenir RAMs é um objetivo 
desejado, mas, muitas vezes, negligenciado. Padronizar e usar terminologias 
definidas por órgãos regulamentadores contribui para a melhoria da qualidade 
e da consistência das informações desse campo. 
Além das definições de RAM e eventos adversos a medicamentos, é de 
extrema importância considerar outras definições utilizadas nessa área, como 
mostra o Quadro 1.
Erro de 
medicação
É definido como qualquer evento evitável que pode causar 
ou levar a um uso inapropriado de medicamentos ou 
causar dano a um paciente enquanto a medicação está 
sob o controle dos profissionais de saúde, pacientes ou 
consumidores. Esse evento pode estar relacionado com 
a prática profissional, com procedimentos e sistemas, 
incluindo prescrição, orientações verbais, rotulagem, 
embalagem e nomenclatura de produtos industrializados 
e manipulados, dispensação, distribuição, administração, 
educação, monitorização e uso. O erro de medicação 
pode ocasionar um evento adverso ao paciente.
Quadro 1. Definições relacionadas às reações adversas a medicamentos
(Continua)
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas2
Nesses links, você encontra todos os passos e as informações necessárias para notificar 
uma RAM. 
https://goo.gl/B1K8tg
Caso a notificação seja efetuada por um profissional da saúde, o primeiro passo é 
efetuar o cadastro em: 
https://goo.gl/hslMm
Depois que você tiver feito o cadastro, é necessário acessar o formulário por meio 
do seguinte link: 
https://goo.gl/mbkDEA
Para acessar o Formulário de Eventos Adversos a Medicamentos, o notificador deve 
escolher a opção “Medicamento” e responder “Sim” à pergunta “Houve danos à saúde?”.
Fonte: Adaptado de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2018).
Queixa 
técnica
É qualquer suspeita de alteração/irregularidade de um produto/
empresa relacionada a aspectos técnicos ou legais. Poderá, ou não, 
causar um evento adverso. De maneira geral, as queixas técnicas se 
referem aos casos que não acarretaram danos à saúde do paciente, 
mas que poderiam acarretar. São exemplos de queixas técnicas:
  ampolas com material particulado (partículas visíveis);
  rótulo descolando;
  solução que deveria ser incolor e apresenta outra coloração;
  ausência do número de autorização de funcionamento da 
empresa, número de registro do produto e/ou prazo de 
validade no rótulo; 
  produto comercializado por empresa diferente da que detém o 
seu registro;
  frascos incompatíveis com a indicação do volume expresso no 
rótulo;
  produto irregular ou clandestino;
  presença de corpo estranho;
  defeito na tampa;
  alterações na consistência do produto.
Quadro 1. Definições relacionadas as reações adversas a medicamentos
(Continuação)
3Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
O risco de uma RAM difere entre os membros de uma população exposta. 
Em alguns casos, o risco de uma reação adversa estará presente em indivíduos 
suscetíveis e ausente em outros. Em outros casos, a suscetibilidade segue uma dis-
tribuição contínua — por exemplo, aumentando a suscetibilidade com o aumento do 
comprometimento da função renal. Embora as razões para a hiper-suscetibilidade 
possam ser desconhecidas, vários tipos são reconhecidos e incluem variação gené-
tica, idade, sexo, variação fisiológica, fatores exógenos e doença, como mostra o 
Quadro 2. É importante ressaltar que, também, mais de um fator de suscetibilidade 
pode estar presente em um único indivíduo (ARONSON; FERNER, 2003).
Fonte de 
suscetibilidade Exemplo Implicações
Genético Porfiria Rastrear anormalidades; 
evitar drogas específicas
Hipertermia maligna
Polimorfismos
Idade Neonatos Ajustar doses de 
acordo com a idade
Pessoas idosas
Gênero Mefloquina — efeitos 
neuropsiquiátricos
Doses diferentes em 
homens e mulheres
Inibidores da enzima 
conversora de 
angiotensina — tosse
Síndrome semelhante 
ao lúpus
Gestante Aumento do volume 
sanguíneo
Altear ou 
suspender dose
Desenvolvimento do 
feto (teratogenicidade)
Fatores exógenos Interações medicamentosas Alterar a dose ou 
evitar a administração 
concomitanteInterações com alimentos 
(por exemplo, suco de 
toranja com medicamentos 
liberados pelo CYP3A4)
Quadro 2. Fontes de suscetibilidade a reações adversas a medicamentos
(Continua)
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas4
Classificação das RAMs
Existem diversas maneiras de classifi car as RAMs. O modelo mais empregado e 
simples é o proposto por Rawlins e Thompson, o qual foi modifi cado, posterior-
mente, por Wills e Brown. Nessa classifi cação, as RAMs são categorizadas em duas 
grandes classes, Tipo A e Tipo B (ARULMANI; RAJENDRAN; SURESH, 2007).
