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SEXUALIDADE NO IDOSO
A sexualidade deve ser compreendida como intrínseca a todo o indivíduo, a qualquer momento de sua vida, considerada singular a cada pessoa.
A sexualidade é a fusão de sentimentos simbólicos e físicos, como ternura, respeito, aceitação e prazer.
É construída progressivamente, sendo influenciada pela história, pela sociedade e pela cultura, conforme os aspectos individuais e psíquicos de cada um.
A sexualidade quando relacionada ao envelhecimento traduz mitos e tabus, resultando na concepção de que idosos são pessoas assexuadas.
A sexualidade do idoso deve ser compreendida partindo do princípio de que ela se compõe da totalidade deste indivíduo
As dificuldades na aceitação da sexualidade no processo de envelhecer podem advir tanto pela ausência de informação, quanto pela noção de que a sexualidade esteja restrita à genitalidade e procriação.
MUDANÇAS DA TERCEIRA IDADE
As transformações na fisiologia sexual masculina embora não ocorram de forma uniforme entre todos os homens caracterizam-se quanto aos aspectos: ereção mais flácida, sendo necessário mais tempo para alcançar o orgasmo; ereções involuntárias noturnas diminuem; ejaculação retardada e redução do líquido pré-ejaculatório.
Na fisiologia feminina, as alterações se iniciam na fase da menopausa, com a diminuição dos hormônios pelos ovários; a pele tende a ficar mais fina e seca; a lubrificação vaginal diminui, podendo ocorrer a dispaurenia; o orgasmo fica em menor duração devido às contrações vaginais estarem mais fracas e em menor número.
POR QUE?
A presença de enfermidade, tanto no parceiro como no próprio idoso, pode ser um fator envolvido para ausência ou diminuição da prática sexual, principalmente quando a doença ocorre no homem, pois comumente afetam a potência masculina.
As dificuldades sexuais muitas vezes acontecem em razão de estresse, fadiga, ou dificuldades interpessoais.
A assistência à saúde sexual requer uma visão ampla da sexualidade, que enfatize a importância da compreensão dos indivíduos no contexto de suas vidas e da definição da saúde sexual com base nos aspectos físicos, intelectuais, emocionais, interpessoais, ambientais, culturais e espirituais, bem como suas orientações sexuais.
DISTÚRBIOS DA LIBIDO
As dificuldades com a libido são a preocupação sexual mais comum.
Mais de 33% das mulheres e 16% dos homens na população geral relatam passar por um período prolongado de desinteresse sexual.
A redução da libido pode estar relacionada com a diminuição ou a perda do interesse sexual, ou com a aversão à interação sexual consigo ou com outros, ou ambos.
A aversão sexual é caracterizada pela aversão persistente ou extrema em evitar a atividade sexual.
Uma situação comum na prática clínica é a discrepância da libido dentro de uma relação, na qual os parceiros diferem no seu nível de desejo sexual.
Embora a maioria dos casais negocie uma solução razoável, em alguns casos a discrepância é significativa o bastante para causar insatisfação no relacionamento.
Também pode ser um marcador de relações extraconjugais ou de violência doméstica.
As doenças e os medicamentos que reduzem os níveis relativos de androgênios, que aumentam o nível de globulina de ligação aos hormônios sexuais, ou que interferem na função endócrina e nos neurotransmissores podem prejudicar a libido.
Os exemplos incluem os hormônios exógenos (p. ex., estrogênios e progesteronas), o diabetes e a depressão, bem como a dificuldade erétil devido a doença vascular arterial, ou a dispareunia devido a vaginite atrófica induzida por deficiência de estrogênio.
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DA LIBIDO
Um relacionamento emocional e fisicamente satisfatório aumenta a libido e a excitação sexual e exerce uma retroalimentação positiva na qualidade do relacionamento.
Nunca é demais enfatizar a importância de conceder tempo para as relações sexuais, de incorporar as sensações, de entender o que agrada o parceiro e da prática da sedução.
A reposição de androgênios pode ser útil para as dificuldades da libido e da excitação, tanto em homens quanto em mulheres.
O sulfato de desidroepiandrosterona (DHEA-S) com posologia de 25-75 mg/dia de acordo com a resposta.
A testosterona transdérmica é apresentada em creme, gel ou loção a 1-2%.
A metiltestosterona oral, tem sido usada por mulheres há anos e tem se mostrado segura.
CONTRA INDICAÇÕES
Uma vez que a administração de testosterona pode estimular o crescimento tumoral de cânceres dependentes de androgênio, estrogênio ou progesterona, ela está contraindicada em homens com câncer de próstata e em homens e mulheres com história de câncer de mama.
A hipertrofia prostática benigna, as alterações lipídicas, a ginecomastia, a apnéia do sono e o aumento da oleosidade da pele, são outros efeitos colaterais relatados.
