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Mulheres no Esporte e Maternidade

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O século XXI vem nos trazendo uma grande mudança sobre maternidade, mulheres no esporte ou qualquer área que ela deseja estar sendo uma luta diária para conquistar seu espaço mesmo com tanto progresso e preciso que cada mulher fale sobre si e adaptando-se ao contexto social e histórico de cada época.
O papel atribuído à mulher cultural e socialmente ao longo do tempo, com a função preordenada à maternidade, faz parte de um contexto histórico no qual foram impostas representações construídas a respeito do feminino. Na atualidade, a mulher luta por novas possibilidades e pelo direito de fazer suas próprias escolhas, libertando-se destes papéis que por longo tempo a privaram de sua autonomia (BADINTER, 1985).
Assim, essa posição social privou por longo tempo as mulheres de desenvolver suas habilidades intelectuais, deixando-as desejosas de um possível mercado de trabalho, o qual as acolhesse com liberdade, direitos e, principalmente, como algo justo, que fosse de escolha e satisfação, e não necessariamente uma necessidade ou incumbência.
A Organização Mundial da Saúde (OMC) define saúde mental como “…estado de bem-estar em que o indivíduo é consciente de suas próprias capacidades, pode lidar com o estresse normal da vida, trabalhar de maneira produtiva, e contribuir para sua comunidade”.
ODS até 2030 quer assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacional.
Em julho de 2010, a UNGA criou a ONU Mulheres, a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, para enfrentar esses desafios.
 Criação da ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres é resultado de anos de negociações entre Estados-membros da ONU e pelo movimento de defesa das mulheres no mundo.
Com essa proposta ONU MULHERES assim se enfrenta grande batalha por igualdade da mulher no trabalho e sobre essa mesma mulher na maternidade sem perder sua qualificação no ambiente de trabalho por optar ser mãe.
A lista de mulheres que perderam verbas de patrocínio nos últimos
 O texto abaixo diz muito sobre tema em debata escrito por Gabriel Coccetrone:
“A decisão de engravidar para uma mulher que vive do esporte não é fácil. O tema ainda é um tabu muito grande dentro da área, uma vez que atletas de alto rendimento lidam com a performance o tempo todo. Apesar de iniciativas recentes por parte de entidades esportivas que protegem à licença maternidade, muitos lugares ainda desrespeitam o simples direito de uma atleta manifestar o desejo de ter um filho”.
"No ano passado, a FIFA incluiu em seu RSTP uma proteção especial às jogadoras em período de maternidade e isso é muito importante. Não basta imaginar as regras nacionais e internacionais de proteção à maternidade e pensar na sua aplicação automática aos contratos entre clubes e atletas. Muitos clubes, principalmente no basquete, tem o costume de incluir cláusulas que impedem a atleta de engravidar durante a vigência do contrato, prevendo a rescisão imediata e a aplicação de uma multa no montante dos salários que ela já recebeu”.
 Esse é um fato muito comum, por isso é muito importante que as entidades nacionais e internacionais realmente enfrentem o tema e incluam isso na sua regulamentação, não deixando apenas para a legislação comum resolver o assunto", afirma Filipe Souza, advogado especialista em direito desportivo.
"A proteção da licença maternidade vem ganhando forma também dentro do mundo do esporte, como com as determinações da FIFA e da Confederação Brasileira de Handebol. Cada dia que passa à mulher esportista é garantida possibilidade de engravidar sem que isso seja um transtorno para a carreira profissional e esportiva", avalia Higor Maffei Bellini, advogado especialista em direito desportivo.
A Lei em Campo já escreveu sobre as novas regras da FIFA que protegem jogadoras durante o período da maternidade.
A Fifa pretende impor aos seus 211 países-membros que permitam que mulheres joguem futebol e tenham uma família ao mesmo tempo. A licença-maternidade passará a valer no próximo ano e os clubes ficarão proibidos de demitir as jogadoras grávidas. Das 14 semanas estabelecidas pela licença, oito serão após o nascimento.