  1. Reações do Tipo A: incluem as reações previsíveis, ou seja, as reações 
conhecidas da droga, que, geralmente, estão associadas à dosagem. Sua 
incidência para morbidade é, geralmente, alta, enquanto para mortalidade 
é, geralmente, baixa. Exemplos são bradicardia com β-bloqueadores 
adrenérgicos, hemorragia com anticoagulantes, hipoglicemia com sul-
fonilureias, etc. Algumas reações tipo A têm longo período de latência, 
como teratogenicidade, retinopatia, adenocarcinoma vaginal em filhas 
de mulheres que receberam dietilestilbestrol durante a gravidez, etc.
  2. Reações do tipo B: são efeitos desconhecidos ou “bizarros” que 
não podem ser previstos com base na farmacologia do medicamento. 
Essas reações, geralmente, não estão relacionadas à dosagem e, embora 
comparativamente raras, muitas vezes, causam doenças graves e até 
a morte. Essas reações, geralmente, não são observadas durante os 
programas convencionaisde triagem farmacológica e toxicológica e, 
consequentemente, são responsáveis por muitas retiradas de medi-
camentos do mercado. Alguns exemplos são hipertermia maligna da 
anestesia, anafilaxia devido à penicilina e muitas reações imunológicas.
Fonte: Adaptado de Aronson e Ferner (2013).
Fonte de 
suscetibilidade Exemplo Implicações
Patologia Insuficiência renal Rastrear anormalidades; 
evitar drogas 
específicas; usar 
doses reduzidas
Cirrose hepática 
Hipersensibilidade Reações alérgicas Suspensão ou troca 
do medicamento
Quadro 2. Fontes de susceptibilidade a reações adversas a medicamentos
(Continuação)
5Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
Limitações da classificação de Rawlins e Thompson
Algumas das principais limitações da classifi cação de Rawlins e Thompson são:
  1. Tudo o que não é do tipo A é classificado como tipo B, tornando o 
último um grupo altamente heterogêneo, com pouco em comum.
  2. Certas RAMs não se encaixam em nenhuma categoria confor-
tavelmente; portanto, é difícil decidir se tais RAMs são do tipo A 
ou tipo B.
Para superar as limitações da classificação de Rawlins e Thompson, Wills e 
Brown executaram modificações pertinentes, classificando as RAMs em nove 
categorias com base em seu mecanismo de ação. Nessa classificação, o termo 
“medicamento” tem sido utilizado no lugar de “fármaco” para assegurar que as 
reações secundárias ao método de administração ou excipientes sejam claramente 
incorporadas dentro da definição. O Quadro 3 apresenta os tipos e características 
comuns das RAMs de acordo com a classificação de Wills e Brown.
Categoria Classificação Características Orientação
1 Tipo A
(Aumentado)
Augmented
Relativamente comum;
farmacologicamente 
previsível;
relacionada à dose;
melhora com a 
suspensão do 
medicamento.
Hipoglicemia 
com sulfonilréias;
Bradicardia e 
β-bloqueadores.
2 Tipo B
(Bugs)
Bugs
Envolve interação com 
um micro-organismo;
farmacologicamente 
previsível;
melhora com a 
suspensão do 
medicamento.
Cárie 
dentária com 
comprimidos 
revestidos 
de açúcar;
resistência 
devido ao uso 
excessivo de 
qualquer um 
antibiótico, etc.
Quadro 3. Classificação de Wills e Brown para as reações adversas aos medicamentos
(Continua)
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas6
Categoria Classificação Características Orientação
3 Tipo C
(Químico)
Chemistry
Relacionado com 
a concentração do 
medicamento;
gera reação irritante.
Flebite, etc.
4 Tipo D
(Administração)
Delivery
Causado pelo método 
de administração 
ou natureza da 
formulação;
melhora se o 
medicamento é 
retirado ou o método 
de administração 
é alterado.
Inflamação ou 
infecção em 
torno do local da 
administração.
