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Esporotricose em animais

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É uma doença infecciosa fúngica (micose) de caráter 
zoonótico, infecta várias espécies, podem causar lesões 
ulcerativas e os gatos são mais suscetíveis, e 
transmissores de esporotricose aos humanos. 
Causada pelo fungo Sporothrix spp, distribuído nos solos 
ricos em material orgânico em decomposição e planta. Ele 
é dimórfico, mudando de forma de acordo com a 
temperatura (vegetação e madeira 25° - forma 
filamentosa), e ambiente (tecidos 37° tem formado de 
leveduriformes). Animais com imunidade baixa são mais 
predispostos a ter a doença mais severa, precisa ter uma 
lesão na pele para causar. 
 
É extremamente agressivo, podem afetar os focinhos e os 
membros. A transmissão, é causado por vegetais onde o 
fungo se encontra ou através de lesões provocadas por 
animais infectados. A lesão inicial é nódulo localizado nos 
membros e face, depois lesões ulcerativas -> exsudato 
(pus – infecção segundaria por bactérias). 
Podem se acometidas de 3 formas: cutânea, linfocutânea 
(afeta os organismos de defesa), e a disseminada, 
afetando mais o pulmão, consequentemente levando o 
animal a óbito. 
 
 
 
 
 
 
Ocorre mais frequentemente nos membros inferiores, 
ocorrendo contaminação no pescoço, tronco e face. O 
fungo é inoculado no tecido em forma de esporos e logo 
evolui para fase de levedura. Em equinos, as lesões 
começam a surgir entre 1 e 3 meses, levando ao 
aparecimento de nódulos rígidos e a pruriginosos, podendo 
evoluir para abcessos purulentos. 
A forma mais comum é a linfocutânea, a partir da 
inoculação, o fungo ascende via trajeto linfático, levando 
ao aparecimento de nódulos endurecidos. 
Diagnóstico 
O diagnóstico é pela cultura fúngica (pequena quantidade 
de fungo), material coletado das lesões. 
 
Esporotricose equina resolução natural após longos 
períodos, os animais podem apresentar como sequela 
cicatrizes, haver a possibilidade de propagação para órgãos 
internos. 
Tratamento 
Tratamento de escolha para equinos baseia-se no uso do 
iodo (desnatura as membranas dos fungos, não 
conseguindo se reproduzir), iodeto orgânico para 
suplemento alimentício. Cuidado de manejo do animal, em 
que tratadores devem usar equipamentos de proteção 
individual (EPI) do manejar os animais (zoonose). O animal 
deve se separado dos demais em baia única, local e 
utensílios utilizados devem ser higienizados com 
hipoclorito. 
 
 
É uma doença pouco frequente em cães, mas frequente 
em animais de caça. Pode ser encontrado no solo e nas 
FUNGO
S 
 
Esporotricose em equinos e muares 
 
Esporotricose em cães 
vegetações, a contaminação se dá pelo contato direto do 
fungo com um machucado presente na pele, por menor 
que seja. Comum em animais que costumam brincar em 
meio ao mato, próximos de plantas e galhos. Também 
conhecido como Doença da Roseira, são observadas as 
seguintes fases de evolução da doença: 
 
- Fase cutânea: presença de lesões avermelhadas 
(nódulos) na pele, podem ser únicos ou vários espelhados 
pelo corpo. 
- Fase linfocutânea: as lesões evoluem e se tornam feridas 
abertas, passam a atingir o sistema linfático do animal. 
- Fase disseminada: a doença avança e toma todo o corpo 
do animal, podendo afetar os ossos, as articulações e os 
pulmões (oxigênio). 
Tempo de evolução da doença vai depender da imunidade 
do anima, em média de 1 a 3 meses após a inoculação do 
fungo. 
Diagnostico: histórico clínico, cultura do conteúdo do 
nódulo ou biopsia da lesão. 
Tratamento: deve-se tratar por pelo menos 30 dias após 
cicatrização das feridas. 
 
 
Doença se potencializa nesta espécie devido alguns 
comportamentos específicos, hábitos de cavar buracos 
para cobrir seus excrementos na terra ou na areia, de afiar 
as unhas em troncos de arvores contraindo o organismo 
nas unhas. 
Hábito dos felinos se lamberem pode espalhar a doença 
para áreas distintas como a face, orelhas e extremidades 
casos mais graves o agente pode se disseminar para 
outros áreas do corpo (pulmão, fígado, TG, SNC, olhos, 
baço, ossos, articulações, rins testículos e mama). 
Os sinais clínicos dos doentes caracterizam-se por: 
• Formações circulares (nódulos) com alopecia e 
crostas; 
• Ulcerações central, com exsudado purulento e 
hemorrágico, a forma cutânea a mais comum nos 
felinos; 
• Disseminação da doença, podem estar presentes 
anormalidades oculares, neurológicas 
(incoordenação motora, não consegue se lamber, 
apoiar a cabeça) e linfáticas. 
 
Tempo de evolução da doença: semanas até meses 
(depende da imunidade). 
Gatos infectados devem ser isolados dos outros animais e 
pessoas até o final do tratamento. Esses animais em 
regime de internação em Clínicas Veterinárias em local 
apropriado, realização da castração para diminuir a sua ida 
às ruas, cremação dos animais mortos com esporotricose 
para evitar que o fungo se perpetue na natureza, 
desinfecção das instalações com solução de hipoclorito de 
sódio, além de ser um TRANSMISSOR DA 
ESPOROTRICOSE HUMANA. 
 
 
Esporotricose em gatos

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