DISTÚRBIOS DE EXCITAÇÃO 
Os distúrbios da excitação parecem afetar 18,8% das mulheres e 5% dos homens na população geral.
A prevalência de dificuldades de excitação em ambos os sexos é bem mais alta nas populações de pacientes com enfermidades coexistentes, como a depressão, o diabetes e as cardiopatias. O abuso sexual também exerce um efeito negativo na excitação e na saúde sexual.
As dificuldades de excitação se originam mais provavelmente de uma combinação de etiologias orgânicas e psicogênicas.
As causas orgânicas incluem as etiologias vasculares, neurogênicas e hormonais. Os problemas vasculares arteriais ou de influxo são inegavelmente os mais comuns.
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DA EXCITAÇÃO
Alguns homens queixam-se de dificuldade de ereção, mas uma história detalhada mostra que eles não têm ereções devido a falta de libido ou são incapazes de manter a ereção em razão de ejaculação precoce.
Os medicamentos que contribuem para os distúrbios da excitação (p. ex., anti-hipertensivos) devem, se possível, ser substituídos por outros agentes ou ter a dose reduzida.
O controle da glicemia em pacientes diabéticos, a moderação do consumo de álcool, a prática de exercícios e a cessação do fumo são mudanças importantes no estilo de vida, necessárias para se manter uma resposta sexual saudável.
O sildenafil, o vardenafil e o tadalafil são aprovados para o tratamento de disfunção erétil masculina.
Os inibidores não resultam em ereção espontânea e requerem estimulacão erótica ou física, ou ambas, para serem eficazes.
São contraindicados para pacientes que usam nitratos. O uso concomitante destes medicamentos e um nitrato pode acarretar hipotensão profunda. Também estão contraindicados para pacientes com eventos cardiovasculares recentes ou que tenham hipotensão clínica.
Os dispositivos de constrição à vácuo são eficazes para a maioria das causas de disfunção erétil, não são invasivos e são uma opção terapêutica relativamente barata.
O dispositivo é composto por um cilindro, uma bomba de vácuo e uma faixa constritora.
O pênis flácido é colocado dentro do cilindro.
A compressão do cilindro contra a pele do períneo forma uma vedação.
A pressão negativa da bomba puxa sangue para o pênis, resultando em aumento da firmeza.
Quando sangue suficiente tiver entrado nos corpos eréteis, aplica-se uma faixa constritora ao redor da base do pênis a fim de impedir a evasão de sangue.
Após o intercurso, a faixa é removida.
Nos pacientes refratários a outros tratamentos, uma prótese peniana permanente pode ser uma opção segura e eficaz em muitos pacientes.
Os modelos atuais têm vida útil de 7 a 10 anos ou mais.
A satisfação geral do paciente é excelente.
SINDROME DE DOR SEXUAL
As síndromes de dor sexual podem afetar negativamente a excitação em homens e mulheres.
Ocorrem em 14% das mulheres e 3% dos homens na população geral, e em mais de 70% de pacientes do sexo feminino.
As deformidades penianas, o priapismo e os sintomas do trato urinário inferior podem estar implicados na síndrome de dor sexual masculina.
Para as mulheres, a vaginite, a vestibulite, a patologia pélvica, o vaginismo e a lubrificação vaginal inadequada estão entre as etiologias das síndromes de dor sexual.
Essas síndromes prejudicam a libido, a excitaçãoe, por consequência, o orgasmo.
DISTÚRBIOS DO ORGASMO 
A ejaculação precoce afeta 29% dos homens na população geral, e as dificuldades do orgasmo acometem 8% dos homens e 24% das mulheres.
Mais de 80% das mulheres relatam dificuldades de ter orgasmo.
A ejaculação precoce resulta de uma fase de platô encurtada.
Além da sensibilidade exacerbada a estimulação erótica e com frequência, do comportamento aprendido por encontros sexuais apressados, uma etiologia orgânica também é provável.
Um homem com ejaculação precoce pode apresentar disfunção erétil e então redução da libido em razão dos efeitos emocionais.
A dificuldade ou a incapacidade de alcançar o orgasmo acomete um número maior de mulheres do que de homens e, em geral, resulta de uma fase de excitação prolongada causada por estimulação inadequada.
Os medicamentos também podem interferir. Os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs) elevam o limiar do orgasmo, o que os torna altamente eficazes para homens com ejaculação precoce, mas fortemente problemáticos para indivíduos de ambos os sexos que tenham dificuldade de alcançar o orgasmo.
Os agentes psicotrópicos e o álcool costumam retardar a ejaculação.
As opções de tratamento incluem a suspensão do
medicamento, a redução da dose, ou o estabelecimento de dias livres dos medicamentos ofensivos.
Os ISRSs são o tratamento de escolha da ejaculação precoce.
Se as mulheres descobrem o tipo de estimulação que elas necessitam para o orgasmo e o comunicam aos seus parceiros podem ajudar.

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