5 Tipo E
(Fim de uso)
Exit
Farmacologicamente 
previsível;
começa quando 
o medicamento é 
interrompido ou a 
dose é reduzida;
melhora se o 
medicamento é 
reintroduzido.
Reações de 
abstinência 
causados 
por opioides, 
benzodiazepínicos, 
β-bloqueadores, 
etc.
6 Tipo F
(Familiar)
Familial
Ocorre apenas 
na predisposição 
genética.
Anemia hemolítica 
com primaquina 
em indivíduos 
com deficiência 
de G6PD, etc.
7 Tipo G
(Genético)
Genotoxicity
Causa danos 
genéticos irreversíveis.
Agentes 
teratogênicos, 
como a 
talidomida, 
causando danos 
genéticos no 
feto, etc.
Quadro 3. Classificação de Wills e Brown para as reações adversas aos medicamentos
(Continuação)
(Continua)
7Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
Existem outras classificações para reações adversas a medicamentos. A classificação de 
Edwards e Aronson, publicada em 2000, também é bastante utilizada. Veja os detalhes 
dessa classificação no link a seguir. 
https://goo.gl/vm6EZ5
Reconhecimento das RAMs
Tanto no ambiente hospitalar quanto no ambulatorial, um novo sintoma ou 
o agravamento de algum sintoma relatado pelo paciente pode ser o primeiro 
sinal de uma RAM. Em diversas comunidades, em bairros ou farmácias co-
munitárias, os pacientes, inúmeras vezes, buscam orientação do farmacêutico 
para tratar vários sintomas em casa. Essa pode ser uma oportunidade para 
o farmacêutico indagar sobre os sintomas do paciente e determinar se eles 
podem ter sido causados por uma RAM. Por exemplo, se um paciente pedir 
ao farmacêutico uma recomendação para tratar diarreia, o farmacêutico pode 
Categoria Classificação Características Orientação
8 Tipo H
(Hipersensibilidade)
Hypersensitivity
Requer ativação do 
sistema imunológico;
melhora se o 
medicamento 
é suspenso.
Anafilaxia com 
penicilina;
reações 
cutâneas 
alérgicas 
com agentes 
antimicrobianos, 
etc.
9 Tipo U
(Sem classificação)
Unclassified
Mecanismo não 
entendido.
Náuseas e 
vômitos com 
anestesia 
gasosa, etc.
Quadro 3. Classificação de Wills e Brown para as reações adversas aos medicamentos
(Continuação)
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas8
perguntar sobre outros medicamentos que o paciente está tomando, de modo 
a determinar se a diarreia é uma RAM conhecida, associada à terapia medi-
camentosa, com antibióticos. Uma medicação sem prescrição médica (OTC) 
pode não ser necessária, e a diarreia pode desaparecer após a conclusão da 
antibioticoterapia. No ambiente hospitalar, os pacientes podem informar ao 
enfermeiro ou ao médico sobre o novo sintoma que estão tendo, o que pode 
resultar em um telefonema para o farmacêutico. Fazer perguntas detalha-
das sobre os sintomas do paciente, em vez de fornecer imediatamente uma 
recomendação de tratamento, pode revelar uma RAM e evitar uma terapia 
medicamentosa desnecessária ou ainda mais sintomas de RAM.
Não é uma tarefa fácil determinar se um paciente está experimentando 
uma RAM, quanto mais determinar qual tipo de RAM está ocorrendo. 
A causa pode estar no perfil farmacocinético da droga, na hipersensibilidade 
do paciente, na interação medicamentosa ou, até mesmo, em um erro de 
prescrição. Essa dificuldade pode explicar, em parte, porque muitas RAMs 
nunca são reconhecidas. Tais descuidos podem levar ao uso subsequente de 
outros medicamentos para corrigir uma condição induzida por outros medi-
camentos, um fator contribuinte para a polifarmácia. Além disso, RAMs não 
reconhecidas podem ser diagnosticadas erroneamente como uma exacerbação 
de um problema médico existente ou como um novo problema médico, o que 
pode fazer com que as doses dos medicamentos atuais sejam aumentadas ou 
com que se adicione novos medicamentos para tratar um problema médico 
que não existe. À medida que as dosagens são aumentadas ou mais drogas 
são adicionadas ao regime do paciente, a probabilidade de interações medi-
camentosas e outras RAMs aumenta.
Os fatores: pessoas, medicamentos e condições
Infelizmente, as difi culdades em avaliar a causalidade das RAMS são infi nitas. 
