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@ste.vett Iniciando o Plano de Reabilitação Sempre pesquisar o diagnóstico Anamnese detalhada do animal Espécie, raça, idade, sexo e histórico anterior Exame ortopédico e neurológico Medicação da angulação de movimento das articulações Medição da massa muscular Predisposições: Golden retriever 5 anos - displasia Lhasa apso, 9 meses - necrose asséptica Maine coon, 3 anos - displasia (a dor se mostra com apatia, não conseguir ir na caixa de areia) Gatos mais velhos - osteoartrose primária Lulu, 3 anos - luxação patela PERGUNTAS NA ANAMNESE Já tomou algum medicamento? Houve melhora? Ex: doenças imunomediadas melhoram com corticoide e pioram quando tira ou neoplasias que também melhoram muito a dor quando está tomando e depois que tira piora. Como é o piso da casa? E o local onde vive? Tem escadas? Sofreu algum trauma? Contactantes? Realizou alguma cirurgia? Vacinação, alimentação EXAME FÍSICO Inspeção: analisar o animal andando antes de colocá-lo na mesa Observar em estação, ao passo e no trote Avaliar amplitude de movimento Avaliar coxins, unhas e falanges Realizar palpação: através da palpação podemos avaliar luxações, crepitações, dor, aumento de volume e temperatura, neoplasias e inflamações, etc. Primeiro se palpa membros e depois a coluna Palpar coluna sentido caudal>cranial e todas as articulações Palpar paravertebral dando um suporte na barriga Palpar cervical - hiperextensão para cima e para baixo, lateralização para esquerda e direita Palpar membros torácicos - Falanges, carpo (fazer flexão e extensão), cubital (cotovelo), flexão e extensão (displasia de cotovelo - palpar enquanto mexe), escapulo umeral (flexão, extensão, rotação, abdução e adução (pra fora). - Palpar tendão calcâneo comum pois pode haver ruptura total ou parcial Quando o animal tem dor em membro torácico, as vezes abaixa a cabeça ao apoiá-lo. Palpação cervical: pressionando com os dedos a região paravertebral, tentando pegas as raízes nervosas – região ventral das vertebras. Pra identificar onde começa, tem o osso occipital e embaixo já tem a asa do atlas, dá pra sentir as asinhas e daí eu vou me localizando pelos processos transversos. Torácicas, lombares e sacrais: agora sim é pela região dorsal das vertebras – dá pra sentir os processos espinhosos das vertebras. O lugar mais problemático é na transição toracolombar, onde geralmente os animais tem mais dor. Eu sei que cheguei nas lombares quando acaba as costelas e @ste.vett sei que cheguei nas sacrais quando consigo palpar a asa do ílio (íleo com E é uma parte do intestino). Coccígeas: dorsoflexão da cauda dói para paciente com síndrome da cauda equina. A dorsoflexão faz compressão de um monte de enervação, inclusive o nervo ciático. VÉRTEBRAS: Cervical - 7 Torácicas - 13 Lombar - 7 Sacral - 3 fusionadas AVALIAÇÃO ORTOPÉDICA: Teste de Ortolani – usado para diagnóstico de displasia coxofemoral - fazer com animal em decúbito lateral ou dorsal. O animal deve estar com os membros esticados e o veterinário com as mãos nos joelhos. - O veterinário deve posicionar o dedão no trocanter, segurar o tarso e abduzir (deslocar), se ouvir um estalo é teste de ortolani positivo, ou seja, animal com displasia. Caso não tenha o estalo deve-se pedir um rx. O estalo é o encaixe do fêmur na cabeça do acetábulo de novo. Animal mais velho já tem uma fibrose articular e osteoartrose - dificulta o teste, pois não movimenta Teste de Gaveta: é usado para diagnostico de RLCCr (ruptura de ligamento cruzado cranial). O animal deve estar em decúbito lateral e o veterinário com uma mão segura a porção distal do fêmur e com a outra a parte proximal da tíbia. Deve-se tentar movimentar a tíbia, se ela se movimentar é um diagnóstico positivo para ruptura. Teste de compressão tibial: é usado para diagnostico de ruptura de ligamento cruzado cranial. O veterinário deve por uma mão na porção distal do fêmur e passar o dedo indicador pela patela colocando-o na crista da tíbia. A outra mão deve flexionar os dígitos e se houver ruptura o dedo acaba sendo projetado para frente pois a tíbia está se deslocando Avaliação da luxação de patela medial (Pequeno Porte) - feito com o animal em decúbito