A entidade ainda informou que as jogadoras de licença-maternidade serão remuneradas "em pelo menos dois terços de seu salário contratual". O clube poderá contratar uma atleta substituta mesmo fora do período de transferências.
Um dos principais nomes dos saltos ornamentais do Brasil, Juliana Veloso chegou a ter seu plano de saúde cancelado após resolver ser mãe.
 No entanto, o mais comum, é que atletas tenham seus vínculos encerrados assim que os clubes são comunicados da intenção de uma esportista em engravidar.
A jogadora da seleção brasileira de vôlei, Tandara Caixeta, foi a primeira atleta brasileira a ingressar na Justiça para brigar pelo reconhecimento dos direitos ligados a gravidez. Em 2015, quando estava grávida, passou a receber apenas o valor previsto em carteira pelo seu empregador, o Praia Clube. O acordo de "direito de imagem", que correspondia a 99% dos rendimentos, acabou não sendo renovado.
Após a vitória na Justiça, em julho do ano passado, Tandara afirmou que seu caso "representa as mulheres atletas para mostrar que gravidez não é doença".
"É um marco de muita representatividade feminina. Acho que, com essa vitória, represento as mulheres atletas para mostrar que gravidez não é doença e que a gente pode voltar muito melhor depois da gestação. Aconteceu comigo e também temos outros exemplos dentro do esporte de que a gente pode, sim, voltar melhor do que antes. No meu caso, foi acidental (a gravidez).
 O que eu queria era apenas um respaldo até minha filha nascer para que eu pudesse exercer o meu melhor para o time depois, mas infelizmente isso não foi realizado. Fui mãe de primeira viagem, não foi de propósito e só queria um respaldo. Me senti muito insegura. Tenho minha consciência tranquila de que eu fiz o que tinha de ser feito. Fico muito feliz em ser reconhecida na Justiça porque prova que eu não estava errada", disse a jogadora na época.
A lista de mulheres que perderam verbas de patrocínio nos últimos anos por estarem ou manifestarem o desejo de engravidar é grande e conta inclusive com atletas olímpicas como: a espanhola Blanca Manchón, da Vela, a francesa Mélina Robert-Michon, do lançamento de disco, e as americanas, Alysia Montaño e Kara Goucher, do atletismo. Todos esses casos se tornaram públicos em 2019, antes da patrocinadora mudar a política em relação a contrato das gestantes, que passaram a ter seus salários garantidos.
A Nike, uma das maiores patrocinadoras de material esportivo, teve que mudar seu entendimento com as atletas que engravidam enquanto estão sob contrato. A empresa reconheceu, que historicamente, algumas atletas do sexo feminino tiveram pagamentos reduzidos por conta do não cumprimento de suas obrigações contratuais de desempenho. Dessa forma, decidiu eliminar por 12 meses as reduções na remuneração relacionada ao desempenho das esportivas que decidirem engravidar.
É válido ressaltar que a legislação brasileira proíbe, através da Lei 9.029/95, qualquer ato discriminatório contra a mulher, que é gestante ou que pretende engravidar, no âmbito na relação de emprego. Não é permitido questionamentos sobre o teste de gravidez ou se a mulher pretende engravidar.
A CLT prevê, em seu artigo 391, que "não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez". E o parágrafo único do mesmo artigo assegura que "não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez".
"No Brasil, pelo fato das atletas serem empregadas segundo os requisitos da CLT, mesmo que ascategorias sejam consideradas amadoras, elas não podem ser submetidas a nada que as impeçam de serem mães durante a vigência do contrato com determinada equipe", completa Higor.
Na Itália, a jogadora de vôlei Lara Lugli, de 41 anos, teve seu contrato rescindido pelo Volley Pordenone, em 2019, após anunciar sua gravidez. O vínculo foi quebrado de forma automática e, cerca de um mês depois, a jogadora acabou sofrendo um aborto espontâneo.
