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Assistência de Enfermagem aos desconfortos e complicações no pós operatório

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Assistência de Enfermagem aos desconfortos e 
complicações no pós-operatório 
 Tromboembolismo venoso 
O tromboembolismo venoso acontece quando um coágulo se forma na circulação sanguínea, prejudicando o fluxo de sangue 
nas veias pelo organismo. Essa doença é muito comum e, quando não tratada corretamente, pode se agravar e até levar 
a morte. Os trombos (coágulos) se formam quando algo retarda ou altera o fluxo sanguíneo. A condição pode se manifestar 
de duas formas: Trombose Venosa Profunda (TVP) e Tromboembolismo Pulmonar (TEP) 
 
 
As veias possuem válvulas que impedem o retorno do sangue. 
Função das válvulas venosas 
1. Contribuir para que o sangue volte ao coração 
2. Abre-se quando o sangue flui 
3. Fecha-se na possibilidade de fluxo retrógrado 
 
 
Veias Superficiais 
 Possuem o mesmo tipo de válvula das profundas 
 Não estão rodeadas de músculos e o sangue flui mais lentamente 
 Grande parte do sangue é desviado para as veias profundas através de veias comunicantes 
Veias profundas 
 Os músculos que as rodeiam fazem a compressão e impulsiona o sangue para o coração 
 As veias profundas transportam 90% do sangue das pernas para o coração 
 Localizadas nos músculos e ossos 
 
 
Flebite 
É a inflamação de uma veia, seja por processo químico, mecânico ou bacteriano. 
Os sinais e sintomas são: dor, edema, eritema e rubor; 
Os cuidados de Enfermagem são: 
1. Observação do local 
2. Usar sempre a técnica asséptica 
3. Usar agulha do tamanho apropriado para a via 
4. Interromper a infusão por aquela via e reiniciá-la em outro sitio 
5. Puncionar outra veia sempre que necessário 
Tromboflebite 
Presença de um coagulo associado à inflamação da veia 
Os sinais e sintomas são: dor, edema, eritema e rubor, imobilidade do membro e febre; 
Os cuidados de Enfermagem são: 
1. Deambulação 
2. Elevação do membro e compressas mornas 
3. Uso de meias de compressão 
4. Intervenção medicamentosa: analgésicos, anti-inflamatório e anticoagulantes 
5. Tratamento cirúrgico 
6. Estilo de vida 
 
Trombose Venosa Profunda (TVP) 
Formação de coágulos de sangue nas veias profundas, geralmente nas pernas. TEP é complicação da TVP; 
Os sinais e sintomas são: dor, edema, eritema, rubor, imobilidade do membro e febre; 
Os fatores de risco são: gravidez e puerpério, anticoncepcionais orais, pós-operatorio, predisposição genética, tabagismo 
e imobilidade; 
Os cuidados de Enfermagem são: 
1. Deambulação 
2. Elevação do membro e compressas mornas 
3. Uso de meias de compressão 
4. Intervenção medicamentosa: analgésicos, anti-inflamatório e anticoagulantes 
5. Tratamento cirúrgico 
6. Estilo de vida 
 
 
 
 
 
Dor 
O trauma advindo do ato operatório implica em alterações fisiológicas e emocionais que, se não adequadamente controladas, 
predispõem os doentes a complicações e podem afetar a recuperação do indivíduo; 
Os fatores que podem desencadear a dor podem ser: fatores psicológicos, culturais, intervenção cirúrgica, histórico do 
paciente, local e tipo de incisão e habilidade do cirurgião; 
A dor é de natureza subjetiva e o paciente é a melhor autoridade sobre a existência da própria dor. Deve-se observar: 
1. Intensidade 
2. Localização 
3. Momento 
4. Qualidade das respostas 
5. Fatores agravantes e aliviadores 
As complicações se designam como: 
 A equipe de enfermagem é quem identifica, avalia, notifica e controla a dor no pós-operatório 
 Diminuição da expansibilidade torácica e dificuldade na ventilação 
 O indivíduo tende a se alimentar menos, o que pode causar casos de desnutrição 
 Dificuldade para eliminações de secreções do trato respiratório 
 Influenciar na cicatrização da ferida operatória 
A Tríade de Virchow composta por hipercoagulabilidade, estase venosa e lesão 
endotelial, permanece sendo um modelo útil para a interação de fatores genéticos e 
gatilhos ambientais que causam trombose 
 A dor resulta em alterações respiratórias, hemodinâmicas e metabólicas 
 Interrompe o sono, levando ao desgaste físico 
 Arritmias cardíacas 
 Menor motivação para contribuir com o tratamento 
 Atelectasia 
Os cuidados de Enfermagem são: 
1. Escuta qualificada para gerenciamento do quinto sinal vital 
2. Considerar questões físicas, emocionais e sociais 
3. Avaliação desde a admissão do paciente 
4. Prevenção no pós operatório e seu correto tratamento 
5. Prover o ensino ao paciente 
6. Alivio e tratamento da dor 
7. Condutas farmacológicas 
8. Escala de dor 
9. Traçar metas 
10. Diminuir a dor do paciente 
 Diminuição da morbimortalidade em pacientes cirúrgicos 
 Redução do stress físico e psicológico 
 Deambulação precoce 
11. O controle da dor evita sofrimento desnecessário 
12. Proporcionar maior conforto e satisfação ao paciente 
13. Reduz os custos relacionados a possíveis complicações 
14. Diminui o período de internação 
Retenção urinária 
É a incapacidade de urinar ou de esvaziar completamente a bexiga. As pessoas podem reter urina porque as contrações 
do músculo da bexiga estão prejudicadas, a abertura da bexiga está bloqueada ou há uma falta de coordenação entre 
contração e relaxamento do músculo que fecha a abertura da bexiga. O aumento da próstata é uma das causas da 
retenção urinária. 
 
 
 Retenção urinária pós operatória 
Incapacidade de esvaziar um volume urinário superior a 600 ml em um período de 30 minutos após o diagnóstico. É 
uma reação pós anestésica comum e depende do uso de drogas anticlinérgicas e analgésicas, tipo de cirurgia e da 
perda e privacidade do paciente. 
Os sintomas são: dor suprapúbica, distensão abdominal, bexigoma, urgência para urinar, cefaleia e incapacidade de urinar. 
O tratamento se dá por: SVD, tratamento da causa e cirurgia, visando o alivio dos sintomas. 
Sede 
É um desconforto real apresentado por grande parte dos pacientes no pós-operatório imediato, quando ainda permanecem 
em jejum. Resulta no aumento de ansiedade, desidratação, irritabilidade, fraqueza e desespero; 
Os fatores que influenciam a sede são: jejum operatório, visando a prevenção de náuseas e vômitos, diminui o risco de 
regurgitação, influencia a motilidade gastrintestinal e a aspiração pulmonar. Ainda, o risco para náusea e vômitos pode 
envolver 3 fatores: o paciente, as técnicas anestésicas e o procedimento cirúrgico. As drogas utilizadas também provocam 
ressecamento da mucosa oral no paciente no período pós-operatório e a perda sanguínea também influencia na sensação 
de sede no POI, pois se perdem eletrólitos.

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