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Resumo de Genética - 2ª Avaliação

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Resumo de Genética – 2ª Avaliação 
Doenças Genéticas x Defeitos Congênitos 
Define-se como malformação congênita a anomalia estrutural presente ao nascimento. Toda anomalia 
funcional ou estrutural. 
Uma definição mais ampla seria a expressão “defeito congênito” (tradução do inglês “birth defect”), incluindo 
toda anomalia funcional ou estrutural do desenvolvimento do feto decorrente de fator originado antes do 
nascimento, seja genético, ambiental ou desconhecido, mesmo quando o defeito não for aparente no recém-
nascido e só manifestar-se mais tarde. Alterações de desenvolvimento estrutural, funcional ou molecular, 
únicas ou múltiplas, esporádicas ou familiares, que podem estar presentes ao nascimento ou aparecer 
tardiamente. 
Etiologia: base genética conhecida x não conhecida. 
Todas as anomalias possuem relação entre genética e ambiente, em maior ou menor grau. Dentre as doenças 
nas quais o componente genético é preponderante, podem ser citadas as monogênicas, individualmente raras, 
porém acometendo como grupo 2,0% da população geral, as cromossômicas, presentes em 0,7% dos nascidos 
vivos (e em metade dos abortamentos espontâneos) e as multifatoriais, responsáveis por grande parte das 
malformações congênitas e também por muitos problemas comuns da vida adulta. 
Anomalias Cromossômicas determinadas por desequilíbrios cromossômicos (ganho ou perda de 
cromossomos inteiros ou partes) como ocorre, por exemplo, como as trissomias ou monossomias. Ex.: 
Síndrome de Down. 
Transtornos Monogênicos (genes autossômicos ou ligados aos cromossomos sexuais X e Y) com transmissão 
mendeliana tipo dominante ou recessiva, determinada por mutações graves nos genes que pertencem ao mesmo 
lócus (envolvendo um único par de alelos). Ex.: Fibrose Cística (transtornos pulmonares crônicos e 
progressivos, associados a anormalidades da função pancreática) e a Acondroplasia (displasia óssea frequente). 
Herança multifatorial ou complexa, quando o componente genético é dado por múltiplos genes (de diferentes 
locus) cujas variantes em conjunto resultarão em predisposição a suscetibilidade genética que, em interação 
com fatores do meio ambiente, determinarão a ocorrência do defeito ou patologia em questão. A maioria dos 
defeitos congênitos comuns que ocorrem de maneira isolada podem ser explicados por esse mecanismo (não 
pertencem a quadros sindrômicos) como, por exemplo, as cardiopatias congênitas, os defeitos de fechamento 
do tubo neural, luxação congênita do quadril, estenose hipertrófica do piloro, retardo mental leve, certas 
psicopatologias, asma e enfermidades comuns de um adulto com hipertensão arterial, enfermidade coronária, 
diabetes e câncer. 
Cabe mencionar que atualmente já foram descritos outros mecanismos etiológicos denominados Herança não 
Tradicional, que incluem, dentre outras, a herança mitocondrial e a denominada de Imprinting genômico 
que se refere a anomalias na expressão diferenciada de um gene de acordo com a herança parental, ou seja, se 
ele foi herdado da sua mãe ou de seu pai. 
Sem base genética conhecida: 
Determinadas por fatores Ambientais: Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), malformações em filhos 
de mães diabéticas não controladas metabolicamente, malformações por infecções por Rubéola, 
Toxoplasmose, Drogas, medicamentos, entre outras. 
Determinadas por fatores genéticos ainda desconhecidos: Síndrome de Sturge Weber (SSW - é 
uma desordem neuro-oculocutânea, rara e congênita. Esta facomatose [distúrbio do sistema nervoso central 
que, adicionalmente, causa sintomas a nível cutâneo ou ocular], também conhecida como angiomatose 
encéfalotrigeminal, é definida pela tríade clássica: hemangiomas cutâneo, meníngeo e ocular. Apesar de sua 
apresentação típica, formas incompletas não são incomuns. O glaucoma está frequentemente presente e seus 
mecanismos fisiopatológicos permanecem incertos). 
Determinadas por predisposição genética: Câncer, diabetes, hipertensão, demências, entre outras. 
São tratáveis e preveníveis. 
Características comuns dos transtornos genéticos: 
Caráter permanente: O fato de que as enfermidades genéticas são atributos fixos da pessoa, de carácter 
permanente, tem um profundo impacto na maneira em que os indivíduos se percebem a si mesmos, criam uma 
identidade e projetam a vida. 
Caráter crônico: A perdurabilidade dos transtornos genéticos acompanhantes do curso de vida do indivíduo 
e sua família é também outra fonte de crises. O caráter contínuo dos mesmos faz com que surjam em sua 
família, necessidades especiais de atenção de tipo econômico, escolares, apoio social e de uma estrutura e 
funcionamento familiar diferenciado em relação a tais demandas. 
Diagnóstico familiar: O diagnóstico de transtornos genéticos pode envolver emocional e estruturalmente a 
família no seu conjunto. Pode também envolver desde o ponto de vista médico a outros familiares, na 
determinação do risco de herança, dos 50% de probabilidades nas doenças dominantes, bem como dos riscos 
“a priori” dos outros familiares. 
Caráter complexo: A própria complexidade da etiopatologia do transtorno, seu caráter progressivamente 
neurodegenerativo, as expectativas médicas em relação com seu prognóstico e o manejo da variada 
sintomatologia, exige da família um elevado nível de compreensão. Aos profissionais da saúde, no processo 
diagnóstico e comunicação do transtorno, impõe também complexas exigências. 
Mitos: 
As enfermidades genéticas são raras: Na verdade, as enfermidades estão presentes em nosso dia a 
dia mas muitas vezes não as reconhecemos. Como pode ser genético se nunca tive ninguém doente na 
minha família? A ocorrência de um transtorno genético implica uma alteração, mutação da molécula de DNA 
sobre a qual assentam as bases da herança, entretanto isso não implica necessariamente uma transmissão 
herdada da mesma. Portanto é necessário reconhecer que não se deve descartar, em absoluto, a presença de 
causas genéticas mediante uma genealogia sem antecedentes familiares significativos, uma vez que esse 
resultado pode significar que o caso observado pode ser o “primeiro caso real” dessa família. Ou ainda, que 
podem haver outros fatores mascarando a transmissão familiar do evento. 
Cariótipo normal, resultado genético normal. O estudo dos cromossomos NÃO nos permite detectar 
as anomalias ou mutações dos genes responsáveis pelos transtornos de origem monogênica. O cariótipo de 
pacientes acometidos por esse tipo de enfermidade, como: Hemofilia (monogênica ligada ao cromossomo X), 
ou Albinismo (monogênica autossômica recessiva), será normal. Para essas enfermidades, o método de 
diagnóstico mais adequado é o que utiliza os estudos de DNA por meio da biologia molecular. 
Para que serve diagnóstico genético se o problema não tem cura? A administração apropriada do 
problema atenua, com frequência, os sentimentos negativos que caracterizam estas situações e orienta o gasto 
de energia de forma eficiente, otimizando os recursos disponíveis para cada caso, evitando custos de risco, 
tanto do ponto de vista de saúde emocional, como sanitária, e de curso errático do paciente e/ou sua família 
com base na desinformação. Fortalecer o desenvolvimento de estratégias terapêuticas e de prevenções mais 
eficazes. 
A genética humana estuda a variação normal, enquanto que a genética médica estuda, caracteriza e avalia as 
anormais. 
Dismorfologia – estudo dos dismorfismos. 
Variantes da normalidade: 4 % da população 
Anomalias menores: <4 % da população, sem repercussões importantes estéticas ou funcionais, são sinais de 
atenção (3 +, deve procurar anormais maiores que podem levar a danos). 
Importância da detecção da presença de anomalias menores: Funcionam como sinais de atenção. 
A presença de três ou maisanomalias menores obriga a pesquisar presença de anomalias maiores em outros 
órgãos/sistemas. 
Anomalias maiores: dano funcional significativo com ou sem importância estética. 
Importância da detecção das anomalias maiores: A detecção de anomalias maiores leva ao 
profissional médico à tomada de decisões: Intervenções relacionadas com a prevenção secundária e/ou 
terciária; Encaminhar o paciente para consulta genética, se for apresentada uma anomalia maior 
acompanhada de anomalias menores. 
Malformação: Defeito morfológico de um órgão ou região devido a uma falha nos mecanismos biológicos do 
desenvolvimento. Desenvolvimento Intrinsicamente anormal, presente ao nascimento. Ex.: Falha nos 
mecanismos envolvidos na fusão dos processos palatinos; gerando a presença de palato fissurado ou fendido 
como malformação. As malformações podem ser únicas ou múltiplas. As malformações únicas têm causas 
multifatoriais. As malformações múltiplas podem se apresentar dentro de: síndromes, sequências, associações. 
 
Síndrome (anomalias múltiplas de causas conhecidas), Sequência (anomalias múltiplas resultante de um 
defeito específico que leva ao aparecimento em cadeia dos demais – Síndrome de Potter: o defeito primário 
é a aparição de uma anomalia renal, a deficiência na função renal leva a diminuição de produção de líquido 
amniótico, há oligoâmnio. O líquido amniótico molda o pulmão em desenvolvimento, sua diminuição provoca 
hipoplasia pulmonar. O oligoâmnio produz além disso, pouco espaço para a mobilidade fetal. As articulações 
podem se deformar ou se tornarem rígidas por conta da escassez de espaço. Este espaço diminuído molda os 
caracteres faciais de uma forma particular) ou Associação (anomalias múltiplas sem relação, com etiologia 
comum, mas com frequência de aparecimento conjunto. Ex.: Vacter [Acrônimo dos lugares que podem ter 
anomalias associadas V: vértebras A: Ânus-reto C: Coração TE: Traqueo-esofágico R: renal]). 
Displasia: uma parte do tecido está alterada. Defeito no padrão de organização intrínseco de um tecido. 
Geralmente é causado por mutações em genes que produzem anomalias de proteínas estruturais ou proteínas 
com função enzimática. Ex.: displasias esqueléticas, enfermidades metabólicas de acumulação, displasias 
ectodérmicas. 
Disruptiva ou Colapso: começo normal, mas em algum momento da formação, há alteração, como na 
presença de teratogênicos, anomalias vasculares, forças mecânicas, enfermidades maternas. Defeito estrutural 
por destruição ou interferência no desenvolvimento de estruturas previamente normais. Os fatores que o 
produzem podem ser vasculares, infecciosos, químicos, físicos, enfermidades maternas e também forças 
mecânicas. Os agentes teratógenos são disruptivos. Ex: Cataratas congênitas devido ao vírus Rubéola. 
Deformação: força mecânica, pé escavado. Forma ou posição anormal de uma parte do corpo causada por 
forças mecânicas que destroem estruturas normais. Em geral são produzidas por forças mecânicas extrínsecas 
ao feto. Ex.: Pé equinovaro devido a oligoâmnio. 
 