As RAMs são problemas clínicos complexos que envolvem três variáveis-chave: 
a pessoa, o medicamento e a condição. Cada um desses fatores tem múltiplos 
aspectos que podem estar envolvidos em uma RAM.
  Pessoa: existem multidões de variáveis a serem consideradas. Por exem-
plo, fatores de risco, como idade, sexo, doença, gravidade da doença, 
características comórbidas, insuficiência renal ou função hepática, 
entre outros fatores, podem estar envolvidos.
  Medicamento: dosagem, duração de uso, toxicidade conhecida, tempo 
de administração e outras variáveis devem ser consideradas. Se você 
9Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
estiver lidando com um novo medicamento, os ensaios clínicos, durante 
o desenvolvimento do novo fármaco, podem não ter sido suficientemente 
robustos para detectar RAMs raras.
  Condição: relatórios anteriores, o tempo de início, a exacerbação da 
doença e os novos problemas médicos, geralmente, obscurecem o quadro 
do paciente, podendo gerar confusões. O quadro clínico em pacientes 
idosos ou em terapia intensiva é frequentementetão complexo, com a 
presença de múltiplos distúrbios e múltiplas drogas, que os possíveis 
efeitos relacionados aos medicamentos não são facilmente resolvidos.
Suspeitas
Sempre deve-se considerar a possibilidade de que um medicamento possa 
estar associado a uma exacerbação da condição do paciente ou ao surgimento 
de um novo problema médico. A chave é reconhecer mudanças no organismo 
de uma pessoa, pois isso pode ser um sinal precoce de uma RAM. Quando há 
suspeita de uma reação medicamentosa, deve-se determinar se o medicamento 
foi previamente associado a essa reação, descartar explicações alternativas 
e, fi nalmente, estabelecer uma ligação temporal entre o início da reação e a 
administração do medicamento.
Também é aconselhável revisar o curso clínico do paciente, avaliando 
as características pertinentes desse paciente, o medicamento suspeito e o 
evento adverso. Em particular, os medicamentos recentemente administrados 
pelo paciente, problemas médicos significativos e fatores de risco (como 
idade, gravidade da doença ou redução da função renal ou hepática) devem 
ser examinados quanto a sinais de uma possível RAM. O paciente deve ser 
questionado sobre o uso de outros agentes, como medicamentos sem receita, 
suplementos vitamínicos, fitoterápicos, entre outras possibilidades. A RAM 
também precisa ser avaliada com o estado clínico do paciente em mente: 
o evento poderia ser explicado por características conhecidas das doenças 
médicas do paciente?
Lembre-se: se a morbidade foi causada por um medicamento, o tempo é um 
fator-chave, pois a maioria das reações adversas ocorre em até 12 horas após a 
exposição ou, geralmente, em um período ainda mais curto. Portanto, devemos 
perguntar: com o que a pessoa pode ter tido contato durante esse período de tempo?
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas10
Além disso, é importante considerar que os alvos de RAMs mais comuns 
são a pele e o trato gastrointestinal, e os agentes responsáveis mais comuns 
são os antibióticos. 
Como identificar uma RAM?
Infelizmente, uma abordagem empírica para identifi car RAMs não existe. 
Uma análise mais formal e lógica pode ajudar a distinguir eventos que são 
atribuíveis a um medicamento daqueles associados a doenças subjacentes 
ou a outros fatores. Vários investigadores, incluindo pesquisadores da FDA, 
desenvolveram procedimentos de avaliação lógica ou algoritmos para avaliar 
a probabilidade de uma RAM. O método amplamente aceito é o algoritmo de 
Naranjo, desenvolvido em 1981.
Naranjo e colaboradores (1981) propuseram uma escala de probabilidade 
muito simples, projetada para monitorar de maneira sensível as RAMs e para 
realizar o acompanhamento pós-dispensação de medicamentos. Essa escala 
permite classificar as categorias de RAMs como “definidas”, “prováveis”, 
“possíveis” ou “duvidosas” com base nas respostas de 10 perguntas. Seis 
pesquisadores (dois médicos e quatro farmacêuticos) revisaram 63 RAMs 
aleatoriamente selecionadas. Eles elaboraram 10 perguntas, cada uma com 
respostas de “sim”, “não” e “indefinido”, e usaram um sistema empírico de 
pontuação para as respostas. Uma resposta “sim” a uma pergunta recebe 
pontuação de -1, +1 ou +2. Uma resposta “não” recebe uma pontuação de 
-1, 0, +1 ou +2. A resposta “desconhecido” recebe pontuação 0. A soma das 
pontuações das dez perguntas varia de quatro (-4) a +13 e foi interpretada para 
refletir a probabilidade de que um medicamento tenha causado uma RAM e 
que a complicação não seja uma manifestação da doença. Uma soma superior 
a nove foi empiricamente definida como “definida”, tendo causado a RAM; 
uma soma de cinco a oito “provavelmente” causou a RAM; uma soma de 
um a quatro “possivelmente” causou a RAM; e um score menor que 1 indica 
associação de que a RAM é “duvidosa”. 