A partir daí a briga foi parar na Justiça. Além da rescisão, o clube processou Lara por perdas e danos consequentes de sua gravidez e por ela não ter avisado que "tinha intenção de ser mãe". A principal justificativa do Pordenone foi de que Lara deveria ter manifestado o desejo de engravidar e que, ao omitir a informação, a jogadora "violou a boa-fé contratual".
Recentemente, a Lei em Campo contou como a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) decidiu dar um grande exemplo aos outros esportes ao anunciar um conjunto de ações que buscam o fortalecimento da igualdade de gênero e a valorização da mulher dentro do handebol. O principal objetivo da entidade foi de motivar e garantir a proteção para atletas, árbitras, treinadoras, integrantes das comissões técnicas, gestoras e todas outras que praticam o esporte no Brasil.
Entre as principais medidas estão a ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias, a criação do Comitê de Políticas para as mulheres no handebol e o não prejuízo financeiro para atletas que vinham sendo convocadas pela seleção nove meses antes de engravidar. A partir da publicação, caso a atleta seja chamada durante o período anterior à gestação, ela não apenas receberá a diária que teria direito se estivesse com a seleção, como também receberá um bônus de 50% do valor.
“É uma alegria ver a Confederação Brasileira de Handebol adotar essa postura. Demonstra que compreende o papel do esporte no diálogo com a sociedade e reconhece o valor e a qualidade das profissionais do ramo. Percebi que quando montaram as políticas observaram as questões econômicas, e isso é um excelente avanço. Muito comumente as entidades fazem ações que não se transformam em ganhos efetivos, e nesse caso do handebol foi diferente, tiveram a coragem de garantir que a maternidade não seja punida", avalia Mônica Sapucaia, advogada especialista em Direitos Humanos.
No fundo, o que se espera é que a gravidez seja encarada como uma situação natural, não trazendo consequências para a carreira esportiva. Para isso, é de extrema importância que sejam garantidos direitos mínimos às atletas antes, durante e após a gestação. Nesse sentido, ainda que poucas, as mudanças anunciadas recentemente pelas diferentes entidades esportivas deixam esperanças quanto aos próximos passos que serão tomados nessa importante discussão. - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/colunas/lei-em-campo/2021/08/13/apesar-de-avancos.htm
Em Arapoti não temos jogadoras profissionais , sai em campo atrás de algum material pertinente descobri uma realidade bem triste das mulheres atletas na cidade.
Dado bem interessante que temos apenas um esporte falado e realizado e o futsal feminino que mais longe que chega com idade 16 a 17 anos sendo que não passa disso, pois não tem incentivo das autoridades.
Nesse caso nenhuma delas tem de abrir mão do esporte que pratica ou parar de jogar e perder seus benefícios, nunca houve uma remuneração pois elas jogam no máximo jogos escolares ou se ir mais longe fase regional.
Realidade vexatória e que não tem incentivo algum para nenhum atleta de qualquer esporte que se pratica nesta cidade.
Outro dado coletado com essa saída em campo descobri tem grupo de mulheres que praticam jui jitsu atleta Nivia Nalú Muller Cordeiro , 48 anos, residente em Arapoti.
Trabalha como professora de natação no Clube de Campo Inhandejara, formada em bacharelado em Educação Física formada mais de dez anos.
Entrou para jui jitsu por robe, mas com passar do tempo já disputava campionatos pequenos na cidade ou regional.
Sobre maternidade que é nosso tema ela me diz que não houve problemas no seu esporte praticado pois nunca teve patrocínio e nunca competiu para sobreviver lutando jiu jitsu, quanto a gravidez deixava de praticar nesse período depois voltava sem nenhum tipo de compromisso ou pressão pois era ela que fazia sem tempo de pausa.
“Nivia nessa entrevista me diz que sente desamparo das autoridades que não incentivam as mulheres no esporte na nossa cidade outra região vizinha também ocorre mesmo descaso, e triste realidade que ainda nos assola sem esperanças de mudança”.
A Nike
. A empresa reconheceu, Veja mais em 
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