Talidomida: medicamento sedativo, anti-inflamatório e hipnótico. Devido a seus efeitos teratogênicos, tal 
substância deve ser evitada durante a gravidez e em mulheres que podem engravidar, pois causa má-formação 
ou ausência de membros no feto. 
Teratógenos: Define-se como agente teratogênico qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de 
deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou 
função da descendência. 
Exemplos de agentes teratogênicos biológicos: Rubéola - causa cataratas congênitas no recém-
nascido, AIDS - causa malformações craniofaciais e atraso no crescimento intrauterino, Sífilis - surdez, 
hidrocefalia, atraso mental, dentes e ossos anormais, Varicela - Distrofia muscular, atraso mental, Herpes 
Simplex - no início da gestação, aumenta três vezes a proporção de abortos, enquanto a infecção após a 20ª 
semana está associada a uma proporção mais alta de prematuros. As anormalidades congênitas que foram 
observadas nos recém-nascidos incluem: lesões cutâneas típicas, em alguns casos, microcefalia, microftalmia, 
espasticidade, displasia retiniana e retardo mental, Toxoplasmose - Hidrocefalia, cegueira, retardo mental. 
Exemplos de teratógenos químicos: Álcool - SAF, Andrógenos - Masculinização da genitália 
externa feminina, Aspirina - Fenda palatina, Hidantoína - Anormalidades craniofaciais, defeitos nos 
membros e deficiência do crescimento e do desenvolvimento intelectual, Nicotina - retardo no crescimento 
intrauterino, Talidomida - Malformações congênitas, Mercúrio - Malformações do SNC, Varfarina - 
Anormalidades ósseas e atraso mental. 
SAF – Fundamentais x Eventuais. A ingestão de álcool (etanol) durante a gravidez pode resultar em várias 
consequências relacionadas ao neurodesenvolvimento, incluindo retardo mental e deficiências em capacidade 
cognitiva, atenção, função executiva, controle motor e comportamento, conhecida como Síndrome Alcóolica 
Fetal. Embora a maioria das mulheres reduza ou interrompa o consumo de álcool ao descobrir a gravidez, 
algumas delas continuam consumindo na mesma ou até em maiores quantidades. Estima-se que mais de 1 em 
cada 100 nascidos vivos apresentem manifestações relacionadas ao consumo de álcool na gestação. 
 
Carga hereditária, modo de transmissão, idade de início e sintomas mais comuns. 
Riscos reprodutivos relacionados ao uso de misoprostol durante a gravidez. O misoprostol é uma 
prostaglandina, comercializada para o tratamento de úlceras ou de gastrites, mas promove também a 
contratilidade uterina. Por essa razão, em países onde o aborto voluntário é proibido, como no Brasil, existe 
um grande número de mulheres que usa essa substância como meio de interromper a gravidez. 
Doenças Neuromusculares e Neurodegenerativas: DNM e DND 
DNM: neurológica, progressiva. Principal característica: perda da força muscular. Crônicas, descapacitantes, 
perda de autonomia, sem tratamento efetivo, nem cura. Sua aparição pode ser em qualquer etapa da vida, mas 
mais de 50% aparecem na infância. 
Os principais tipos de enfermidades neuromusculares são: 
1. Distrofias Musculares 
2. Miopatias Distais 
3. Miopatias Congênitas 
4. Distrofia Miotônica de Steinert 
5. Miotonias Congênitas 
6. Paralisias Periódicas Familiares 
7. Enfermidades Musculares Inflamatórias 
8. Miosótis Ossificante Progressiva 
9. Miopatias metabólicas 
10. Enfermidades da União Neuromuscular 
11. Amiotrofias Espinhais 
12. Neuropatias Hereditárias Sensitivo-Motoras (Enfermidades de Charcot-Marie-tooth) 
Primárias x Secundárias (tóxicas, endócrinas, infecciosas, medicamentosas). Degeneração progressiva e 
irreversível da musculatura de um indivíduo. Fraqueza muscular e perda da capacidade motora. 
Distrofias Musculares Progressivas: diferentes mutações em vários genes, vários tipos e diferentes 
entre elas (elementos clínicos de observação e molecular levam ao diagnóstico). Elas se diferenciam pelo 
mecanismo de herança genética, idade de início da manifestação (desde o nascimento, na infância, na 
adolescência ou na idade adulta) e gravidade dos sintomas, velocidade de progressão da doença e músculos 
preferencialmente afetados. Não há tratamento eficiente para impedir a progressão da doença. Afetam 
predominantemente o músculo estriado e são devidas a defeitos de algumas proteínas que formam parte da 
fibra muscular, sejam estruturais ou enzimáticas (exemplos são a distrofina, calpaína, merosina e emerina). 
Distrofinopatias: anomalias moleculares da distrofina, ligada ao X. Possuem prognóstico ruim. 
1. Distrofias musculares congênitas: São distrofias muscularesdevido a alterações de proteínas musculares 
que se manifestam clinicamente desde o nascimento ou nos primeiros meses de vida. 
2. Distrofia muscular de Emery-Dreifuss: Com padrão de herança autossômico dominante que se manifesta 
entre a 1º e 2º década de vida. 
3. Distrofias musculares de cinturas (LGMD): Distrofias musculares com debilidade fundamentalmente da 
cintura pélvica ou escapular, e que não correspondem ao fenótipo Duchenne ou Facioescápulo Humeral. 
4. Distrofia Muscular Facioescápulo Humeral: É uma das distrofias musculares mais frequentes, e tem um 
padrão de herança autossômico dominante. Se manifesta na juventude, ainda que existam formas de início 
mais tardio. E a penetrância é variável. 
5. Distrofia Muscular Oculofaríngea. É uma distrofia muscular progressiva que aparece durante a idade 
adulta (entre 40 e 60 anos). 
6. Miopatia de Bethlem 
7. Sarcoglicanopatías 
 Distrofia Muscular de Duchenne (DMD): grandes deleções ou duplicações. Sexo masculino, sinais 
clínicos surgem antes dos 5 anos, queda, dificuldade de correr, hipertrofia de panturrilha, comprometimento 
muscular simétrico, começa no quadril e nas pernas, avançando para os MMSS, lordose lombar acentuada, 
marcha anserina, andar na ponta dos pés, estrutura muscular deformada em microscopia. A fraqueza muscular 
piora progressivamente, levando à incapacidade de andar dentro de cerca de dez anos a partir do início dos 
sintomas. Morte por insuficiência respiratória, broncopneumonia ou insuficiência cardíaca. 
 