lateral. Estende-se o membro, rotaciona e tenta deslocar a patela medialmente Avaliação da luxação de patela lateral (Grande Porte) - feito com o animal em decúbito lateral. Flexiona a pata, rotacional lateralmente e tenta deslocar a patela lateralmente Grau de luxação: GRAU I – quando se move a patela do sulco e ela volta sozinha GRAU II – quando se move a patela do sulco mas ela não volta sozinha. Os animais dão um “chute” para voltar GRAU III – quando a patela esta fora do lugar e é possível coloca-la de volta, mas ela não permanece no lugar GRAU IV- quando não é possível recolocar a patela no lugar É possível realizar a cirurgia já no grau II @ste.vett Teste de palpação do tendão bicipital – é usado para diagnostico de tenossinovite. Realiza-se com o animal em decúbito lateral. O veterinário deve realizar hiperextensão caudal do membro e palpar a região medial do úmero (próximo ao musculo superficial profundo). - Também pode ser chamado de flexão do ombro e extensão do cotovelo. - Quando positivo o animal sente muita dor Instabilidade medial do ombro - Avaliação grau abdução do ombro – o normal de abdução do ombro é de 30º, mas com a instabilidade pode chegar até 90º. O tratamento deve ser cirúrgico e com pôs operatório de pelo menos 3 meses. - Fisioterapia só pode ser feita quando o grau de instabilidade for menor de 90º AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Feita por passos, avaliar: 1. Estado mental e comportamento 2. Postura 3. Marcha 4. Reações pontuais – procepção e saltitamento 5. Reflexos espinhais – patelar, flexor em torácico e pélvico, perineal 6. Avaliação sensorial – pinçamento (dor profunda e superficial) 7. Avaliação dos nervos cranianos Vídeo: animal apresenta andar em círculos (alteração de comportamento), claudicação em membro torácico direito (alteração em marcha) e andar compulsivo (alteração de comportamento), headpressing (alteração de comportamento) e desorientação (alheio ao ambiente – alteração de comportamento) = Animal tem alteração de córtex, tronco encefálico e de marcha SNC – encéfalo (cérebro (telencéfalo (córtex) e diencéfalo (tálamo, hipotálamo)), cerebelo e tronco encefálico) e medula espinhal SNP – nervos e terminações nervosas Estado mental – é controlado pelo tronco encefálico Comportamento – é controlado pelo córtex cerebral Estado metal: possíveis alterações Normal ou Alerta: estado normal Demência: alerta, porém responde de forma inadequada aos estímulos Obnubilado ou deprimido: sonolento, porem despertável. Falta de atenção e pouca atividade espontânea Semi coma ou Estupor: estado de sono e responde somente a grandes estímulos ambientais e dolorosos Coma: inconsciente e não pode ser excitado mesmo com estímulos dolorosos COMPORTAMENTO: possíveis alterações Agressividade Medo Desorientação Pressão da cabeça em obstáculos Andar compulsivo Andar em círculos Vocalização @ste.vett Atitude e postura ATITUDE: posição dos olhos e da cabeça em relação ao corpo Anormalidade: inclinação da cabeça ou rotação ALTERAÇÕES: Head tilt – inclinar a cabeça – alteração vestibular Opistótono – olhar para cima – alteração cerebelo e tronco encefálico Ventroflexao cervical – alteração em cervical Head turn – olhar para traz,alteração em córtex POSTURA: posição do corpo em relação a gravidade e é mantida pela integração das vias do sistema nervoso central e reflexos 1. Coluna Escoliose – é desvio lateral Lordose – é desvio ventral – animais com hiperadreno Cifose – desvio dorsal – animais com hérnia de disco 2. Membros: Palmigrado- quando o carpo toca no solo Plantigrado – quando o tarso toca no solo – ocorre em caso de diabetes mellitus em gatos ALTERAÇÕES: 1. Rigidez por decerebração: lesão em tronco encefálico – tem alteração de estado mental 2. Rigidez por descelebelação: - lesão em cerebelo 3. Síndrome de Schiff-Sherrington – medula espinhal (de T2 a L5) Para diferenciar: 1. Animal chega com opistótono e membro torácico e pélvico espástico 2. Animal chega em opistótono, membro torácico espástico e membro pélvico flexionado. Se colocado para andar, o animal não anda pois NÃO TEM resposta motora 3. Animal chega em opistótono ou não, membro torácico espástico e membro pélvico flexionado. Se colocado para