A somatória dos pontos irá identificar se a causa da RAM é definida, 
provável, possível ou duvidosa, conforme mostra o Quadro 5:
11Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
Questões Sim Não Desconhecido Score
1. Existem notificações 
conclusivas sobre 
essa reação?
+ 1 0 0
Sim (+1) Não (0) 
Desconhecido (0)
2. A reação apareceu após a 
administração do fármaco?
+2 -1 0
Sim (+2) Não (-1) 
Desconhecido (0)
3. A reação melhorou quando 
o fármaco foi suspenso?
+1 0 0
Sim (+1) Não (0) 
Desconhecido (0)
4. A reação reapareceu 
quando da sua 
readministração?
+2 -1 0
Sim (+2) Não (-1) 
Desconhecido (0)
5. Existem causas 
alternativas (ou até 
mesmo outro fármaco)?
-1 +2 0
Sim (-1) Não (+2) 
Desconhecido (0)
6. A reação reaparece com a 
introdução de um placebo?
-1 +1 0
Sim (-1) Não (+1) 
Desconhecido (0)
7. A concentração plasmática 
está em nível tóxico?
+1 0 0
Sim (+1) Não (0) 
Desconhecido (0)
Quadro 4. Algoritmo de Naranjo, utilizado para determinação da causa das RAMs
(Continua)
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas12
Fonte: Adaptado de Naranjo et al. (1981).
Somatória dos scores Classes de casualidade
9 ou + Definida
5 a 8 Provável
1 a 4 Possível
0 ou - Duvidosa
Quadro 5. Somatória de scores proposta por Naranjo para determinação da causalidade 
de RAM
Fonte: Adaptado de Naranjo et al. (1981).
Questões Sim Não Desconhecido Score
8. A reação aumentou com 
dose maior ou reduziu 
com dose menor?
+1 0 0
Sim (+1) Não (0) 
Desconhecido (0)
9. O paciente já 
experimentou semelhante 
reação anteriormente 
com medicamentos de 
mesmo fármaco?
+1 0 0
Sim (+1) Não (0) 
Desconhecido (0)
10. A reação foi 
confirmada por qualquer 
evidência objetiva?
+1 0 0
Sim (+1) Não (0) 
Desconhecido (0)
TOTAL
Quadro 4. Algoritmo de Naranjo, utilizado para determinação da causa das RAMs
(Continuação)
13Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
Os valores obtidos a partir desse algoritmo são, por vezes, utilizados em 
avaliações por pares para verificar a validade das conclusões do autor sobre 
reações adversas a medicamentos.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um terço dos medicamen-
tos saem de circulação depois de 2 anos de comercialização; em 5 anos, esse número 
chega a 50%. A alta taxa de reprovação deve-se aos efeitos colaterais inesperados em 
humanos. Saiba mais acessando a RDC nº. 18/2014 no link abaixo. 
https://goo.gl/Bt7nCo
Instruções para a aplicação do algoritmo de Naranjo
A resposta “desconhecido” deve ser usada com moderação e somente quando 
a qualidade dos dados não permitir uma resposta “sim” ou “não”. “Desco-
nhecido” pode ser aplicável se a informação não estiver disponível e também 
se a questão não for aplicável ao caso. Quando mais de um fármaco está 
envolvido ou é suspeito, a escala de probabilidade de Naranjo é, geralmente, 
aplicada separadamente a cada um dos medicamentos, e o que alcançar maior 
pontuação deve ser considerado o agente causador. Além disso, o potencial 
de interação deve ser avaliado (NARANJO et al., 1981). 