 Distrofia Muscular de Becker (DMB): Sua incidência é cerca de 10 vezes menor que a DMD, grave, 
infância, ligada ao X, duplicações e deleções, teste de PCR. Deleções ou duplicações em Xp21 (mesmo gene 
da DMD), mutações pontuais, ambas são monogênicas. A distrofina, associada a outra, manter a integridade 
da membrana da célula muscular, 50% dos homens afetados e 50% das mulheres portadoras, devido ao 
corpúsculo de Barr. Sintomas mais leves e quadro clínico mais tardio do que a DMD. O quadro clínico deste 
tipo de distrofia apresenta uma variabilidade muito grande, podendo haver, em uma mesma família, indivíduos 
com diferentes graus de comprometimento muscular. 
Outras 
Distrofia Muscular de Steinert (DMS): ptose palpebral, alterações hormonais, mais comum das DM 
em adultos, afeta diversos sistemas do organismo, clássica: fraqueza, catarata, atrofia muscular, dificuldade 
para relaxar a mão após contrair – fenômeno miotônico, podem apresentar calvície frontal precoce no sexo 
masculino, dificuldade para falar e engolir, sonolência, alterações hormonais (diabetes, infertilidade, distúrbios 
menstruais) e cardíacas (especialmente distúrbios de condução e arritmias).. Gene DMPK 19q13.3: aumento 
anormal das repetições da trinca de nucleotídeos CTG – Normal: 5 – 30 repetições; Doença: +50 até milhares. 
Possui fenômeno de antecipação clínica – mais cedo e mais sintomática em cada geração que passa. Hereditária 
dominante, de penetrância incompleta, variabilidade clínica e de expressão. Diagnóstico: Southern Blotting e 
PCR. Quanto mia repetições, mais grave a doença. A idade de instalação dos sinais clínicos e a velocidade de 
progressão da doença são também muito variáveis. Existem formas graves com início na infância, incluindo a 
forma congênita, que é transmitida quase que exclusivamente pela mãe. Pessoas portadoras do 
gene DMPK alterado, podem permanecer assintomáticas durante toda a vida ou apresentar apenas sinais leves. 
Cara de machado e alopecia frontal. 
Neuropatias Hereditárias Sensitivo Motoras: 
 Doença de Charcot-Marie-Tooth: deformação dos pés, autossômica dominante, afeta a mielina dos 
nervos, desde a infância (tipo 1A), amiotrofia distal dos braços e pernas (começa nos pés e ascende), problemas 
de marcha, dor, pé cavo, problemas de sensibilidade profunda e superficial. Evolução lenta e progressiva. A 
limitação funcional é variável entre os indivíduos. Diferentes genes afetam a baixa de mielina. Pode ser ligada 
ao cromossomo X. Pé cavo – suspeitar, marcha na ponta dos pés, queda, dificuldade para andar sobre os 
calcanhares. Mais frequente: CMT1A – herança autossômica dominante, de duplicação no cromossomo 17, 
17q11.2 – p12. 
Tipo 1 (CMT1): autossômica dominante, caracterizada por anormalidades na mielina, o que diminui a 
velocidade de transmissão dos impulsos nervosos. 
CMT 1A: Resulta de uma duplicação do gene que codifica a proteína mielínica periférica 22 (gene PMP22). 
A Superexpressão desse gene anormalidade na estrutura e na função da bainha de mielina. 
CMT1B: Resulta de mutações no gene que codifica a proteína mielínica zero (gene MPZ), outro componente 
crítico da bainha de mielina. 
Tipo 2 (CMT2): autossômica dominante, caracterizada por anormalidades na fibra ou axônio, o que diminui 
a força dos impulsos nervosos. 
Tipo 3 (CMT3): neuropatia desmielinizante periférica grave que se inicia na infância e é causada por mutações 
pontuais especificas no gene MPZ ou mutação pontual no gene PMP22. 
Tipo 4 (CMT4): atinge o axônio ou a mielina e se diferencia dos outros tipos pelo modo de herança 
(autossômica recessiva). 
Tipo ligada ao cromossomo X (CMTX): causada por mutação pontual no gene conexina 32 localizado 
cromossomo X. A proteína codificada por esse gene (proteína conexina 32) é expressa nas células de Schwann 
que circulam os axônios e parece estar envolvida na comunicação entre eles. Homens que herdam o gene 
alterado de suas mães apresentam sintomas moderados a graves que começam na infância tardia ou 
adolescência (o cromossomo Y que eles herdam do pais não tem o gene conexina 32). As mulheres que herdam 
o gene alterado do pai e outro gene normal podem desenvolver sintomas leves na adolescência ou pode não 
desenvolver sintomas. 
Neurodegenerativas: função cognitiva e física perdidas. Podem surgir sem a presença genética. As 
enfermidades neurodegenerativas causam a deterioração de muitas das atividades corporais, incluindo o 
equilíbrio, o movimento, a fala, a respiração e a função cardíaca. Alguns quadros clínicos, como o alcoolismo, 
um tumor ou um acidente cérebro vascular, podem causar outros tipos. Existem todavia outros tipos que podem 
ser causados por toxinas, substâncias químicas ou vírus. Podem ser graves ou fatais, depende do tipo. A maioria 
delas não tem cura. O objetivo do tratamento é melhorar os sintomas, aliviar a dor e aumentar a mobilidade. 
- Enfermidade de Alzheimer 
- Esclerose lateral amiotrófica 
- Ataxia de Friedreich 
- Enfermidade de Huntington 
- Demência com corpos de Lewy 
- Enfermidade de Parkinson 
- Atrofia muscular espinal 
Doença de Huntington: rara, atinge o SNC, eventos coreicos indesejados, entre 30 e 50 anos é a idade 
média de início, sintomas psiquiátricos são muito comuns no início da doença. Mutação de aumento das 
repetições da trinca de nucleotídeos CAG (36 +), gene da Huntingtina. Braço curto do cromossomo 4 – 
4p16.3. A forma juvenil: número de repetições acima de 55. Autossômica dominante. O sinal clássico é a 
coreia que gradualmente se espalha a todos os músculos. Outros movimentos involuntários incluem tiques, 
comparáveis aos observados na síndrome de Tourette, mas estes são bastante raros. Os sinais cerebelares 
podem aparecer esporadicamente, assim como a presença de hipo e hipermetria. A distonia (torcicolo) pode 
ser o primeiro sinal motor na doença de Huntington. Perda de peso não intencional, perturbações do sono e do 
ritmo circadiano e disfunção do sistema nervoso autônomo. A disartria e a disfagia tornam-se muito 
proeminentes durante o curso da doença. A fala e a deglutição tornam-se gradualmente mais problemáticas 
levando a engasgamento frequente em alguns doentes. Todos os doentesdesenvolvem hipocinesia e rigidez 
levando a bradicinesia e acinesia grave. A coreia é tratada com agentes bloqueadores ou de depleção dos 
receptores de dopamina. Pode ser necessária medicação e cuidados não-médicos para depressão e 
comportamento agressivo. A progressão da doença leva à completa dependência na vida diária, o que resulta 
nos doentes a necessitarem de cuidados a tempo inteiro, e finalmente morte. A causa mais comum de morte é 
pneumonia, seguida de suicídio. 
Alzheimer: a importância do diagnóstico pré sintomático. Deposição de substância beta amiloide nas 
células cerebrais. Presença de bases genéticas. Apolipoproteína E (APOE). Nos casos hereditários, o 
aparecimento dos sintomas e da doença ocorrem mais cedo (<50 anos). É uma enfermidade irreversível e 
progressiva do cérebro que lentamente destrói a memória e a habilidade de pensamento, e com o tempo, até a 
capacidade de realizar as tarefas mais simples. Na maioria das pessoas afetadas com esta enfermidade, os 
sintomas aparecem pela primeira vez depois dos 60 anos de idade. É a causa mais comum de demência nas 
pessoas mais velhas. A demência é a perda do funcionamento cognitivo, ou seja, pensar, lembrar e raciocinar, 
a tal grau que interfere com a vida e as atividades diárias de uma pessoa. Moderada: dano ocorre nas áreas do 
cérebro que controlam a linguajem, o raciocínio, o processamento sensorial e o pensamento consciente. A 
perda da memória e a confusão aumentam, e as pessoas começam a ter problemas para reconhecer os familiares 
e amigos. Severa: Ao chegar a etapa final, as placas e os emaranhados já se espalharam por todo o cérebro e 
o tecido cerebral encolheu consideravelmente. As pessoas que padecem da enfermidade de Alzheimer severa 
não conseguem se comunicar e dependem completamente de outras para cuidados. As placas e os emaranhados 
no cérebro são duas das características principais dessa doença. A terceira característica é a perda das conexões 
entre as células nervosas (neurônios) e o cérebro. 
 Ataxias Hereditárias: transtorno de marcha cerebelar, maioria autossômica dominante. 
Incoordenação de marcha, das mãos, da fala e do movimento ocular. 
Recessivas: 
 Ataxia de Friedreich: monogênica recessiva, possui formas clássicas e não clássicas, diminuição dos 
reflexos, alterações de marcha, escoliose, pé cavo, alterações cardiovasculares, nistagmo, Frataxina (é uma 
proteína que, em seres humanos é codificada pelo gene FXN e está localizada na mitocôndria. A função não é 
totalmente clara, mas parece estar envolvida na montagem de conjuntos do ferro-enxofre. Tem sido proposto 
que ela age como um acompanhante do ferro ou uma proteína de armazenamento de ferro), trinucleotídeos 
GAA, variabilidade clínica, dano oxidativo causado pelo acúmulo de ferro na mitocôndria, fundamentalmente 
em jovens, não é causada por alteração do DNA mitocondrial. SCA (tipos 1 – 6) diferenciação só por testes 
moleculares. Gene FXN e gene FRDA. 
Dominantes: 
Doença de Machado-Joseph – SCA 3: adultos, confusão, pernas embriagadas, entre 35 e 50 anos, 
função anormal de um cadeia excessivamente longa de glutaminas. Alterações de equilíbrio, ataxia 
espinocerebelar do tipo 3 (ou SCA 3). É uma doença crônica hereditária dominante, com pelo menos três 
gerações de uma mesma família afetadas. As chances de ser transmitida do pai para o filho é de 50%. Causas: 
Essa ataxia ocorre por conta da expansão do trinucleotídeos CAG, presente no cérebro. Essa expansão faz com 
que a produção de uma proteína chamada ataxina 3 seja afetada, provocando um processo degenerativo no 
sistema nervoso. A doença pode atrofiar cerebelo, tronco cerebral, medula, nervos periféricos e núcleo da base 
cerebral. O principal sintoma da ataxia é a alteração de equilíbrio e coordenação motora. O paciente terá 
dificuldades para caminhar e segurar objetos. O quadro é leve no início e se agrava com o passar do tempo, 
por conta do caráter degenerativo progressivo da doença. Com a evolução da ataxia, podem ser percebidos 
sintomas como alterações na fala, dificuldades para engolir, visão dupla e Parkinsonismo. É possível identificar 
a doença por meio de um exame de sangue, que mostrará a expansão anormal do nucleotídeo. Também é 
possível perceber a ataxia fazendo uma ressonância, que mostrará a atrofia cerebral - após a percepção dessa 
atrofia, é feito o exame de sangue para comprovar a doença. 
SCA 2 – Fenômeno de antecipação. Ataxia dominante neurodegenerativa. Idade de início 31.4 anos. Tempo 
médio de 4-10 anos até o paciente se tornar acamado. Mutação genética pela expansão da repetição de CAG 
localizada no cromossoma 12q23-24.1. Carece de tratamento curativo. 
Atraso no Desenvolvimento Neuro Psicomotor (ADNPM) e Deficiência Intelectual 
Conjunto de fatores externos e internos que determinam. Aspectos: pessoal-social, motricidade fina, linguagem 
e motricidade ampla. 
Teste de DENVER e DENVER II: O Denver II é o teste de rastreamento de risco de desenvolvimento infantil 
mais utilizado no Brasil, sendo empregado também em diversos países. Este instrumento inclui avaliação de 
comportamento social e pessoal, linguagem e habilidades motoras preconizadas como típicas do 
desenvolvimento. O desenvolvimento cognitivo da criança é avaliado pela capacidade de compreensão de 
instruções, conceituação de palavras, nomeação de figuras e habilidades pessoal-social. Possui alta 
sensibilidade, maior atributo de um teste de triagem indicado na avaliação de grande número de crianças. 
 