andar, o animal anda pois TEM resposta motora RIGIDEZ POR DECEREBRAÇÃO RIGIDEZ POR DESCELEBELAÇÃO SÍNDROME DE SCHIFF- SCERRINGPON Opistótono Opistótono Opistótono ou não Membro torácico espástico Membro torácico espástico Membro torácico espástico Membro pélvico espástico Membro pélvico flexionado Membro pélvico flexionado Alteração de estado mental Animal sem resposta motora Animal com resposta motora MARCHA ALTERAÇÕES: Claudicação – pode ser ortopédica ou neurológica Neurológica – sinal de raiz ou radículpatia Ataxia – geralmente em um animal com incoordenação. Dividida em: Cerebelar – animal apresenta: tremor de intenção da cabeça, hipermetria e base ampla Proprioceptivo - animal apresenta: arrastar de dígitos e base ampla Vestibular - animal apresenta: headtilt, andar em círculos e nistagmo - Pode ser central (neoplasia, Meg) ou periférico (otites) Central: alteração em tronco encefálico Periférico: alteração em orelha media ou externa @ste.vett Para diferenciar alteração central de periférica: Se tiver nistagmo vertical é central Propriocepção alterada é central e não alterada é periférica Paresia – perda parcial dos movimentos. Dividida em: Ambulatória – animal consegue andar sozinho Não ambulatória – animal precisa de suporte e ajuda para andar Paralisia ou Plegia – perda total dos movimentos MT + MP MP Perda total Tetraplégico Paraplegia Perda parcial Tetraparesia Paraparesia Só um lado Perda total: hemiplegia Perda parcial: hemiparesia Apenas um membro Perda total: monoplegia Perda parcial: monoparesia REAÇÃO POSTURAL Confirmar lesão neurológica Propriocepção consciente – o animal tem ate 3s para voltar com a pata normal Saltitamento: testa a mesma coisa que a propriocepção mas com membro inteiro. Sobe 3 membros e deixa 1 apoiado e faz ele “pular“ com o membro apoiado. O animal deve pular na hora Eles podem estar: normais, diminuídos ou ausentes REFLEXOS Patelar, flexor em torácico e pélvico, perineal, cutâneo do tronco ou panículo - Podem estar normais, aumentados, diminuídos ou ausentes Segmentos para pedir exames: C1-C5 cervical, C6-T2 cervicotoracico, T3-L3 toracolombar, L4-S3 lombosacral ► Reflexos flexores Flexos MT Flexos MP C1-C5 Normal ou aumentado Normal ou aumentado C6-T2 Diminuído ou ausente Normal ou aumentado T3-L3 Normal Normal ou aumentado L3-S3 Normal Diminuído ou ausente Reflexo não indica prognóstico. Tanto faz o animal ter ou não em relação a dor. Mesmo que tenha reflexo, se não tiver dor é um prognóstico ruim. Quando o animal tem lesão de C1 a L3 a bexiga ica espástica é difícil de esvaziar Lesão de L4-S3 tem uma bexiga flácida e de fácil esvaziamento Reflexo Cutâneo do tronco ou panículo Pinçar pele – só tem reflexo de panículo (contração) da escapula a L3 Usado em animais que não andam Sempre feito caudal>cranial Pegar uma pinça e pinçar dos dois lados da vértebra, uma por uma Sempre que ocorre a contração, a lesão é duas vértebras para cima. Por exemplo: contração em L3 a lesão será em L1. Perineal Quando faz o reflexo perineal o animal deve contrair o anus AVALIAÇÃO NOCICEPTIVA (sensorial) Realizar em animais que não andam Dor superficial se testa apertando entre os dedos @ste.vett Dor profunda se testa no digito Quando o animal só puxa não quer dizer que a dor está presente, pode ser só reflexo. Se ele chorar ou tentar morder quer dizer que tem dor presente Se o animal tem dor superficial, não precisa testar a dor profunda Sempre que o animal tem lesão, ela afeta primeiro as fibras medulares e depois o restante 1º item afetado: propriocepção 2º item: resposta motora 3º item: dor superficial 4º item: dor profunda Nervos Cranianos Olfatório (I) - Cheiro Óptico (II) - Visão Oculomotor (III) – Reflexo pupilar Troclear (IV) – Movimentação do globo ocular Trigêmeo (V) – Sensorial (facial, corneal, palpebral e cabeça); Motor (músculos da mastigação) Abducente (VI) – Movimentação do olho Facial (VII) – Movimento da pálpebra, orelha e lábio Vestibulococlear (VIII)- Equilíbrio e Audição Glossofaríngeo (IX) –Movimentos da língua e deglutição Vago (X) –Responsável pela deglutição Acessório (XI) – Inerva a musculatura do pescoço Hipoglosso (XII) –Inerva a língua
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