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O papel atribuído à mulher cultural e socialmente ao longo do tempo2

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O papel atribuído à mulher cultural e socialmente ao longo do tempo, com a função preordenada à maternidade, faz parte de um contexto histórico no qual foram impostas representações construídas a respeito do feminino. Na atualidade, a mulher luta por novas possibilidades e pelo direito de fazer suas próprias escolhas, libertando-se destes papéis que por longo tempo a privaram de sua autonomia (BADINTER, 1985). A Organização Mundial da Saúde (OMC) define saúde mental como “…estado de bem-estar em que o indivíduo é consciente de suas próprias capacidades, pode lidar com o estresse normal da vida, trabalhar de maneira produtiva, e contribuir para sua comunidade”. ODS até 2030 quer assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacional.Em julho de 2010, a UNGA criou a ONU Mulheres, a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, para enfrentar esses desafios. Criação da ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres é resultado de anos de negociações entre Estados-membros da ONU e pelo movimento de defesa das mulheres no mundo. Com essa proposta ONU MULHERES assim se enfrenta grande batalha por igualdade da mulher no trabalho e sobre essa mesma mulher na maternidade sem perder sua qualificação no ambiente de trabalho por optar ser mãe. O autor Gabriel Coccetrone diz: “A decisão de engravidar para uma mulher que vive do esporte não é fácil. O tema ainda é um tabu muito grande dentro da área, uma vez que atletas de alto rendimento lidam com a performance o tempo todo. Apesar de iniciativas recentes por parte de entidades esportivas que protegem à licença maternidade, muitos lugares ainda desrespeitam o simples direito de uma atleta manifestar o desejo de ter um filho .A Lei em Campo já escreveu sobre as novas regras da FIFA que protegem jogadoras durante o período da maternidade .É válido ressaltar que a legislação brasileira proíbe, através da Lei 9.029/95, qualquer ato discriminatório contra a mulher, que é gestante ou que pretende engravidar, no âmbito na relação de emprego. Não é permitido questionamentos sobre o teste de gravidez ou se a mulher pretende engravidar. No fundo, o que se espera é que a gravidez seja encarada como uma situação natural, não trazendo consequências para a carreira esportiva. Para isso, é de extrema importância que sejam garantidos direitos mínimos às atletas antes, durante e após a gestação. Nesse sentido, ainda que poucas, as mudanças anunciadas recentemente pelas diferentes entidades esportivas deixam esperanças quanto aos próximos passos que serão tomados nessa importante discussão. - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/colunas/lei-em-campo/2021/08/13/apesar-de-avancos.htm. Em Arapoti não temos jogadoras profissionais, sai em campo atrás de algum material pertinente descobri uma realidade bem triste das mulheres atletas na cidade. Dado bem interessante que temos apenas um esporte falado e realizado e o futsal feminino que mais longe que chega com idade 16 a 17 anos sendo que não passa disso, pois não tem incentivo das autoridades. Nesse caso nenhuma delas tem de abrir mão do esporte que pratica ou parar de jogar e perder seus benefícios, nunca houve uma remuneração pois jogam no máximo jogos escolares ou se ir mais longe fase regional. Realidade vexatória e que não tem incentivo algum para nenhum atleta de qualquer esporte que se pratica nesta cidade. Outro dado coletado com essa saída em campo descobri tem grupo de mulheres que praticam jui jitsu atleta Nivia Nalú Muller Cordeiro, 48 anos, residente em Arapoti. Trabalha como professora de natação no Clube de Campo Inhandejara, formada em bacharelado em Educação Física formada mais de dez anos. Entrou para jui jitsu por robe, mas com passar do tempo já disputava campeonatos pequenos na cidade ou regional. Sobre maternidade que é nosso tema ela me diz que não houve problemas no seu esporte praticado pois nunca teve patrocínio e nunca competiu para sobreviver lutando jiu jitsu, quanto a gravidez deixava de praticar nesse período depois voltava sem nenhum tipo de compromisso ou pressão pois era ela que fazia sem tempo de pausa.“ Professora Nivia nessa entrevista me diz que sente desamparo das autoridades que não incentivam as mulheres no esporte na nossa cidade outra região vizinha também ocorre mesmo descaso, e triste realidade que ainda nos assola sem esperanças de mudança”.