Transtornos Globais do Desenvolvimento (atenção diferenciada): Os TGD caracterizam-se pelo 
comprometimento da interação social, pelo uso estereotipado e repetitivo da linguagem e pela presença de 
comportamentos repetitivos com interesses restritos. 
Deficiência mental x Demência: A deficiência mental resulta de uma alteração na estrutura do cérebro 
enquanto ainda está em formação, indo da vida intrauterina até a vida pós-natal. E como em todas as 
enfermidades, quanto mais cedo tiver o diagnóstico correto, melhores e mais rapidamente aparecerão os 
resultados da reabilitação das lesões cerebrais. Consta com funcionalidade intelectual significativamente 
abaixo da média e que seja notório desde tenra idade; e incapacidade significativa para se adaptar às exigências 
culturais da sociedade. A deficiência mental manifesta-se geralmente na primeira infância, na idade pré-escolar 
ou ainda nos anos escolares quando se torna evidente uma lentidão anormal na evolução do comportamento, 
sob a forma de dificuldades na adaptação às exigências da vida cotidiana, na compreensão e utilização da 
linguagem e na assimilação de significados gerais ou abstratos. 
A deficiência intelectual pode ter várias causas, entre as principais estão os fatores genéticos, perinatais 
(ocorridos durante a gestação e o parto) e pós-natais. O diagnóstico correto dos fatores de causa no momento 
do nascimento pode não só amenizar os sintomas (prevenção secundária) mas até mesmo evitar o dano 
cerebral, entre outros danos, serão causa de lesão cerebral. 
Doença mental é um termo usado de modo a abranger várias perturbações que afetam o funcionamento e 
comportamento emocional, social e intelectual. Caracteriza-se por reações emocionais inapropriadas dentro de 
vários padrões e graus de gravidade, por distorções (e não por deficiência) da compreensão e da comunicação, 
e por um comportamento social erradamente dirigido e não por incapacidade de adaptação. 
As demências podem ser agrupadas em dois grandes grupos: as reversíveis e as irreversíveis, estas últimas 
também chamadas de degenerativas. As demências do tipo irreversível também são progressivas. O melhor 
exemplo de demência degenerativa é a doença de Alzheimer. Os danos causadosao cérebro, neste caso, não 
podem ser interrompidos ou revertidos. Já as demências reversíveis são aquelas que, apesar de causarem danos 
ao cérebro, podem ter seus sintomas revertidos. Bons exemplos para esse caso são tumores cerebrais, 
deficiência de vitamina B12, hidrocefalia normotensiva, etc. 
<18 anos, vários sinais, QI < 70. 
Diagnóstico: TGD’s x Deficiência Intelectual (DI) 
Classificações: Sempre heredograma, cariótipo e visualizar alterações dismórficas. 
Retardo Mental Sindrômico (RMS) x Retardo Mental Não Sindrômico (RMÑS) 
Síndromes Genéticas que Acompanham a DI 
 Genética: Trissomia do 21 (Down) 
 Herdada: Síndrome do X Frágil 
 Síndromes de Microdeleção 
 Síndromes Monogênicas (dominantes ou recessivas associadas com outras manifestações) 
 RM ligada ao X não frágil 
 Sem padrão identificável RM multifatorial, causa metabólica possível 
 Erros Inatos do Metabolismo 
 Manifestações Intermitentes 
Análise Genética – Indicações: 
 Casos sem outros achados associados 
 1ª Etapa: aCGH, cariótipo e exame de imagem cerebral 
 2ª Etapa: análise molecular para X Frágil 
 Último: genoma completo 
aCGH: O exame citogenômico aCGH – Hibridização Genômica Comparativa em arrays – detecta alterações 
cromossômicas microscópicas e submicroscópicas causadoras de malformações congênitas, deficiência 
mental, autismo, etc., além de dissomias uniparentais associadas ao atraso do desenvolvimento 
neuropsicomotor cujas manifestações, muitas vezes, manifestam-se somente em idade escolar. O exame é 
realizado após coleta de sangue periférico do paciente e de seus pais. O exame aCGH também pode ser 
realizado durante o período pré-natal através de análise de material proveniente de biópsia de vilocorial ou 
amniocentese. Nesse caso, o exame deve ser realizado, principalmente, nos casos em que o cariótipo não 
apresentar alterações, apesar de o feto apresentar alterações à ultrassonografia como translucência nucal 
aumentada, cardiopatia ou outras malformações. O exame aCGH pré-natal também pode ser realizado quando 
o resultado do exame do cariótipo não foi esclarecedor. 
Síndromes de Microdeleções (não visíveis ao microscópios): resultam da recombinação homóloga desigual. 
Ex.: Síndrome de William, Síndrome de Prader-Willi, Síndrome de Angelman. Diagnóstico das 
Microdeleções: hibridização genômica comparada. Triagem familiar para identificar portadores. 
 Síndrome Velocardiofacial ou DiGeorge (DGS): É um distúrbio congênito resultante da migração 
anormal das células embrionárias da terceira e quarta bolsas faríngeas, levando a hipo ou aplasia do timo, 
defeitos da paratireoide, arco aórtico e imunodeficiência celular. Além de hipocalcemia neonatal e 
dismorfismos faciais típicos, as alterações observadas ocorrem principalmente nos sistemas imunológico e 
cardiovascular. Os principais defeitos cardíacos relatados são: Anomalia conotruncal, interrupção do arco 
aórtico e Tetralogia de Fallot. Quanto às anormalidades do sistema imunológico, os pacientes podem ser 
assintomáticos ou cursar com defeitos graves de células T, dependendo do grau de comprometimento tímico. 
O diagnóstico, após suspeita clínica deve ser confirmado pelo teste FISH. O manejo destes pacientes visa 
principalmente o controle das infecções de repetição, correção dos distúrbios cardíacos e controle de co-
morbidades. O tratamento definitivo nos casos mais graves é o transplante tímico, com resultados promissores. 
Os genes possivelmente relacionados ou candidatos ao defeito são: Tbx1, Crkol e UFD1L. Os pacientes com 
Síndrome de DiGeorge possuem algumas características faciais que permitem reconhecê-los como: 
hipertelorismo, inclinação antimongoloide dos olhos, orelhas chanfradas e de implantação baixa e micrognatia, 
além de associação de deformidades de cavidade oral como as fendas palatinas, totais ou parciais, devem ser 
pesquisados. A insuficiência velofaringeana, que é definida como o fechamento incompleto da válvula 
velofaringeana durante a fala, ocorre em até 80% dos casos. Os dismorfismos de vias aéreas incluem fístula 
traqueoesofágica, redução de anéis traqueais, tornando-a assim mais curta, laringomalácia, traqueomalácia e 
broncomalácia. Pacientes com deleção 22q11 têm algum tipo de doença cardíaca ao nascimento. Outras 
manifestações são: Malformações renais, Endocrinopatias e Alterações Metabólicas, Alterações neurológicas 
e Comportamentais, Distúrbios de linguagem, Doença Autoimune e Neoplasia. 
Síndrome do X Frágil (Martin-Bell): mutação dinâmica do gene FMR1 Xq17.3 (FRAXA), expansão de 
nucleotídeos CGG (>200 repetições). 
Herança Complexa: fenômeno de antecipação, mulher portadora obrigatória, também é transmitida 
pelos pais (pré-mutação), só que somente para as filhas. Homens hemizigotos e mulheres 
heterozigotas. 
Fenômeno de Metilação: só ocorre na mulher, e isso aumenta o número de trincas repetidas, gerando 
os afetados. Mulher portadora da pré-mutação Metilação Amplificação da Mutação (expansão em 
meiose) Filhos com a síndrome (>200 CGG). 
Homens portadores da pré-mutação geram todas as filhas portadoras. 
Sintomas: deficiência mental, QI ~ 40, comportamentos autistas. 
Dimorfismos: padrão dimórfico, macrorquidismo (não evidente antes dos 8-9 anos). 
Diagnóstico: PCR, testes moleculares. 
Transtornos do Crescimentos 
Genes Homeóticos: São genes reguladores do desenvolvimento embrionário de animais, fungos e plantas. A 
atuação destes genes se dá por ativação ou inibição de outros genes que por sua vez produzem proteínas que 
vão se ligar e influenciar a atividade de outros genes, sucessivamente em um efeito cascata. 
Fatores de Risco para BE: Congênitos (atraso no crescimento intrauterino, genéticas – BE familiar, BE 
constitucional, alterações cromossômicas como Turner, displasias esqueléticas como a acondroplasia, EIM), 
Nutricionais (ingestão inadequadas de nutrientes – por fatores mecânicos como no lábio/palato fendido ou 
fatores psicológicos como anorexia), Doenças Sistêmicas Crônicas e Alterações Endócrinas 
(hipotireoidismo, hipogonadismo, deficiência de hormônio do crescimento). 
Quadro Clínico: Evolução do Perfil Somatométrico (crescimento geral – peso, estatura, perímetros cefálico 
e torácico, estado nutricional – relação peso/estatura, circunferência de braços e pernas, processo de maduração 
– dos segmentos superior, inferior e relação SS/SI), Proporção de Crescimento Anormal (curva anormal de 
crescimento e estatura abaixo de 2 desvios da estatura esperada para a idade) e Exploração Física (BE 
proporcional, desproporção dos segmentos – displasia esquelética e características dismórficas). 
Laboratorial: Análise Sérica (sanguínea – anemia, supressão de medula óssea, provas de função hepática, 
provas de função tireoidiana, eletrólitos séricos e exames gerais de rotina). 
As proporções corporais seguem uma sequência previsível de mudanças durante o crescimento. A cabeça e o 
tronco são proporcionalmente grandes ao nascer, e essa proporção vai reduzindo com o alongamento 
progressivo dos membros, particularmente durante a puberdade. A proporção entre o segmento superior (SS= 
diferença entre estatura e o segmento inferior) e o segmento inferior (SI= medida desde a sínfise púbica até o 
chão) é uma característica marcante do desenvolvimento infantil. Ao nascimento a relação SS/SI é de 1,7. Aos 
3 anos de idade é de 1,3 e torna-se 1,0 entre 8 e 10 anos. Uma vez estabelecida a relação SS/SI deve-se proceder 
à classificação da baixa estatura como proporcionada ou desproporcionada. Para isso verifique as seguintes 
proporções: Relação SS/SI (Relação SS/SI Normal – patologia do esqueleto possivelmente ausente; Relação 
SS/SI Anormal – patologia do esqueleto possivelmente presente; Relação SS/SI Diminuída – encurtamentoda coluna; Relação SS/SI Aumentada – encurtamento dos membros inferiores; Micromelia (micromelia 
rizomélica – comprometimento das raízes dos membros; micromelia mesomélica ou acromélica – das 
extremidades dos membros). 
Mutação esquelética: O potencial de crescimento de um indivíduo pode ser presumido por meio da progressão 
da ossificação das epífises ósseas. Os centros de ossificação do esqueleto aparecem e progridem em uma 
sequência conhecida nas crianças normais, permitindo assim que a maturação esquelética possa ser comparada 
com a idade cronológica. Logo, o grau de maturação óssea característico para uma determinada idade 
cronológica é definido como idade óssea (IO). Nos diferentes segmentos corporais, tanto a idade quanto a 
velocidade com que a maturação óssea progride são variáveis. O desenvolvimento do corpo de uma criança 
está muito mais relacionado à idade óssea do que à idade cronológica (baseada na data de nascimento). Logo, 
a idade óssea constitui um valioso critério evolutivo para o acompanhamento clínico. Independentemente da 
idade cronológica, a estatura final é obtida quando ocorre a fusão completa entre a epífise e a metáfise dos 
ossos, que corresponde ao estágio final da maturação óssea. A menina cresce até atingir uma idade óssea de 
15 a 16 anos e o menino, até uma idade óssea de 17 e 18 anos. Em crianças normais, onde a velocidade de 
crescimento é adequada, conhecendo-se a idade óssea é possível prever o potencial de crescimento ósseo linear 
e com isso a estatura final. Quanto mais atrasada a idade óssea em relação a idade cronológica, maior o período 
de tempo que a criança terá para crescer antes do fechamento da cartilagem de crescimento. Esse conhecimento 
é importante frente à angústia de familiares que possuem estatura abaixo da média populacional e que 
comumente encontram-se preocupados com a projeção da estatura dos filhos. 
 
