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Fístula Anal

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Fístula Anal
A infecção anorretal pode ser complicação de uma fístula anal em aproximadamente
25% dos pacientes durante a fase aguda da mesma e/ou nos seis meses
subsequentes.
Amaioria das fístulas deriva de uma infecção que se origina nas glândulas do canal
anal, na linha denteada. O trajeto de uma fístula é determinado pela anatomia local;
mais comumente, elas fazem uma trajetória para dentro dos planos fasciais ou
gordurosos, especialmente o espaço interesfincteriano entre o esfíncter interno e
externo, para o interior da fáscia isquiorretal.
As fístulas geralmente são classificadas em quatro categorias anatômicas principais:
- Interesfincterianas (mais comum): O trajeto da fístula é confinado ao plano
interesfincteriano.
- Transesfincterianas: A fístula conecta o plano interesfincteriano com a fossa
isquiorretal por perfurar o esfíncter externo.
- Supra Esfincterianas: Semelhante a transesfincterianas, mas a faixa alça
sobre o esfíncter externo e pode perfurar o elevador do ânus.
- Extraesfincterianas: O trajeto passa pelo reto, pele perineal,
completamente externo ao complexo esfincteriano.
Apresentação clínica:
As fístulas interesfincterianas são as fístulas anais mais comuns, e, na maioria dos
casos, a infecção se estende caudalmente até a margem anal.
Tratamento:
Uma fístula pode, em primeiro lugar, se apresentar como um abscesso agudo ou,
algumas vezes, apenas como um ponto de drenagem que pode irritar a pele
perineal. No exame, a enduração subcutânea pode ser identificada da abertura
externa até o canal anal. O exame digital pode revelar um nódulo palpável na
parede do canal anal, o que constitui uma indicação para abertura primária. Uma
sonda pode ser introduzida delicadamente (e não com força) pela abertura cutânea
externa até a abertura interna do canal anal.
O tratamento da fístula no ânus deve seguir as seguintes sequências:
1. Sob anestesia, a palpação de uma enduração, seguida de uma anuscopia para
inspeção e uma exploração meticulosa ao longo da linha denteada para que se
permita uma definição acurada da anatomia anormal.
2. A Drenagem de uma infecção interesfincteriana primária em todos os tipos de
fístulas, assim como dos trajetos primários através do esfíncter externo e trajetos
secundários dentro da fossa anorretal, é uma peça-chave. Para as fístulas
superficiais, envolvendo pequenas porções da musculatura esfincteriana, a
fistulotomia simples primária é definitiva.
3. Um acompanhamento e cuidados pós-operatório da ferida cirúrgica por uma
equipe de médicos e enfermeiros envolvem banhos em semicúpio e curativos da
ferida para assegurar a cicatrização da profundidade da ferida para a superfície

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