Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior Questões norteadoras: ● Quais as principais esofagites? R: Esofagite infecciosa causada fungos como a candida albican, citomegalovírus, Herpes. E possui a esofagite química causada por álcalis ou ácido. ● Quais são as etiologias das esofagites? R: Das mais variadas causas, geralmente pacientes imunossuprimidos, paciente com AIDS ● Diferenciar as esofagites morfologicamente macro e micro Esofagite infecciosa fúngica - Placa aderida a mucosa esofágica Esofagite infecciosa causada pelo vírus da Herpes - Úlcera superficial em aspecto de saca bocado Esofagite infecciosa causada pelo citomegalovírus - Úlceras únicas ou múltiplas, tendem a ser lineares e mais profundas que HSV geralmente no esôfago médio e distal - Alterações macroscópicas lineares no esôfago médio e distal AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior Esofagite eosinofílica - esôfago apresentando traqueização AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior Introdução: As esofagites podem ser divididas em infecciosas e químicas: - Infecciosas: candida albicans, vírus herpes simples e citomegalovírus. - Químicas: ingestão de produtos tóxicos (agudas) ou doença do refluxo gastroesofágico (crônico) – esôfago de barrett pode vir a desenvolver um adenocarcinoma esofágico. ESÔFAGO: A esofagite corresponde à inflamação d o esôfago, que é o canal que liga a boca ao estômago, levando ao surgimento de alguns sintomas, como por exemplo azia, gosto amargo na boca e dor de garganta, por exemplo. AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior ESOFAGITE INFECCIOSA FÚNGICA: Encontrado normalmente na garganta, mas pode evoluir e se tornar patogênica e causar esofagite em pacientes imunodeprimidos. Comum em pacientes infectado com HIV, tendo AIDS A MARCA REGISTRADA DA CANDIDÍASE ESOFÁGICA É A ODINOFAGIA (DOR AO DEGLUTIR). PACIENTES LOCALIZAM SUA DOR EM UMA ÁREA RETROESTERNAL DISCRETA MORFOLOGIA MACROSCÓPICA: - Mucosa com pseudomembranas aderentes, à cor, que pode ser do branco ao creme - Aspecto pode ser pastoso, brilhoso ou opaco - Placas elevadas nodulares MORFOLOGIA MICROSCÓPICA: Presença de hifas fúngicas ficam entrelaçadas entre as células, material necrótico e processo inflamatório. DIAGNÓSTICO: Endoscopia digestiva alta, quando são observadas placas brancas na mucosa e há suspeita clínica a partir da história do paciente. TRATAMENTO AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior - Fluconazol oral, 400 mg no primeiro dia, depois 200 a 400mg/dia por 14-21 dias - Pacientes resistentes ao fluconazol podem responder ao itraconazol (20mg/dia) - Voriconazol (200mg 2x por dia) Evolução da esofagite infecciosa fúngica causada por candida albicans Exsudato pseudomembranoso cremoso extenso em toda a extensão do esôfago AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior ESOFAGITE INFECCIOSA POR HERPES VÍRUS: com aparência de vulcão CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICA Úlceras em saca-bocados, difusas, vesículas a úlceras, eritematoso, edema, podem evoluir com estenoses ou fístulas, lesões com aspecto de vulcão . SINTOMATOLOGIA: Geral se queixa de odinofagia e, menos comumente, de disfagia. Cerca de dois terços têm sinais de estomatite. DIAGNÓSTICO: Através de endoscopia digestiva alta TRATAMENTO - Aciclovir (200mg VO 5x ao dia por 7-10 dias) - Fanciclovir (500mg VO 3x ao dia) - Valaciclovir (1g VO 3x ao dia) AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior ESOFAGITE INFECCIOSA POR CITOMEGALOVÍRUS: TRANSMISSÃO - VIA RESPIRATÓRIA: Tosse, espirro, fala, saliva, secreção brônquica e da faringe - TRANSFUSÃO: Transfusão de sangue, transmissão vertical da mulher grávida para o feto ou durante o parto - SEXUAL DIAGNÓSTICO - História clínica + endoscópicos + histológica CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICA Na endoscopia paciente apresenta múltiplas úlceras localizadas no esôfago médio e distal.. As úlceras esofágicas do citomegalovírus são rasas ou de profundidade intermediária, com apenas uma minoria com profundidade profunda ou aparência amontoada. As úlceras tendem a ser lineares e discretas com mucosa normal. CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICA: - Vírus infecta células endoteliais da base das úlceras (biópsias devem ser do fundo das úlceras) - Rico infiltrado inflamatório e células com inclusões virais -> inflamação e inclusões nucleares e citoplasmáticas TRATAMENTO: Ganciclovir ou foscarnet 3 a 6 semanas Aciclovir (5 mg/kg/dose IV) AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior ESOFAGITE QUÍMICA: Dividido em: - Álcalis fortes: provocam necrose por liquefação , mucosa é menos resistente substâncias alcalinas , mais intensa em extensão e profundidade (são mais viscosos - lentos) - Ácidos: provocam necrose por coagulação , perda de água pelos tecidos, dor ao contato com orofaringe -> tendência ingestão menor quantidade, passam rapidamente pelo esofago e atingem estômago Sialorréia -> ingestão acidental de alcalina MORFOLOGIA Varia conforme a etiologia: - Infiltrados densos de neutrófilos - Necrose total da parede esofágica caso as lesões sejam induzidas por químicos (lixívia, ácidos, detergentes) - Ulceração acompanhada de necrose superficial com tecido de granulação e fibrose eventual - Estreitamento da luz dos vasos sanguíneos submucosos e murais AULA 1 FISIOPATOLOGIA II ESOFAGITES - Uriel F. S. Júnior ESOFAGITE EOSINOFÍLICA: mucosa delicada em papel crepom, Comum em pacientes que têm histórico de alergia - Inflamação predominantemente de eosinófilos, mediada por antígeno, resposta imunológica crônica - Informações clínicas e patológicas devem ser consideradas em conjunto. Apesar da fisiopatologia da esofagite eosinofílica ser marcada pela presença de uma inflamação alérgica, o que irá determinar o diagnóstico será a presença de eosinófilos no esôfago.
Compartilhar