  Questão 1. Existem notificações conclusivas sobre essa reação? Re-
latórios sobre essa reação? A resposta “sim” (+1) se aplica se houver 
dois ou mais relatórios publicados nos quais a reação adversa tenha sido 
descrita em detalhes ou se a reação adversa estiver listada em uma fonte 
confiável, como um livro médico, artigo de revisão sobre a medicação 
ou sobre reações adversas a medicamentos ou folheto informativo 
do produto. A resposta “não” se aplica quando o evento adverso não 
foi descrito anteriormente, se apenas um relatório foi publicado, se 
os relatórios publicados foram considerados inconclusivos ou pouco 
convincentes. A resposta “desconhecido” é aplicável somente quando 
não há informação, pois o medicamento é novo e informações mais 
aprofundadas sobre as reações adversas ainda não estão disponíveis. 
As pontuações dadas para “não” e “desconhecido” são as mesmas (0).
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas14 Questão 2. A reação adversa apareceu após o medicamento suspeito 
ter sido administrado? Essa questão avalia a relação temporal entre a 
reação e a administração do medicamento. A resposta “sim” (+2) se 
aplica se houver evidência definitiva de que o evento adverso ocorreu 
após o início da medicação. “Não” (-1) se aplica quando o evento adverso 
se desenvolveu antes da primeira dose do medicamento. “Desconhecido” 
(0) se aplica se a informação não estiver disponível ou não estiver clara. 
  Questão 3. O evento adverso melhorou quando o medicamento foi 
suspenso ou um antagonista específico foi administrado? Essa questão 
avalia a resposta à suspensão da medicação. A resposta “sim” (+1) 
se aplica caso o evento adverso diminua ou desapareça a qualquer 
momento após a interrupção da medicação ou se a reação desaparecer 
após a administração de um antagonista farmacológico específico (por 
exemplo, um anticolinérgico administrado para uma reação colinérgica 
à fisostigmina). A resposta “não” (0) se aplica se o evento adverso 
não melhorar com a suspensão da medicação ou se não melhorar em 
resposta a uma terapia específica, como um antagonista, por exemplo. 
A resposta “não sei” (0) aplica-se se a medicação não foi interrompida ou 
se o curso subsequente foi desconhecido, inconclusivo ou pouco claro. 
  Questão 4. A reação adversa reapareceu quando a droga foi readmi-
nistrada? Essa questão avalia a resposta à reexposição. Uma resposta 
“sim” (+2) indica que a medicação foi interrompida, o evento adverso 
foi resolvido ou melhorado e houve um reaparecimento inequívoco ou 
uma piora da reação quando o medicamento foi reiniciado em uma dose 
semelhante e pela mesma via. A escala de Naranjo também permite 
um “sim” se a associação causal for bem conhecida e a retirada do 
medicamento não puder ser realizada por razões clínicas ou éticas. 
Uma resposta de “não” (-1) só se aplica se a reexposição foi feita, mas 
o evento adverso não reapareceu ou piorou. A resposta “desconhecido” 
(0) aplica-se se a reexposição não foi feita, se não houver informação 
sobre a reexposição ou se a reação foi ambígua. 
  Questão 5. Existem causas alternativas que por si só causaram a 
reação? Essa questão avalia explicações alternativas para o evento 
adverso. Como os eventos adversos são frequentemente inespecíficos e 
podem ser manifestações da doença em tratamento ou condição conco-
mitante não relacionada, outros diagnósticos precisam ser considerados. 
A resposta “não” (+2) aplica-se caso as alternativas tenham sido excluí-
das, com base em uma avaliação sistemática e completa, implicando mais 
fortemente com o medicamento. Um fator de risco ou suscetibilidade 
15Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
não é uma causa alternativa. A resposta “sim” (-1) se aplica quando 
há uma causa ou explicação alternativa. “Desconhecido” (0) se aplica 
se a investigação de outras causas estiver incompleta, inconclusiva ou 
não tiver sido feita. 
  Questão 6. Reação reapareceu quando um placebo foi administrado? 
Essa questão aplica-se a estudos clínicos em que um placebo foi admi-
nistrado. A resposta “sim” (-1) aplica-se se a medicação foi interrompida 
e a reação adversa se resolveu ou melhorou de forma conclusiva e, 
consequentemente, houve um reaparecimento da reação adversa após 
a administração de placebo (simples ou duplo cego). A resposta “não” 
(+1) se aplica se a reação não reaparecer ou piorar após a administração 
do placebo. “Desconhecido” (0) aplica-se se a administração do placebo 
não foi feita ou se os resultados foram inconclusivos. 