Baixa Estatura: A estatura é uma condição multifatorial. Malformações, padrões dimórficos. Baixa estatura 
é definida quando o indivíduo está 2 desvios abaixo da média, desvios esses que devem ser sustentados e não 
momentâneos. 
Causas Fetais: 
Anomalias cromossômicas: Síndrome Turner e Síndrome de Down 
Síndromes genéticos (dismórficos), Silver Russel, Pancitopenia de FanconiSeckel, Williams, Noonan, 
Cockayne, Prader-Willi, Laurence-Moon-Bield. 
Displasias esqueléticas, Acondroplasia, Disostosis cleidocraneana, Osteogêneses imperfeita, Discondrostosis 
Enfermidades metabólicas: Mucopolissacaridoses (Hurler, Hunter, Sanfilipo, Morquio) 
 
 
Causas Maternas: 
Desnutrição 
Enfermidades vasculares (hipertensão, diabetes, 
toxemia) 
Malformações uterinas 
Drogas: álcool, tabaco, narcóticos. 
Infecciones pré-natais: CMV 
Alterações Placentárias: 
Transtornos de implantação 
Malformações vasculares 
Infartos 
Retardo de Crescimento Intrauterino: 
Anormalidades fetais intrínsecas 
Anomalias placentárias 
Distúrbios maternos 
Fatores ambientais 
 
 Ambiental 
Síndrome de Down 
Síndrome de Turner: Se caracteriza por amenorreia primária, infantilismo sexual, baixa estatura, múltiplas 
anormalidades congênitas e gônadas com estrias bilaterais. O diagnóstico é feito com mais frequência, na 
puberdade, quando são observadas amenorreia e ausência de desenvolvimento sexual, juntamente com outras 
anomalias. Quando as células portadoras de Y coexistirem com as células 45, X (por exemplo, 45, X/46, XY), 
muitas vezes desenvolve-se ambiguidade sexual, e as gônadas podem variar desde estrias até testículos 
funcionais (a síndrome de disgenesia gonadal mista). Pelos púbicos e axilares escassos aparecem por ocasião 
da provável puberdade; as mamas permanecem infantis e não ocorrem menstruações. A administração de 
hormônios melhoram a velocidade de crescimento e a estatura final do paciente. A Somatropina, hormônio 
de crescimento aprovada para a administração em doentes com ST, desempenha um papel chave não só durante 
a infância, como também nas restantes etapas da vida, contribuindo para o adequado crescimento e 
desenvolvimento da função metabólica. A orientação precoce para a consulta de endocrinologia é importante, 
visto que, para além, dos problemas médicos que as doentes apresentam, estão também associadas questões 
comportamentais. Terapia de reposição de estrógeno tem sido usada desde que a condição foi descrita para 
promover o desenvolvimento de características sexuais secundárias. Modernas tecnologias também vêm sendo 
usadas para ajudar mulheres com Síndrome de Turner a engravidarem, caso desejarem. Uma doadora de um 
óvulo é usada para gerar um embrião, o qual será carregado pela mulher com Síndrome de Turner. 
Síndrome de Edwards (Trissomia 18) 
Síndrome Patau (Trissomia 13) 
Síndrome Cri du chat. (5p-) 
Baixa estatura pré-natal, nasce pequeno, nasce normal e não cresce bem. 
Crescimento uniforme x Desproporcional 
Proporções Corporais: (SS/SI vai diminuindo até o valor de 1). 
Maturação Esquelética: comparação entre idade óssea e idade cronológica. 
Intrauterinas: Síndrome de Noovan (BE, alterações 
faciais e defeitos cardíacos, autossômico dominante 
monogênico). É geneticamente heterogênea com mutações 
“missense” no gene PTPN11 em 50% dos casos. Este gene 
está localizado no cromossomo 12q24.1 e codifica a 
proteína tirosina quinase- SHP-2, especialmente 
implicando nas valvulogênese em válvulas cardíacas. Do 
ponto de vista clínico é caracterizada por baixa estatura 
harmônica (tamanho adulto em -2DE), doença cardíaca 
congênita (especialmente estenose pulmonar e 
cardiomiopatia hipertrófica), fenótipo característica: 
hipertelorismo, fissuras palpebrais antimongoloide, 
orelhas baixas e rodados, pescoço curto com pele 
redundante (pterígio colli), implantação baixa dos cabelos, 
deformidades torácicas e vertebrais e cúbito valgo. Outras 
anormalidades descritas são retardo mental leve e 
puberdade atrasada em meninos com criptorquidia. 
Embora a altura adulta encontra-se geralmente -2.5DE. 
Atualmente não é indicado o hormônio do crescimento 
para esses pacientes. 
Síndrome de Prader-Willi (SPW) – BE, retardo mental, obesidade, FISH negativo pode ser falso negativo. 
É uma doença genética descrita em pacientes com obesidade, baixa estatura e com criptorquidia com hipotonia 
grave no período neonatal. Está relacionada com diferentes anormalidades genéticas na região q11-q13 do 
cromossomo 15, onde se encontram vários genes submetidos ao fenômeno de Imprinting, através do qual um 
gene ou grupo de genes sofrem um processo de silenciamento de tal forma que o único alelo funcional é o 
cromossoma paterno. Em aproximadamente 70% dos casos há uma deleção no braço longo do cromossomo 
15 paterno (15q11-q13), em 20-25% dissomia uniparental materna, 5% defeito de impressão e em menos de 
1% translocações. O risco de transmissão da doença é baixa (<1%) nos casos de deleção e dissomia, mas alto 
(até 50%) no resto, por isso é importante diferenciar bem a causa da alteração da síndrome para fornecer um 
adequado aconselhamento genético. 
Síndrome de Silver Russel (SSR): É uma síndrome definida por retardo de crescimento intrauterino (CIR) e 
assimetria corporal pós-natal e fácies característica. CIR e assimetria corporal e baixa estatura e anomalias 
craniofaciais. Muito heterogênea, tanto geneticamente, como clinicamente e, portanto, difícil de diagnosticar. 
Têm sido descritas diferentes alterações genéticas do cromossomo 7 (dissomia uniparental materna) e 
cromossomo 11 (dissomia uniparental materna, o triplo de doses materna de 11p e hipometilação do centro de 
Imprinting telomérico do 11p. As manifestações clínicas mais comuns incluem retardo do crescimento 
intrauterino (peso e / ou comprimentoao nascimento inferior a 2 DE abaixo da média) e pós-natal, assimetria 
dos membros, clinodactilia do quinto dedo e fenótipo característico com fácies triangular, micrognatia e 
perímetro cefálico normal. Quanto ao tratamento, foram feitos com ensaios terapêuticos GH, com maus 
resultados. 
Síndrome de Aarshag: face típica, escroto bífido e nanismo. Conhecida como displasia faciogenital. 
Síndrome de Cornelia de Lange: O diagnóstico é essencialmente clínico; baseia-se no reconhecimento das 
características faciais característicos fenotípicas, insuficiência do crescimento intrauterino, anormalidades dos 
membros, atraso no desenvolvimento pós-natal e retardo mental, que pode ser leve ou severo. O fenótipo facial 
é caracterizado por microbraquicefalia, implantação baixa do cabelos, cílios longos, hipertricose, orelhas de 
implantação baixa, ponte nasal achatada, narinas antevertidas, filtro longo e boca em forma de carpa com 
lábios finos, prognatismo maxilar e micrognatia. 
Síndrome de Williams: crianças que nascem com peso muito baixo, se alimentam com dificuldade nos 
primeiros dias, hipotonia, problemas cardiovasculares, muitas cólicas nos primeiros meses de vida, 
desenvolvimento lento, cérebro de tamanho menor do que o habitual, criança muito sociável, com tamanho 
menor do que o normal para crianças de mesma idade, traços da face são muitos característicos e o timbre da 
voz é muito baixo. 
Síndrome de Rubinstein-Taybi: É caracterizada por retardo mental, polegares e primeiros dedos dos pés 
largos (em bastão ou maçã) e fácies característica. É uma doença sistêmica, com expressão clínica variável. A 
falha de crescimento é evidente no nascimento, e a falta de membros pode ser visto no período neonatal. A 
falha do crescimento é progressiva, e há muito baixa altura final. Anomalias craniofaciais podem incluir 
microcefalia, testa proeminente, estrabismo, astigmatismo, ptose palpebral, dobras antimongoloídes, epicanto, 
ponte nasal larga, narinas anormalmente grandes, palato e micrognatia. A maioria tem um sorriso 
característico. Os polegares e dedos e os dedos anormalmente largos dos pés estão presentes em 100% dos 
pacientes. A clinodactilia do quinto dedo está presente em 50% dos casos. 
Síndrome de Klippel-Feil: É uma doença congênita que consiste na fusão de duas ou mais vértebras cervicais 
e está definida por três característica, implantação baixa do cabelo, pescoço curto e limitação da mobilidade 
do mesmo. Como consequência do encurtamento do pescoço a cabeça parece estar posta diretamente sobre o 
tórax, o rosto parece destorcido e as orelhas são de implantação baixa. O crescimento nestas crianças é limitado 
e referente ao tratamento com hormônio do crescimento, não existe um seguimento longitudinal nestes 
pacientes para se obter conclusões sobre o tratamento com GH. 
Displasias Esqueléticas Ósseas: alterações do crescimento e desenvolvimento ósseo, de forma 
desproporcional. Sintomas: dependem do tipo de alteração, surdez e dimorfismos faciais. Teste molecular é 
confirmatório. História familiar, achados clínicos-radiológicos e evolução. Exame físico, heredograma, raio-x 
e teste molecular. Displasias esqueléticas são doenças genéticas com acometimento do esqueleto, com 
alteração de crescimento e desenvolvimento ósseo. Existem mais de 450 diferentes displasias esqueléticas, 
cada qual com suas peculiaridades. Algumas delas são: acondroplasia, Stickler, Marshall, hipocondroplasia, 
nanismo tanatofórico, displasia metatrópica, displasia diafisária, dentre muitas outras. 
Quais são os sintomas? Indivíduos com displasias esqueléticas podem apresentar distintos sintomas, a 
depender do tipo de alteração que apresentam. Os sintomas mais comuns são: baixa estatura, deformidades 
esqueléticas, encurtamento de membros, surdez e dismorfismos faciais. 
Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico clínico das displasias esqueléticas depende de histórico familiar, 
achados clínico-radiológicos característicos e evolução. O teste molecular é confirmatório. 
 