  Questão 7. O medicamento foi detectado no sangue ou há outros fluidos 
em concentrações conhecidas como tóxicas? Essa questão aplica-se 
especificamente a reações adversas dose-dependentes quando estão 
disponíveis concentrações do fármaco no sangue ou urina. A resposta 
“sim” (+1) se aplica se a concentração estiver na faixa tóxica ou supra-
terapêutica aceita. “Não” (0) aplica-se se a concentração estiver abaixo 
do intervalo tóxico. A resposta “desconhecido” (0) aplica-se se os níveis 
de droga não estiverem disponíveis ou forem inconclusivos. 
  Questão 8. A reação foi mais severa quando a dose foi aumentada ou 
menos severa quando a dose foi diminuída? Essa questão avalia a relação 
dose-resposta da medicação e da reação adversa. “Sim” (+1) se aplica se 
o evento adverso foi mais grave ou piorou quando a dose da medicação 
foi aumentada ou se foi menos severa e melhorou quando a dose foi 
diminuída. “Não” (0) aplica-se se não houve alteração significativa na 
gravidade do evento adverso com a modificação da dose. “Desconhe-
cido” (0) aplica-se se a dose não foi alterada ou se a informação não 
estava disponível ou era inconclusiva. 
  Questão 9. O paciente teve uma reação semelhante ao mesmo medica-
mento ou a medicamentos similares em qualquer exposição anterior? 
Essa questão é direcionada ao histórico médico de RAM ao mesmo 
medicamento ou a um medicamento estruturalmente relacionado. “Sim” 
(+1) se aplica quando há documentação de uma reação similar anterior 
ao medicamento específico ou a um medicamento relacionado. “Não” (0) 
se aplica quando o paciente não tem uma exposição anterior ao mesmo 
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas16
medicamento ou quando o paciente não desenvolveu a reação adversa 
em uma exposição anterior ao mesmo medicamento ou medicamentos 
relacionados. “Desconhecido” (0) se aplica quando não há informações 
sobre reações anteriores ou quando a informação é inconclusiva. 
  Questão 10. O evento adverso foi confirmado por alguma evidência 
objetiva? A última questão avalia a qualidade dos dados sobre os quais 
o evento adverso é avaliado. “Sim” (+1) indica que há documentação de 
teste laboratorial da reação adversa ou se o evento foi diretamente ob-
servado por uma pessoa qualificada (por exemplo, uma erupção cutânea 
descrita em anotações de enfermagem ou médico). A resposta “Não” 
(0) aplica-se quando nem os testes laboratoriais nem a documentação 
clínica direta podem verificar a reação. “Desconhecido” (0) aplica-se se 
não houver informação específica disponível (sem testes laboratoriais 
e sem descrição clínica) ou se a informação for inconclusiva. 
1. As RAMs podem ser classificadas 
de diversas maneiras. A maneira 
utilizada amplamente nos dias 
atuais é a classificação de Rawlins 
e Thompson, modificada por 
Wills e Brown. Segundo essa 
classificação, podemos afirmar que:
a) a letra B classifica as reações 
como bizarras quando o 
risco de morte é eminente.
b) a letra A classifica as reações 
relacionadas à polifarmácia.
c) a letra C classifica as reações 
de acordo com a dose.
d) a letra E trata das reações 
que são inevitáveis devido à 
abstinência ao medicamento.
e) a letra H está relacionada, 
principalmente, a 
reações alérgicas.
2. Segundo a ANVISA, por hora, 
três cidadãos são afetados 
pelo consumo excessivo de 
medicamentos. Considerando as 
RAMs, assinale a alternativa correta.
a) RAM é um evento que 
está diretamente ligado à 
dose do medicamento.
b) Uma droga utilizada como 
profilática não pode 
apresentar alguma RAM.
c) A RAM somente é 
considerada grave quando 
leva o paciente a óbito.
d) Pacientes com diversas 
patologias apresentam maior 
risco de apresentar RAM.
e) É uma reação prevista 
e consciente já 
determinada na bula.
17Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
3. Ao receber uma notificação de 
suspeitas de RAM em um hospital, 
por exemplo, o farmacêutico 
deve avaliar o paciente, aplicar 
o algoritmo de Naranjo e 
acompanhar a evolução do 
paciente. Sobre o algoritmo de 
Naranjo, é correto afirmar que:
a) é o único método para 
detecção de RAM.
b) pode determinar se o paciente 
está experimentando uma RAM 
por meio de questionário.
c) trata de RAM e utiliza exame 
clínico, além de questionário.
d) deve ser utilizado para 
acompanhamentodo paciente 
após identificação de RAM.
e) não é um método 
extremamente robusto e deve 
ser utilizado apenas quando 
não existe outra opção.