Nanismo tanatofórico: incompatível com a vida. 
Fator de crescimento de fibroblasto – acondroplasia/hipocondroplasia é autossômica dominante. São duas 
mutações distintas. 
Acondroplásico é sempre heterozigoto autossômico dominante – Aa, 50% das filhas são acometidas quando 
com parceiros normais. Se caracteriza por um encurtamento proximal dos membros acompanhado de 
macrocefalia. Transmissão autossômica dominante, mutação no cromossomo 4p, que altera o fator de 
crescimento dos fibroblastos (FGFR3). Risco para a descendência de 50% quando não existem casamentos de 
indivíduos acondroplásicos, nos que existe um risco incrementado de 25% de serem homozigotos (condição 
usualmente letal). De modo geral, os pacientes tem um desenvolvimento cognitivo normal, mas um 
desenvolvimento motor atrasado e não usual. Seguimento médico nos primeiros anos de vida (observação cada 
1 – 2 meses das medidas do perímetro da cabeça, pressão intracranial e possível diagnóstico de hidrocefalia. 
O reduzido tamanho do forame magno causa riscos incrementados de apneia, mielopatía cervical, paralisias 
ou falecimento nos dois primeiros anos de vida. Deverão ser feitas provas respiratórias, observações por parte 
dos pais dos sintomas de obstrução respiratória durante o sono. Realizar audiometrias entre os 6 – 10 meses e 
se confirmadas as limitações da audição será apropriado observar o desenvolvimento da linguagem, atribuir 
sítios preferenciais em aula, estimular a comunicação. A cifose ou curvatura excessiva da coluna pode ser 
prevenida com o cuidado das posturas ao sentar (nunca sem respaldo) e deverá ser avaliada cada 6 meses até 
os 3 anos. 
Ortogênese Imperfeita (I, II, III, IV): deficiência na produção de colágeno do tipo I, alterações de esmalte 
dentário, “olhos azuis”, lesões e fraturas, BE. Existe atendimento no SUS. Osteogênese imperfeita (doença de 
Lobstein ou doença de Ekman-Lostein), também conhecida pelas expressões “ossos de vidro” ou “ossos de 
cristal”, é uma condição rara do tecido conjuntivo, de caráter genético e hereditário. A principal característica 
é a fragilidade dos ossos que quebram com enorme facilidade. A osteogênese imperfeita (OI) pode ser 
congênita e afetar o feto que sofre fraturas ainda no útero materno e apresenta deformidades graves ao nascer. 
Ou então, as fraturas patológicas e recorrentes, muitas vezes espontâneas, ocorrem depois do nascimento, o 
que é característico da osteogênese imperfeita tardia. 
Classificação: As manifestações clínicas da OI variam muito de grau e intensidade de acordo com o tipo da 
desordem instalada. 
Tipo I – forma leve e não deformante que se manifesta mais tarde aos 20, 30 anos, com perda leve da 
resistência óssea; 
Tipo II – é a forma mais grave de todas; em geral, os portadores morrem ainda dentro do útero ou logo depois 
do nascimento; 
Tipo III – surgem deformidades graves como consequência das fraturas espontâneas e do encurvamento dos 
ossos; dificilmente, o paciente consegue andar; 
Tipo IV – deformidades moderadas na coluna, curvatura nos ossos longos, especialmente nos das pernas, 
baixa estatura. 
Causas: A causa da doença é uma deficiência na produção de colágeno do tipo 1, o principal constituinte dos 
ossos, ou de proteínas que participam do seu processamento. O resultado é o surgimento de quadros de 
osteoporose bastante graves. A falta de colágeno afeta não só os ossos, mas também a pele e os vasos 
sanguíneos. Análises de DNA mostram que alguns pacientes não apresentam mutações nos genes responsáveis 
pela produção de colágeno, embora sejam portadores da doença. 
Sintomas: Portadores de osteogênese imperfeita podem apresentar diferentes graus de fragilidade óssea que 
vão desde os mais leves até os muito graves. Além dasfraturas sem causa aparente e dos ossos curvados, dois 
outros sintomas são típicos da doença: branco dos olhos (esclera) azulados e rosto em forma de triângulo. Além 
desses, os pacientes podem apresentar os seguintes sinais da enfermidade: dentes escuros e frágeis 
(dentinogênese imperfeita), perda progressiva da audição, baixa estatura, dificuldade de locomoção e 
deformidades na coluna e na caixa torácica que podem acarretar complicações pulmonares e cardíacas. 
Tratamento: Ainda não existe a cura para a osteogênese imperfeita. O tratamento visa à melhor qualidade de 
vida e envolve equipe multidisciplinar, uma vez que o portador do distúrbio requer atendimento clínico, 
cirúrgico e de reabilitação fisioterápica. O pamidronato dissódico e o ácido zoledrônico (Bifosfonados) são 
medicamentos que têm mostrado bons resultados para inibir a reabsorção óssea, reduzir o número de fraturas 
e aliviar a dor. Outro recurso terapêutico é a cirurgia para colocação de uma haste metálica que acompanha o 
crescimento dos ossos e deve ser implantada por volta dos seis anos. O SUS assume os custos do tratamento 
com pamidronato, que são muito altos, mas não cobre a colocação de próteses. 
Alta Estatura: quando indivíduo se apresenta em 2 desvios acima de média, de forma sustentada e não 
transitória. Exame físico, heredograma, idade óssea, história familiar, exames complementares, 
ecocardiograma, cariótipo. O reconhecimento e o diagnóstico dos quadros clínicos que cursam com o 
Hipercrescimento são relevantes para um adequado tratamento médico, correto aconselhamento genético e 
vigilância de aparição de possíveis processos tumorais. 
 
Hipercrescimento Pós-Natal: 
A. Variantes Normais: Estatura alta familiar (genética) e Maturação rápida familiar (genética) 
B. Nutricional: Obesidade 
C. Hormonal: Excesso de GH: Gigantismo hipofisário, Adenoma hipofisário, Síndrome de McCune-
Albright, Adenomatoses endócrinas múltiplas (MEN-1), Adenomas ectópicos (cavidade nasofenoidea); 
excesso de GHRH: Gangliocitomas intracraniais, Tumores extracraniais, (carcinoide, pancreático, adenomas 
brônquicos, etc.). 
Hipercrescimento Pré-Natal: 
Acromegaloidismo, Receptores de fatores de crescimento: Trissomia de IGF1R, Alterações de FGFR3, 
Hipertireoidismo, Hiperinsulinismo: Neonatos e lactantes, Lipodistrofia, excesso pré-puberal de 
hormônios sexuais: Puberdade precoce isosexual, Andrógenos ou estrógenos suprarrenais, Andrógenos ou 
estrógenos gonadais, Deficiência ou insensibilidade de hormônios sexuais. 
D. Genético: Cromossomopatias: Trissomia de X (mulheres 47, XXX), Klinefelter XXY, XXYY. Homens 
XYY, Síndrome do cromossomo X frágil, Deleção 22q13.3, Síndromes e outros: Síndrome de Marfan, 
Síndrome de Beals (CCA, Fibrilinopatias), Homocistinúria, Síndrome de Beckwith-Wiedemann, 
Hipercrescimento somático (metilação H19), Síndrome de Simpson-Golabi-Behmel, Síndrome de PTEN 
(Hamartoma), Síndrome de Partington, Síndrome de Sotos, Síndrome de Weaver, Neurofibromatoses Tipo I, 
Síndrome de Nevo, Síndrome de Elejalde. 
Síndrome de Sotos: crianças grandes com macrocefalia, idade óssea avançada, hipotonia muscular e um fácies 
particular, características mais pronunciadas nos primeiros anos de vida. Conhecida como Gigantismo 
Cerebral. PC aumentado, dolicocefalia, fronte proeminente, palato ogival, hipertelorismo ocular, queixo 
pontiagudo, ventriculomegalia, rápido crescimento de 1 à 4 anos, retardo mental leve à moderado, 
Etiologia e Diagnóstico: A idade paterna avançada associada a casos esporádicos sugere uma mutação de 
novo nas crianças afetadas. Há outras patologias com um crescimento precoce excessivo, mas a hipotonia 
muscular, a maturação óssea e as características faciais destas crianças permitem habitualmente o diagnóstico 
definitivo. Apesar de não estar associado a nenhuma alteração cromossômica conhecida, deve realizar-se o 
estudo citogenético na presença de atraso de desenvolvimento. A imagiologia dos ossos da mão permite 
estabelecer a idade óssea que é mais um dado a favor deste síndrome, quando avançada em relação à idade. 
Síndrome de Beckwith-Wiedemann: macroglossia, onfalocele, hipoglicemia, nefromegalia, hemihipertrofia, 
tumor de Wilms, carcinoma adrenodortical, sulcos lineares no lóbulo da orelha e bordo posterior do hélice. 
Dados recentes tem detectado diferentes genes e fatores envolvidos no crescimento proporcional e linear. As 
bases moleculares podem resumir-se como: Excesso do gene SHOX no cromossomo X extra nos pacientes 
com síndrome de Klinefelter e na trissomia do X no cromossomo X extra. O gene SHOX se localiza na 
região pseudo-autossômica 1 (PAR1) dos cromossomos sexuais (X e Y). Assim mesmo, um excesso do gene 
Growth controla o gene (GCY) (localizado no braço longo do cromossomo Y), como acontece em homens 
XYY, Excesso de secreção do hormônio do crescimento no gigantismo hipofisário, a síndrome de 
McCune-Albright (20q12-q13.2), a doença neoplásica múltipla tipo I (MEN I [11q13]) e o complexo de Carney 
tipo II (2p26), Excesso ou modulação dos fatores de crescimento (IGF-I, IGF-II e insulina): Sobre 
expressão de IGF-II na síndrome de Beckwith-Wiedemann (BWS) (gene H19, 11p15.5) e no 
Hipercrescimento somático observado na metilação anormal e silenciamento do H19 (11p15.5); ou a 
modulação de IGF-II na síndrome de Simpson-Golabi-Behmel (SGBS) (defeito no gene do glipicano 3, Xq26) 
e SGBS tipo II Xp22, Excesso de insulina (e IGF-I livre) em obesidade, e excesso de insulina em 
Lipodistrofia, lactantes de mães diabéticas e lactantes gigantes com hiperinsulinemia. Entre as síndromes de 
hiperinsulinemia neonatal, se tem descrito recentemente cinco formas genéticas. Excesso ou mutações dos 
receptores de fatores de crescimento: trissomia de IGF1R, em pacientes com trissomia do 15q; mutações 
inativantes do receptor número 3 do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR3 em 4p16.3.); e na síndrome 
de Partington (trissomia do 4p16.3). Deficiência de fatores necessários para deter o crescimento: estrógenos 
(deficiência de aromatase [15q21.1], deficiência do receptor estrogênico [6q25.1] e hipogonadismo). 
Deficiência de fatores para prevenir o aumento dos ossos e proporções dismórficas: síndrome de Marfan 
I (MFS1), por anomalias no gene da fibrilina (FBN1 en 15q21.1); síndrome de Marfan II (MFS2), por 
anomalias no TGFBR2 (em 3p22); Fibrilinopatias por anomalias de FBN1 (em 15q21.1) sem alterações 
clássicas da síndrome de Marfan; síndrome de Beals (mutação no segundo gene da fibrilina, FBN2, em 5q23-
31) e Homocistinúria tipo 1 (deficiência de cistationina b-sintetase CBS, em 21q22.3). Alterações nos genes 
que afetam o ciclo celular, proliferação, crescimento e supressão tumoral: síndromes como a síndrome 
PTEN Hamartoma (alterações no gene PTEN, no 10q23.31), que inclui a síndrome de Bannayan-Riley-
Ruvalcaba, a doença de Cowden e a doença de Lhermitte-Duclos (todas são síndromes alélicas); síndrome de 
Sotos (anomalias do gene NSD1, no 5q35) e Neurofibromatose tipo 1 (por anomalias no gene NF1, no 
17q11.2). 
Síndrome de Klinefelter: É a anomalia cromossómica mais frequente em homens e a causa mais comum de 
hipogonadismo e infertilidade nestes. O diagnóstico desta situação é de recém-nascidos com cariótipo 47XXY 
(alguns casos com 48 XXXY; 48 XXYY; 49 XXXXY entre outras variantes menos comuns). O diagnóstico 
clínico deve ser estabelecido na adolescência. O prognóstico é bom. 
NF 1: neurofibroma, nervos periféricos, AE, periférica ou doença de Von Reckenghausen – defeito da 
neurofibromina, autossômica dominante. Critérios para diagnóstico: AE, um dos pais ou irmãos afetados com 
a doença, manchas cor de café-com-leite, principalmente em tronco. Este gene fica localizado numa das 
metades do par de cromossomas denúmero 17 e a sua forma de transmissão é autossômica dominante. Para o 
diagnóstico da NF1 é necessário que a pessoa apresente dois ou mais dos critérios abaixo: 
– Um dos pais ou um dos irmãos ou um dos filhos já possui a doença NF1 
– Manchas cor de café-com-leite 
– Neurofibromas 
– Sardas axilares ou inguinais 
– Nódulos de Lisch 
– Tumor no nervo ótico 
– Neurofibroma plexiforme 
– Deformidades esqueléticas congênitas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crianças com NF1 geralmente têm inteligência normal, mas aproximadamente 60% das crianças apresentam 
baixa atenção, hiperatividade ou alguma dificuldade na escola. Durante a fase de primeiro ciclo, por exemplo, 
podem ser necessários mais paciência e acompanhamento por parte dos familiares e professores. As 
dificuldades na escola podem ser causadas, também, por algumas alterações que a NF1 pode causar na 
percepção visual. 
Síndrome de Marfan: afeta o tecido conjuntivo, AE, magros, membros mais longos do que o normal, defeito 
no gene da fibrilina 1, miopia por luxação de cristalino, morte súbita por ruptura de artéria aorta. Atenção ao 
sistema cardiovascular. É uma doença que afeta o tecido conjuntivo do corpo, fazendo com os indivíduos 
sejam muito altos, magros e com membros mais longos que o normal. Geralmente, esta doença afeta outras 
partes do corpo como olhos, pele, sistema cardiovascular, respiratório e esquelético. As causas da Síndrome 
de Marfan são genéticas e resultam de um defeito num gene chamado fibrilina-1 que leva a que os ligamentos, 
artérias e articulações se tornem mais flácidos, frágeis e percam a função. A Síndrome de Marfan não tem 
cura, mas existem diferentes tratamentos para controlar os sintomas da doença. 
 
Sintomas: Alta estatura; Braços e pernas longos; Dedos compridos e finos como pernas de aranha; Tórax 
afundado, em funil ou peito de pombo; Pés chatos; Curvatura anormal da coluna; Dor nas articulações, ossos 
e músculos; Ancas largas e saídas para a frente; Miopia; Deslocamento do cristalino do olhos; Glaucoma; 
Dificuldades de visão; Mandíbula inferior pequena; Dentes tortos; Dificuldade de aprendizagem. Outras 
características da Síndrome de Marfan são problemas cardiovasculares como dilatação da aorta ou 
insuficiência da válvula aórtica; problemas pulmonares como dificuldade em respirar ou apneia e problemas 
do sistema nervoso como déficit de atenção, hiperatividade ou dificuldades em falar. 
 
Testes Genéticos 
Conceito: Teste genético é qualquer exame laboratorial que possibilite a análise de DNA, RNA, cromossomos, 
proteínas, e certos metabólitos humanos, com o objetivo de detectar genótipos relacionados às doenças 
genéticas e hereditárias em geral. 
Temas como o impacto de solicitar o teste e do seu resultado no âmbito familiar, psicológico, legal, ético e 
moral são alguns dos que devem ser considerados por ocasião da indicação dos testes genéticos. 
Diagnóstico Pré-Natal: 
Conceito: É a interpretação do estado de saúde fetal utilizando um conjunto de técnicas disponíveis para se 
conhecer a formação adequada e o bom desenvolvimento do embrião ou do feto, antes de seu nascimento. Não 
é sinônimo de aborto. E seu único propósito deve ser o de fornecer "informação e orientação" para o casal, 
sobre o prognóstico da saúde do seu filho relacionado com os resultados do estudo realizado. 
Princípios Básicos no Diagnóstico Pré-Natal: 
 Detecção de risco e oferta 
 Momento: Ideal ou real 
 Por pesquisas ou consultas 
 Marcadores de risco 
 Informação escrita da análise para evitar falsas expectativas. 
 Avaliação por pessoal qualificado: verdadeiro aconselhamento genético  anterior e posterior 
 Prosseguimento deve ser estabelecido de acordo com protocolos 
 Consentimento para testes invasivos deve ser informado 
 
Técnicas Invasivas: 
Biópsia Corial: Tem como objetivo a obtenção de tecido placentário, abdominal ou transcervical, para 
o estudo dos cromossomos do feto, ou estudos de DNA ou enzimas fetais. Vantagem: sua realização é mais 
precoce, nas semanas 11 e 12, com uma taxa semelhante de complicações. 
Amniocentese: Consiste na obtenção de líquido amniótico que envolve o feto através de uma punção 
através do abdômen da mãe. 
Funiculocentese: É a obtenção de sangue fetal através da punção de um vaso umbilical guiada por 
ultrassom. Se pratica a partir da 19-20 semana. É uma técnica com indicações muito mais seletivas, sendo útil 
para o estudo rápido dos cromossomos fetais e para confirmar infecções ou doenças graves do feto. 
Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (DGP) 
Evolução Do Diagnóstico Pré-Natal Citogenético: 
Contexto: cariótipo completo: número e estrutura dos cromossomos para detectar possíveis anormalidades, 
tanto numéricas (aneuploidias trissomias, monossomias, etc.) como estruturais (inserções, deleções e 
translocações). Para realizar este estudo é necessário a cultura prévia de células, de modo que o tempo de 
resposta varia entre 2-3 semanas, dependendo do tipo de amostra de partida. 
Estudos Pré-Natais: 
• Cariótipo em líquido amniótico 
• Cariótipo em vilosidades coriônica 
• Cariótipo no sangue fetal 
• Cariótipo em fibroblastos cultivados (pele e Outros) 
• FISH 
Os CGH-arrays (hibridização genômica comparativa) e SNPs-matrizes (arrays de polimorfismos de 
nucleotídeo único). CGH-array/SNP-array é um instrumento de análise para a determinação do genoma (por 
comparação com uma referência de DNA saudável) se o DNA de uma amostra de teste apresenta alterações 
quantitativas em qualquer região do genoma. O array-CGH é uma técnica na qual o genoma inteiro da amostra 
de teste hibrida, rastreando a informação genética do indivíduo a uma resolução de 1000 vezes maior do que 
o cariótipo convencional. Permite ver se uma amostra de teste perdeu ou ganhou determinados genes ou regiões 
gênicas e torna possível para localizar as coordenadas dessa mudança, o que é o tamanho e que genes ele 
contém. 
Diagnóstico Pré-Natal de Doenças Hereditárias: 
Monogênicas: 
• PCR e detecção fluorescente em sequenciadores automáticos 
• Amplificação e sequenciamento direta dos genes e/ou oncogenes envolvidos 
• A detecção de mutações múltiplas 
• A detecção de mutações pontuais 
• Análise de instabilidade de microssatélites 
Técnicas Não Invasivas: 
• Clínica. Entrevista+ história familiar + detecção de fatores de risco que podem servir de indicação de 
DP 
• Analítica. Teste Combinado do primeiro e do segundo Trimestre 
Consiste na combinação e estudo informatizado para calcular um índice de risco de doença cromossômica 
(especialmente Síndrome de Down), usando a idade da mulher grávida, marcadores laboratoriais e 
ultrassonografia. Os resultados têm uma taxa aproximada de detecção de 90%, com uma taxa aceitável de 
falsos positivos de 3%. 
 