4. Os scores do algoritmo de 
Naranjo estão relacionados: 
a) à causa das RAMs.
b) ao tipo de RAM.
c) à classificação da RAM.
d) às informações obtidas 
por meio do paciente.
e) ao entendimento do 
profissional farmacêutico.
5. A RDC nº. 18 de 2014 dispõe sobre 
a comunicação à ANVISA dos casos 
de descontinuação temporária 
e definitiva de fabricação ou 
importação de medicamentos, 
reativação de fabricação ou 
importação de medicamentos 
e dá outras providências. Essa 
norma é válida para todos os 
medicamentos, incluindo os 
fitoterápicos e dinamizados. 
Considerando essas informações, 
é correto afirmar sobre 
notificações de RAM, que:
a) somente profissionais da saúde 
podem realizar a notificação.
b) todos os cidadãos podem 
realizar a notificação.
c) apenas fiscais da vigilância 
sanitária podem realizar a 
notificação. 
d) apenas as indústrias 
farmacêuticas podem 
realizar a notificação.
e) as notificações somente 
são aceitas para 
medicamentos novos.
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas18
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Perguntas frequentes: farmacoviglância. 
2018. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2895429/Pergun
tas+frequentes+%E2%80%93+Farmacovigil%C3%A2ncia/f8935efb-7ba4-404e-96a7-
271871f5f9d2>. Acesso em: 10 nov. 2018.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC nº. 36, de 25 de julho de 2013. Institui 
ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Bra-
sília, DF, 2013. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2871504/
RDC_36_2013_COMP.pdf/36d809a4-e5ed-4835-a375-3b3e93d74d5e>. Acesso em: 
10 nov. 2018.
ARONSON, J. K.; FERNER, R. E. Joining the DoTS: new approach to classifying adverse 
drug reactions. BMJ: British medical journal, v. 327, n. 7425, p.1222, 2003.
ARULMANI, R.; RAJENDRAN, S. D.; SURESH, B. Adverse drug reaction monitoring in a 
secondary care hospital in South India. British journal of clinical pharmacology, v. 65, 
n. 2, p. 210-216, 2007. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
PMC2291214/>. Acesso em: 10 nov. 2018.
CONTI, L. M. Z. Reações adversas a medicamentos. A Folha Médica, v.78, n.3, p.29-33, 1979
NARANJO, C. A. et al. A method for estimating the probability of adverse. Clinical 
Pharmacology and Therapeutics, v. 30, n. 2, p. 239-245, 1981.
Leituras recomendadas
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC nº. 18, de 04 de abril de 2014. Dis-
põe sobre a comunicação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA dos 
casos de descontinuação temporária e definitiva de fabricação ou importação de 
medicamentos, reativação de fabricação ou importação de medicamentos, e dá 
outras providências. Brasília, DF, 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0018_04_04_2014_rep.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2018.
FIGUEIREDO, P. et al. Reações Adversas a Medicamentos. Portal ANVISA, p. 32-39, 2018. 
Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33868/2894427/Reações+
Adversas+a+Medicamentos/1041b8af-9cde-4e94-8f5c-9a5fe95f804d>. Acesso em: 
10 nov. 2018.
19Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas
MASTROIANNI, P.; VARALLO, F. R. (Org.). Farmacovigilância para Promoção do Uso Correto 
de Medicamentos. Porto Alegre: Artmed, 2014.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Segurança dos medicamentos: um guia para 
detectar reações adversas a medicamentos. Brasília, DF: OPAS/OMS, 2004. Disponível 
em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/Seguranca%20dos%20medicamento.pdf>. 
Acesso em: 10 nov. 2018.
ROZENFELD, S. Farmacovigilância: elementos para a discussão e perspectivas. Cadernos 
de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 237-263, 1998. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/csp/v14n2/0346.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2018.
SCHATZ, S.; WEBER, R. Adverse Drug Reactions. 2015. Disponível em: <https://www.accp.
com/docs/bookstore/psap/2015B2.SampleChapter.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2018.
Reações adversas aos medicamentos: conceito, classificação e interações medicamentosas20
Conteúdo:

Outros materiais