Ultrassom: 
No primeiro trimestre: É possível detectar algumas imagens consideradas como "marcadores de 
anormalidades cromossômicas." O mais válido e aceito nos últimos anos é conhecido como “translucência 
nucal” que verifica o acúmulo de líquido na região cervical posterior do feto entre as 11º e 14º semanas. Se 
exceder um determinado tamanho (3 mm), Deve se oferecer a realização de um exame invasivo. É igualmente 
importante visualizar o "osso nasal", porque sua ausência tem sido associado com a síndrome de Down. 
No segundo trimestre: Especialmente em torno da “semana 20" é a época mais adequada para o diagnóstico 
da maioria das malformações anatômicas. Deve ser realizada por pessoal especialmente treinado, preparado e 
certificado para este tipo de ultrassom. Também são obrigatórios equipamentos de ultrassom de alta definição, 
equipados com tecnologia como o Doppler colorido e 3D, que nospermite descobrir detalhes muito precisos 
de toda a anatomia fetal. 
 
DGP: As técnicas de diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). sexo fetal em mulheres portadoras de 
condições recessivas ligadas ao sexo. O objetivo final do diagnóstico genético pré-implantacional é levar 
gestações em boas condições com embriões geneticamente saudáveis para estudo. Para poder realizar esta 
técnica é necessário: 
 Obter, em biópsia do embrião, um ou dois blastômeros (células-tronco) do embrião no estágio de 
célula 6-8, em torno de 3 dias do desenvolvimento embrionário 
 Analisar o estado do ovo a ser fertilizados a partir do corpúsculo polar, para analisar as doenças 
hereditárias maternas. 
Situações Especiais: 
O Diagnóstico Pré-Natal: 
 Aspectos éticos relacionados com a voluntariedade, privacidade e não diretividade do aconselhamento 
genético prévio ou posterior. 
 Especificar as possibilidades do estudo realizado, e não criar falsas expectativas sobre a "saúde fetal" 
 O Direito da Opção: A continuação ou a interrupção da gravidez diante de um resultado alterado. 
Aconselhamento Genético: 
Conceito: O aconselhamento genético é um processo de comunicação que aborda a ocorrência ou o risco de 
recorrência de um (possível) transtorno genético na família. O processo envolve a atenção de um profissional 
devidamente treinado para ajudar ao indivíduo e a sua família a: 
1. Compreender as características clínicas do transtorno; 
2. Estimar quanto a hereditariedade contribui na sua transmissão e o risco de recorrência nos seus 
familiares; 
3. Avaliar as suas opções face o seu risco de recorrência; 
4. Utilizar a informação genética de forma pessoalmente significativa promovendo a sua saúde, 
minimizando o dano psicológico e potenciando o controlo pessoal; 
5. Escolher o curso de ação adequado a sua percepção do risco e os projetos familiares e atuar em acordo 
com tal decisão; e 
6. Ajustar-se adequadamente à presença do transtorno em familiares afetados e/ou ao risco de 
recorrência em outros familiares. 
Reed definiu três elementos do aconselhamento genético (1980): 
 Conhecimento da genética humana 
 Respeito pela sensibilidade, atitude e reações dos clientes 
 Ensinar e proporcionar informação genética da maneira mas amplia possível 
Modelos de Aconselhamento Genético: 
Modelo de Aconselhamento Centrado no Cliente (Rogers, 1992): Baseado na teoria de Rogers, a mudança 
terapêutica se produz mediante a relação de ajuda entre paciente e o profissional do AG, na qual o paciente é 
recebido com uma aceitação positiva incondicional. 
Condições principais: 
– Empatia 
– Genuinidade e congruência 
– Cordialidade ou consideração positiva incondicional 
Demonstrado pelo Assessor Genético mediante 
– Atitude facilitadora 
– Conteúdo do parafraseado 
– Utilizando perguntas abertas 
– Mostrando aceitação verbal e não verbal 
Etapas do Aconselhamento Genético Competências 
1. Estabelecer a agenda 
mutua 
Situar o cliente: 
- Ele/Ela(s) entende(m) o motivo do encaminhamento? 
- Qual a motivação? 
- Quais as expectativas? 
Iniciação 
Atenção 
Empatia 
Contratação 
2. Reunir informações Obter a história familiar: heredograma. 
Uniformizar a informação dos familiares. 
Obter informações sobre: consanguinidade, etnia, 
infertilidade, abortos de repetição, adopções, doenças 
comuns na família 
Continuamente durante o AG: Avaliar crenças e atitudes 
individuais e/ou familiares sobre o facto que motivou AG. 
Avaliar aspectos emocionais, sociais, religiosos, 
educacionais e culturais associados. 
Questionamento Efetivo 
Atenção 
Construção da Árvore 
Genealógica 
Integração da Informação 
 
3. Estabelecer/verificar o 
diagnóstico 
Sempre que possível: 
- Pareceres, relatórios médicos/hospitalares, 
- Fotografias 
- Exames laboratoriais 
- Interação com outros profissionais envolvidos 
Questionamento Efetivo 
Integração da Informação 
Trabalho Multidisciplinar 
 
4. Avaliar o risco Depende do diagnóstico. 
Envolve: análise do heredograma, cálculos matemáticos, referência a riscos empíricos, 
confiabilidade de testes, laboratoriais. 
Avaliação acurada do risco nem sempre é possível. 
5. Transmitir a informação Sobre o diagnóstico: suas características, história natural, 
variabilidade, manejo 
Sobre o risco individual e familiar: Como foi calculado e 
obtido? Pode ser modificado? 
Determinar entendimento, expectativas anteriores 
Iniciar planejamento. 
Avançadas de Empatia 
Facilitador na Tomada de 
Decisões 
Ajudar ao Cliente a Explorar 
Emoções 
Comunicação de Más Noticias 
Finalização e Encaminhamento 
6. Acompanhar a médio – 
longo prazo 
Preparar o cliente para as respostas emocionais 
decorrentes do AG e ajudá-lo a lidar com essas respostas 
(curto, médio, longo prazo). Antecipar reações pessoais 
ou familiares de acordo com determinado 
risco/diagnóstico. Identificar reações patológicas 
reencaminhar. 
Ajudar ao Cliente a Explorar 
Emoções 
Finalização e Encaminhamento 
Encaminhamento: 
• Promova boas relações com os profissionais aos que reencaminha seus utentes de modo que estes 
possam ser atendidos de forma personalizada. 
• Ofereça mais de uma fonte se possível e deixe ao cliente decidir 
• Evite encaminhamentos desnecessários motivados pela sua falta de segurança ou alta consideração 
duma fonte determinada. 
• Quando o encaminhamento não seja oportuno (seu cliente não esta preparado emocionalmente, não 
existe de momento a possibilidade, etc.) deixe-o saber que pode dispor destes serviços no futuro. 
• Ofereça o encaminhamento de forma cuidadosa, mostrando que persegue máxima assistência do caso 
e não que é demasiado grave para as suas competências ou que não lhe interessa. 
Fontes de encaminhamento: 
• Grupos de ajuda (doenças específicas) 
• Grupos de lutos 
• Agencias (de serviços sociais, assistência médica) 
• Serviços (estimulação infantil, escolas) 
• Médicas (geneticistas e outros profissionais) 
• Agencias de adopção 
• Classes de parentalidade 
• Centros de abuso doméstico 
• Bancos alimentares 
• Centros de desemprego 
• Pais/indivíduos que tem experienciado uma determinada condição genética e que estão de acordo em 
conversar com famílias recentemente diagnosticadas 
A.G. Resumo: 
Motivos de Consulta Mais Frequentes: 
 Antecedentes de filhos anteriores; familiares com malformações congênitas ou retardo mental; abortos 
e infertilidade, idade materna avançada, ingestão de medicamentos durante a gestação e 
consanguinidade. 
 Retardo no crescimento e/ou psicomotor, padrão dismórfico, desordens no desenvolvimento genital, 
suspeita de doença genética ou hereditária. 
 História familiar de câncer, demências, transtornos psiquiátricos. 
Quem se Refere: 
 Médicos de Atenção primária; neonatologistas, pediatras, ginecologistas, endocrinologistas, de 
pesquisas pré ou neonatal, 
 Qualquer especialidade clínica :PKD1, síndrome do QT largo, enf. Dermatológicas, etc. 
 Espontaneamente, etc. 
O paciente, o companheiro a mãe: 
 Aspectos psicológicos, emocionais específicos dos pais: Negação, culpa, depressão, rejeição, 
ressentimento, rejeição da imagem social. 
A consulta 
 O geneticista e/ou conselheiro genético 
 O diagnóstico preciso como categoria essencial 
 História clínica detalhada 
 Árvore genealógica 
 Resultados de necropsias ou biopsias, de analises de laboratório 
 Indicar novas análises especificas 
 Revisar a literatura 
 Especificar o que a pessoa deseja 
 Dificuldades no diagnóstico: 
 A falta de informação, a heterogeneidade genética

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